Innocence escrita por Anna, Thalia_Chase, bibi_di_angelo


Capítulo 50
Capítulo 50 - Apenas isso mesmo




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                POV Annabeth

            Entrei no quarto, e Thalia tocava alguma coisa. Era uma melodia super suave. Minha melhor amiga começou a cantarolar baixíssimo. Sua voz era leve e perfeita.

            Mas achei que tivesse ouvido meus passos leves, porque parou subitamente.

            Entrei no quarto e sorri pra ela, que retribuiu. Mas parei subitamente, porque havia chutado alguma coisa de ferro, ou desse negócio aí. Olhei pra baixo e, no chão, tinha uma espécie de pulseira prata. Me agachei para pegá-la e notei que era a pulseira.

            Dentro dela, haviam as iniciais AC e PJ. E eu não precisava ser um gênio para saber de quem ou de onde aquilo tinha saído.

            Percy havia me dado na noite do restaurante, quando eu tinha visto Michael depois de anos.

            Girei a pulseira em minhas mãos pálidas e, de um momento para o outro, eu sabia exatamente o que fazer. Fechei o punho em volta da joia.

            - Faça o que fizer, apenas tranque as portas depois de sair! – avisei a Thalia e corri escada abaixo, passando pelos cômodos e batendo as portas ao passar.

            Assim que cheguei à varanda, parei e olhei para ambos os lados, e fui na direção em que levava a casa de meu namorado.

            Não diminuí o passo enquanto corria, eu tinha apenas mais dois dias em New York, e tinha que passá-los com as pessoas que eu realmente amasse. Minha família, Percy, Luke e Nico.

            Mas o principal de tudo: Percy.

            As pessoas me olhavam com uma expressão seriamente assustadas, mas àquela altura do campeonato eu não ligava. Continuei correndo até chegar na esquina da rua de Percy, onde parei e coloquei minhas mãos sobre o joelho, debruçando-me ao meio.

            - Ai, Deus. – resmunguei e recomecei a correr.

            Corri até a porta de sua casa, não toquei a campainha, pois sabia que os pais de Percy estavam viajando, ele havia me contado. Olhei para os lados, só para me certificar que não tinha ninguém olhando, agachei-me e peguei a chave embaixo do tapete e abri a porta. Circulei a casa inteira.

            Como não encontrei ninguém, fiquei meio decepcionada e, quando ia abrir a porta, fizeram isso pra mim e dei de cara com Percy.

            - O que faz aqui, Annie? – perguntou, meio assustado.

            - Eu... – mordi o lábio e desviei o olhar. – Eu encontrei isso. – levantei o punho e mostrei-lhe a pulseira. – E precisava te dizer que sinto muito.

            - Pelo o que, exatamente? – interrogou, dando um passo pra frente e aproximando-se de mim.

            - Por não ser uma namorada perfeita, por não dar valor algumas vezes, por... Não me lembrar da pulseira! Eu sabia que estava faltando algo, mas não sabia o que.

            - Annie, não se desculpe. – disse. – Não fez nada de errado.

            - Sabe, talvez seja só culpa. – comentei, corando e abaixando a cabeça.

            - De quê?

            - De ter aceitado a vaga em Londres! Puxa, são dois meses! – exclamei.

            - Annie, não quero que perda suas chances por causa de mim. Olhe pra mim, meu amor. – puxou meu queixo, obrigando-me a olhá-lo. Obedeci. – Não estou contente com essa situação, mas nem por isso deve deixar de viver por mim.

            - Eu sei, mas...

            - Sem mas. – me cortou. – Quer dormir aqui hoje? Quero levá-la a um lugar amanhã.

            - Claro. Sabia que amanhã é nosso último dia juntos? – perguntei e funguei logo em seguida, lágrimas caíam de meus olhos.

            - Sei, Rachel me contou.

            Franzi a sobrancelha.

            - Como Dare pode saber disso? – indaguei, confusa.

            - Ela também vai pra lá.

            Arregalei os olhos.

            - Ela vai comigo e Thalia pra escola em Londres?!

            - Sim... Não viu o nome dela na lista? – estreitou os olhos.

            - Não, meu nome era um dos primeiros, estava em ordem alfabética. Thalia provavelmente deve ter passado direto.

            - Passado direto? – levantou a sobrancelha, divertindo-se.

            Revirei os olhos.

            - Estamos falando de Thalia. – afirmei, sorrindo.

            Meu sorriso se desfez lentamente enquanto Percy passava o dedo nas lágrimas que escorriam em meu rosto.

            - Eu te amo, e não é por causa de uma distância idiota que vou mudar de opinião. – disse.

            Ficamos em silêncio por um longo tempo, enquanto eu girava o anel prata em meu dedo anular.

            - Me daria as honras? – ouvi a voz de Percy e, imediatamente, o olhei.

            - Que honra? – franzi a sobrancelha.

            Ele sorria maliciosamente.

            - Disso. – pegou a pulseira que eu havia achado um pouco antes e a colocou no meu pulso. Então, andou pra frente, me obrigando a andar pra trás e ficar contra a parede e ele.

            - Não faça eu me arrepender de ter vindo aqui hoje. – sussurrei e comecei a beijá-lo suavemente. Até que nossas línguas entraram em um ritmo extremamente louco, uma explorando o canto da boca da outra.

            Levei minhas mãos aos cabelos de Percy, e puxei-os de um jeito descontrolado, me sentindo excitada, maliciosa e todos os adjetivos que você imaginar. E ele fez o mesmo em minha cintura, enquanto eu ainda estava presa contra seu corpo e a parede.

            De repente, como um movimento involuntário, minhas mãos pararam debaixo de sua blusa preta, e elas deliciavam cada músculo que havia ali. Tirei sua camisa e joguei-a no chão.

            Com os pés, tirei o par de All Star que calçavam-me e os chutei, mas não tirei meus lábios dos dele. Eu não sabia o quando havia sentido falta de Percy.

            Até aquele momento.

            Ele me segurou, tirando-me do chão. Nossos quadris estavam colados, a respiração ofegante, peitos subindo e descendo rapidamente e sincronamente.

            - Você nunca se arrependeria de ter passado por aquela porta. – disse, malicioso e me carregou escada acima.

            - Ai! Seu filho da mãe! Me coloca no chão! – reclamei.

            - Nãaaaaaaaaaaaao! – cantarolou, enquanto entrava no seu quarto e fechava a porta. – Pronto, agora pode ficar no chão.

            Estreitei os olhos enquanto saía de seus braços e o via trancar a porta.

            - Ótimo, isso é um jogo de gato e rato? – perguntei, maliciosa.

            - Sempre foi. – respondeu.

            Caminhei até ele como um gato selvagem.

            - Bom começo... Ratinho. – sussurrei em seu ouvido.

            POV Thalia

            Revirei os olhos quando Annie saiu do quarto, eu sabia que aquela era a pulseira que Percy havia dado a ela, pois ela tinha me mostrado. Como as chaves de minha melhor amiga estavam em cima de sua cômoda, fiquei tranquila, poderia trancar as portas e colocar as chaves debaixo do carpete.

            Mas não saí dali, continuei escrevendo o resto da música.

            - Who says, Who says you’re not a perfect... – cantarolei. Era uma música em que Annie tinha que participar, sua voz era incrível e nós faríamos um ótimo dueto, por falta de palavra melhor. Só precisava dela.

            Coloquei o violão em cima da cama de minha amiga que tinha ali e peguei meu celular.

            Está livre? Pode conversar agora?, enviei uma mensagem para Silena.

            Yes... tô no MSN, entra lá ;), respondeu.

            Abri o notebook de Annie e entrei no meu MSN. Imediatamente, procurei o nome de Silena.

            S. B. diz:

            como vai você? \õ

            Thalia G. diz:

            tô indo, e você?

            S. B. diz:

to meio pra lá, meio pra cá ._.

Thalia G. diz:

algo de ruim acontecendo em sua vida? '-'

S. B. diz:

não é ruim, apenas uma passagem de "adolescente normal" pra "modelo". Coisas normais.

Thalia G. diz:

mas outra coisa ruim, sabe? Várias coisas ruins podem acontecer.

S. B. diz:

está sugerindo que posso morrer a qualquer momento? ~levanta sobrancelha~

Thalia G. diz:

ah, não, não, de forma alguma u.ú’ É só que acidentes acontecem ù.u’ Ei, é brincadeira ó.ò

S. B. diz:

A PESSOA QUER QUE EU MORRA D:

Thalia G. diz:

é brincadeira, animal D: Não quero que você morra ù.u

S. B. diz:

você não gosta de mim D:

Thalia G. diz:

eu gosto de você D: Pára ò.ó

S. B. diz:

Okay. Ei, já comeu Nutella alguma vez na sua vida?

Thalia G. diz:

eu entendi "Natália", ficou meio estranho a pergunta ó.ò

S. B. diz:

UAHSUAHSAUHSAUHSAUHS, ok, preciso ir agora, bj ;**

Saí do MSN, pois não estava com muita paciência e peguei meu celular novamente.

Pode vir na casa da Annie?, mandei uma mensagem para Luke.

            Levantei-me e fiquei esperando sua resposta. Devo ter ficado uns 5min esperando, quando meu celular tocou o refrão da música Blow, Ke$ha.

            Claro, quando vc vai? Pra Londres?, era sua resposta.

            Depois de amanhã, preciso vê-lo agora, podemos ir ao cinema, sei lá. respondi.

            Ok, te vejo daqui a 10min.

           Andei pelo quarto de Annabeth e novamente acabei sentada na frente do notebook da Annie. Como estava marcada a opção “Lembrar senha”, entrei na conta dela. Ela tinha 1004 contatos.

            Apertei os olhos apenas para ter certeza. Eu tinha apenas 482 contatos! Como ela poderia ter tantos amigos assim?!

            Mas mesmo assim rolei a setinha para ver quais estavam online. Eu conhecia a todos, mas não estava com vontade de falar com ninguém. A foto era uma que Annabeth, eu e Silena havíamos tirado na Flórida. Todas com olhares famintos, solteiros, maliciosos, livres. Sem preocupações.

            Eu não acreditava que ela ainda tinha aquela foto!

            Mas fechei a tela do computador, peguei as chaves e desci as escadas. Era melhor esperar Luke na varanda, e foi pra lá que fui.

            Deixei o violão lá mesmo, Annie precisaria mais tarde.

            Sentei-me no balanço que tinha na frente da casa e balancei-o, coloquei o fone do celular em meus ouvidos e botei as músicas na opção aleatória. A primeira música que tocou foi Breathe You In, Thousand Foot Krutch.

            Vi o carro de meu namorado estacionar na frente da casa de minha amiga e andei até lá. Abri a porta do carona e entrei.

            - Oi. – falei e sorri. Seus cabelos estavam bagunçados

            - Oi. – passou a mão no cabelo, tentando domá-lo.

            - Não, deixe como está. – avisei. – Eu gosto assim. Desarrumado. Eu gosto do errado, esqueceu?

            - Eu sei. – sorriu.

            Retribui o sorriso e olhei para o céu, o tempo estava fechando.

            - Ei, pode passar lá em casa? Vou trocar de roupa e a gente pode ir assistir um filme no cinema. – pedi.

            - Claro.

Ele dirigiu até minha casa.


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