Innocence escrita por Anna, Thalia_Chase, bibi_di_angelo


Capítulo 13
Capítulo 13 - Coma?


Notas iniciais do capítulo

Feeliz naatal e booas festas (:



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POV Annabeth

Minha cabeça estava doendo. Para ser sincera, o meu corpo inteiro estava. Desde as unhas até as sobrancelhas. Será que eu morri? Me perguntava. Lentamente, abri os olhos. Estava em um quarto todo branco. Eu tinha... Sondas? É, sondas. O quarto tinha luzes fluorescentes. Meu braço e minha perna esquerda estavam quebrados. Olhei em volta do quarto. Ouvi um Pi... Pi... Pi... Vi uma máquina do meu lado esquerdo. Ótimo. Desde quando o céu tem máquinas? Pensei. Olhei meu lado direito e vi Silena dormindo. Droga. Eu não morri?

- Silena? – Minha voz estava rouca.

- Mãe... Não quero ir. Posso faltar? – Levantei um pouco meus lábios. Mas assim que levantei, senti uma dor insuportável.

- Silena. – Tentei falar um pouco mais alto. Ela abriu os olhos e me viu. Arregalou os olhos e ficou branca.

- A-Annie? Você acordou?

- Se eu não acordei, morri. – Respondi sarcástica e rouca. Pelo menos meu senso de humor não mudou.

- Annie – Ela elevou a voz. Meus ouvidos doeram. – VOCÊ TÁ VIVA.

- O que aconteceu? – Silena fechou a cara.

- Você sofreu um acidente de carro.

- Quando? – Perguntei.

- 2 semanas atrás.

- Espera, eu passei o meu aniversário no hospital? – Ela assentiu - E porque só estou perguntando agora?

- Você estava em coma. – Ela explicou. Minha cabeça balançou um pouco. Coma?

- Coma?

- É. Espera um pouco. Vou avisar ao médico. – Ela saiu do quarto. Minha canela doía. (A que não estava quebrada) Um homem magro e alto, vestido de branco, Thalia, Percy, Silena e minha família entraram pela porta. Minha mãe estava com os olhos vermelhos. O médico se apresentou:

- Bom dia, Srta. Chase. Sou o Dr. Thompson e cuidei de você. – Ele se aproximou. – Como se sente?

- Minha cabeça e o resto do meu corpo estão doendo. Tirando isso, estou ótima.

- Desculpe ser tão inconveniente, mas, o que você se lembra do dia do acidente?

- Eu... Eu saí de casa e fui no parque. E depois... - Meus olhos lacrimejaram com a lembrança – E depois... Não me lembro. – Menti. Não ia falar isso aqui. Não. Aqui não. Não na frente do meu pai.

- É normal isso acontecer. Sua perda de memória é apenas recente. Isso acontece quando o paciente bate a cabeça várias vezes.

- Quando ela vai poder ir para casa? – Thalia perguntou trêmula.

- É difícil saber. Depende do processo de recuperação. – Dr. Thompson respondeu.

- É... – Pigarreei. – Eu posso falar com o Percy? – Ele me olhou.

- Claro. – Minha mãe interveio. Todos saíram do quarto. Olhei meu namorado. Se é que eu posso chamar de namorado. Talvez... Futuro Ex.

- Oi. – Respirei fundo e fechei os olhos.

- Eu vi. – Abri os olhos.

- O-O que? – Ele se aproximou. Logo me afastei.

- Vi você e a Rachel no parque.

- O que mais você viu? – Engulo em seco.

- Tudo. Acabou. Eu quero que você saia da minha vida.

- Acabou? Simples desse jeito? – Ele perguntou.

- Simples desse jeito. – Confirmei. – Sem gritos, brigas, nem nada.

- Acho até que... – Percy hesitou – Eu mereci essa.

- Eu sei. – Murmurei.

- Então foi esse o motivo? – Ele perguntou, a voz não passando de um sussurro.

- Motivo de...? – Levantei as sobrancelhas o incentivando.

- Do acidente. – Estremeci. O único acidente que sofri até hoje foi quando caí da escada e quebrei o braço, quando tinha 5 anos.

- Tecnicamente. – Fitei o além.

- Como assim, tecnicamente? – Sorri e me voltei para ele. Era bom conversar com uma pessoa sem brigas, berros e nem nada desse tipo.

- Bem, em parte foi por causa das... – Hesitei e engoli em seco – Lágrimas, e em outra parte foi por causa do caminhão. – Meu sorriso se desfez.

- Vou te contar tudo. – Ele falou sério.

POV Percy

    Annabeth estava terminando comigo. OK, ou eu vou surtar, ou vou pegar uma faca e me matar. Ou os dois. Aquilo estava me matando. Depois que a Rachel me beijou, bom... Tecnicamente, eu ouvi o barulho do carro batendo e jurei nunca mais olhar na cara da minha Ex-Melhor amiga de pré-escola. OK, de novo, eu sei que foi bem estúpido, mais o que eu poderia fazer? Bater nela? Não. Decidi abrir o jogo.

- Vou te contar tudo. – Falei sério.

- Tudo o que? – Ela me perguntou, visivelmente confusa.

- O que aconteceu no parque. – Seus olhos lacrimejaram. Fiquei com vontade de chegar mais perto e reconfortá-la. Logo, reprimi essa vontade.

- Me poupe dos detalhes. Eu só preciso de... Um tempo. Talvez... Um ano. Ou dois. Não sei. Talvez, até lá isso já tenha acabado. E, fique sabendo que eu não sou do tipo de garota que vai chorar o mês inteiro, vai virar gótica, nem nada desse tipo... Bizarro. Eu quero dizer que... Isso vai passar por mim como se nem tivesse nem acontecido. E pelo que eu estou vendo, já passou por você antes mesmo de começar. – Eu ia abrir a boca para protestar, mas o que saiu de meus lábios foi algo muito diferente.

- Preciso ir.

- Claro que precisa. Não esperava tomar tanto tempo seu. Aliás, não deveria nem ter tomado 1 segundo. – Vacilei. Ela não estava sendo justa. Saí do quarto e passei direto.

POV Silena

Eu e Thalia estávamos conversando, sentadas na cadeira quando um Percy triste saí de dentro do quarto da Annie. Me virei para minha amiga e comentei:

- Acho que vou fazer uma festa de aniversário para a Annie.

- Jura? – Thalia perguntou sarcástica.

- Sério. É que... Esse papo de passar o aniversário em coma não é legal. Acho que vou dar de presente... Ahn... Sei lá.

- Fala sério. Eu estou de super bom humor. O que quer dizer que você pode me pedir conselho para T-U-D-O – Soletrou. Bufei.

- Acho que... Vou dar a ela uma passagem.

- Pra quê? – Bufei.

- Pra ela viajar.

- Dãa. É disso que eu tô falando. Pra onde?

- Sugestões? – Passei as mãos no cabelo.

- Sabe, você podia me dar os seus cabelinhos loirinhos. Combinam perfeitamente com os meus olhos.

- Fala sério. Seus olhos azuis elétricos são mais bonitos que os meus. Mais, voltando ao assunto...

- Ah, claro. Não sei. Talvez... A Disney?

- Nem curtindo. Se for para viajar, quero me livrar da minha irmãzinha que se chama “Euodeioaminhairmã”.

- E o que ela tem a ver com a Disney? – Thalia perguntou.

- Ela vê direto. Não estou ofendendo ninguém nem nada, mas a capacidade mental dela é de uma criança de 7 anos. – Minha amiga riu.

- Itália?

- Na-na-ni-na-não.

- Brasil?

- Não. Já fomos lá. Esqueceu? – Ela ignorou minha pergunta e continuou a listar. Thalia estremeceu e eu juro que pude ver uma lâmpada acendendo na sua cabeça.

- Que tal... Europa?

- UHUUL, VAMOS PRA EUROPA.

- Você tem dinheiro? – Ela perguntou. Olhei para ela de cara feia e falei:

- Não corta o meu barato.

- Não. É sério. Você tem dinheiro? Por que eu não tenho.

- Fala sério. Desde quando?

- Desde que minha mãe descobriu que estou namorando. Tipo assim, ela cortou tudo. OK, minto. Não tuudo – Ela se demorou na palavra -, eu quero dizer, de R$599,99, ela só ta me dando R$330,00.

- Só? – Perguntei, irônica - Na mão, você quer dizer.

- É, na mão. Na minha conta... BUFT. Nada.

- Que triste. Se eu tivesse metade disso, já estaria emancipada faz muito tempo. Você me entristece.

- Vai se catar. – Ri e ela riu comigo. Olhei meu relógio e vi a hora. Choraminguei.

- O horário de visita acaba daqui a 3min. – Anunciei.

- Você vai entrar ou...? – Neguei com a cabeça.

- O médico falou que ela vai ser transferida para os quartos normais. Longe da emergência. – Murmurei a última frase. Peguei minha bolsa e levantei. Senti alguma coisa vibrando enquanto andava na direção da saída com Thalia. Logo me dei conta. Abri a bolsa e abri. Peguei o celular e vi: 5 chamadas perdidas. Bufei. Quem me ligaria tanto assim? Olhei para frente e arregalei os olhos. – Nico. – Sussurrei e mandei uma mensagem ao meu namorado: Estamos bem. A Annie também. Não se preocupe. E botei meu IPhone roxo dentro do bolso da calça jeans.

- Você tá de carro? – Thalia me perguntou. Neguei.

- Minha mãe já foi embora.

- Aimeudeus – Ela exclamou quando um táxi passou por nós e jogou água de poça. – Mas que filho da... – Tapei sua boca.

- Não precisamos de nenhum palavreado bonitinho aqui. – Tirei minha mão de seus lábios. Olhei nossas roupas. Minha calça jeans, minha blusa e minha jaqueta estavam encharcados. E aposto que não falta muito e o meu celular morreu junto. – Vai se... – Minha melhor amiga tapou minha boca e imitou minhas falas. - OK, AGORA eu to muito “p” da vida.

- Não se zangue. – Thalia debochou.


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Notas finais do capítulo

Espeero q tenhaam gostado (: