No Me Doy por Vencido escrita por Prisca


Capítulo 6
Vuelva Al Castillo


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais cheguei....
E como demorei.
Acho que depois de tanto tempo eu vou ser chingada ate umas horas.
Bem, vamos ao capitulo.
Boa leitura.



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Depois de cansativas horas de viagem, eles chegam ao palácio. Um esquadrão de boas vindas estava os esperando para saudá-los. Muitos soldados estava apostos com suas espadas nas bainhas e suas mãos sobre elas. Kory imaginou a reação nada amistosa deles quando a observassem descer da carruagem. Com as espadas em mãos, não seria difícil para alguém habilidoso acerte-la sem ferir o príncipe deles.

- Vamos Kory. _ Ele a ajuda a descer da carruagem segurando-lhe a mão.A sente tremula mais aproxima-se dela para mostrar que está ao seu lado. Toda a recepção estava perfeita. Todos se curvaram ao vê-los chegar. Ambos estavam com roupas muito simples já que era só o que tinham pra vestir lá na cabana.

- Assassina! _ Uma mulher grita e conseguindo driblar os guardas tenta agredir Kory. Dick entra a frente de Kory e impede a mulher segurando-a. – Você e seu povo mataram meu marido. _ Dick segura a mulher até que os guardas chegam para tirá-la dali.

- Está tudo bem? _ Pergunta ele ao ver que ela está pálida e tremula.

- Eu... quero ir pra casa. _ Sussurra ela. E uma lágrima escapa de seus olhos.

- Tudo bem! Eu estou aqui pra te proteger lembra? _ Ele põe uma das mãos na cintura dela e com a outra segura uma das mãos dela. – Vamos! Vou te levar pra descansar. _  Ele a conduz para dentro do castelo. Todos os servos os reverenciam quando entram, mas Dick pede apenas um chá e a leva para o quarto dele. _ Quer alguma coisa Kory? Sabe que pode me pedir o que quiser. _ Fala a sentando em um sofá no quarto. Ele se ajoelha diante dela.

- Eu quero ir embora daqui. Por favor, Dick me deixa voltar pra Tamaram. _ Ele se levanta e vira de costas.- Prometo fazer de tudo pra acabar com essa guerra. Mais por favor me deixa ir.

- Desculpe Kory! Mas esse é o seu único pedido que não posso atender. _ Ele diz ainda virado.

Ela começa a chorar como uma criança. Ela se joga na cama chorando. Ele queria a fazer parar, mas não sabia como. Ele se senta no sofá de frente a ela e seu coração dói ao vê-la assim. Mais ele não podia simplesmente deixá-la partir. Todos acreditavam que o casamento dos dois era real e já tinha sido concretizado. Deixá-la partir poderia acabar com a reputação dela e ser visto como uma afronta ao reino dela. Claro que esse não era o motivo principal. Nem o fim da guerra era. Mas naquele momento era o que dava forças pra que ele não a deixar partir.  Não podia a deixar sofrer longe dele. Se ela fosse sofrer, queria estar ao lado dela pra ajudá-la e protegê-la quando estivesse mais frágil. Ele não consegue mais conter-se e ajoelha  ao pé da cama. Ele segura uma das mãos dela e deita sua cabeça sobre ela.

- Por favor, sei que não tenho o menor direito de pedir isso visto que tenho sido um canalha desde que nos conhecemos. Mas por favor, se acalme. Perdoe tudo o que eu tenho te feito e especialmente não ter o poder de realizar o seu maior desejo.  Perdoe-me por ter te separado do homem que você ama. Eu realmente achava que você era especial demais pra ele. Agora vejo que também sou pouco pra você. Mas eu juro fazer de tudo pra que você tenha a felicidade que merece.

Kory paralisa diante das palavras dele. Ele está visivelmente conturbado e sua voz está tremula. Logo ela sente algo quente e úmido em sua mão. Uma lágrima dele escorre pela mão dela.

- Dick. _ Ela sussurra enquanto repousa a outra mão nos cabelos negros do rapaz. Ele levanta o rosto quando ela se senta na cama. Logo ele deita no colo dela como um menino enquanto ela acaricia seus cabelos negros. Depois de um tempo, ambos se acalmam.  Só duas coisas são ouvidas naquele cômodo: O relógio e a respiração de ambos. Ele levanta a cabeça e a admira. Ela esboça um leve sorriso ao ver que ele também já está melhor. Então, alguém bate na porta.

- Pode entrar. _ Ela diz.

“Agora não.” Pensa ele.  “Não podem nos ver assim ou saberão que há algo errado”. Então ele a puxa e a beija.

- Oh! Desculpe! _ Diz uma serva entrando e fica sem graça ao ver a cena. – Não sabia que estavam ocupados. Eu só vim trazer o chá e avisar que o rei John o espera na sala intima Majestade.

- Perdoe-me por isso.  _ Sussurra ele para ela. - Está melhor Kory? _ Pergunta.

- Estou! É melhor não deixar seu pai esperando.

- Sim! Abelha cuide dela e sirva-lhe chá. Já volto. _ Ele deposita um beijo nas costas da mão dela e sai.

Dick sabe exatamente o que seu pai vai dizer. Apesar de sempre apoiar o que o filho faz, dessa vez dificilmente ele apoiaria dessa vez. Ele chega até a porta de sala, respira fundo, e entra.

- O que você está fazendo Dick? _ Pergunta o rei olhando para o quadro que estava sob a lareira. Está sala era muito parecida com a da cabana.  O quadro continha o desenho perfeito da esposa amada que o rei perdeu.

- Nesse momento? Apenas esperando que meu pai me parabenize pelo meu casamento.  Mais como sei que isso não vai acontecer, vou apenas sentar e esperar até que comece com o sermão que vai acontecer. Não vou tirar a razão. Sei que o mereço. _ Ele se senta e espera a reação do pai que logo se vira e mostra uma expressão nada orgulhosa.

- Então sabe que está dormindo com o inimigo? Por Deus Dick! Forçar a moça que estava noiva de outro é da família a casar- se com você. Como espera que eu deite e descanse a noite sabendo que  posso acordar e saber que meu filho único perdeu a vida as mãos do inimigo que vive debaixo do meu próprio teto?

- Kory não vai me matar! Ela é doce demais pra isso.

- Doce demais pra isso? Dick há quanto tempo você a conhece? Dois dias?  Isso é uma loucura filho.

- O senhor sempre me disse que o olhar da pessoa revela muito sobre ela. É isso que o olhar dela revela. Uma doçura e uma meiguice impossíveis de ferir alguém. Mesmo quando teve essa oportunidade, ela não o fez, por que o faria agora?

- Dick, quando ela entender o que você fez a ela...

- Eu não fiz nada pai. _ O rei olha para o filho curioso. – Ela é linda, pai. O olhar, a voz, sabe tudo nela me enlouquece. Mas eu não vou fazer nada que ela não queira. A única coisa que espero dela é a ajuda necessária pra por um fim nessa guerra injusta.

- Se realmente não pós a mão nela,  ainda a tempo de desfazer essa loucura. _ Diz o rei tentando convencer-se de que o fim de tudo está próximo.                                                                                                                                       

- Não pai! O senhor não a viu. _ Diz o jovem afundando no móvel e imaginando a esposa. - Ela parece ter sido desenhada com todo cuidado e perfeição. Ninguém vai acreditar que eu não fiz nada a ela. _ Ele respira fundo. - Se o senhor a visse pai, compreenderia o que digo.

- Muito bem! Por que não a trás aqui? Já que insiste nessa loucura, vamos ver com o que estamos lidando. Mas fique claro que eu ainda não aprovo nada disso. E que mesmo que suas palavras se mostrem verazes, não me deixarei levar pela beleza ou pela doçura que ela aparente ter. Direi a verdade sobre ela mesmo que isso o magoe.

- Obrigado pai! _ Dick vai até o quarto e ouve risadas antes de entrar.

- A senhora realmente teve sorte. Senhor Dick é realmente muito divertido. Mais também é bem responsável. Será um ótimo rei. _ Diz Abelha a servir-se de uma xícara de chá.

- Não preciso conhecê-lo desde criança como você o conhece para ver isso Abelha. E Essa prima dele, a Rach, onde posso encontrá-la? Ela parece ser uma ótima companhia.

- Posso apresentar mais tarde pra você. _ Fala Dick entrando no quarto. Kory se assusta ao vê-lo entrar e encontrar ela e Abelha conversando e tomando chá. Não era normal um servo tomar chá com alguém da realeza. Mas nem Abelha e nem Dick parecem se importar com isso. Se tivesse fazendo isso no seu reino Kory já teria levado uma bronca. – Meu pai gostaria de conhecê-la.

- O Rei John é muito legal e bondoso Kory. _ Comenta Abelha. – Tenho certeza que ira deleita-se com a companhia dele.

- Depois gostaria de apresentá-la a uns amigos. Inclusive um que vem cortejando “ALGUÉM”  aqui presente e ela o anda a evitar. Seria mais fácil esse “ALGUEM” dizer logo o que sente e acabar com o sofrimento do pobre rapaz.

- Só por que você casou não quer dizer que pode me dar conselhos amorosos. Com licença. _ Dick ri vendo Abelha sair sem graça.

- Dick? O que vai acontecer àquela mulher que quis me atacar quando nos chegamos? _ Pergunta Kory pensativa.

- É bem provável que ela seja castigada. Afinal, ameaçar alguém da família real é um delito grave. _ Responde pensativo.

- Ela não devia ser castigada. _ Kory levanta a voz. Quando percebe, se senta sem jeito. – Não é fácil o que ela está passando. Não podemos impedir isso?

- Eu não! Mais você pode. A única que pode fazer algo é você. _ Ele fala sentando-se ao lado dela.

- Eu? Mais eu não sou daqui. Como posso fazer algo? _ Pergunta surpresa.

- É minha esposa Kory. _ Ele segura as mãos dela. – As leis valem pra você também. O único jeito de impedir que algo aconteça àquela mulher é você perdoá-la na frente dos conselheiros do reino que a estão julgando. Quer fazer isso?

- Quero! Eu vou perdoá-la. Quando vai acontecer o julgamento?

- Deve estar acontecendo agora mesmo visto que o delito foi grave e passa a ser visto com urgência. Vamos! _ Ele segura a mão dela. E ambos correm pelo castelo. Quando chegam ao lugar onde está acontecendo o julgamento ambos estão sem ar. –Parem o Julgamento! _ Grita Dick com o pouco fôlego que tem.

- Majestade! _ Todos se levantam e os reverenciam. – Vamos pronunciar a sentença da mulher que ameaçou a majestade agora.

-Não haverá sentença. _ Kory fala recuperando o fôlego. – Eu a perdôo.

- Assassina! _ A mulher grita de novo pra Kory. – Acha que isso muda o que você e seu povo fez? Isso não trará meu marido de volta nem devolvera o pai para os meus filhos.

- Ele tinha filhos? _ Para surpresa de todos, Kory se emociona. Ela reverencia a mulher. – Perdão. Imagino a dor que sente.

- Você nunca o poderá ! É uma jovem recém-casada. Tem o apoio de seu marido que está ao teu lado. Como pode saber como me sinto?

- Não sei como à senhora se sente. _ Dick a levanta. – Sei como seus filhos se sentem. Por favor, me perdoe. Sei que isso não trará o pai deles de volta, mas é a única coisa que posso fazer. Cuide bem deles. _ Dick a tira de lá.

- Você está bem Kory? _ Pergunta ele ao vê-la chorar.

- Posso te pedir algo?

- Claro! Vou fazer o que for possível. _ Kory fica de frente pra ele e o olha nos olhos.

- Prometo fazer o que você quiser de mim, vou me sujeitar a você, não tentarei fugir como planejava desde que você me prometa que vai cuidar não só dessa mulher e dos filhos dela, como de todo o povo como se fosse parte de você. Vai lhes dar não só comida e ordens mais vai ouvi-los e tratá-los com dignidade.  Sempre que tomar decisões, vai se certificar que ela não só será boa pra você, mais para todos. Prometa-me isso, e farei tudo o que você quiser de mim. _ Ele controla o choro.

- Eu prometo Kory. Não só cuidar de todo o povo e colocar os interesses deles a frente dos meus, como cuidar de você também. Prometo não deixar-lhe faltar nada em todos os sentidos.

- Ótimo. Agora sim estou bem melhor. _ Ela engole o choro que queria sair. - Vou dar uma volta pelo castelo. Importa-se se eu for sozinha?

- Não! Pode ir.

- Com licença. _ Kory sai pela primeira porta que vê. – Abelha  tem razão. _ Ela a si mesma. _ Você será um grande rei.

- Estava certo filho. _ Diz o rei saindo de uma sala próxima de onde Dick e Kory conversavam. – Ela é realmente diferente do que imaginei. É mesmo doce. Ela será uma ótima rainha e excelente companhia para ti. Mais isso não muda o fato de você ter forçado ela a se casar. E é somente isso o que Slade precisa.

- Slade está temporariamente no trono pai. Logo o irmão de Kory crescerá e tomara o seu devido lugar. _ Fala ele ainda observado a porta pela qual ela saiu. O pai põem a mão no ombro dele e só assim tem sua atenção.

- Mas quem garante que o tio não terá influencia sobre o garoto? Slade é astuto filho. O sobrinho pode facilmente se tornar um boneco na mão dele. _ Ele pensa um pouco.

- Torçamos para que o garoto tenha o bom senso de Kory. Afinal, ela não aparenta ter se deixado influenciar em nada por ele. Se ele puxar pra irmã mais velha ou o tio, essa guerra nunca terá fim.


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Notas finais do capítulo

Demorei mais o capitulo agora está ai.
Amei a promessa que aconteceu nesse capitulo.
Espero que também gostem.
Besitos.



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