Evergreen escrita por Kim C


Capítulo 5
Capítulo 4: Você Não é Nada Pra Mim.




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Acordei em casa depois da festa no pier. Estava exausto e precisava descansar, mas quem disse que meu pai e a mulher deles deixavam? Alice é mais nova mulher do meu pai. Por ser muito nova ela é irritante, mas não é a pior.

Me levantei tomei banho, escovei os dentes, penteei meu lindo cabelo e vesti a droga do uniforme. Como eu passo a maioria do tempo dormindo nas aulas, só me preocupo em levar grana para comer.

Na cozinha, Suki preparava meu café. Logo, Akemi e Alice desceram e se sentaram na mesa. Akemi assim que olhou pra mim seu humor mudou na hora.

_Onde você estava ontem a noite? - ele perguntou.

_Em uma festa pai. - falei sem emoção.

_E por que não me pediu permissão?

_Desde quando eu te peço permissão para alguma coisa?

_Olha aqui você me respeite! Eu sou seu pai!

_Você não é nada pra mim.

Dito isso me levantei, peguei minha mochila e sai rumo a escola. Todas as manhas em que eu passava com Akemi eram assim. Ele só me faz ter mais ódio dela a cada dia que passa. Mas por hora não posso me preocupar com isso, já que estou prestes a realizar meu sonho.

Na escola mais uma aula chata de matemática na qual eu não compreendia mas fazia pra passar o tempo. Era divertido. Melhor do que ficar sem fazer nada. Minha melhor nota – por ironia do destino – era em matemática. Todos os professores achavam estranho já que eu nunca presto atenção.

_Nossa Yuu – Soka começou – Você tirou 90 de novo.

_Isso é muito estranho – comentou Hana – você nunca estuda.

_Não precisa estudar para matemática – me defendi – são só números.

Sorri e sai andando na frente deles mas antes de atravessar o portão os ouvi gritar.

_Onde você vai??

_Voar.

A próxima aula seria de japonês. E pra quê tenho que saber japonês? Eu já sei falar certo? Pulei o muro ao lado do portão e sai correndo em alta direção até o mar. Nada dá mais sensação de liberdade do que você fugir da escola.

Enquanto descansava olhando o mar percebi que tinha um cara fazendo a mesma coisa. Ele olhava para o mar de uma forma serena. Ele era bem alto, tinha cabelos muito pretos e fumava um cigarro. Ele estava com o uniforme de escola. Quando percebeu que eu o olhava se virou para mim.

_Tudo bem?

_Ah, mais ou menos. - falei.

_Não devia estar na escola? - ele perguntou jogando fora o resto do cigarro.

_Você também.

Ele riu, voltou a fitar o mar e depois disse:

_A escola não me tem mais serventia.

_Hum?

_Nada – ele disse vindo até mim e se sentando ao meu lado – Meu nome é Bunko.

_Yuu.

_O que faz aqui perdido Yuu?

_Procurando respostas. E você Bunko?

_Acho que o mesmo que você.


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