Era mais um dia de minha vida pacata e soltária. Sim, ela havia se tornado pacata depois da morte de Rose, e olha que já haviam se passado dois anos. Atualmente, eu já estava trabalhando de arquiteto em um escritório muito chique da cidade, mas sempre pensava em como seria minha vida junto com  ela. Casado e com filhos.

Ninguém havia se acostumado com a morte dela, nem eu, nem meus pais, nem Haven e os outros amigos, muito menos suas irmãs. Pelo o que eu sabia, Lia já estava com vinte e dois anos e tinha se casado com Jensen, seu namorado antigo. E Meredith fora adotada; eu ainda não a visitara, mas prometi a mim mesmo que qualquer dia passaria no orfanato para sabe o endereço de sua nova residência; eu senti saudades de minha "cunhadinha".

As vezes, quando visitava minha mãe, ia até o quarto de América e olhava o guarda-roupa de Rose. Sim, minha mãe fez questão de deixar as roupas dela aqui, como se ela estivesse viajando e um dia voltaria e vestiria suas lindas roupas, que ela mesmo costumizava. Rose sempre me disse que queria ser estilista, e eu apoiava completamente isso, para mim se ela estivesse feliz estava ótima.

Hoje, eu estava visitando minha mãe que pegara uma gripe e decidir dar uma volta até um lugar. Peguei duas rosas entrelaçadas que estavam em um vaso posto na mesa da copa, e a chave do carro.

Dirigi rapidamente até perto da Igreja e de lá, eu andei a pé até cemitério, com as rosas em minha mão. Cumprimentei o porteiro e andei até a rua vinte e três, onde postos lado a lado, estavam exatamente três túmulos: os da família Hatheway.

Do mesmo modo que no túmulo de pedra cinza da sra. Hatheway tinha uma frase, na de Rose também. Mandei fazer uma frase de seu modo na pedra de mármore branca. 

"Não chore por mim seu idiota! Eu estou feliz aqui, bem mais do que eu estaria nesse mundo de loucos". Era isso que estava escrito com uma caligrafia linda.

Coloquei as lindas rosas vermelhas sobre a pedra de mármore onde estava escrito:Rose Hatheway Monroe Jackson, e toquei na fitinha que estava em meu braço. A que ela havia me dado um pouco antes de morrer: nela havia três cores, amarelo, vermelho e verde; e havia uma folinha de maconha, onde estava escrito:Sempre sua, Rose. 

Assim fui embora de cabeça baixa, mas pensando que eu havia deixado algo para ela. E sabe o que pensei antes de sair do cemitério e me despedir do porteiro?

Qual seria a cor da sua aura?