[...]

- Amor, acorda... – Edward me deu um beijo calmo e tirou uma mecha de cabelo que nos atrapalhou.

- Hm... – Espreguicei – Que jeito mais gostoso de acordar.

- Olha que pode ser assim todos os dias, hein.

- Edward, meus pais não podem saber que você está aqui...

- Então foi isso? A gente fez amor a noite inteira, e agora você tem vergonha de estar comigo... – Pegou sua roupa no chão, mas o impedi.

- Claro que não. Foi a melhor noite da minha vida, amor! É que meus pais não vão te aceitar, e eu não quero mais problemas aqui em casa.

- Isso é o começo de um namoro escondido?

- Eu não queria que fosse. Você sabe... eu queria ir pra escola com você, mostrar o nosso amor pra todo mundo, mas pode prejudicar você, meu lindo.

- Eu não tenho medo de ninguém, Bells.

- Não é isso... A questão é que meus amigos e família têm muito dinheiro e poder sobre essa cidade, o que pode prejudicar você e até à sua família, e eu não quero isso pra família do meu namorado.

- Bells... – me deu um selinho.

- É melhor assim, meu amor. Quando não tiver em público, a gente namora tá?

- Mas e no colégio?

- A gente só troca olhares... A gente pode exibir nossa amizade. Só pra ver se elas entendem. Eu acho difícil, mas não custa tentar.

- Tudo bem, eu já vou pra casa então...

- O que acha de um banho?

- Se for com você, eu aceito...

O beijei e fomos andando até o banheiro sem quebrar o beijo. Liguei o chuveiro e entramos no box. A água caía em minhas costas e Edward beijava meu corpo inteiro, me fazendo gemer e ir à loucura.

- ISABELLA!!!! O café está servido e seus pais vão tomá-lo com você.

- Ai meu Deus! Edward!

- E agora?

- Fique aqui... Não sai do banheiro até eu voltar.

- Mesmo?

- É... Pare de fazer perguntas e faça o que eu estou mandando.

Me vesti correndo e desci o mais rápido que consegui, sem cair.

- Bom dia. – me sentei ao lado de minha mãe.

- Dormiu bem, minha filha?

- Maravilhosamente bem...

- Hm, que carinha é essa? Passou a noite com Jacob?

- Que droga!

- Não diga isso e muito menos, grite na mesa, Isabella! – meu pai me repreendeu.

- O Jacob não está nem perto de ser meu namorado. E bom, se eu dormi ou não com alguém, o que interessa à vocês? Vocês não estão nem aí para o que eu faço ou deixo de fazer. – Peguei umas panquecas e levantei da mesa. – Passar bem!

- Isabella!! – meu pai gritou mas o ignorei.

- Menina... – Marie me deu um susto no meio do corredor.

- Que susto.

- Desculpe, o susto foi eu quem levei com o Edward no seu quarto. Vocês?

- Sim. Mas por favor, Marie, eu te imploro. Não conte a ninguém.

- Pode deixar. Mas seus pais sabem disso?

- Aqueles idiotas acham que eu dormi com o Jacob!

- Não fale assim...

- Marie, me deixa... por favor.

[...]

Saí de casa de mãos dadas com Edward e pegamos minha Mercedes conversível vermelha. Deixei Edward em casa para que ele se arrumasse já que estava com o terno da festa da noite passada, e chegarmos na escola separados.

- Bella! Você sumiu... – Tanya veio até mim. [N/A: As amigas da Bella são a Tanya, Kate e Irina, e Angela]

- Eu não estava me sentindo muito bem, ontem...

- Pode ser o que eu estou pensando?

“Bom, só se eu engravidei ontem, que foi quando eu fiz sexo pela primeira vez e não me preveni!” pensei. “Ai meu Deus!!!!!!” Só agora eu havia percebido que eu e Edward não tínhamos usado camisinha, mas... Dane-se.

- Claro que não! Tira isso da sua cabeça.

- Bella, você foi embora com o Cullen?

- Por quê?

- Eu vi vocês saindo juntos, e nenhum dos dois voltou depois.

- Ele viu como eu estava mal e ofereceu uma carona. Eu não 'tava' em clima de festa e não 'tava' me sentindo bem. Foi só uma carona...

- Olha, que se o Jacob souber.

- Sério! Parem de falar isso! Eu não quero nada com o Jacob!

- Você quem sabe. Tá perdendo um corpo delicioso...

- Como você sabe? Já foi pra cama com ele?

- Não vou mentir, então... Já. Ele têm um fôlego... que meu Deus. – E ela mal imagina que eu transei com o Edward e que ele é perfeito.

Bom, eu não tenho experiência, mas o amor que eu sinto por ele é tão forte que supera qualquer coisa.

- Eu apoio vocês.

- Mas todo mundo acha que ele e você estão juntos.

- MAS NÓS NÃO ESTAMOS! – gritei tão alto que todos do pátio me olharam. Que vergonha. – Tanya, quer saber? Me esquece! Pelo amor de Deus! Tchauzinho.

Saí arrastando a bolsa e encontrei Edward estava pegando os livros no armário.

- Oi! – disse quando ele fechou a porta e se assustou ao me ver.

- Oi, amor...

- Shiu, aqui não.

- Ok, mas você vai dormir em casa hoje?

- Desculpa, hoje não dá. Eu não fiz aquele trabalho idiota de história. Vou passar a noite fazendo.

- Que feio, eu posso te ajudar.

- Não, Edward. Eu quero fazer sozinha.

- Bella, eu acho que você não quer mais ficar comigo. Eu te amo o suficiente pra sofrer se você me deixar.

- Eu não vou te deixar. O problema mesmo é o meu trabalho. A gente se fala no telefone?

- Você tem msn?

- Tenho...

- Me passa, que eu prefiro.

- bella.swan@hotmail.com. E o seu?

- Edward_yankees@hotmail.com.

- Yankees?

- Eu era pequeno, e eu amo os Yankees.

- Hahaha. Meu namorado é tão fofo.

- E ele quer tanto um beijo... – se aproximou mas desviei.

- Mas você vai esperar!

- Até quando?

- Não sei... Mas prometo ser logo.

Passei a mão na mão dele como um gesto de carinho e me dirigi até minha sala.

As aulas foram extremamente cansativas, e cheguei em casa exausta. Mas como eu sou uma burra, idiota que só pensa em festas, deixei o trabalho enorme pra última hora.

Peguei uma maçã na fruteira da cozinha e estava indo para meu quarto quando Marie me parou.

- Que?

- Seu pai a espera no escritório.

- O que ele quer?

- Não sei, menina.

Mordi minha maçã e fui em direção ao escritório de meu pai que ficava do outro lado da casa.

- Sim... – entrei com a cara mais emburrada possível.

- Isabella, eu falei com a sua amiga Tanya, e ela me disse que você e o tal de Edward saíram da festa juntos. E pelo que eu saiba, você chegou aqui apenas 2 horas depois da hora que ele me disse. – PQP! Que fofoqueira!

- Pai, eu passei mal na festa. Eu saí com ele porque ele viu como eu estava mal e me ofereceu uma carona.

- Você não pode andar com ele. E se ele te sequestra?

- Bom, você com certeza me deixaria com ele. E nem se importaria em gastar o seu lindo dinheiro, porque eu sei e sei MUITO bem, o que você faz com ele.

- Quieta, garota! – me jogou no sofá e ameaçou me bater, me esquivei.

- Por que você faz isso?

- O que?

- Eu não posso nem pegar uma carona com o Edward.

- Isabella... Ele é de uma classe inferior a nossa.

- E o que isso significa?

- Ele pode querer nos roubar, ou coisa pior.

- Só por que ele tem menos dinheiro, ele é ladrão, bandido, drogado?

- Sim!

- Pai, você sabe o quanto eu amo você, essa família, e meus amigos, mas assim não dá! Eu conheço o Edward e sei que ele não é isso que vocês falam!

- Então é bom você parar de falar com ele E dele! – deu ênfase no “e”.

- Tudo bem. – uma das maiores e mais simples mentiras que já disse.

- Mas eu quero saber, com quem você passou a noite ontem?

- Com o Jella. Serve?

- Um gato não faria toda aquela bagunça na sua cama.

- Eu estava brincando com o meu bebê... Depois a gente dormiu, e a cama ficou bagunçada, uai.

- Tudo bem, vou acreditar. Sobre você se sentir mal na festa... Pode ser o que eu estou pensando?

- EU. NÃO. ESTOU. GRÁVIDA! – gritei, pois não aguentava mais ninguém dizendo isso. – NÃO ERA O QUE VOCÊ QUERIA? QUE EU ME CONSERVASSE PRO CASAMENTO? ENTÃO! EU SOU VIRGEM! – berrei na cara dele, corri a casa inteira e me tranquei no meu quarto.

- Se eu souber que você se encontrou com o Cullen de novo, as providências que eu tomarei serão tão drásticas que você não irá nem lembrar seu nome! – gritou do outro lado da porta. E tudo indicava que eu iria apanhar até.

- Boa noite, querido papai! – ironizei.

Edward POV:

- Oi, meu amor.

- Edward?

- Quem fala?

- Charlie. Charlie Swan.

FUUUUUUUDEU!

Desliguei o celular na cara dele e deitei na cama. Senti uma lágrima escorrer e tudo que conseguia pensar é que eu perderia Bella. Eu tinha ligado no celular dela, e quem atendeu foi o pai. O pior foi chamá-la de meu amor!

Eu perdi o amor da minha vida... Por uma burrada minha.