Better Than Revenge escrita por luciana_seixas


Capítulo 19
Klaus


Notas iniciais do capítulo

Prontas pra mais emoções?

Então... divirtam-se!



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Elisabeth estava despertando aos poucos, a consciência retornando. Ela ouviu vozes ao longe e não demorou em reconhecê-las.

“Isso aqui vai ajudá-la a melhorar.” Era a voz firme de Klaus.

“Sai de perto dela!” Era Damon. Ele parecia nervoso. Ela tentou dizer-lhe para se acalmar, mas a voz não saiu. Ela se mexeu, e ele a amparou.

“Eu disse que ela estava bem. Só se esforçou demais.” Liz ouviu Damon bufar. “Eu a conheço. Ela é muito mais forte do que aparenta.”

“Você não sabe de nada!” Ele gritou. “Em outra situação, eu já teria esmurrado você!”

“E eu o teria matado.” Klaus falou tranqüilamente. Liz decidiu que já era suficiente.

“Damon.” Ele se virou rapidamente e ela viu seu rosto preocupado. “Eu tô bem. O Klaus tem razão.” E ergueu uma das mãos. Damon a ajudou a se sentar no sofá.

Elisabeth sentiu a sala girar. Realmente tinha se esforçado muito. Física e mentalmente. Mais do que gostaria. E mais do que deixaria Damon saber.

“Você se preocupa à toa” Liz esboçou um sorriso. “Eu realmente esgotei todas as minhas forças naquele último bloqueio ao Eijah.”

“Eu disse, mas quem é que Damon Salvatore escuta?”

Elisabeth virou a cabeça lentamente, em direção à voz. Fazia tanto tempo que não o via. Mas mesmo assim, o rosto ainda lhe era muito familiar. Para o total espanto de Damon, Liz se levantou do sofá e, num pulo, enlaçou Klaus pelo pescoço, num abraço fraternal.

“Klaus!” ela exclamou, quando ele retribuiu seu abraço. “O que você ta fazendo aqui? Ok, pergunta idiota.” Ela se corrigiu quando ele lhe lançou um olhar zombador.

“A pergunta, minha querida, é o que você está fazendo aqui.” Ele tocou-lhe a ponta do nariz com o indicador, e Damon quis quebrar-lhe o dedo.

“Alguém pode me explicar o que raios está acontecendo aqui?” ele se estressou. “Elisabeth, será que você pode me dizer por que está tratando esse cara como seu BFF?”

“Será que é porque este cara salvou a sua vida?” Klaus ainda estava impassível.

“Será que vocês dois podem parar de agir como crianças?” Liz suspirou. “Damon, não se preocupe. Eu conheço o Klaus. Se ele quisesse nos matar, nós não estaríamos tendo essa conversa agora.” Ela sorriu para os dois. Klaus tocou-lhe o ombro.

“Você está fraca. Precisa se alimentar. Porque não pede pro seu amiguinho Salvatore ir buscar uma adolescente cheia de energia pra você?”

Damon estava a ponto de pular no pescoço dele! “Porque nós não vamos conversar no jardim, Klaus?” Elisabeth queria terminar com aquela situação constrangedora.

“Está muito sol. Eu não gosto!”

“Klaus, não dificulta!” Liz suspirou. “Damon, você pode me fazer o favor de trazer uma bolsa de sangue? Eu realmente preciso dela agora!”

Damon nada disse. Apenas virou de costas e deixou a sala.

“Klaus! Será que você pode parar de implicar com ele?” Liz começou a falar baixinho, assim que Damon saiu.

“Pensei que você não gostasse dele.” Ele retrucou, dando de ombros.

“É diferente! Eu não quero que vocês dois se matem e...”

“Você sabe que não seria eu quem morreria” ele ponderou.

“Por isso mesmo!”

“O que nos leva de volta para meu primeiro argumento.” Ele a puxou pela mão e os dois se sentaram no sofá. “Pensei que você não gostasse dele. No entanto, chego aqui e você está o mandando sair, esgotando seus poderes e disposta a enfrentar Elijah sozinha. E pra que?” Klaus lhe tocou gentilmente o rosto. “Eu ainda me lembro como ele a deixou na última vez.”

“As coisas mudaram. Eu mudei.”

“Mas, pelo visto, o Damon não mudou nada!” Ele rebateu. No instante seguinte, ouviram Damon retornar. Liz baixou os olhos e encarou o chão. Não queria ter de enfrentar aqueles olhos azuis curiosos. Não ainda.

“Damon, será que você pode ligar pro Stefan e pedir pra ele adiantar a reunião.” Ela pegou a bolsa e começou a tomar o líquido pastoso. Klaus fez cara de nojo.

“Você tá comendo isso, agora?”

“É melhor do que matar adolescentes.” Ela respondeu, com um sorriso. Terminou rápido e colocou a bolsa sobre a mesinha, enquanto via Damon, num canto falando ao telefone. Assim que ele desligou, Liz estendeu-lhe a mão.

“Senta aqui, Damon. Nós precisamos conversar.”

“Eu vou precisar ir até a casa do Alaric. O Stefan não conseguiu falar com ele.”

“E por que o Stefan não foi lá? Ah, tá. Elena.” Ela concluiu quando ele ergueu a sobrancelha.

“Eu vou, mas volto rápido. Você não vai nem conseguir sentir saudades.” Damon lhe deu um leve beijo na testa e lançou um último olhar ameaçador a Klaus, antes de sair.

Klaus a encarou e Elisabeth respirou fundo, antes de falar. “Ok, pode começar com o sermão.”

“Sermão? Eu devia te dar umas palmadas!” Klaus ria abertamente. “De todas as coisas idiotas que você já fez...”

“É eu sei.” Liz fez uma careta. “Como foi que você me achou?”

“Como você acha? Isobel.” Ele explicou. “Ela só não soube me dizer o porque de você não estar atendendo as ligações dela. Mas agora eu entendo o motivo.”

“Não é isso. Eu não posso simplesmente ficar pendurada no telefone o dia todo passando pra Isobel cada minuto do meu dia!”

“Mas alguma consideração...”

“Consideração?” Liz soou irritada. “Ela foi quem me pediu pra vir até aqui! Mesmo sabendo o quanto eu me envolveria.”

“Ela estava preocupada com a filha.” Klaus tentou amenizar. “Eu a entendo. Como acha que eu me senti quando ela me disse que Elijah estava um passo atrás de você?”

“Mas você é super protetor.” Ela sorriu pra ele.

“E você é uma desmiolada que vem se enfiar dentro da casa dos Salvatore!”

“Eu não tive escolha. Além do mais, eu tive de adaptar o meu plano inicial. As coisas ficaram mais, digamos, complicadas.”

“Com o Damon?”

“Com tudo! Eu achei que conseguiria chegar aqui e fazer o que eu tinha que fazer. Matar Katherine, me vingar do Damon, a coisa toda que você já sabe.” Ela fechou os olhos. Queria por os pensamentos em ordem.

“Algo mudou em mim nesses últimos três dias. Eu achei, por exemplo, que não me importaria em sacrificar a Elena. Mas, depois que a conheci, vi que ela é uma moça esperta, corajosa e cercada de pessoas que morreriam antes de deixar qualquer coisa acontecer a ela, entende? Eu não posso...” ela escondeu o rosto entre as mãos.

“E o Damon?”

“Pára de me perguntar do Damon. Eu não sei!” ela explodiu. “Eu não sei como eu me sinto. Eu queria odiá-lo, mas eu não consigo! Mas eu também não quero amá-lo e correr o risco de ele me magoar de novo.”

“E o que você vai fazer agora?” Klaus quis saber.

“Isso depende de você. Eu não quero ter de matar a Elena, o que significa que eu não posso quebrar a maldição do sol e da lua. Mas posso desativar a pedra, com o sangue Petrova. Klaus, eu preciso pedir...”

“Não precisa. A muito tempo eu desisti de quebrar essa maldição. Acabaríamos tendo muitos problemas com isso. Mas ainda não perdoei Katherine.”

“Somos dois.” Elisabeth sorriu. “Quer saber? Vou fazer primeiro o que prometi a Isobel. Vou matar a Katherine, quebrar a maldição da pedra e salvar a Elena. Eu penso no resto da minha vingança depois.”

“E eu me incluo nesse resto?”

Elisabeth se assustou. Não tinha ouvido Damon entrar. “E o Alaric?” perguntou-lhe a primeira coisa que lhe veio à cabeça.

“Atendeu o telefone. Tinha esquecido o celular com a Jenna.” Ele tinha a expressão severa e a olhava com desgosto. “Então, Elisabeth. Eu estou esperando uma resposta.”

“Damon, senta. Eu preciso te explicar tudo.”

“E como precisa!” ele esbravejou.

Ela respirou fundo antes de começar. “Não é novidade que eu queria me vingar da Katherine. Mas, depois de algumas décadas, eu simplesmente não tinha mais esperanças. Eu queria apenas seguir em frente. Deixar o passado pra trás. Foi quando eu conheci a Isobel, e ela me contou sobre a Elena. Eu sabia que a Isobel era descendente da Katherine e, sendo uma bruxa, eu pude calcular. A época certa, a geração certa... eu sabia que Elena era uma doppleganger.”

“Será que você pode ir pra parte interessante?” Klaus parecia entediado.

“Eu vou chegar lá. Eu ouvi que Elijah ainda tinha negócios pendentes com Klaus, e eu sempre soube que ele queria ganhar o seu reconhecimento. Foi quando eu entrei em contato com Rose e Trevor. Expliquei a eles como encontrar Elena, e como contatar Elijah, através do Slater. Depois que eles a tivessem entregue para Elijah, eu ia esperar a Katherine aparecer.”

“Só que seu plano falhou.” Damon soou frio.

“Sim, mas até então, eu não sabia. Você prendeu Katherine na tumba na mesma noite em que Trevor seqüestrou Elena.”

“E você não se preocupou com ela?”

“E porque eu me preocuparia?” Liz bradou. “Ela não significava nada pra mim. Era apenas um instrumento para eu conseguir o que eu queria.”

Nós nos importamos com ela.” Damon sibilou.

Elisabeth entristeceu. Sabia que Damon não entenderia. Não conseguiria admitir ninguém pondo em risco a vida de Elena. Ela era muito importante pra ele. Ele era mesmo apaixonado pela namorada do irmão, Liz concluiu, com desgosto.

Damon abriu a boca para mais uma pergunta, mas Klaus o cortou. “Porque você não pára de fazer essas perguntas inúteis e deixa a Elisabeth terminar de falar?”

“Obrigada.” Ela continuou. Damon a olhava fixamente, enquanto Klaus parecia desinteressado. Liz continuou. “Naquela noite, Isobel me acordou. Disse que as coisas não tinham saído como o plano e me pediu pra ligar pra Rose.”

“Eu liguei e ela confirmou. Me contou alguns detalhes. Foi quando soube também que os irmãos Salvatore haviam retornado à Mystic Falls. E que, como os dois estavam apaixonados por Elena, eles a tinham livrado de Elijah.” Damon revirou os olhos, mas ela o ignorou. “Não que fosse uma surpresa a história se repetir.”

“Rose me pediu ajuda e eu concordei. E como poderia me negar? Eu tinha o meio, o alvo, o motivo e a oportunidade, tudo em uma bandeja de prata.” Ela sorriu sem vontade.

“E porque você, e não Isobel?” Damon quis saber.

“Porque ela sabia que eu era a única a quem Klaus ouviria primeiro e atacaria depois.”

“É verdade” Klaus concordou.

“Deixa eu ver se eu entendi.” Damon pôs-se de pé, em frente a Liz. “Você usou, manipulou, mentiu, enganou... e pra que? Por uma vingança estúpida! Passou por cima de todo mundo por simples orgulho! Me diz uma coisa. Dormir comigo também foi parte do seu plano de mestre?”

Ele viu os olhos dela se encherem de lágrimas, mas não se deteve. “Quer saber, eu não me importo! Você me enganou direitinho, Elisabeth. Eu achei que você era diferente. Especial. Mas no final...” ele a olhou com desprezo “Você é apenas igualzinha à Katherine!”

E saiu, batendo a porta, deixando Elisabeth com a sensação de que, o que quer que Elijah tivesse sentido quando Klaus lhe arrancara o coração, não chegava nem perto da dor que ela sentia agora.


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Notas finais do capítulo

E aí, ladies? Ficaram com peninha da Liz? Eu fiquei! Snif, snif... Mas precisava adicionar um draminha nessa história, né?

O que acharam do Klaus? Eu não acho que o original seria assim, mas porque não fazê-lo alguém honrado e com laços emocionais, apesar de cruel e vingativo? Achei que a mudança seria legal...

Mas não se enganem... nossa história não ficou sem um vilão à altura. Apenas aguardem!

Beijos!!! Luv U!!!



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