Better Than Revenge escrita por luciana_seixas


Capítulo 18
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Notas iniciais do capítulo

Continuando...



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Elisabeth acordou com uma sensação diferente naquela manhã. Tranqüilidade. Essa era a palavra. Ela virou a cabeça e pôde ver o motivo da mudança. Damon ainda dormia sereno ao seu lado, abraçando-a pela cintura, as pernas entrelaçadas nas suas. Ela suspirou e se aconchegou ainda mais. Era tão bom!

Damon se mexeu e Liz rezou pra que ele não acordasse também. Queria poder olhá-lo um pouco mais, até que tivesse decorado cada pedacinho dele. Os cabelos negros caiam bagunçados no rosto, lhe dando um ar selvagem. A boca era um convite à perdição. Os traços fortes, ela reconheceu, lhe tiravam a sanidade. Ela lembrou-se do dia em que o conhecera. Não esqueceria nem em 146 anos, nem nunca. Naquele momento, ela pensara que aquele ela um homem que ela poderia amar por toda a sua vida. E agora, em seus braços, ela tinha certeza que poderia amá-lo pela eternidade.

”Não!” Elisabeth queria mudar o rumo dos pensamentos, não queria admitir que ainda sentia por ele a mesma paixão adolescente que sentira antes. Não podia querê-lo, desejá-lo, amá-lo! Pelo menos, não para depois perdê-lo novamente.

“Sabia que é falta de educação ficar encarando?” A voz de Damon a trouxe de volta à realidade. Seus olhos estavam fechados, mas os lábios dele sorriam.

“Eu não estou encarando. Eu estou admirando!”

“De qualquer forma, é incômodo!”

“Não é, não! É afetuoso.”

“Conheço outras formas bem melhores de você demonstrar o seu afeto por mim.” Ele a puxou, até que ela estivesse deitada sobre ele, e a beijou. Explorou-lhe a boca com a língua e acariciou-lhe as costas com as pontas dos dedos. As mãos de Liz foram parar nos cabelos dele, não se cansava se sentir a maciez dos fios entre os dedos. Ela aproveitou um momento de distração dele, e tomou o controle da situação. Beijou-lhe o lóbulo da orelha, o pescoço, o rosto.

Ao encará-lo, Liz encontrou seus olhos e achou que iria se afogar naqueles dois lagos azuis. Ele sorriu e lhe afagou a face. “Nunca conheci alguém tão linda ao acordar!”

“Não sei se fico irritada ou lisonjeada, Damon!” Ela lhe bateu levemente no braço. “Acho que nem você sabe quantas mulheres já acordaram ao seu lado.”

“Na verdade, não muitas.” Ele respondeu honesto. “Na maioria esmagadora das vezes, eu escapulia no meio da noite, enquanto elas ainda estavam dormindo.”

“E porque você ficou aqui hoje?” ela perguntou, apesar de temer a resposta.

“Porque esse quarto é meu!” ele sorriu cínico.

“Tá me expulsando, é?” Ela fez menção de levantar, mas ele a apertou mais ainda.

“De jeito nenhum! Agora que eu te agarrei, não vou te soltar tão cedo!”

Ela riu, satisfeita. Deu-lhe um beijo, e depois fez um biquinho. “Infelizmente, senhor Salvatore, nós não estamos de férias. Temos muito a fazer hoje.”

“É verdade, temos muito a fazer!” Ele repetiu enquanto deslizava as mãos pelas costas de Liz, sugestivo.

“Damon, não era disso que eu estava falando!”

“Eu sei. Mas ninguém pode dizer que eu não tentei!” E lhe beijou de novo. “Você deve ser mesmo uma bruxa muito boa. Me jogou um feitiço e me deixou viciado. Eu não consigo largar você!”

“Mas nós temos de levantar. Hoje é noite de lua cheia, e nós vamos poder fazer o ritual. Temos que preparar tudo.”

Damon bateu com a mão na testa. “Tá vendo o que você faz comigo, princesa? Eu tinha esquecido completamente de tudo!”

“É, mas eu não!” ela lhe beijou levemente e se levantou. “É melhor nos arrumarmos e descermos. Precisamos reunir todo mundo. Depois que o Tyler se transformar e nós conseguirmos o sangue dele, teremos tudo que precisamos.”

Ele também levantou e perguntou, caminhando na direção dela. “Não vai ser muito perigoso? Ele nunca se transformou antes, não sabemos o que esperar.”

Ela arregalou os olhos. “É a primeira transformação?” Ele assentiu com a cabeça. “Isso fica cada vez melhor!”

“O que você quer dizer? Quer saber, não importa.” Ele lhe acariciou o rosto. “Só não quero que você se coloque em perigo. Você viu o que aconteceu com a Rose. Só de pensar naquele lobo atacando você, tão pequena, tão frágil...”

“Tá com medo, Damon?”

“Não, estou preocupado!” aquilo a emocionou.

“Não precisa. Eu não vou estar em perigo. Eu disse, com a selenita nós podemos controlá-lo. Só precisamos esperar que a transformação seja concluída.”

“Acho bom que não tenha mesmo nenhum risco.” Ele sorriu provocante e lhe deu um tapinha na bunda. “Não quero me arriscar a perder o melhor sexo que eu já tive!”

“Melhor?”

“A-hã!” Ele beijou sua testa. “Porque você não aproveita e toma um banho. Eu vou pegar outro vestido pra você!”

“Não precisa, eu uso o mesmo!”

“De jeito nenhum! Senão a gente vai ter de esperar até a próxima lua cheia!” ele a soltou e caminhou para fora do quarto. Ela foi ao banheiro e escovou os cabelos. Já ia entrar no banho quando ouviu a conversa no quarto ao lado.

“Stefan, porra! Abre a porta! Você não ia dormir na Elena?

“Eu dormi! Já voltei, antes que a Jenna acordasse. O que foi? Onde é o incêndio?”

“Eu preciso de um vestido!”

“Acho que não tenho nenhum que combine com a cor dos seus olhos!” Stefan respondeu, divertido. Liz reprimiu a gargalhada.

“É pra Liz, idiota!” ela ouviu passos. “Não! Esse não! Eu preciso me concentrar! Tem de ser um feio...”

“Acho que ela não vai gostar de usar um saco de batatas!”

“Acho que ela vai, se o saco de batatas ficar no corpo dela por mais de dois minutos!” Damon bufou e Liz ouviu a gargalhada sonora de Stefan.

Elisabeth tomou banho sorrindo. Era bom saber que despertava em Damon aquele tipo de desejo. Ela se enrolou na toalha e o encontrou numa situação inusitada.

“O que é isso?” ele depositava uma bandeja sobre a cama.

“Isso se chama comida e serve pra alimentar os corpos fracos depois de uma noite de, digamos, atividades físicas cansativas.”

“E desde quando você trocou as bolsas de sangue por suco de laranja, frutas e pão?”

“Desde que a Elena passou a ficar aqui, o Stefan mantém comida na casa.” Ele explicou. “Ele ficava um porre toda vez que ela tinha que sair só pra comer. Enfim, acho que você precisava se alimentar, princesa.”

Ela estava comovida. “Obrigada, Damon. É muito atencioso da sua parte.”

“Só tô tomando conta de você!” ele disse simplesmente. “Você precisa de mais alguma coisa?”

“Só de mais uma.” Ela o puxou para um beijo terno. Estava surpresa com todo aquele cuidado. “Nunca pensei que você pudesse ser tão...”

“Sexy? Gostoso? Modesto?” ele fez aquela carinha atrevida que ela adorava.

“Fofo!”

“Fofo? Filhotes são fofos!” ele queria parecer bravo.

“Você também é. É fofo por se preocupar comigo, por cuidar de mim, por me fazer sentir tão... sei lá, especial.”

“Você é especial. E agora trate de comer que eu vou tomar banho.”

Ele lhe beijou suavemente e entrou no banheiro. Ela sentou na cama e comeu tudo que ele lhe trouxera. Nem tinha percebido que estava com tanta fome. Terminada a refeição, ela trocou de roupa e colocou o vestido emprestado que Damon trouxera. Se olhava no espelho quando ele saiu do banheiro.

“Esse foi o vestido mais feio que você encontrou?” ela deu uma voltinha, pra que ele a visse melhor. O vestido preto era simples, mas extremamente sedutor. “Nem quero imaginar qual é o mais bonito!”

“Primeiro, não se deve ouvir a conversa alheia. Segundo, esse não era o mais feio, mas era o mais sem graça. Pelo menos foi o que eu achei quando o vi no cabide.” Ele abriu o próprio guarda-roupas, escolhendo o que vestiria. Ela passou por ele e pegou uma camisa branca, de botões.

“Usa essa. É sexy!” ela lhe entregou a peça.

Ele vestiu-se rapidamente e os dois desceram juntos. Stefan falava ao telefone quando os viu, mas logo desligou.

“Será que eu perdi alguma coisa?” ele perguntou, divertido, notando a expressão cúmplice dos dois.

“Não perdeu nada, irmãozinho. Ainda. Mas vai perder um olho se continuar olhando pra Elisabeth com essa cara de adolescente tarado.”

Stefan riu com vontade. Liz decidiu apenas ignorar os dois.

“Você já falou com a Elena hoje, Stef?”

“Estou indo pra lá agora. Por que?”

“Será que você pode marcar uma nova reunião com todos hoje, as 4 horas, aqui?”

“Considere feito.” Ele concordou. “Vocês dois estão...? Sabe...?”

“Não é da sua conta!” Damon rebateu, seco. “Dê lembranças a Elena.”

“Tá bom, não precisa me expulsar. Eu já tô saindo!” ele riu. “Não façam nada que eu não faria, ok?”

“Não se preocupe. Nós só vamos sair e matar alguns coelhinhos.” Elisabeth não conseguiu se segurar. A expressão de Damon era hilária, e ela caiu na gargalhada. Ele a puxou e lhe olhou, tentando ficar sério.

“Tá rindo de mim agora, é? Perdeu a noção do perigo?”

“Não. Mas eu preciso confessar que estou gostando desse novo Damon.”

“Como assim?” ele pareceu realmente não entender.

“Quero dizer que acho bom que você esteja sorrindo, brincando. Era assim que eu me lembrava de você. Lembra, como quando você jogava bola com o Stefan? Vocês podiam passar a tarde se divertindo juntos...”

“Isso foi a muito tempo atrás.”

“Eram as lembranças que eu tinha de vocês até três dias atrás.” Ela contornou o rosto masculino com a ponta do dedo. “Você me tira do sério. Tem horas que eu quero arrancar a sua cabeça, ou então, quebrar algo bem pesado nela. Mas tem outras que eu só quero que você me beije até que eu esqueça meu próprio nome.”

“Elisabeth Marie Fell.” Ela arregalou os olhos, surpresa. “O que foi? Não é esse o seu nome?” ele pareceu confuso.

“É sim. É só que eu não achei que você lembrasse. É surpreendente!”

“Não tão surpreendente quanto o fato de você só querer se aproveitar de mim!”

“Como você é convencido!” Ela sorriu. “Eu não quero me aproveitar de você.”

“Não?” ele ergueu uma sobrancelha.

“Não, eu quero me aproveitar só do seu corpinho.”

Damon a puxou para si e a beijou, impaciente. Queria sentir-lhe o gosto. Queria tê-la por inteiro. Queria nunca mais ter de deixá-la ir.

Ainda se beijavam quando ouviram a porta da frente se abrir. Ao mesmo tempo, pasmados, reconheceram a figura sombria parada na entrada.

“Mas que lindo! Eu até diria que sinto muito em interromper, mas eu realmente detesto mentir.”

“Elijah.” Elisabeth falou, coma voz firme. “O que você quer aqui?”

“Acho que nós já sabemos essa resposta, princesa.” Damon falou em seu ouvido.

“Ele tem razão, Elisabeth. Você sabe o que eu quero. A selenita e a doppleganger Petrova.”

“Pena que você tenha dado viagem perdida.” Liz provocou, indolente. “Você não vai por nem os olhos em nenhum dos dois, muito menos essas suas mãos imundas!”

“Olha como fala comigo, sua vadia! Eu te agüentei muito tempo por causa do Klaus. Ele nunca entendeu a perda de tempo inútil que você era. Mas agora...”

“Mas agora, o que? Quero ver você tentar qualquer coisa contra ela.” Damon se impôs. Liz tocou-lhe o braço, pedindo calma. Colocou-se a sua frente, e olhou diretamente para Elijah.

“Sabe o que mais, Elijah. Eu posso até ser uma inútil. Mas e você? Você não passa de um bichinho de estimação que mesmo sendo pisado e maltratado, ainda abana o rabinho e vai buscar os chinelos do dono. Você sempre teve inveja de mim, porque queria estar no meu lugar. Porque você queria que Klaus desse pra você o mesmo valor que ele dava pra mim.”

“E você acha que eu não merecia? Uma eternidade de servidão pra que? Pra ser trocado por uma vagabundazinha qualquer metida a esperta, que mal sabia acender uma vela. Era uma inútil, sim! E se até hoje você ainda conserva a sua cabeça é porque eu sou muito generoso...”

“Você não passa de um covarde, isso sim!”

“Você vai se arrepender de ter dito isso!” Elijah bufou de raiva e se atirou em direção a Elisabeth. Ela lembrou-se de um feitiço de bloqueio, parecido com o da tumba, e o repetiu. Concentrada, viu Elijah tentar vez após vez passar por aquela barreira invisível, sem sucesso. No entanto, sabia que não agüentaria por muito tempo. Estava fraca e ele era poderoso. Só havia uma coisa a fazer.

“Damon, sai daqui!” ela disse baixinho.

“Não!” foi a resposta imediata.

“Damon, sai daqui agora! Por favor!”

“Eu não vou deixar você aqui sozinha.”

“Damon, por favor.” As forças dela estavam acabando. “Sai daqui. Você não precisa ficar! Sai!”

“Não! De jeito nenhum!” ele negou de novo.

Ela estava exausta. Sentia sua energia se esgotando e ela não seria mais capaz de protegê-los. De protegê-lo! Seu nariz agora sangrava, sua cabeça doía. Ela percebeu o momento em que Elijah notou o seu enfraquecimento. Ele sorriu com deboche e comentou. “Parece que a piranhazinha se divertiu demais na noite passada. Espero que tenha valido a pena morrer por isso.”

Liz não conseguiu mais segurar e, com um suspiro, desistiu. Não adiantava mais. Só desejava que Damon tivesse saído de lá. Mas ele permanecera o tempo todo a seu lado, segurando-lhe a mão. Eles não teriam a menor chance.

“Eu vou fazer o que devia ter feito a muito tempo.” Elijah sentenciou. “Eu vou matar você, Elisabeth!” Ele fez menção em dar um passo, mas sua expressão mudou de repente. Ele grunhiu e seu rosto virou o retrato da dor. Elijah caiu de joelhos. Liz e Damon puderam então ver o motivo. Alguém havia lhe arrancado o coração. Alguém que Damon não conhecia, mas que Elisabeth não tardou em distinguir. Num último resquício de força, balbuciou um único nome, antes de cair desacordada nos braços de Damon.

“Klaus!”


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Notas finais do capítulo

Girls!!! Primeiro, que bom que vocês gostaram do capítulo anterior... pra ser sincera, eu estava um pouco preocupada, mas achei que ele ficou melhor do que eu esperava!

Segundo, fiquei tentando a noite toda postar esse capítulo, mas não conseguia que o site carregasse. Resultado, aqui estou eu, postando às 2 da manhã!

Terceiro: Adooooooooooro ler as reviews e mensagens que vocês me enviam. Obrigada pelo carinho e pelo apoio!

Prometo que tentarei postar o próximo capítulo mais cedo amanhã, mas se não conseguir, estarei aqui de madrugada de novo! ksksksksks...

Beijos! Luv U!!!



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