Doce Sonho escrita por Choko


Capítulo 11
Capítulo 11: Quando chega a primavera.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! E eu não demorei tanto dessa vez!! ^.^
Enfim, boa leitura!



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Meus olhos brilhavam enquanto Tomoko terminava de ajeitar aquela roupa. A bela yukata era feita de ceda e tinha uma cor escura, com detalhes florais em branco e azul fazendo contraste. O obi também era de cor clara. O tamanco de madeira era estilizado e as tiras combinavam perfeitamente com a veste. E, por último, havia um pequeno enfeite em forma de flor, de madeira, que a serva terminava de fixar em meu cabelo.


–Pronto!Está linda! -disse Tomoko, animada - ...agora sim parece uma moça digna da companhia de Kazama-sama!


Olhei-me no espelho e sorri verdadeiramente satisfeita.


–Obrigada, Tomoko-san!


-Não precisa agradecer, eu apenas fiz o que era para ser feito.


E agora que esta arrumada, posso lhe apresentar o resto da casa.-Certo!Antes de sairmos, deu uma última olhada em meu reflexo. Agora, daquela forma sentia-me mais confiante para poder começar o dia e uma nova vida naquela mansão.


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Capítulo 11: Quando chega a primavera.


Após a refeição, Tomoko continuou a me guiar, mostrando mais alguns lugares da casa que eu ainda não conhecia.


O único lugar que ela não me apresentou foi o andar onde estava o quarto de Kazama-san. Mas, de qualquer forma, não me importei muito com isso. Quanto mais ficasse longe daquele homem, mais tranquila eu estaria. Afinal, mesmo com o acordo feito, eu não conseguia confiar totalmente nele. Parecia que quanto estava por perto sempre tentava me testar, me analisar, esperando por um passo em falso que eu desse e que denunciasse o que eu verdadeiramente sentia por dentro.


Tomoko-san, em sua última parada me apresentou o lugar que eu mais gostei : O jardim.


Quando pisamos naquela grama, que balançava constantemente com o vento, meus pensamentos e preocupações foram para longe. E eu apenas conseguia me concentrar naquela bela paisagem.


No majestoso jardim havia diversas flores no chão, dos mais variados tipos, cores e formatos. A propriedade também era cercada por árvores, incluindo sakuras que podiam ser vistas mais ao fundo, afastadas, misturando-se com outras plantas de cores igualmente bonitas.


Passamos perto de um pequeno poço e continuamos a caminhar. Eu gostaria de conhecer melhor aquele jardim que parecia infinito. Mas antes de me perder mais naquela vista, vi um pequeno garoto correndo em nossa direção.


Fiquei paralisada quando vi melhor sua aparência, constatando que até mesmo uma criança conseguia ficar em sua forma completa de oni. Ele também tinha cabelos brancos, uma franja repicada cobria os pequenos chifres que estavam a crescer. Nas mãos o pequeno levava uma coroa de flores que perdia parte das pétalas conforme ele corria sorridente. Mas o que mais me atormentou foi quando o ouvi gritar:


–Okaa-saaaannn!!


Ele...chamava pela mãe.


Engoli seco, dei dois passos para trás enquanto o pequeno desviava de mim. A palavra continuava ressoando em minha mente como um verdadeiro tormento.


–Chizuru-sama? -chamou-me Tomoko. Olhei para ela, notando logo a criança que agora estava em seu colo, sorrindo e que colocava a coroa de flores na cabeça dela.


–Oh, sim?


–Este é meu filho...Naoki. - e o garoto em seu colo virou-se para mim.


–Prazer em conhecê-la, onee-chan! -disse, alegre. Tentei sorrir em resposta, escondendo um pouco o quanto estava abalada por Tomoko ser a mãe daquele pequeno oni.


Agora que pensava, tinha mesmo muitas coisas que eu desconhecia. Sobre Tomoko ou sobre todos. Até Kazama-san eu não conhecia direito, uma vez que só me foram revelados alguns de seus objetivos. E a aquela altura, eu mesma não sabia dizer se me conhecia, o que era capaz de fazer ou aonde iria chegar. E foi neste ponto que descobri que havia perdido minhas referencias.


– Então, Kazama-sama não estava brincando quando disse que havia a trazido para cá. - disse uma voz grave. Só então me virei e percebi que ali estava um daqueles homens que viviam acompanhado Kazama-san. E o mais espantoso, de fato, foi vê-lo com uma coroa de flores na cabeça, assim como Tomoko estava agora.


– Amagiri! - a oni o chamou sorridente. O pequeno em seu colo logo desceu e foi correndo até aquele homem.


–Vamos, vamos continuar a brincar! -e ele segurou as mãos de Amagiri-san, tentando puxá-lo. -Okaa-san parece ter gostado do presente. Agora quero fazer uma coroa de flores para a onee-chan!


Enquanto os via se afastar, e Amagiri sendo puxado pelo insistente e enérgico garoto, ouvi Tomoko-san suspirar desanimada.


–Sinto muito...Naoki acabou lhe chamando dessa forma - ao que parecia, ela se referia ao fato dele ter me chamado de “onee-chan”- ...ele é um pouco impulsivo, mas é um bom garoto!


–Eu sei. - e sorri para ela - ...e eu realmente não me importo por ele me chamar assim. Parece que ele é bastante apegado a Amagiri-san, não?


– Eu não sei bem quando isso começou... assim que percebi ele já havia se familiarizado com ele. - dizia isso ela, parecendo preocupada - e desde então, ele passa mais tempo com ele do que comigo.


–Mas isso é bom, não? Ele tem alguém para quem brincar sempre com ele, pois ao que parece você é bastante ocupada Tomoko-san.


–Oh , sim... - e a criada pareceu ficar mais animada - fico mesmo feliz ao vê-lo sorrir dessa forma. Depois de tudo o que aconteceu não esperava mais vê-lo assim, tão alegre.


–O que... aconteceu? - perguntei, desconfiada.


Tomoko-san, dando-se conta do que havia dito, um pouco atrapalhada tentou desconversar:


–Hã? Na-Nada...!! - e tornou a sorrir, um tanto desconfortável- ...bem, vamos! Ainda não terminei de mostrar a casa!!


Então, Tomoko passou a andar na minha frente, apressada. Apenas a segui. E agora tinha certeza de que realmente não sabia nada sobre aquela serva.


Mas, ainda que houvesse bastante coisa para descobrir, eu teria tempo de sobra para isso.


Enquanto andava, via folhas e pétalas de flores sendo carregadas pelo vento e algumas até pousando em minha roupa. Ah, a primavera...para mim a primavera havia verdadeiramente começado só naquele dia. Conforme o tempo mudava, as flores desabrochavam e os dias se passavam eu sentia que poderia mesmo começar a mudar. Não somente mudar a mim, mas também aqueles sentimentos do passado que deveriam ficar para trás.


Era um começo...um novo começo para mim.


Continua...



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Notas finais do capítulo

Então,queridos leitores, este era o último capítulo que eu tinha pronto no word, portanto o próximo talvez demore um pouco mais... x.x
Bem, espero que tenham gostado e espero que comentem! *.*
Kissus...Bye!



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