Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 38
2ª Fase: Capítulo 36 - The Pain Never Dies


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, sejam bem vindas, novamente, á Opera Paris.
Espero que gostem.
Boa leitura.
Nos falamos lá embaixo.
beijinhos.



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Capítulo 1 – The Pain Never Dies

A dor nunca morre.

Paris 1895

 "Extra, extra! Grande desastre acomete o Opera de Paris!" Um jornaleiro qualquer berrava em praça pública atraindo a atenção de algumas pessoas que passavam por ali. Porém, numa casa amarela, no centro da cidade, uma jovem bailarina era acometida por pesadelos sombrios e vermelhos, onde chamas e labaredas altas invadiam-lhe o corpo e a consumiam viva. Isabella Swan sobressaltou-se em sua cama, arfando e derramando lágrimas.

 - Oh, mon dieu! - ela choramingou.

- Miss Bella estás bem? - uma camareira perguntara a jovem.

- Sim, só tive um pesadelo. Já irei me levantar. Obrigada.

 Isabella Swan era a bailarina principal do Opera de Paris. Dona de grande voz e bastante agilidade, bem como movimentos simples e delicados; fora treinado pelo famoso – e misterioso – Fantasma da Ópera. O fato era que o Opera de Paris havia sido acometido por um incêndio terrível, cujas labaredas lamberam até as cortinas de veludo do grande palco. E ela sonhava com este dia todas as noites.

 - Posso entrar?

- Sim, Gerard. - ela cobriu-se.

- O mesmo pesadelo?

- Sim, mas desta vez também houve um sonho, um sonho insano, em que nós conseguíamos fugir, em que eu me casava na casa de praia de meu pai. - Ela enxugou algumas lágrimas.

- Gostaria de poder fazer seus pesadelos irem embora, mas infelizmente não posso. – Gerard compadeceu-se.

- Nenhuma carta?

- Não senhorita, nada. De nenhum lugar.

Isabella deitou-se novamente e encolheu-se em suas cobertas. Gerard fechou a porta e deixou-a com sua tristeza.

O que aconteceu, vocês devem se perguntar? O que se passou de tão terrível e desastroso que deixou Isabella Swan debilitada e sozinha em uma vida sem luz e música, sem movimento e paixão... Uma vida solitária e infeliz.

 “Na noite do último espetáculo, o Don Juan Vitorioso, escrito e composto pelo próprio Fantasma, algumas coisas saíram do controle do Conde Cullen e deram tremendamente errado.

 Quando o Visconde James de Chagny empunhara sua espada para desferir um golpe que deveria atingir o Fantasma, Isabella adiantou-se e protegeu seu amado. Sim, todos da corte lembram-se deste detalhe. Porém, após desferir o golpe – por engano em Isabella – James tornou a avançar sobre o Fantasma, desferindo-lhe outros dois golpes que dessa vez foram certeiros. Uma mancha escura banhou sua camisa.

 Na teoria, o plano era que Edward trocasse de lugar com um de seus irmãos e então defendesse Isabella, mas com os golpes que ele sofrera e com a rapidez que o Visconde chegara ao local, não foi possível fazer essa troca. Assim, com as pessoas avançando cada vez mais rápido e a guarda imperial junto com a guarda da cidade se aproximando mais rapidamente daqueles calabouços, os Condes só puderam fazer uma coisa... Fugir.

 James socorrera Isabella, que estava desacordada; Emmett e Jasper se perderam de Alice e Rosalie, mas encontraram-nas horas depois, em frente ao teatro.

 - E Bella? – Rosalie perguntara a Emmett.

- O que vai ser dela agora? Onde está Edward?

- Nós não sabemos onde ele está, mademoiselle. – Jasper respondeu à loura. – Talvez meu irmão esteja escondido, talvez a procure depois...

- Não, Jasper! – Alice exclamou. – Ele não vai procurá-la depois porque a guarda da cidade vai estar à procura do Fantasma, e sabemos que eles não vão encontrá-lo. E minha casa vai estar sendo vigiada.

- Isabella terá que ficar na cidade. Nós precisamos sair, eu e meu irmão, e procurarmos Edward, que...-

 Naquela noite, quando iriam decidir o que fariam a seguir, um estrondo impediu que continuassem. A multidão que antes estava dentro das catacumbas do teatro, teve que sair às pressas, já que grande parte da estrutura interna estava desmoronando sobre suas cabeças. E novamente, eles correram, sem mais serem vistos. O estrondo provinha de inúmeros, na verdade incontáveis manifestantes que carregavam tochas e armamentos.

 Eles eram chamados comunas, e apenas aproveitaram o momento de revolta no centro da cidade para, também, expressar a sua própria raiva. Os comunas, assim chamados todos os membros e partidários da Comuna de Paris, planejavam ataques constantes a cidade, a fim de atingir o imperador e, futuramente, invadirem o palácio Versalhes... Assim como há cem anos, no reinado da grande Maria Antonieta.

 E foram esses comunas, os responsáveis por inúmeras mortes naquela noite.

 Isabella despertara três manhãs depois do grande acidente. Ela estava em sua cama, na casa de Alice, sendo tratada por Gerard e Madeline. Ao longo dos dias ela lia os jornais e esperava que Edward, ou qualquer um deles, batesse a sua porta, provando estarem vivos.”

 - Mas as noites ainda são o meu tormento. - Ela murmurou para si mesma, enquanto encarava o retrato que haviam colocado no quarto. Sua aparência estava diferente; mais pálida, com olheiras e ela já não conseguia mais executar passos mais complexos do ballet, sem que sentisse dores no abdômen.

- É só uma questão de tempo, senhorita. O médico disse que o ferimento é recente. – Madeline entrou no quarto trazendo consigo uma bandeja de café-da-manhã. – Lhe trouxe o café. Gostaria de passear um pouco?

- Não tenho vontade nem de comer, Madeline. – Ela respondeu. – O que farei? O que farei quando eu perceber que tudo aquilo, que todas as frases ditas, que as ações tomadas, que o futuro improvável e imortal não eram reais? Mal sei o que farei sem Alice ou Rosalie, ainda mais sem Edward.

- Mas a senhorita ainda consegue cantar lindamente. Eu ouvia Alice dizer-me que se deve cantar com o coração... - Madeline supôs.

- E você não esta errada. - Bella deu um curto sorriso. - Vamos, me ajude com minhas roupas.

 Embora estivesse sorrindo e dando risadas das trapalhadas de Madeline, uma camareira-mor jovem, Bella não conseguia esconder que estava entristecida.

 Assim que estava vestida, e com seu curativo trocado, graças a Madeline, Isabella descera vagarosamente as escadas e pedira a Gerard que lhe acompanhasse pelo centro da cidade. Fazia mais de três dias que a bailarina não saía de casa e seus conhecidos já chegavam a achar que ela poderia estar morta.

 - Miss Swan, miss Swan! - Alguém a chamou, correndo atrás da carruagem, enquanto segurava o chapéu e a bengala.

- Queira se apresentar, meu jovem. - Gerard pediu ao jovem.

- Mil perdões. Sou o novo intendente de arte do império. Fui designado para supervisionar a maior restauração que Paris já viu, desde a grande rainha. Com sua permissão, gostaria que a senhorita desse uma olhada nos retratos para a galeria do novo Opera.

- Por favor, Gerard, me acompanha? - ela pediu ao mordomo.

 Gerard pediu ao jovem moco que entrasse na carruagem. O cocheiro seguia rumo ao teatro, cada vez mais, o mordomo temia pela jovem bailarina; ele não sabia que lembranças iriam tomá-la, ou qual reação a jovem teria. Entretanto, seria bom confrontar a realidade.

 Mesmo para o mordomo, às vezes a realidade parecia ser tão irreal, que mal conseguia acreditar. Gerard já acobertara muitas vezes as brincadeiras e armações de Edward, mas seus planos sempre davam certo e ele não conseguia imaginar o porquê deste plano ter dado errado... Justo esse plano.

 O teatro não estava em escombros, como Isabella imaginava. Estava inteiro... Até certo ponto.

 - Bem, milady, fico feliz que tenha vindo, e triste também. Sei que este lugar era a casa de muitas pessoas e, espero que eu consiga trazer o esplendor do Opera novamente. - o intendente dissera.

 Eles adentraram o teatro... Poucas pessoas trabalhavam naquele lugar, na verdade, seria difícil achar quem trabalhasse naquela época tão revoltante. Não havia cortinas, ou sequer cadeiras. O palco estava destruído e as estátuas estavam chamuscadas.

 - Todos os quadros... Inclusive o da mãe de Alice! - ela exclamou em horror.

- Sim, senhorita, nenhum foi perdoado. Mas felizmente temos cópias em acervo e rascunhos que serão pintados novamente.

- O que queria de mim?! - ela perguntou ao jovem.

- Mandaram-me para pintar dois retratos em especial...

 O jovem mostrou outros dois rascunhos que tinha chegado a sua mesa pela manhã. Um deles retratava a bailarina Swan de olhos fechados, atada aos braços de um ser negro e assustador. Luxúria e paixão exalavam daquele rascunho. Isabella suspirou profundamente e abriu o outro pergaminho.

 No outro, havia um rascunho que fora feito alguns dias antes da última apresentação do Opera, numa noite de casa cheia, em que ela, Alice e Rosalie dançavam juntas. Cada uma delas trajava uma cor de vestido diferente. Os cabelos de Rose iriam brilhar naquele retrato.

 E sem dizer palavra alguma, Isabella deu as costas ao intendente de arte.

 - Miss Swan não tem condições de ficar mais tempo neste lugar. – Gerard dissera. – Sua saúde está fragilizada. Então peço que dê o melhor que puder nestes retratos, pois eles serão os mais importantes da casa.

- Oui, monsieur. Merci. Diga a senhorita Swan que é um prazer conhecê-la e que a admiro acima de qualquer coisa. – O jovem fizera uma curta reverência.

- Se precisar de algo, sabe onde me encontrar. Mas não procure Lady Swan, ela não está em plena saúde e seu emocional está tremendamente abalado com os últimos acontecimentos.

- Merci, monsieur Gerárd. Ficarei contente em tratar deste assunto com o senhor. Até mais ver!

Londres, 1895.

 A notícia do desaparecimento dos dois jovens Condes - Jasper e Edward - e do jovem barão Emmett McCarty, deixava a condessa Esme com os nervos à flor da pele.

 - Edward sempre nos arranja confusão! Sempre! - Esme bradava e lançava coisas em todas as direções em seu aposento. - O que me deixa entristecida é saber que Isabella está sozinha.

- Isabella poderia nos contar tudo o que estava acontecendo. Podemos enviar uma carta, milady. - Uma das criadas sugeriu.

- Mande que nossas bagagens sejam preparadas e que uma carruagem esteja a nossa espera. Nós vamos à Paris. - a condessa decidira.

 Ainda em Londres, no centro da escura cidade inglesa, Carlisle Cullen, o Conde, reunia-se com seus sócios e aliados, em busca de notícias do paradeiro de seus filhos. Embora ele transparecesse uma calma extrema, ele parecia ruir por dentro, cada vez que uma nova notícia chegava aos seus ouvidos.

 - Conde! Conde! Milord! - alguém berrava. - Acabo de sair do parlamento e tenho más notícias!

- O que houve Lord Tibault? - O conde perguntara.

- O sumiço dos jovens Lordes está relacionado à catástrofe do teatro de Paris e com os ataques constantes dos comunas. - O Lord dissera. - Os comunas estão atacando diversos locais da cidade e Paris esta ficando perigosa.

- Milord, a senhora Cullen lhe aguarda para tratar de um assunto de extrema urgência. - Um dos criados abrira a porta do pequeno comitê.

- Preciso ir senhores. Por favor, mantenham-me informado sobre qualquer coisa. E mantenham Isabella Swan sob seus cuidados, mas sem que ela perceba. - ele respondeu ao levantar-se e ajeitar o paletó. - Preciso ir atender à senhora minha esposa. Até mais ver.

 O conde entrou em sua carruagem e fez um sinal para que o cocheiro seguisse rapidamente para suas propriedades. Carlisle sabia que Esme estava extremamente chateada e deprimida com os últimos acontecimentos, e ele tinha absoluta certeza que ela estava tomando medidas que ele não aprovaria.

 Londres parecia mais sombria que o normal. Nuvens espessas de chuva e negras de fumaça dos vapores da cidade encobriam todo o céu; era impossível saber se o céu estava ou não estrelado; só se sabia que estava anoitecendo, porque havia uma mancha alaranjada no oeste do horizonte.

 O castelo e as terras do conde estendiam-se quilômetros à frente, em planícies e colinas cobertas por parreiras verdes escuras. No meio, cercado por jardins, um muro alto e um terreno límpido, que cruzava um rio, jazia o castelo. Construído em pedras cinzas, que em dias de sol reluziam levemente e que em dias escuros transformavam aquele lugar num verdadeiro castelo de assombrações. Carlisle adentrou a propriedade e encontrou alguma movimentação em frente à porta principal.

 - O que esta havendo?

- Boa noite, Milord. - um dos criados fez uma curta reverência. - A senhora Esme esta saindo de viagem.

 Carlisle adentrou apressadamente o saguão do castelo. Correra em direção aos seus aposentos e, como bem imaginara, a condessa estava dentro do closet, dobrando vestidos.

 - Vais viajar, senhora? - ele perguntou, surpreendendo a esposa.

- Sim, Milord. Partirei esta noite, mas não demorarei em minha estada na Cidade Luz. - Ela informou-o, enquanto trancava um dos baús.

- Paris esta perigosa demais. Está a mercê daqueles malditos comunas e está sob constantes ataques. - Ela fez um sinal para que dois carregadores pegassem os dois baús no quarto. - Uma dama como a senhora poderá defender-se?

- Sabes bem que sim. Em todo caso, é Paris quem está sob constante ameaça e não eu. - Ela deixou um chapéu sobre a cama e guardou outros em suas respectivas caixas. - E preciso saber o que aconteceu com os três. E com Isabella, preocupo-me com ela naquela cidade.

- Então a traga para cá. Ela ficará sob nossos cuidados. - Ele finalmente concordara.


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Notas finais do capítulo

Olá!
Quanto tempo!!
Bem, como perceberam, resolvi criar uma segunda fase para Opera Paris. Eu tive uma fonte de inspiração muito boa e a idéia não sumiu, então acabei escrevendo mesmo. Créditos á Jéh, por ter me dado a idéia. ;P
Não tenho muito a falar hoje, apenas comentem, me digam o que acham da nova história. E ps: tenho um grupo no face, quem quiser, entra lá:
https://www.facebook.com/groups/119864531506798/
Beijinhos,
Nina.



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