Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 36
Capítulo 34 - Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas.. Último capítulo Ç_Ç
Boa leitura e noas falamos lá embaixo :D
Beijinhos



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Capítulo 34 – Epílogo

Assim que o navio aportou em Portsmouth, os condes e condessas pegaram uma carruagem e seguiram para o centro do país, na cidade de Londres, que estava sob os últimos anos do reinado da Rainha Vitoria – a monarca que permaneceu por mais tempo no poder, até os dias de hoje.

Os campos ingleses, diferentes dos da França, eram belos, sombrios, às vezes tristes, alegres ou encantadores. Seus verdes eram de tons mais escuros e bem mais claros, havia muito marrom, muitas lagoas e pântanos, cobertos por aguapés, habitado por sapos. Além dos pântanos, trincheiras naturais, penhascos e colinas cobertas por folhagens, os campos floridos eram, acima de todos, os mais bonitos. Havia flores de todo o tipo e animais de várias espécies.

Da cidade de Portsmouth, onde haviam aportado, até o centro do país, na capital, Londres, seriam de quatro à cinco horas, se o tempo colaborasse.

A cidade de Londres sempre fazia com que seus turistas ficassem deslumbrados. Suas torres em construção, o magnífico palácio de Buckinham, residência da atual governante, a Sua Majestade, A Rainha Vitoria e, viúva do Príncipe Alberto de Coburgo. O palácio era, literalmente, reluzente; sua construção havia sido terminada há poucos anos atrás, sendo a Rainha, a primeira governante a residir lá. De longe, parecia ser uma construção inteiramente dourada, como o sol.

Conforme foram atravessando a cidade, as pequenas casas aproximavam-se, e, se viam mais distantes, as mansões e castelos, espalhados em condados e outras cidades. Quando já haviam atravessado todo o centro e, depois de algum tempo, indo mais além da cidade, a propriedade onde o Conde Cullen residia já podia ser vista.

O castelo era um forte protegido por pedras grandes e escuras, que contornavam toda a propriedade, num muro alto. Na entrada principal, ao longo das colunas laterais, havia duas estátuas incrustadas; eram gárgulas. Após os portões negros, com flores de lis em suas lanças, havia um caminho de pedras claras, cercado por cercas vivas, tão verdes quanto qualquer uma das árvores que elas haviam visto pelo caminho. E no centro, como de costume, havia um jardim, com uma fonte e flores magníficas.

Foi só quando as carruagens, numa fila indiana, pararam uma a uma em frente a grande porta principal, que Isabella, Alice e Rosalie, bem como os outros acompanhantes, repararam na beleza descomunal daquele lugar. Um paraíso quase perdido. Por fora, uma construção de pedras, ao estilo medieval; e por dentro, tão luxuoso e formidável quanto o palácio de Versailles, onde estiveram dançando apenas uma vez.

Nos campos, atrás do castelo, depois dos jardins, estábulos, labirintos, havia quilômetros e quilômetros de parreiras, a fonte de toda a fortuna. Durante o dia, podiam-se ver os trabalhadores empenhados em seu serviço matinal.

Quando a pequena comitiva aproximou-se dos portões, alguns serviçais do castelo aproximaram-se e averiguaram os integrantes; quando se certificaram de que os Condes estavam sãos e salvos – como se algo pudesse feri-los -, eles abriram os portões. As três damas deslumbraram-se e arregalaram os olhos com o paraíso dentro da fortaleza.

Bem à frente, próximo às portas principais, entre um grande arco de pedra branca, estavam o conde Carlisle Cullen e sua esposa, a Condessa Esme Cullen. Seus olhos dourados cintilaram ao ver o começo de uma longa e infinita história.

Na primeira carruagem estavam Gerárd, Monsieur Fontaine e Madeline. Quando desceram, o cocheiro levou a carruagem para a entrada de serviço, onde as bagagens seriam retiradas.

- Gerárd, como é bom vê-lo! – O Conde sorriu.

- Digo-lhe o mesmo, Lord Cullen. Não mudou nada. – Ele disse-lhe, brincalhão. – Senhora, boa tarde.

- Seja bem vindo, Gerárd. – Esme disse-lhe.

- Estes são Fontaine e Madeline. – Os dois fizeram uma reverência ao casal.

- Seja bem vinda querida. Senhor Fontaine, ficaremos honrados em tê-lo entre os nossos. Seus serviços serão bem vindos. – Esme falou.

- Eu é que agradeço. Continuarei cuidando dos bens da senhorita Swan e, prestarei os serviços que necessitarem de minha pessoa. Será um prazer servi-los, milord e milady.

- Madeline, ao seu dispor estão quatro de nossas mais confiáveis serviçais. Você estará no comando delas, para o que as nossas mais novas integrantes da família precisem. – Carlisle disse a menina, logo após as devidas apresentações. – Maryann mostrará a você o castelo e os aposentos.

Maryann, a segunda criada, acompanhou Madeline para dentro do castelo. Fontaine seguiu-as, deixando Gerárd na entrada.

Gerárd, agora em sua terra, era o serviçal mais alto da escala. Ele atendia a Carlisle e seus três filhos, assim como Madeline atenderia, junto com Maryann e outras quatro, a Esme e as três novas damas.

Da segunda carruagem desceu Emmett, que depois se virou e deu a mão para Rosalie, que trajava um belo vestido lilás, com renda branca e um grande laço na parte de trás. Seu cabelo estava meio preso, onde uma trança caia no meio de seus fios ondulados soltos. Seus olhos azuis cintilaram.

- Conde, condessa. – Rosalie fez uma reverência.

- Não precisamos de formalidades, querida. – Esme sorriu. – Como foi a viagem?

- Magnífica! Não podia esperar uma viagem melhor. – Rosalie sorriu.

- Pois bem, Emmett acompanhe-a até seus aposentos. Descansem, a noite teremos um grande jantar. – Carlisle disse-lhe.

Emmett guiou sua esposa para dentro do castelo, ao passo que Jasper saia da carruagem, esticando a mão para Alice. A pequena, diferente da amiga, trajava um vestido num tom roxo escuro, que ia somente até os joelhos. Ele era evasê, como suas saias de bailarina eram. Nos pés, tinha sapatilhas ornamentadas com pequenas rosinhas. Seus cabelos estavam levemente ondulados, meio presos, pois estavam começando a ficar compridos demais.

- Esta sim é uma surpresa. – Esme riu.

- Oh, como é bom vê-los! – Alice abraçou ao Conde e a esposa.

- Sua viagem foi boa? – Carlisle perguntou.

- Excelente.

- Perfeito, Jasper, querido, acompanhe-a. – Esme pediu.

Na terceira carruagem desceram Edward e Bella, que trajava um vestido azul marinho, até os joelhos, seguindo o mesmo modelo de Alice.

- Senhora Esme. Conde. – Bella fez uma reverência.

- Oh, querida, como é bom vê-la. Agora tudo está perfeito! – Esme cumprimentou-a, logo em seguida, pediu a Edward que levasse Bella para o quarto.

Da penúltima carruagem saiu mais dois criados, ajudantes de Gerárd e Madeline, que foram apresentados aos condes e à equipe do castelo. Na última carruagem desceu Anita, Mikhail e Nicolai, que passariam a ser parte do clã Cullen, como aliados, uma vez que Anita recusava-se a deixar Alice.

Quando a noite chegou, o salão principal do castelo estava todo iluminado, decorado, com longas mesas postas. Havia muitos convidados, nobres compradores dos vinhos Cullen, negociantes, empresários, advogados, amigos, humanos e vampiros. Todos vestidos da forma mais tradicional e galante que a situação exigia.

- Com sua atenção: O Conde Carlisle Cullen e sua esposa, a Condessa Esme Anne Evenson Cullen.

Todos fizeram uma curta reverência e então ouviram o que o Conde tinha a dizer:

- Nesta noite, tenho o prazer de lhes informar que meus filhos finalmente estão de volta, trazendo mais que sua presença para nossa família. Hoje, com muito orgulho, apresento a vocês: as novas condessas Cullen, Isabella Marie Swan, Alice Brandon Pavlova e Rosalie Hale.

A noite seguiu-se animada, havia muita dança e, alguns duetos por Edward e Bella, os muitos de suas longas vidas. Até Anita dançou com Alice.

Foi num dia qualquer de Julho, no ano de 1873, naquele navio onde eles passaram a lua de mel, que as três foram transformadas.

Paris, França – Ano de 2011.

- Nunca pensei que voltaria a este lugar. – Isabella disse ao marido, quando entravam no grande salão do Opera de Paris.

- Nem você e nem eu. – Rosalie e Alice concordaram.

Passaram-se quase cento e quarenta anos, desde que as três bailarinas do teatro haviam sido transformadas e passaram a viver na corte inglesa. Desde então o Opera nunca tinha sido o mesmo, ele cresceu, ganhou novos salões e novos equipamentos, conforme a época mudava e, junto com ela, a tecnologia. As luminárias eram elétricas, não mais a gás. O grande lustre fora restaurado e jazia, no topo de um teto com uma grande cúpula, magnífico, como fora outrora.

Isabella Marie Cullen era uma vampira forte, que ainda dançava e tocava, e às vezes cantava, mas só quando fazia dueto com Edward. Agora, ela trajava um vestido longo, sem alças, com uma linda sandália cravejada em pedrinhas. Ainda residia na Inglaterra, mas decidira viajar por algum tempo.

Alice Cullen adotou apenas o sobrenome do marido depois de alguns anos, quando sua mãe decidira viajar por alguns anos, na companhia de Mikhail e Nicolai. Alice ganhara o dom da clarividência, desde que fora transformada. Ela conseguia vislumbrar o futuro com certa clareza, conforme fora evoluindo como vampira. Ela trajava um vestido até os joelhos, num tom escuro. Tinha os cabelos repicados e espetados, muito diferente de muitos anos atrás.

Rosalie Hale havia adotado o nome de Jasper, pois podia muito bem se passar por irmã dele, já que tinham o mesmo tom de cabelo. Era a mais bonita de todas, elegante e sensual, como nunca havia se sentido. De cortesã, dama do moinho vermelho, passara a condessa, bonita, sensual, forte e magnífica, em tudo o que fazia.

As três adentraram a galeria do teatro, não sabiam que as pinturas haviam sido restauradas e, muito menos, que haviam entrado para aquele famoso hall. Na parede principal, estava um grande quadro, com as três bailarinas, com três vestidos de tule bufantes, típicos da época. Parecia até um sonho, mas sabiam que era real, pois elas estavam ali, presentes no passado, eternizadas numa pintura belíssima, feita por um artista cujo nome não sabiam.

Porém, quando Edward e seus irmãos juntaram-se a elas, foi que Isabella percebera um segundo grande retrato.

- Edward... – Ela murmurou, juntando-se a ele, e encarando a figura eternizada do Fantasma da Opera, junto à bailarina, supostamente morta na noite de seu espetáculo. Lágrimas rolaram dos olhos dela. – É lindo.

- Perfeito, minha doce bailarina. – Ele sussurrou.

- Foi real. Ás vezes quase me esqueço. – Ela segredou-lhe. – Mas então, quando olho-te, consigo ver que foi real e ainda é.

Edward beijou-lhe.

Naquela noite, o espetáculo contava a história de uma bailarina que se apaixonou por um ser obscuro que cobria o rosto com uma meia máscara. Eles assistiram do camarote número cinco, o camarote de boca.

- Monsieur Cullen, que bom que gostou. – Dissera o diretor.

- Foi magnífico, Uma bela história. Então, o que houve com o Fantasma? – Edward perguntou, exibindo um sorriso que só tinha significado para ele e sua amada.

- Dizem que o fantasma fugiu, quando viu a bailarina morta. O tal visconde, ex-patrono, morreu depois que a crise de 29 atingiu sua fortuna. Ele suicidou-se. – O administrador contava. – Mas, na época, houve aqueles que disseram que na verdade a bailarina estava viva e feliz, junto com seu fantasma.

- Talvez. Eu prefiro pensar nessa hipótese. É mais feliz. – Edward dissera.

- Sua esposa parece muito com a antiga bailarina. – O administrador dissera, reparando na beleza da Isabella e comparando-a com a antiga Isabella.

- Coincidência, talvez? – Bella respondera. – Então todo ano, desde aquela época, neste dia vocês fazem este espetáculo?

- Sim. Quando o fantasma fugiu, meses depois, quando o teatro já estava restaurado, recebemos pelo correio uma grande encomenda. Era uma caixa com folhas e folhas, contando a história, essa mesma que representamos. Na caixa havia uma carta com um selo de uma caveira, com a assinatura do Fantasma. Ele pedira que fizéssemos todos os anos. E que um dia, viria aqui com sua dama para ver a peça. – O novo administrador contava.

Edward e Bella sorriram. Bella quase não pôde evitar um soluço, pois suas memórias estavam eternizadas ali, também, naquela peça exibida todos os anos, naquele mesmo dia.

- Certamente um pedido considerável. – Edward sorriu.

- Sim, e as pessoas adoram esta história. Nós chamamos de O Fantasma da Opera.

- Certamente o fantasma da opera está em nossas mentes. – Bella cantarolou.

- Eu gostaria de viver para saber se o Fantamas veio mesmo ver sua obra prima. - O administrador murmurou.

- Acha que um dia ele passou por aqui? - Jasper perguntou, exibindo um sorriso cheio de significados.

- Não sei, talvez ele tenha morrido nas catacumbas do teatro, ou talvez tivesse fugido com sua bailarina. - Administrador falou baixo. - Ou talvez ele tenha vindo aqui, com sua amada... Isso nós nunca iremos saber.

- Obrigado pela história, monsieur. Vamos, minha doce bailarina, a noite Parisiense é uma criança e ainda tem muito a nos mostrar. – Edward caminhara com ela até o saguão principal.

- Então, porque não vamos jantar nas margens do sena e reviver boas lembranças? – Bella perguntou.

- Vamos, mon’amour, porque temos a eternidade pela frente e eu não tenho pressa alguma.

~ F i n ~


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Notas finais do capítulo

Own, acabouuu!! Ç_Ç Meu xodó acabou *o*~~
Primeiramente, como de costume, quero agradecer a Jeh, minha amiga-leitora-e-beta por dispor do seu tempo para corrigir meus erros, me dar opiniões e estar sempre ai, lendo minhas fics :
Não menos importante, quero agradecer a vocês tbm, leitoras, porque, com certeza, me anima muito ver um review novo em Opera Paris. Mesmo que seja só um "gostei", "quero mais", ou ao menos um "oi", já sei que tem alguém lendo.. E, obrigada aos anonimos, caso haja algum perdido por aí que resolveu não vir para a luz o/
Bem, Opera Paris foi o meu xodó, algo que eu estava, há muito tempo, planejando escrever. No começo, a fic era para ser, somente de humanos, mas acabou ganhando seu toque sobrenatural, no final das contas. Essa foi a minha versão "Twilight" do Fantasma da Opera.
Espero que tenham gostado. Se gostaram - ou não - comentem, e depois recomendem.. :D E se não for pedir muito, passem na nova fanfic "Uma Prova de Amor", história bonitinha, com dramas, comédias e, todos humanos (mas dessa vez é só humanos, mesmo).
Qualquer dúvida: follow @ninaxaubet
Bem, é isso. Quero ver todas vocês na outra fic, aguardem porque logo, logo vem mais. o/
beijinhos