Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 35
Capítulo 33 - Partida


Notas iniciais do capítulo

Oie meninas :d
Nos falamos lá embaixo.
beijinhos,
boa leitura.



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Capítulo 33 – Partida.

- E só fica a promessa de que tudo vai ser diferente, certo, Madame Renée? – Bella perguntou a madame, enquanto despedia-se dela. 

- Oui, senhorita. Aliás, agora é Sra. Cullen. Só isso já é prova contestada de que as coisas mudarão. – Ela sorriu, deu-lhe um beijo nas bochechas, seguido de um abraço caloroso e então a deixou juntar-se a Edward na carruagem. 

O crepúsculo apontava seus primeiros traços no céu da paradisíaca Le Havre, essa era a hora escolhida para a partida; havia todo um significado por detrás desse horário. O Crepúsculo era o fim e um novo início, dissera-lhe o Conde certa vez, quando se referia à nova vida que as novas Sras Cullen levariam em Londres; além do sol, que incomodava demasiadamente os seus senhores, embora eles saíssem bastante nos períodos em que o sol ainda estava a posto no céu. 

- A noite será absolutamente linda, perfeita para uma viagem. – Alice dizia, contente, por estar finalmente realizando um de seus sonhos. – Gostaria imensamente que o nosso final não tivesse sido aquele, porém fico feliz de saber que tudo deu certo. 

- Deveras, pelo menos, desta vez, meu irmão fez algo que prestasse. – Jasper murmurou. 

- O Conde aprontou muito? Não consigo imaginá-lo fazendo barbáries ao longo de sua vida. O conde parece ser alguém recatado. – Alice comentou. 

- Ele aprontou algumas vezes e já nos deu problemas, porém não devo lhe falar sobre isso, pois é assunto relativo a ele. 

- Oh, perdão. Costumo falar pelos cotovelos, e às vezes acabo fazendo perguntas desnecessárias. – Alice riu baixo. Porém, mudou sua expressão. – Não ficou chateado, não é? 

Jasper sorriu, abismado pelo fato de que “como alguém tão pequena, consegue falar tanto?”. Porém, ele sorriu e depositou um beijo nos lábios da pequena bailarina; o Conde jamais pensaria em ter encontrado em Paris, algo tão pequeno, seu bem maior, algo pelo qual valia a pena lutar. 

A carruagem seguiu pelas alamedas até o porto; algumas pessoas começavam a embarcar e a movimentação noturna era grande, pois aqueles que ficariam em Le Havre, acenavam com lenços e choravam pela partida de seus entes. Os paralelepípedos faziam as carruagens chacoalhar muito, num trecho tão curto, para que as bagagens fossem dispensadas. 

O navio, a vapor, tinha o nome de Vespertine, seu casco era negro, com uma larga tira vermelha e letras grandes em tom dourado, dando-lhe o nome. Havia quatro chaminés, por onde a fumaça acinzentada sairia; este navio era tão grande quanto o Titanic, que viria a afundar nos mares do Atlântico Norte, em meados de abril, numa noite quase como esta. 

- Milady. – Emmett esticou a mão para que Rosalie descesse da carruagem. 

- Eu ainda não acredito que vou viajar num navio a vapor! – Rosalie suspirou. – É tão grande! 

- Precisa ser. – Emmett sorriu. – Vamos? 

Rosalie assentiu, apenas pegando sua bolsa minúscula e observando os marujos carregadores colocarem sua bagagem, junto as outras, que já estavam sendo levadas navio adentro. Ela vislumbrou, atrás de si, Isabella e Alice saírem, ao mesmo tempo, de suas carruagens. Madeline, Fontaine e Gerárd desciam de outra. 

- Estupendo! – Alice sibilou, surpresa. 

- Deveras. – Bella riu. – Tenho apenas receio de ficar enjoada. 

- Não ficará. Nem irá sentir o balanço do oceano. – Edward riu. – Gerárd, avise ao Monsieur Fontaine e sua pequena dama que já mandei que enviassem suas bagagens para uma cabine ao lado da nossa no convés da primeira classe. 

- Oh, isso é muita gentileza, milord. Não precisava tanto. 

- Precisava sim! – Bella exclamou. – Fez tanto por mim, Gerárd, que é pouco dar-lhe todas as comodidades do mundo. Não só ao senhor, como aos outros dois. 

- Não irei discutir, entretanto, obrigado. 

- Aqui estão as passagens. – Edward entregou-lhe três carnês, que deveriam ser picotados na entrada do navio e na saída, quando chegassem ao porto inglês. 

Ao subirem pela rampa íngreme, até o hall de entrada, diga-se de passagem, suntuoso, com uma decoração fina, foram abordados por um tripulante, trajado com roupas brancas, com detalhes em azul, com calças que iam um pouco abaixo de seus joelhos e meias brancas com sapatilhas para compor o traje. Ele fez uma curta reverência, pediu as passagens, picotou-as, carimbou-as e finalmente dissera-lhes: 

- Bon soir, milord’s, miladys. – O marujo reverenciou-os novamente. – Bienvenue ao Vespertine, creio que posso guiar os senhores em direção as suas cabines? 

- É muita gentileza. – Emmett dissera. – Por favor, nos mostre o caminho. 

Os corredores, em sua maioria, eram brancos, com painéis em madeira branca. Não havia lustres extravagantes nos corredores principais, somente as cabines e os salões destinados a algum evento tinham essas decorações diferenciadas. Quando chegaram as suas respectivas cabines, o marujo deixou-lhes a sós. As bagagens já haviam sido colocadas em seus respectivos quartos. 

- É absolutamente perfeito, Edward! – Bella suspirou. 

- Isso tornará nossa viagem mais agradável. 

- Gostaria de jantar aqui ou no salão principal? – Edward perguntou a esposa, que se deslumbrava com tamanha finesa. 

- Poderíamos ficar aqui esta noite? Sinto-me um pouco fatigada. O dia de ontem cansou-me plenamente. – Ela murmurou, pensando que estava extremamente cansada, por ter dormido apenas algumas horas na noite anterior, devido ao casamento. 

- Tome um banho. Não desceremos e eu pedirei que sirvam o jantar aqui em meia hora, assim poderá descansar. – Ele sorriu. 

Edward fechou a porta da cabine e seguiu para o corredor, onde encontrou um serviçal. Como prometera, pedira ao marujo que mandasse o jantar em meia hora naquele aposento. Quando voltou, encontrou Emmett e Jasper, parados em frente ao parapeito, observando o oceano e a noite, que se estendia mar adentro. 

- Vá com calma. – Jasper disse-lhe. 

- Oh, pensa que não sei. Entretanto, não tenho plena certeza se conseguirei pensar em possuí-la neste momento, sinto que Bella precisa de um descanso. Suas olheiras estão quase como as minhas. – Ele riu baixo. 

- Todas as três. Deveríamos apenas dar um tempo, afinal, teremos a eternidade, não é mesmo? 

- Temos meia hora, o que querem fazer? – Emmett resmungou. – Mar me deixa tremendamente irritado. 

- Então desconte em qualquer um de nós sua irritação, não se esqueça que Rosalie não é uma qualquer. – Edward alertou-lhe. 

- Venham, vamos beber um copo de whisky, depois voltamos para as cabines. – O jovem conde Jasper convidou-os. 

Enquanto isso, Alice entrava, junto a Rosalie, na cabine de Isabella, que saia de seu banho, enrolada num roupão e com uma toalha embrulhando seus cabelos. 

- E então, oh deus, estou tremendamente nervosa. Penso que isso é uma obrigação. – Alice esfregou suas mãos. 

- Não é uma obrigação. Entretanto, eu gostaria de me sentir menos nervosa também. – Bella riu, enquanto passava a toalha para enxugar os fios. 

- Pelo menos, tenho uma vantagem. – Rosalie exibiu um sorriso maroto nos lábios. – Quando se passa muito tempo entre aqueles que gostam de resolver seus problemas na companhia de uma estranha, você aprende a se ater a pequenos detalhes. 

Rosalie andou de um lado para o outro, parando próxima a um espelho. Ela observou o reflexo das amigas, que pouco entendiam do que ela falava. 

- Estou dizendo-lhes, que ouvi Emmett dizer aos condes que irá tomar whisky, o que nos dá muito tempo. – Ela murmurou. – Com sua licença, vossa graça. – Ela disse a Isabella, enquanto abria uma repartição do baú de viagem, onde estavam as lingeries.

A jovem, nova condessa, pegou um conjunto azul marinho, dizendo a outra dama que aquela era uma cor especial. O soutien era em algodão e renda, ambos da mesma cor escura. A calcinha, do mesmo modo, com renda azul marinha e pequenos laços nas laterais; e tudo com uma cinta liga negra. 

- Desculpe, Rosie, mas isso não é algo que só... Bem... algumas pessoas usam? – Alice perguntou, corada, ao ver tais peças de roupa. 

- Oh, não sejam bobas! – Ela exclamou. – Sim, cortesãs usam este tipo de lingerie, mas não é como esta. E além do mais, isso é puro atrativo. 

- Bem, se diz. Vou seguir o que esta falando. – Bella sorriu. 

As três despediram-se; Alice correra para seu quarto, sorrateira e ligeira como um camundongo, separara sua melhor “peça” e a deixara no banheiro, afim de surpreender o conde. Afinal, que lua de mel seria esta se não aproveitassem aquele maravilhoso navio? 

Haviam se passado, ao todo, cerca de uma hora e dez minutos, pois o sol já havia se posto faz muito tempo e o jantar havia sido consumido há cerca de quarenta minutos. Foi só depois de bebericar dois copos de whisky e pedir para colocarem todos os gastos na conta “Cullen”, que os três jovens Condes resolveram voltar para suas cabines. 

- Os belos condes Cullen. Tão falados no navio. – Uma jovem, acompanhada de outras duas, dissera em forma de suspiro. 

- Oui, madame, agradecemos o elogio, mas devemos voltar. – Jasper disse-lhes. 

- Mas porquoi, monsieur? A noite está bela e este navio cheio de aposentos vazios... – Uma delas insinuou-se. 

- Pardon, madame. Entretanto, para a senhora é Vossa Graça. E devemos voltar agora. Nossas esposas nos esperam. – Edward disse-lhes, com o ar mais frio que pudera expressar. 

Assim que deram alguns passos, Emmett perguntava-se como o irmão conseguia ser tão sério. Porém, continuaram no convés da primeira classe e chegaram aos seus aposentos. 

(...) 

- Milady? – Jasper chamou pela bailarina, assim que adentrou seu quarto. Nada havia na sala de estar, então, pensou que ela poderia estar dormindo, por isso caminhou silenciosamente até o quarto, onde a encontrou. 

- Conde. – Alice sibilou, exibindo um sorriso maroto, deixando o robe de tons champagne, cair aos seus pés. 

- Mon Dieu! – Ele suspirou, deixando o paletó jogado sobre uma poltrona, ao caminhar em direção a Alice. – Não terá mais volta, senhorita. Já estou lhe avisando. – Ele murmurou, antes de enlaçar sua cintura. 

(...) 

Emmet, silenciosamente, adentrou sua cabine. Tão ingênuo, como era algumas vezes, pensou que sua dama pudesse estar dormindo, por isso, discretamente deixou suas coisas sobre a poltrona e entrou no quarto escuro. Quando deu por conta, a porta fechou vagarosamente e as luzes, movidas a gás em bocais pequenos, acenderam-se lentamente, até que deixassem aquele ambiente turvo. 

Ele engoliu seco. 

- Barão, queira acomodar-se. – Uma voz carregada de luxúria soou. Ele fechou os olhos porque não queria saber de onde ela vinha, apenas certificou-se de recobrar a sanidade e ir em direção a poltrona que estava próxima a cama. 

Vagarosamente, enrolada em robe branco, com renda de mesma cor em suas bordas, ele vislumbrou Rosalie. 

- Quem sabe eu possa dançar para o senhor esta noite? – Ela sibilou, exibindo seus lábios carnudos vermelhos. 

(...) 

Edward, pouco suspeitando do que lhe esperava na escuridão do aposento onde dormia Lady Swan, entrou na cabine. Largou parte das vestimentas sobre o caminho e entrou no Box. Os canos de cobre rangeram um pouco, conforme a água quente, aquecida pelas caldeiras do navio, passava até chegar ao bocal do chuveiro. Ele adentrou a banheira de porcelana, deixando a água quente cair sobre seu corpo. 

Bella, ao ouvir o barulho que o chuveiro fizera, levantou-se e caminhou, em ponta de pé, até o banheiro. 

- Seus irmãos já estão instalados? – Ela sibilou, da porta. 

Edward, vagarosamente encarou-a, de cima abaixo. Sua lingerie era escura e as cintas-liga, junto ao corsellet, tornavam todo aquele conjunto... Deus... Sensual e saboroso. Eu a devoraria se fosse um monstro insano, ele pensava descoordenadamente. 

- És a única pessoa que consegue me fazer perder a linha de raciocínio, Senhorita Swan. – Ele sibilou, fechando o chuveiro e enrolando-se numa toalha felpuda. 

- Que bom. – Escapou dos lábios dela, enquanto a bailarina dançou pelo quarto, a espera dele. 

Quando se enxugou, estranhamente paciente, deixando aquela sensação aumentar a cada segundo e aguçar a sua curiosidade, o jovem conde saiu do banheiro, vestindo apenas uma calça em seda. Ele encontrara Isabella dançando, rodopiando pelo quarto. 

- Aguças e atiças a minha fera interior, Bella. – Ele sibilou. – Não devia fazer isso. 

- E se eu quisesse? – Ela murmurou. – Le fantôme.

Ele segurou-a pela mão e rodopiou com ela pelo aposento, como da primeira vez que haviam dançado. 

- Pense em mim. Pense em mim gentilmente. – Ela cantarolou. – Lembra-se daqueles dias? Dias perdidos numa memória humana e falha. 

- Nunca me esqueço. Me certificarei de lembrar por ti também. – Ele sorriu, enlaçando-a pela cintura. – Dizem que em um castelo perdido nas províncias de Praga, existe uma fera e com ela vive uma donzela. 

- Eu sou sua donzela. – Ela sibilou, beijando-o. 

O Conde deslizou sua mão pelo robe que a cobria, percorrendo toda a extensão da coluna. Quando chegou ao topo, nos ombros, fez o robe deslizar até o chão, caindo aos seus pés. Ele admirou o corpo esbelto da bailarina, como sempre quis. 

Edward não se conteve por muito tempo, seus olhos enegreceram e ele sentiu suas presas mostrarem-se, mas mesmo assim, beijou Isabella e arrancou suspiros de sua garganta, quando a fez sentir seu membro pulsando dentro das calças de seda. 

Isabella gemeu outras vezes, quando ele distribuía beijos em seu corpo; quando sentiu seus lábios frios tocarem seus mamilos; quando sentiu suas mãos brincarem em determinados lugares, que nunca havia imaginado; ou quando o sentiu dentro de si. Mais tarde, noutro clímax, sentiu-o ainda mais, pois ele fincara suas presas em seu pescoço.  

"Nós éramos um, como ele mesmo dissera numa noite no teatro."


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Notas finais do capítulo

oiii :3
Bem, devo dizer que este foi, oficialmente, o último capítulo de Opera Paris. Espero que tenham gostado. Logo, logo eu posto o Epilogo, pq ainda preciso "ajeitá-lo".
Well, estou começando a postar uma outra fanfic, chama-se Uma Prova de Amor, deem uma passadinha lá, acabei de postar o segundo capítulo. A fic é romance, drama, comédia e não tem vampiros. Só humanos dessa vez.
Comentem e recomendem a fic.
Beijinhos



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