Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 25
Capítulo 23 - Masquerade!




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Capítulo 23 – Masquerade!


A cidade estava eufórica! O centro da cidade Luz estava sendo bombardeado com fogos de artifício coloridos, que estouravam no céu negro. A fachada do Opera estava com uma grande faixa, onde se anunciava o baile de máscaras.

Lá dentro, as bailarinas se arrumavam para o grande espetáculo. Os instrumentos ganhavam os retoques finais e a decoração dava o glamour que o Opera merecia. O teatro de arquitetura rococó¹ ganhava mais imponência naquela noite. As portas da frente finalmente se abriram e aqueles que já estavam por ali, entregavam seus convites e entravam no grande hall. Mais e mais carruagens chegavam a cada minuto. As damas, acompanhadas de seus senhores desciam, todas muito deslumbrantes, exibindo suas máscaras de diferentes estilos.

- Monsieur, quanto tempo não o vemos! – Charlie disse ao antigo dono do Opera, assim que o viu descendo de sua carruagem.

- Madame, bon soir. – Phil cumprimentou-a. – Boa noite, monsieur.

- Fizeram um trabalho excelente, pelo visto.

- Oh sim, vai gostar muito do baile de máscaras. Devo acrescentar que suas máscaras estão absolutamente perfeitas! – Charlie riu, ao ver as máscaras em forma de cabeças de pássaros, provavelmente imitando araras. A de monsieur Andre – o antigo dono do Opera – era em tons azulados e avermelhados. A de senhora era quase por inteira vermelha, combinando com o vestido.

- A sua também, Charlie.

- Que festa esplêndida, Phillip! – Charlie cantarolou, logo após monsieur Andre entrar no teatro.

- O prólogo de um ano novo brilhante, meu caro! – Eles entrelaçaram os braços, acompanhados de suas damas de companhia e continuaram a cantarolar.

- Um brinde a nós! Um brinde ao Opera! Um brinde a cidade! – Eles riram juntos.

- Pena o fantasma não estar aqui. – Uma das damas disse baixo.

Todo o salão central foi ocupado pelos dançarinos, e os cantos, ao lado da grande escada, foram ocupados pelos músicos, regidos pelo Maestro Lefevre e seu auxiliar. Todo o brilho dourado do salão foi maximizado com as luzes acesas. Alguns artistas foram contratados para fazerem o papel de estátuas vivas, em posições diferentes a cada intervalo de tempo.

Os convidados ficaram nos beirais no segundo andar do mezanino. As luzes diminuíram e o ambiente ficou turvo, os burburinhos começaram altos, mas logo silenciaram quando vultos começaram a tomar conta do centro do salão principal e dos primeiros degraus da escada.

As luzes voltaram ao normal alguns segundos depois, mostrando para os convidados os dançarinos já posicionados. As roupas de todos eles não eram coloridas e tão extravagantes como costumavam ser. Dessa vez, tudo fora focado em detalhes mínimos, redondos e no branco e no preto. Alguns homens usavam fraques, outros estavam usando roupas em preto e branco e lembravam palhaços, metade das bailarinas usavam vestidos na altura dos joelhos e a outra metade, usava vestidos longos e fluidos.

Masquerade

(N/A: Assistam o vídeo a partir dos 40 segundos.)

Assim como na idade média, alguns barítonos – não tão bons quanto o Fantasma da Ópera – faziam o papel de trovadores, entoando os trechos mais graves da canção, os trechos iniciais. As bailarinas e os bailarinos dançavam em círculo, mas não fazendo uso das posições corretas do balé clássico, dessa vez Madame Renée fez uso de algo um pouco mais antigo que a época em que estavam. Os casais dançavam em conjunto, sem tocar as mãos, sempre levantadas. Em círculos grandes, sempre pareados e trocando os casais, os bailarinos dançavam.

- Mascarados! Escondam o rosto para o mundo e descubram! – Todos eles cantavam, enquanto leques eram abertos e fechados, sendo balançados em dedos hábeis daqueles dançarinos. – Mascarados! Cada rosto uma sombra diferente!

Em casais, eles continuavam a subir os degraus da escada principal, faziam círculos e gestos grandiosos, ao passo que algumas damas faziam gestos mais delicados e precisos.

- Mascarados, olhem em volta, há mascaras atrás de vocês! – Eles se exaltaram.

- Brilho cor de malva, pingo arroxeado. Bobo e rei, ganso e diabo. – Bella cantarolou, deslizando por entre todos os bailarinos, aparecendo no centro da escada principal.

-Verde e preto, rainha e padre. Um traço de vermelho, um rosto de fera... – Alice e Rosalie cantarolaram juntas. – Rostos! – Elas se juntaram a multidão de dançarinos.

Em mais gestos grandiosos, passos inovadores e uma ou outra pirueta, o show continuava. Além dos personagens que se assemelhavam a bobos da corte, havia aqueles que faziam o papel de mímicos, senhores, palhaços e damas bem vestidas.

Logo mais, uma fila de damas e cavalheiros da sociedade parisiense começou a descer a escada. A frente deles estava Victoria e James, sendo seguidos por vários outros casais que haviam criado coragem para juntar-se ao inovador espetáculo do Opera Populaire.

- Corra e esconda-se, mas um rosto ainda o perseguirá!

Quando as pessoas começaram a soltar-se e dançar junto aos bailarinos, Bella desvencilhou-se da multidão e rodopiou até atrás de uma das grandes colunas próximas ao outra entrada para os bastidores. Sua parte havia terminado ali, o que restava era apenas toda a dança e um segundo ato, que seria acompanhado de um grande brinde oferecido pelos Patrões e pelo Patrono do Opera de paris.

Quando esgueirou-se atrás da grande coluna, ligeiramente ofegante, deu-se de encontro com Edward, que vestia um fraque negro, em veludo, adornado com correntes finas douradas, que transpassavam seu peito. A roupa acompanhava uma gola alta, do mesmo tecido e cor, e luvas brancas. Suas calças eram justas e também negras. Ele sorriu ao vê-la.

Bella e Edward

- Queria lhe ver antes do grand finale, mia cara. – Ele disse sorrindo.

- Olhe o que irá aprontar, fico com medo por você. – Ela sibilou.

- Não fique, dará tudo certo. – ele sorriu e então lhe beijou. – Agora vá, o segundo ato irá começar. – Ele sorriu maliciosamente.

Enquanto garrafas de bebidas, taças de champagnhe e inúmeros quitutes pequenos eram distribuídos para todos os convidados, um ser escuro esgueirava-se entre colunas e passagens desconhecidas pelas pessoas comuns naquele teatro. Ao passo que Isabella voltava a seu antigo par, junto com Alice e Rosalie, e, que todas as três voltavam a danças e saltitar por entre os convidados, o misterioso ser aproximava-se cada vez mais da multidão.

Mas foi então que o ambiente mudou. As luzes ficaram turvas e todas as pessoas se calaram. Uma melodia estranha e mais sombria começou a ser entoada naquele lugar. E um grito agudo ecoou no ambiente.

No alto da escada principal, do lado direito, havia um homem. Ele trajava vestes vermelhas, um fraque, acompanhado de calça de mesma cor, um cinto de fivela dourada e correia preta. Ele usava luvas pretas e a gola de seu fraque também era preta. Seu cabelo era escuro e estava puxado para trás. Seu rosto era coberto por uma máscara branca, que lembrava a face distorcida de uma caveira. Em sua cintura havia um florete. Sua capa era vermelha e longa.

- Porque este silêncio, bons messieurs? Talvez tenha achado que eu os abandonei, para sempre quem sabe? – O Fantasma perguntava. – Sentiram minha falta, bons messieurs? Compus uma nova ópera para vocês.

Conforme cantarolava, ele descia vagarosamente os degraus, erguendo uma pasta de couro preta. Ele encarou profundamente o Maestro Lefevre e deu uma risada maliciosa.

- E aqui está a partitura acabada! Don Juan Triunfante! – Ele exclamou. – Carinhosas saudações a vocês. E algumas instruções antes que os ensaios comecem!

Nesse instante, James que estava próximo a Lady Victoria, saiu discretamente, sem dizer-lhe nada.

- Lady Tânia deve aprender a atuar e não usar o truque de andar empavonada pelo palco. – Ele apontava a lâmina do florete para a dama. Quando ele apontou a lamina para Tânia, um dos atores principais do teatro colocou-se a frente da cantora. – E nosso Don Juan deve perder peso, não é saudável, para um homem da idade de Piangi. – Ele desdenhou, mas não parou.

Dirigindo a monsieur Charlie e Phillip, ele abriu os braços e balançou a lâmina da espada, quase dando uma risada sonora. Logo, ele tornou a cantarolar.

- E meus administradores têm que aprender... O lugar deles é no escritório, e não nas artes! – Ele apontou o florete para cada um deles. As pessoas continuavam em silêncio absoluto. Isabella estava atônita. – E quanto a nossa estrela, Senhorita Isabella Swan, - Bella encarou aquele par conhecido de olhos esverdeados e ouviu atentamente aquela voz profunda. – não há dúvidas de que fará o possível... É verdade que tem uma boa voz... Mas sabe que se quiser se superar, ainda tem muito a aprender, se o orgulho permitir que volte para mim... O seu professor.

Bella estava atônita, novamente encontrava-se com aquele ser que não era seu conde disfarçado, era um ser diferente, uma outra personalidade. Novamente suas dúvidas surgiam e sua mente ficava nublada com a dúvida, com a sensualidade e com o deslumbramento do Fantasma. A passos lentos ela andou em direção ao Fantasma, que fez o mesmo. O contato visual nunca foi quebrado.

- Suas correntes são minhas, você me pertence! – Ele exclamou, ao ver o anel de noivado no dedo da mão esquerda. Porém, o anel continuou lá, ele não foi tirado. Nesse momento, o Visconde apareceu com sua espada, mas quando partiu para o ataque, o Fantasma deu um pequeno salto, caindo dentro de um buraco, no momento em que uma explosão vermelha surgiu no ambiente. A passagem circular se fechou no segundo seguinte o Visconde pulou dentro da sala escura.

Lá dentro, ele se deparou com uma sala toda espelhada, mas não com da forma que a sala das bailarinas era, mas de uma forma confusa e sombria... Uma armadilha do Fantasma para ele. O Fantasma aparecia várias e várias vezes, enquanto James sacudia sua espada tentando acertá-lo, mas em vão.

- Eu sei quem você é!! – James gritou.

- Tem certeza? – O Fantasma sibilava.

- E porque outra razão o Conde Edward Cullen não estaria aqui agora, não me lembro de vê-lo no espetáculo, monsieur Le conde!

- Aquele conde miserável. Este visconde miserável! Dois miseráveis que me tiraram o que é mais precioso. Vais pagar, monsieur, no dia de minha opera, Isabella Swan será minha.

O fantasma desapareceu e James tentou segui-lo, mas sem sucesso. Ao final do corredor, encontrou Madame Dwyer, que lhe tirou daquelas catacumbas sombrias e úmidas. O Visconde passou a frente de Renée e bloqueou-lhe a passagem.

- Quem é ele? Por que está atrás de Isabella? Por que vive aqui? Responda-me Madame, ou perderá o emprego e o que lhe resta de dignidade. – James insistiu.

- Não pense que pode me ameaçar, monsieur. Pode me despedir e então seu sucesso virá por água abaixo. Não se preocupe com o dinheiro que me deve, tenho meus meios e tenha certeza absoluta que ficarei muito bem. Boa noite, passar bem.

(...)

- Conde Cullen, bom vê-lo esta noite. – Disse o Visconde, ao ver Edward entrando na galeria, ao lado dos irmãos.

- Digo o mesmo, Visconde. Como tem passado? – Edward perguntou.

- Muito bem, obrigado. Desfrutaram do espetáculo da noite?

- O espetáculo foi excelente. Se me permite a intromissão. – Jasper disse em resposta, no lugar de Edward. – Tenho que me retirar, vou ver minha pequena dama ainda esta noite.

Nesse instante mais algumas pessoas entraram naquele salão. Edward, Jasper e Emmett entreolharam-se por alguns instantes, então pararam para observar as três pessoas.

- Devo acrescentar que notei sua ausência no final do espetáculo, Conde. O que houve?

- Conseguiu notar minha ausência enquanto duelava com o Fantasma da Opera? – Edward alfinetou de volta. – E, claro... Sua sorte é que Lady Swan é a preferida do Fantasma, porque se ele causar mal algum a ela... Estarás muito encrencado.

- Ou ainda, mal a Lady Brandon e a Lady Hale. – Emmett acrescentou, com um olhar desafiador.

- Não se preocupem. Ele não fará mal algum a elas. Somente a mim. – O Visconde falou. – Vou mandar chamar Isabella, Alice e Rosalie.

O Visconde respirou profundamente para engolir toda aquela raiva que queria sair por seus poros. Em sua mente, ele continuava a maquinar uma forma de desmascarar o Fantasma e de descobrir se o Conde Edward Cullen era realmente aquele ser escuro. Porém, sentindo raiva ou não, ele tinha que admitir que o fantasma lhe dava arrepios e que podia ser bem letal.

James saiu da galeria indo em busca das três bailarinas, que estavam no camarim trocando seus vestidos. Edward e seus irmãos foram de encontro aos três visitantes. Dois homens e uma mulher, uma mulher familiar.

- Boa noite senhores. – Edward disse cordialmente. – Posso perguntar se estão procurando alguma coisa?

- Bon soir, messiers. – O homem respondeu. – Sou Lord Mikhail. Esta é minha esposa Lady Anita e nosso amigo Nicolai.

- Muito prazer, bons senhores e senhorita. – Emmett fez uma reverência e deu um beijo nas costas das mãos de Anita.

- Prazer em conhecê-los. Estão gostando da noite? – Jasper perguntou.

- Perfeita, bons senhores. Nunca tinha visto bailarinas tão habilidosas! – Anita exclamou.

(...)

- Lady Swan!

- Boa noite, milady Barbarac. – Bella cumprimentou Victoria.

- Lindo espetáculo! Diferente de tudo o que eu havia visto. James está felicíssimo! – A dama de cabelos ruivos exclamou.

- Que bom que gostou, Victoria. Fico contente.  – Bella caminhava ao lado dela em direção à galeria, onde sabia que seu noivo estaria.

- Gostaria de ser tão habilidosa assim, então, quem sabe o Visconde prestasse atenção em mim. – Victoria bufou.

- Me desculpe.

- Não, não é por sua causa. Aliás, parece-me que ele finalmente aceitou seu enlace com o Conde. – Ela deu de ombros. – Acho, na verdade tenho certeza, que ele ainda está tramando algo para capturar aquele mascarado.

- Eu imagino. James anda quieto demais. – Isabella respondeu.

- Oh, quieta, ele vem vindo!

Victoria de Bella andavam lado a lado quando James as surpreendeu. Sua expressão não era das melhores, provavelmente por causa de alguma provocação feita por Edward, Bella pensou. Porém, ignorou as reclamações dele quanto ao mascarado e sua invasão ao espetáculo e concentrou-se em ir procurar Edward.

- O Conde lhe procura. Avise suas damas de companhia. – Ele desdenhou.

- São minhas amigas, meu caro Visconde. E cuide você de dar atenção a Victoria, ela merece muito mais do que aquele Fantasma! – Isabella retrucou antes de entrar na galeria.

Os três condes conversaram com uma dupla de homens e uma dama, próximos a uma grande parede onde havia retratos dos maiores bailarinos do mundo. A dama presente observava atentamente o retrato de Anna Pavlova. Quando Bella se aproximou, a conversa foi interrompida e ela sorriu.

- Com licença senhores. – Bella fez um pequeno cumprimento. – Estava me procurando, milord?

Edward ficou tenso quando sua noiva aproximou-se.

- Oh, sim. Ia lhe convidar para jantar. – Edward sorriu. – Senhores, esta é a Baronesa Isabella Swan, futura Condessa Cullen e bailarina principal do Opera Populaire.

- Bon Soir, mademoiselle, muito prazer em conhecê-la. Sou Mikhail. – Ele beijou a mão dela.

- Senhorita Swan, prazer. Sou Anita, esposa de Mikhail. Dançou belamente esta noite. – Anita elogiou.

- E eu sou Nicolai, amigo de Mikhail e Anita. Prazer em conhecê-la. – Ele beijou a mão de Isabella.

- Sinto interromper nossa conversa. Por favor, encontrem-nos em nosso chatêau amanhã na oitava hora. Faremos um jantar. – Jasper convidou-os.

- Será uma honra. – Eles disseram.

- Precisamos ir. Vou procurar Alice. – Jasper saiu em direção ao corredor, sendo seguido por Emmett e logo em seguida, por Edward e Isabella.

--

¹Rococó: O termo rococó forma da palavra francesa rocaille, que significa "concha".  Os principais palácios franceses tinham este tipo de decoração, entre eles o Palácio de Versalhes e o Opera de Paris.


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Notas finais do capítulo

Muuuitoas perguntas neste capítulo.. E aí, gostaram?

Será que Jame svai desmascarar o Fantasma? como via ser a nova opera Don Juan Triunfante? Quem são Anita, Mikhail e Nicolai?

mais e mais perguntas... e quais são as especula~çoes de vocês? O que estão pensando sobre a fic?

Se estão gostando, comentem e deixem uma reocmendação, afinal não dói e me faz feliz. *o*~~ porfavorziiinhoooo.. hihi

Bem, vou indo..
Comentem e recomendem!!

beijinhos

ps: Lua Vermelha está nos últimos capítulos, quem não leu, ainda da tempo de lerr o/
ps²: tratem de deixar uma recomendação para cada leitora, senão o james vai desmascarar o fantasma na frente de todo mundo, matar ele, uma invasão vai acontecer em paris e o opera vai pegar fogo, victoria vai morrer de desgosto e alice e rosalie vão virar camponesas!!! haha~~ [maldade mode on]
ps³: olha que eu mudo o final da fic heinn!! hehe~~ @_@