Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 24
Capítulo 22 - Suspeitas.


Notas iniciais do capítulo

Oi oi!! :D

Nos falamos lá embaixo.

beijinhos e boa leitura!



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Capítulo 22 – Suspeitas

Embora fosse inverno, o céu estava límpido, azul celeste com flocos de nuvens brancas e uma brisa gelada soprando na cidade. Um burguês jornaleiro percorria as ruas arremessando jornais para todas as casas. Ele trajava vestes escuras, em tons marrons. Suas calças tinham as barras sujas, mas a camisa de algodão cru, por baixo do casaco, era limpa. Ele gritava:

- Extra, extra! É encontrado o falsário Jason Jenks, morto sob a ponte!

As pessoas arregalavam os olhos e então corriam comprar seu exemplar. Bella, que estava próxima a pequena multidão que circundava o menino, aproximou-se, a fim de comprar um exemplar.

- Eu quero um, por favor. – Ela falou.

- Três francos. – Ele replicou, recebendo o dinheiro e entregando o jornal enrolado.

Bella voltou para o outro lado da calçada onde Alice e Rosalie estavam. Abriu o jornal, correndo as luvas pelas poucas páginas, até encontrar a página de obituários. Lá estava a foto em preto e branco do falsário, seguido de uma pequena nota do Inspetor geral:

“O falsário Jason Jenks, conhecido por roubar títulos, o mais recente foi o de barão, foi encontrado morto embaixo da ponte, próximo a uma travessa na avenida principal. A polícia informa que ele foi vítima de algum tipo de animal, pois teve parte do seu sangue drenado e possui marcas em determinadas regiões do corpo.”

- Animal? – Rosalie ergueu uma sobrancelha.

- Que tipo de animais existem em Paris que podem atacar as pessoas? – Alice perguntou-se.

- Eu não sei. Mas não me parece que tenha sido um animal. – Bella comentou baixo, gesticulando com as mãos. – Talvez fosse uma morte encomendada.

- Tem razão. Todos sabemos que ninguém gostava da fama do falsário... – Rosalie respondeu.

- E muito menos da fama da secretária dele. Diziam que era amante. Quero ver o que vão falar. – Alice riu baixo.

As três damas, agora que tinham mais liberdade para ir e vir, desde que contraíram noivado com a família Cullen, passavam quase todas as tardes - em que não tinham ensaios para sua última temporada no Opera - no pequeno chatêau de Alice, no centro da cidade. Maestro Lefevre ainda tentava terminar de compor uma nova sinfonia, o que lhes dava muito tempo até o início dos verdadeiros ensaios. Por enquanto o que faziam era ensaiar passos e sincronizar movimentos.

Bella sentou-se na banqueta do piano e dedilhou uma melodia diferente, melancólica, mas ao mesmo tempo, suave e imponente. A sala encheu-se com aquele novo som. Ela fechou os olhos e deixou lembranças e mais lembranças invadirem sua mente... A morte de seu pai... O acidente... O Estranho a salvando... O Opera... Os vultos que assombram sua mente desde o dia do acidente que matara seu pai, ainda estavam lá; e por mais que os anos se passassem, ela nunca iria livrar-se deles.

Enquanto sua mente flutuava por lembranças ruins, algo novo veio à tona.

- Edward. – Ela sibilou.

- O que foi, Bella? – Rosalie perguntou, sentada no sofá branco.

- Recentemente, o Conde me contou que recebeu ameaças de Jason Jenks. – Ela continuou. – Não acha estranho ele receber ameaças e logo em seguida o falsário aparecer como notícia na primeira página do folhetim?

Rosalie ponderou. Ela tinha razão, aliás, Bella sabia que tinha razão. Algo dentro de si sabia muito bem que Edward era o assassino, que ele era o responsável pela morte do falsário.

(...)

- O senhor seu pai chegará dentro de duas semanas. – Emmett resmungou.

- Não faça esta cara. Sabe bem que cedo ou tarde ele viria para cá. – Edward deu de ombros, enquanto jogava-se no divã macio. Sua expressão tornou-se mais séria, a medida que os segundos se passavam.

- O que houve? Algo perturba-te? – Jasper entregou uma taça a ele. – Problemas com milady?

- Provavelmente terei. – Ele resmungou algo, antes de bebericar o conteúdo da taça. – Temos que resolver sobre a recepção para Carlisle e Esme. Sabe se virá mais alguém?

- É bem provável. Vamos tentar não ter problemas durante a estadia deles por aqui. – Emmett murmurou. – Algo me preocupa.

- O quê?

- Para toda a cidade já ficou claro que escolhi Lady Hale para ser minha companheira, mas não sei se estou certo que Carlisle aprove.

- Ela será SUA companheira. E não dele. – Edward rosnou.

Edward deixou a taça sobre um aparador e seguiu para seu aposento. No caminho, desabotoou os primeiros botões da camisa de algodão branco, até a altura do cós alto e justo da calça preta. Quando chegou ao quarto, jogou o paletó, a camisa e então deixou os sapatos sob a poltrona. A tina de seu banheiro já estava cheia de água quente, fumegando e exalando um aroma de frésias e flores do campo dos sais de banho.

Ele adentrou a tina e apoiou a cabeça no acolchoado. O cheiro de flores entrava-lhe narina a dentro. Seu coração parecia parar com a lembrança da jovem Lady Swan, em seus trajes elegantes no Opera. Seu coração disparou e sua respiração ficou acelerada. Uma onda de arrepios percorreu toda a extensão de seu corpo, causando-lhes sensações que nunca havia sentido antes, mesmo quando estivera na cama de outras damas.

“Preciso dela.” Ele pensou, frustrando-lhe logo em seguida. “Mas não será tão fácil...”

(...)

- Merd! – James rosnou quando viu a notícia da morte de Jason Jenks no folhetim, mais cedo naquele mesmo dia. – Falsário bastardo!

- Algum problema, monsieur? – Laurent perguntou, ao entrar na sala de estar, onde o café da manhã estava sendo servido.

- Sabe algo sobre a morte do imobiliário?

- Não senhor, nada além do que as pessoas comentam nas ruas. – Laurent prostrou-se ao lado da mesa. – Estão dizendo que ele se meteu em terríveis problemas com alguns dos condes ou duques... Parece-me que suas falcatruas eram ultrajantes.

James assentiu. Ele não soubera de mais nada das investigações do falsário, nem chegou a saber o que ele havia descoberto em sua última noite de investigação... Também nem iria saber, certo?

Assim que terminou o café da manhã, vestiu seu paletó e entrou no coche. Ordenou que seu cocheiro seguisse rumo a cidade e em direção ao seu escritório, afinal, deveria administrar os negócios e manter sua pequena fortuna.

- Senhor Visconde? – disse o ajudante. – O Inspetor geral da polícia está aqui e deseja falar com o senhor, posso mandá-lo entrar?

- Pode. – respondeu James, em alguma hora do dia, enquanto organizava pilhas de documentos e uma papelada de produtos que seriam exportados. – O que posso fazer pelo senhor, Inspetor geral?

- Bonjour, monsieur Visconde. – Disse o inspetor, segurando seu chapéu. – Deve ter ficado sabendo do assassinato do imobiliário Jason Jenks, mais conhecido por J. Jenks e por suas falcatruas.

- Sim, fiquei sabendo. Já encontraram o culpado?

- Ainda não, mas por enquanto recebemos a informação de que ele tivera seu sangue drenado, pós-mortem. Não temos nenhum tipo de evidência que confirme qualquer outra hipótese.

- Oh, entendo. Mas não foi por isso que veio ao meu escritório.

- Certamente não foi por isso. – O inspetor disse com um pouco de pompa. – Mas o que venho lhe contar está relacionado a morte do falsário.

James convidou o inspetor a se sentar e, mandou ao ajudante que dissesse a qualquer um que estava em reunião. Assim que uma xícara de café foi servida ao inspetor, ele começou a falar.

- Há uns dois dias, Jason mandou-me um recado. Ele pedia para que eu o encontrasse numa pequena espelunca na periferia da cidade, onde não poderíamos ser reconhecidos. – O Inspetor contava. – Naquela noite e, creio que ele tenha sido morto logo depois do nosso encontro, ele relatou algo que descobriu, ou que achava ter descoberto.

- O quê?

- J. tinha seguido o trajeto do conde por alguns dias, até perceber que todas às vezes, ele ia para o mesmo lugar e sempre saia desse lugar, segurando as mesmas peças de roupa. Nessa noite, qual foi não faço idéia, porque ele não me revelou, ele seguiu a carruagem do conde, e percebeu que uma luva negra estava no chão, próximo a ela, havia pétalas de rosa vermelha.

- E o que há de errado nisso? Todos sabem bem que o Conde está noivo de Lady Swan.

- Oui, monsieur, mas o que Jason disse-me por fim foi crucial. – O inspetor fez um quê de suspense. – Ele relatou que depois de averiguar as saídas do Opera, encontrou uma pequena abertura, com um portão de ferro. Na outra noite, ele viu o fantasma tirar a máscara.

James gelou.

- E então?

- E, o que acha? Realmente não tem suspeitas?

James, que já vinha suspeitando do Conde, agora confirmara suas suspeitas.

- O Conde. – Ele sibilou. – Suspeitei. Mas não por esses fatos, mas por Lady Swan. Ela e eu éramos amigos desde infância, quando monsieur Charlie Swan, que Deus o tenha, era vivo. Percebi pela forma como ela o olhava, com ternura, da mesma maneira que ela olhava para o Conde.

James suspirou. Primeiro sinal de derrota.

- Então o que todos dizem é verdade? – O Inspetor insinuou. – Que o Visconde sente algo por Lady Swan, a bailarina?

- Sim, sinto algo por ela!! – James fechou as mãos em punhos e as bateu contra a mesa. – Mas tenho um compromisso com Lady Victoria, para mim, o que importa é desmascarar o Fantasma.

- Vossa senhoria já sabe quem está por detrás da máscara, o que mais quer? O mal da bailarina? O mal para o Conde e sua família?

- Jamais pensaria em ferir Isabella. – Ele ponderou. – Porém, não ligo para o Conde.

- Pois devia repensar seus conceitos, ele é mais influente que qualquer um aqui. A família Cullen é uma família inglesa, uma das mais poderosas, não se pode simplesmente interferir...

- Vou desmascarar o Conde. Ele não sabe quem sou. Tenho aliados. E espero poder contar com sua colaboração. – James propôs. – Claro que haverá recompensas...

As coisas continuaram calmas no centro parisiense. Não houve aparições do fantasma, nem assassinatos e os ensaios no Ópera continuaram a todo vapor. O inverno seguia seu curso, os flocos brancos elaborados flutuavam céu abaixo e pousavam delicadamente sobre a copa das árvores, chão, grama fofa e congelavam a superfície o lago do parque central.

O céu era constantemente nublado, cinzento, diferente dos dias mais quentes, em que quase em sua totalidade, havia um azul celeste e flocos de nuvens. Naquele dia ventava, fortemente, e talvez a noite prometesse uma tempestade forte.

As bailarinas usavam suas saias evasês, longas e fluidas, os cabelos presos em coque e dançavam ao som da pequena orquestra. O som reverberava por todo o teatro, desde o topo até as catacumbas, onde um ser misterioso apreciava as canções.

- Madame Dwyer! – Chamou Phillip.

- Oui, monsieur, o que deseja?

- Sua opinião. Monsieur Visconde nos deu uma excelente idéia! Faremos um baile, o que acha, para todos dançarem... – Charlie explodiu em gargalhadas.

- Um baile?

- Oui, madame, onde todos serão artistas. Faremos nos salões de entrada, grande o suficiente para abrigar uma casa cheia.

- Então temos uma melodia perfeita. – Maestro Lefevre parou o ensaio e entrou na discussão.

- Será o anúncio oficial da partida de três das nossas melhores bailarinas. Será o anúncio do fim de uma era e o início de outra. – O Visconde sorriu e subiu ao palco para dar o recado às bailarinas e aos funcionários.

(...)

- Bonjour, bonjour, minhas caras dançarinas!! – Charlie exclamou, exultante, com as novas idéias para o espetáculo. – Começaremos hoje, com a segunda parte dos ensaios, no salão principal... Dirijam-se para lá e esperem por ordens de Madame Renée.

Todas as bailarinas sapateavam delicadamente pelos corredores do Opera, percorrendo galerias localizadas nos bastidores, passando por candelabros a luz de velas e inúmeras araras onde os figurinos iam sendo colocados. As costureiras trabalhavam arduamente, afinal, em uma semana seria o novo espetáculo. Metros e metros de tecidos eram estendidos pelos cantos, bordados eram feitos a mão e barras costuradas. Artesãos confeccionavam as máscaras, cada uma mais linda e bem feita que a outra... Tudo sempre muito primoroso.

Madame Renée deu os devidos recados e começou o ensaio das meninas.

Os dias foram correndo, sempre muito ocupado para todos eles. Havia muitos preparativos a serem feitos e não podiam parar e se darem ao luxo de estragar todo o espetáculo.

Minuet, in G major– Sebastian Bach

- Vamos lá! Allegro! - Renée instruía as bailarinas, que, a passos curtos e rápidos, corriam pelo palco. – Oui, madames, balance! - Ela continuava, fazendo gestos com as mãos e pequenos passos com os pés. Seu vestido, sempre na cor negra, ou em tons escuros, esvoaçava levemente.

Todas as dançarinas tinham passos iguais, dessa vez não haveria um solista ou uma cantora, apenas a dança acompanhada de um belíssimo espetáculo animado. A pequena orquestra ensaiava repetidamente vários trechos da música, sendo acompanhados por Madame Renée e suas meninas, como ela costumava chamá-las, quando algo tirou a concentração de todos.

Um som abafado de palmas surgiu no ambiente. Renée vislumbrou, atrás de si, numa das últimas fileiras do primeiro setor de poltronas. Havia alguém sentado, de seu pescoço para cima não se via nada além de sombras, porém, suas vestes eram refinadas e havia uma capa preta.

- Continuem, mademoiselles! Não dêem atenção para ele, continuem!

- Ai! – reclamou uma das bailarinas, quando seus pés não agüentaram o peso do corpo em um demi-pontê e ela caiu.

- Você tem que ter equilíbrio, minha cara. Vá para a barra e faça alguns exercícios. – Renée pediu.

De mau grado a bailarina desceu do palco e entrou no pequeno salão de espelhos que havia ao lado, nos bastidores. Lá, ela continuou tentando o exercício repetidas vezes, enquanto as outras davam continuidade ao ensaio.

Quando o dia caiu e o relógio badalou seis horas da tarde, o ensaio já havia terminado e tudo estava perfeito. Renée dispensou as meninas e recolheu-se. Bella, sabendo de sua dispensa, correu para a sala de súplicas, caminho que fazia quando descia até o covil do fantasma.

Fazendo o trajeto de sempre, e cada vez com mais facilidade, Isabella não demorou muito para chegar até as grandes grades da caverna do Fantasma da Opera. As grades se ergueram assim que o pequeno barco parou a frente da grande entrada. Com ajuda do remo, Bella empurrou-o caverna a dentro.

- Bon soir! – Ele lhe da um beijo nos lábios.

- Bon soir, mon’ami! – Bella sibilou, entregando-se a ele.

Seus lábios colaram-se, como se não estivessem juntos há séculos. Bella entrelaçou os dedos aos cabelos acobreados de seu Conde; enquanto as mãos dele desciam por sua cintura, circundando o corpete branco. Suas línguas exploravam cada canto de suas bocas. A respiração de Bella acelerou, bem como seus batimentos.

Edward, por mais apaixonado que estivesse, ainda não havia se acostumado com a paixão avassaladora que tomava conta de seu corpo toda vez que a tocava, ou nas poucas vezes que a beijava. Ele não tinha certeza se poderia agüentar quando estivesse realmente com ela. Porém, o Conde tinha plena certeza de que ela era a pessoa para ele.

- O que foi? – Bella perguntou, traçando o contorno da máscara branca.

- Nada. Tive um devaneio. – Ele sorriu. – Receio que esteja bem cansada.

- É, Madame Renée não nos poupou hoje. – Ela abaixou os olhos, percorrendo toda a extensão do peito marmóreo dele.

- Mas você e Alice dançam lindamente, não há motivos para se preocupar. – Ele acrescentou.

- É. Não talvez não haja. – Ela esboçou um riso reprimido.

- Se não fosse pelo seu cansaço, diria que está um tanto triste, ou pensativa?

- Sou tão fácil de ler assim?

- Não, eu é que sou bom nisso. Na verdade, você é bem difícil de ler. – Ele riu, escorregando os dedos pela face pálida da amada.

Edward passou seus braços ao redor da cintura dela, erguendo-a e carregando-a até o divã. Ele sentou-se, recostando a coluna no encosto e aconchegando Isabella ao seu lado.

- Não estou triste, só pensativa e cansada. – Ela respondeu, depois de algum tempo em silêncio. – Fico pensando... Onde tudo isso vai nos levar, Edward? O que vai ser de mim depois que eu sair do Opera Populaire? E de Alice e Rosalie? Essa é a única vida que conhecemos, apesar do dinheiro que recebo do museu e das obras de meu pai, e dos meus ganhos aqui, eu nunca fui culta como as damas da sociedade, ou sequer tive uma reputação... Isso só mudou quando...

- Não pense neste tipo de coisa. – O conde beijou-lhe levemente os lábios. – Quando sair do Opera Populaire, nós voltaremos para Londres. Meu tempo em Paris terá acabado e terei de ajudar meus pais com os negócios. Não se preocupe com qualquer outra coisa... Dance minha doce bailarina, dance e cante, pois sua voz é a mais cristalina que Paris já ouviu em tantos anos!

Bella abriu um sorriso e levantou-se, fazendo uma pequena reverência. Edward deslizou até o piano e começou a dedilhar uma nova canção. Uma canção leve como uma brisa de primavera, pois era para Isabella; uma canção profunda como o oceano, pois jamais pensou em sentir tal amor; mas uma canção tão simples e, ao mesmo tempo, tão magnífica quanto à dança de sua bailarina.

As notas enchiam aquele ambiente, reverberavam pelas catacumbas do teatro, chegando a ser apenas um longínquo ruído na superfície. Bella dançava lindamente. Seu vestido fluido esvoaçava e seus braços pareciam ondas.

Logo, o desânimo dissipou-se, dando lugar à simples satisfação de estar dançando.

(...)

No chatêau do Visconde de Chagny, Laurent abria a porta de entrada para a visitante.

- Bonjour mademoiselle. – Ele sorriu e curvou-se.

- Bom dia Laurent. O Visconde se encontra?

- Oui, madame. Entre por favor.

Laurent encaminhou Victoria até o escritório, onde James assinava alguns papéis para a nova demanda de exportações. Laurent anunciou a baronesa, que entrou logo em seguida, sendo recebida pelo noivo com um beijo delicado sobre a luva de uma das mãos.

- O que lhe trás aqui, milady?

- Vim lhe perguntar se iremos ao baile de máscaras, afinal, não nos vimos a semana inteira e é amanhã. – Ela sentou-se na poltrona.

- Perdão. Meus sinceros pedidos de desculpas. – Ele sorriu. – Eu estive ocupado a semana inteira e esqueci-me completamente. Estou tendo problemas em enviar os produtos para a Espanha.

- Oh, estão dizendo que a Espanha foi tomada por alguns tipos de rebeldes... É verdade?

- Sim. E eles passaram a fronteira e meus fornecedores não querem trabalhar por conta disso. – James bufou. – Mas sim, iremos ao baile de máscaras. Tenho certeza de que irá apreciar.

- Perfeito. – Ela sorriu. – Poderei encontrar milady Swan novamente. Faz tempo que não nos vemos.

- Desde quando tem alguma relação de amizade com Isabella? – James encarou-a, enquanto servia o chá que Laurent deixara no recinto há minutos atrás.

- Conversamos no dia da festa de meu noivado e em algumas ocasiões. Ela é uma excelente pessoa, James. – Victoria sibilou. – Eu não gostaria que sua obsessão por ela atrapalhasse sua carreira e, muito menos, a relação dela com o Conde.

- Não se preocupe. Não irei interferir em assunto algum. Eu... Receio que eu tenha descoberto a verdadeira identidade do Fantasma da Opera. Este é o único assunto que interessa a mim agora.

Victoria levantou-se e caminhou até a janela, onde James estava. Ela parou ao lado dele por alguns instantes, olhando para a planície gramada dos jardins da mansão dos Chagny. James encarou-a. O rosto pálido, emoldurado pelos cachos cor de fogo e os olhos verdes. A luz do sol banhava a lateral de seu rosto e dava um novo brilho aos olhos esmeralda. Como podia não se apaixonar por alguém assim?

Tomando coragem, e sentindo-se como se fosse um garotinho que iria dar o primeiro passo de algo importante, James aproximou-se e beijou os lábios rosados de Victoria. A dama, instintivamente recuou, mas alguns segundos depois ela correspondeu ao beijo.

- Finalmente está me dando a devida atenção. – ela sorriu.

- Vou lhe dar, Victoria. Agora vamos, vamos andar pelos jardins e apreciar o dia.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?

As coisas estão mudando e o Opera Paris terá um desfecho surpreendente (pelo menos eu acho, se alguém não imaginou o que eu já tinha imaginado xD). O que vai acontecer com Bella, Edward e os Condes? E o Fantasma? Será desmascarado?

Façam suas apostas porque o dia da grande descoberta está muito próximo! A última apresentação do Opera Paris será numa noite de triunfo ou derrota. Depois do baile de máscaras, tudo pode acontecer.

Beijinhos
ps: comentem, recomendem.

:P



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