Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 20
Capítulo 18 - Um novo embate


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, quanto tempo né?

nos falamos lá embaixo.
beijinhos e boa leitura ^^



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Capitulo 18 – Um novo embate

O Visconde James estava cada vez mais consumido pelo ódio que criara pelo Fantasma, ele não admitia perder Lady Swan para um ser sem rosto, ainda mais, para um ser como aquele misterioso fantasma. Desprezível fantasma.

- O jantar da noite passada ocorreu maravilhosamente bem, Visconde. Aprecio a união que fará com minha filha. – Disse o barão de Barbarac.

- Oui, monsieur. Saiba que também aprecio por demasia Lady Victoria, se me permite confessar. Uma bela dama. – James esquivou-se.

- Si, si, si. – O barão maneou a cabeça. – Mas parece que está distante esta manhã. O que te afliges?

- Só alguns assuntos a resolver no Opera Populaire. Mas o farei durante o decorrer da tarde. – O visconde comentou.

- Espero que seja apenas isso. – Replicou o barão.

(…)

Assim que o barão de Barbarac deixou o chatêau do Visconde, James pegou seu paletó e seguiu em sua carruagem para o centro de Paris, até o movimentado escritório de J. Jenks. Ele desceu da carruagem e observou as pessoas ao seu redor, bateu as mãos sobre o paletó e seguiu para dentro do prédio ornamentado.

A assistente ou, como dizem as más línguas, amante de J. Jenks, Jéssica Stanley, uma jovem dama sem qualquer título de nobreza e que não se importava nem um pouco se estava sendo vista com o falsário ou não, atendeu o Visconde com uma larga reverência. A jovem esboçou um sorriso de orelha a orelha no rosto, ao ver o homem.

- Em que posso ajudá-lo, monsieur Visconde? – Perguntou ela.

- Desejo falar em particular com seu patrão. Anuncie-me agora. – Disse James.

- Oui, como quiser.

Jéssica saiu de seu lugar atrás da mesa de mogno e entrou na sala. Logo que foi anunciado, James entrou no escritório e fechou a porta atrás de si. J. Jenks continuava com aquele sorriso presunçoso em seu rosto, o mesmo desde a última vez que se encontraram, na noite do fracasso nos calabouços do Opera.

- Está sorrindo demais, J. – James alfinetou. – Não vi qualquer progresso em sua investigação.

- O inspetor tem me ajudado com detalhes em que, infelizmente, um civil não pode tratar. Ele entrou com as legalidades, devo dizer. – J. Jenks explicou. – Não tenho absoluta certeza se esta investigação continuará nos dando resultado algum, afinal, na noite passada em seu chatêau, o Conde Cullen pediu, oficialmente, a mão de lady Swan, o que faz dela uma futura condessa.

- Sei disso. Ele o fez à minha frente. – Resmungou o visconde.

- Então devo concluir que Lady Swan não é o motivo de sua busca, correto?

- Pensei que já o tivesse feito.

- Escute meu bom Visconde, acho que tenho uma idéia que irá agradar a sua pessoa. – J. Jenks sorriu maliciosamente.

(…)

- Então os boatos que correm são verdadeiros?

- Que boatos? – Perguntou uma bailarina à outra.

- Oras, o de que Isabella Swan está noiva. Noiva do Conde Cullen! – Exclamou a primeira.

Bella, que estava próxima às duas bailarinas tagarelas, sorriu discretamente. Alice lhe dera um cutucão, esboçando a mesma reação. Aquele boato finalmente estava sendo espalhado e, em breve, toda Paris saberia da futura união dos Condes e de seu primo barão inglês com as três mais famosas bailarinas da cidade Luz. É claro que aquilo teria um preço, do qual elas ainda não tinham certeza se estavam dispostas a pagar.

- Como assim último espetáculo?! – Charlie disse extasiado.

- O que houve, monsieur? – Perguntou Renée.

- Vamos perguntar as suas três meninas dos olhos, é claro. – Ele reclamou. – Senhoritas, o que significa isso?

Charlie subiu ao palco segurando uma carta em uma de suas mãos. O ensaio geral foi parado para que ele recebesse total atenção. Quando parou em frente às três bailarinas, ele leu a carta:

“Caros senhores Charlie e Phillip,

Estamos anunciando nossa união às miladys Isabella Swan, Alice Brandon e Rosalie Hale. Em contra-partida a isso, infelizmente devemos lhes avisar que não será possível que as três jovens damas continuem dançando publicamente após isso. Esta será a última temporada das três belas damas na companhia Populaire.

Grato,

Os Condes Cullen e o Barão McCarty.”

- Minhas sinceras desculpas, monsieur. Eu estava para lhe falar ao final deste ensaio. – Bella murmurou.

- E vai deixar a companhia?

- Ora, Charlie! – Phillip reclamou. – Todos sabemos que uma dama casada não dança publicamente. Isso é uma desonra ao marido.

- Então não há o que ser discutido. Temos planos para hoje e pretendemos cumpri-los. Se não estão satisfeitos, conversem com os Condes e com o barão Emmett, porque não é com as três que vossa senhoria tem que discutir. Isso é um assunto que só diz respeito a elas. E ponto!

- Que seja, que seja. Ao final da temporada, Tanya voltará ao espetáculo. – Charlie resmungou, uma vez que ele sempre preferiu Tanya, ao invés de Isabella.

O ensaio voltou ao seu curso quase normal, se não fosse pelo fato de que os comentários sobre o noivado de Isabella com o Conde estavam cada vez mais constantes, se não fosse por um pequeno detalhe: as pessoas ainda não haviam esquecido o fantasma e a estranha relação da bailarina Swan com ele. Mas, ao que pareceu, Bella não precisou pensar muito em relação ao que deveria fazer, pois quando todos haviam descido do palco e as luminárias haviam sido apagadas, uma figura negra surgiu no centro.

O fantasma apareceu e, acompanhado de um grande estrondo, anunciou sua presença.

- Boa tarde, messieurs. – Disse ele, estreitando os olhos por detrás da máscara. Desta vez, ele usava uma máscara que cobria exatamente seus olhos, não só uma metade.

- Oh mon Dieu! Ele existe! – Alguém gritou.

- Acharam que eu era uma alucinação? Um qualquer fantasiado brincando com suas bailarinas? – Ele bradou, em alto e bom som, fazendo todos estacarem em seus lugares.

O fantasma encarou Isabella.

- Você! – Ele apontou-lhe o dedo. – O que faz com aquele Conde? Não devias saber quem é o seu mentor?

- De-dei-xe-a em paz, monsieur Fantôme. – Pediu Phillip.

- Como ousa, bela dama, trair ao seu mestre e mentor?

As palavras de Edward soavam como se fossem de outra pessoa, soavam como se fossem realmente de um ser chamado Fantasma da Opera. Alice e Rosalie observavam atônitas a cena. Nenhuma das duas conseguia acreditar que o conde se transformara simplesmente ao pôr uma máscara. Bella, encantada e, ao mesmo tempo, enfeitiçada pelas palavras do conde, dava pequenos passos em direção a ele.

- Eu... – ela murmurou, antes de ser interrompida pelo fantasma.

- Preferes um título nobre à fama de canto de sereia? – Cuspiu o fantasma. – Diga ao seu noivinho, o Conde, que em breve teremos um encontro. O Opera assistirá a queda do Conde Edward Cullen!

Numa explosão de névoa branca, o fantasma sumiu, deixando o palco vazio e todos chocados. Bella sentiu suas pernas fraquejarem e caiu sentada numa das poltronas. Sua expressão era tão vazia quanto a de todos ali, esse era outro mistério de Edward Cullen.

- Oh, é maravilhoso, vamos ter um embate e provavelmente alguém vai morrer! – Alguém desdenhou.

- Mantenha essa sua língua bifurcada atrás dos dentes, cherry! – Rosalie exclamou. – Não vê como Bella está?!

- Oh, Bella, e agora? Vai avisar ao Edward? – Alice perguntou, fingidamente preocupada.

- Eu... Não sei. – ela balbuciou.

Alice, Rosalie e até mesmo Renée, estavam surpresas pelo quanto Bella conseguiu demonstrar estar assombrada com aquela aparição e com o recado do fantasma. Mas a verdade era que a bailarina estava mesmo abismada.

- Eu... Preciso ficar sozinha. – Bella encarou Renée.

- Vá, cherry, descanse. Nós também encerramos por hoje. – Renée falou. – Todas vocês, às tinas, lavem-se e esqueçam o que houve! – ela ordenou.

Alice e Rosalie acompanharam Bella até seu camarim, porém, estacaram quando Bella as encarou.

- Eu preciso mesmo ficar sozinha. – Bella disse. – Prometo que depois vou vê-las, mas agora eu preciso...

- Ir até lá. – Rosalie falou. – Nós sabemos.

- Vai, Bellinha, depois conversamos.

Bella deu às costas as duas e trancou-se em seu camarim. Virou duas vezes a chave, diminuiu as luzes dos abajures e colocou uma capa negra por cima de sua roupa de ensaio. Ela puxou o espelho e passou pela pequena abertura, erguendo levemente a barra da capa e do vestido, e passando a correr pelos corredores úmidos e frios. Quando chegou ao final, esgueirou-se pela imensidão subterrânea, descendo cada vez mais.

Seu coração martelava, parecia querer saltar do peito. Enquanto descia, tinha a sensação de que adentrava num mundo obscuro e que parecia que não iria sair dele. Todo aquele teatro, toda aquela encenação realmente a assustou; era só isso que ela conseguia pensar.

A bailarina desceu até chegar ao pequeno barco e continuou adiante, pelo lago subterrâneo. Não demorou muito até que avistasse a entrada da caverna onde o misterioso ser do Opera Populaire se escondia. Edward estava de costas, sentado à beira do piano antigo que havia ali, rabiscando uma partitura.

- O que foi aquilo? – Bella sussurrou.

- Eles precisavam de um motivo para saber que você estaria comigo agora.

- Eu... O... O que há com você? O que você tem que faz isso? – Ela perguntava atordoada. – Eu... Fiquei com... Medo.

- Medo? – Ele arregalou os olhos. – Eu pensei que você estava atuando, muito, muito bem.

- Eu não estava atuando! Eu realmente fiquei com medo. O que em você faz-me sentir tão atraída e tão amedrontada desse jeito?

Edward afastou-se e ponderou.

- Perdoe-me. – Ele esboçou um sorriso triste. – Essa... Coisa que há em mim sempre afasta as pessoas. Não queria assustá-la.

- Me assustou. Não pareceu você lá em cima. Cheguei até a pensar que...

- O Fantasma fosse real. – Ele balbuciou. – Talvez o fantasma realmente exista em algum lugar dentro de mim, que quando lembra do Visconde e de toda sua audácia sobre ti, fica possessivo. Perdoe-me. Agora sabe que sou um tanto possessivo, vou me controlar e... Vou ajeitar tudo, Bella. Vou ajeitar tudo para que essa minha falha seja corrigida... Para que todas as falhas que cometi sejam corrigidas.

- Eu... Estou confusa... Não só sobre tudo o que está acontecendo, mas... Sobre você, Edward.

Ao ouvir estas palavras, o Conde Edward soube imediatamente que tudo aquilo pelo qual ele lutou poderia ruir com um simples deslize. As ameaças de James realmente estavam fazendo efeito, Bella estava deixando sua máscara cair e estava começando a temer pela vida do jovem Conde. Nesse momento, o Conde percebeu que seus problemas não eram somente as ameaças do Visconde, eram, também, os seus sentimentos por Lady Swan.

- Eu...

- Com sua licença, vou me retirar, conversaremos mais tarde, Conde. – Isabella deu as costas ao Conde e entrou pela passagem atrás de algumas cortinas, deixando-o sozinho na caverna úmida.


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Notas finais do capítulo

Oiiie meninass :D

Desculpa a demora em postar, mas vocês sabiam que eu estava dando tempo em Opera Paris até ter terminado de escrever Lua Vermelha por inteiro. Bem,e sse dia chegou.. Consegui terminar a fic, a Jeh vai revisar e então voltarei as postagens.

Espero que tenham gostado desse capítulo.. Tenso né? O Visconde está tramando algo com o J. Jenks... A Bella está confusa, para variar...
hihi

Well, beijinhos e comentem!!
:D



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