Amigos, Fama, Ação! escrita por jduarte


Capítulo 17
Capítulo 17 - Inconveniente


Notas iniciais do capítulo

continua...



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- Não... – o cara gargalhou ainda mais. – Sério, quem namoraria uma criança de treze anos?

- Dezessete. – corrigi com a voz cortante.

- Ah, grande diferença senhorita...

- Julies. Pode me chamar de Rachel Julies. – disse batendo em seu ombro.

   O cara virou para mim com os olhos arregalados.

- O-olha, o que v-você ouviu, era tudo uma brincadeira. Pura piada! – gaguejou e riu de nervoso.

- Não, tudo bem. Ouço isso o tempo todo! Você também deve ouvir: “Olha lá, aquele grande e velho paparazzi que não tem mais nada o que fazer, e fica tirando sarro da vida alheia!”. É, deve ser pior do que o meu. – disse tentando fazer brincadeira.

   O cara ficou roxo de vergonha enquanto os comparsas riam.

- Cara, relaxa! – disse dando tapinhas em suas costas. – Na verdade, eu vim aqui pedir a vocês para fazer menos barulho, minha irmã mais nova está dormindo e eu realmente não quero ter que acordá-la. Ela fica muito nervosa! – sussurrei ameaçadoramente.

   O garoto de boné assoviou fazendo um claro chamado.

- Ela quer que fiquemos quietos.

- Aham. – murmurou uma voz cínica, vindo em minha direção e apontando a câmera. – E o que você nos dá em troca.

- Uma exclusiva? – tentei a sorte.

   O silêncio se instalou ali. Sorri sacana. Não vai ter exclusiva nenhuma, panacas!

- Muito obrigada! Boa noite na chuva! – disse eu apontando para o céu que soltou uma trovoada mortal.

   Voltei para dentro e liguei a TV em um canal de filmes. Como não tinha nada passando, decidi voltar a lição de casa.

   Com alguns murmúrios lá embaixo, consegui finalmente concentrar-me e terminar aquela lição. Ufa! Uma de quatro lições inacabadas.

   Acordei de manhãzinha com o despertador do celular com som de galinha, os livros em cima de mim e o cheiro de grama molhada em meu quarto. Esse som que quase me fez jogar o telefone na parede para ter o prazer de vê-lo se esborrachar todo, mas não fiz. Não faltou vontade para eu completar o pensamento.

   Tomei um café rápido e coloquei qualquer roupa. Escovei os dentes, arrumei o cabelo, peguei os óculos, as chaves do carro e corri para o encontro com minha “banheira” vermelha e ambulante.

   Por sorte, não havia nenhum repórter na frente da casa, mas tinha uma van atrapalhando a passagem para sair com o carro. Fechei a cara e fiz uma coisa que jurei ser a passagem para o inferno. Dei a ré toda no carro até chegar a centímetros da van e engatei a primeira. Cheer deu um solavanco quando passou pela calçada de pedra e finalmente aterrissou na rua. Os homens da van ficaram bobos.

   Tive vontade de mostrar o dedo mal criado e gritar: “Tá olhando o que, otário?”, mas como tenho classe, só sai dali o mais rápido possível para poder chegar ao colégio.

   Voei a cada farol aberto e parei indisposta em cada um fechado. Estacionei na primeira vaga que achei e corri para pegar meus livros e torci para ter uma cadeira bem no fundo da sala onde eu possa me esconder e “chorar”.


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Notas finais do capítulo

deixem review em,
Beijos,
Julia!



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