Rock Me escrita por GrabMeStabMe


Capítulo 3
Capítulo 3- Confusão


Notas iniciais do capítulo

oie fubazada!
td bem com vcs?
como demorei ein?
pois é, mas aqui estou
e com um monte de capítulos novos
enjoy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/111829/chapter/3

– Que demora!- Bill gritou ao meu lado, já impaciente com o trânsito.

– É assim mesmo. - eu falei tentando acalmá-lo.

– Mas isso já ta mega demorado - Tom disse.

– Deixa eu ver o que ta acontecendo- eu abri a porta do carro que estava completamente parado.

– Aonde você vai?- perguntou Bill arqueando a sobrancelha, sem entender.

– Awn! Adoro quando você faz isso! - exclamei - Ver porque estamos parados a tanto tempo.- fechei a porta.

– Fazer o que?- ouvi Bill perguntar ao Tom

Andei uns 500 metros até ver o motivo do congestionamento.

– Que ótimo – falei sem emoção alguma.

Uma fila imensa de fãs do, adivinhem só, Tokio Hotel, estavam no meio da rua. Fazendo o que? Vai saber. Fui em direção aquela fila.

– Oi. Com licença – falei para uma menina que estava no meio da confusão.

– Oi. - ela cumprimentou.

– O que esta acontecendo?- perguntei curiosa.

– Sabemos que os meninos saíram do aeroporto e que estão em direção ao hotel. E temos quase certeza que é o Hotel Hilton, ali na frente. - ela respondeu atenciosamente.

QUE ÓTIMO! Esses meninos vão parar a cidade!

– Obrigada!- eu disse, disfarçando o quão cômica era a situação e virei às costas.

Quando eu disse antes que eu era fã da banda e que isso justificava meu comportamento estranho como encarar eles por tempo demais e ficar repetindo que eles eram lindos e maravilhosos, é porque é verdade. Fã de qualquer coisa é louco. Mas fã de Tokio Hotel tem vocação para ser mais fora da casinha que o normal. E ainda vale adicionar o fato de sermos fãs brasileiras da banda, ou você acha que o fato de sermos brasileiras não melhora (ou piora, dependendo do ponto de vista) a situação? Fãs brasileiros são conhecidos mundialmente pela sua histeria, por sempre serem calorosos e super receptivos, além de completamente apaixonados pelos seus idolos. Esses garotos, agora é a vez deles de descobrirem o que são fãs histéricos de verdade. Essas fãs são loucas!

– Vocês pararam a cidade- eu disse aos dois quando entrei e me sentava no carro. - Ou pelo menos o trânsito em uma parte dela.

– Hã?- Tom perguntou coçando a cabeça - Como assim? - repetiu me fazendo rir

– Explique-se - Bill mandou. Sim, porque ele manda e não pede. Delicadezas.

– A rua está parada porque as fãs sabem que vocês já desembarcaram e estão indo em direção ao hotel, que elas acham que é o Hilton, ali na frente. Por isso, estão todas no meio da rua, praticamente, e estão esperando vocês. - eu expliquei, resumindo a história.

Bill não disse nada. Tom estava boquiaberto.

– Vocês não têm noção do que vocês vão ter que lidar nos próximos dias. As brasileiras são loucas. Completamente piradas. E quando tem um ídolo- apontei para eles- são piores ainda.

– Meu deus! O que a gente faz agora?- perguntou Bill desesperado.

– Fernanda, você, por favor, pode parar de assustar a gente?- perguntou Tom.

– Vou tentar, mas vocês têm que perceber que tem muita gente aqui que ama vocês. Isso é sério.

– Tudo bem, então elas são malucas, e já sabem o hotel que a gente ia ficar.- Bill falou tentando raciocinar

– Posso assustar vocês mais um pouco?- perguntei consultando o nível de estresse deles.

Eles me olharam de olhos arregalados

– Vou considerar isso como um sim. – falei- Elas não estavam muito dispostas a esperar muito tempo, então, não duvido que elas passem de carro em carro para saber quem está dentro. Se bem que esse carro não é nada discreto e muito menos comum, elas devem perceber em breve que vocês estão nele. Opa, nós estamos nele. - me corrigi.

Os olhos de Bill faltaram cair do lugar. Agora fiquei preocupada: as fãs européias não eram loucas também? Bill também ficou vermelho e Tom, que estava preocupado, me olhava pasmo.

– Tá! Bill, respira. - falei isso olhando em seus olhos e dando leves tapas em seu rosto (eu estou tocando no Bill! Aaaaaaaa! Ainda não superei esse surto. Eu era uma ótima atris, acho que vou investir na carreira)- Respira - repeti. Enfim, ele soltou o ar- Isso, agora inspira fundo, e expira. – ele seguia a minha voz e logo voltou à cor normal- Inspira, Expira - continuei repetindo até achar que era seguro parar. - Pronto.

Bill me olhava com um olhar de criança que sabe que não tem culpa, mas os pais acham que ela tem e vão brigar com ela. Gente, ele é muito lindo! Fiquei com o rosto dele em minhas mãos, por não sei quanto tempo, até ouvir Tom pigarrear ao meu lado e estragar o clima. Chato.

– O que a gente vai fazer?- disse ele sem graça e meio perdido.

– É... - eu corei. Cara, o que estava acontecendo?- Bom... Não sei.

– Eu também não... - Bill falou finalmente, mas ainda esta meio em modo ausente. Ele não vai voltar ao normal não? Se ele não conseguir cantar mais, as fãs do mundo inteiro vão querer me matar!

– Bom... A gente pode... - tentei falar alguma coisa mas a voz sumiu. Zero ideias. Por que estou assim?

– Gente! Terra chamando Bill e Fernanda!- Tom falou estralando os dedos no nosso rosto.

Agora eu acho que acordei.

– Tudo bem. Tudo bem- tentei raciocinar - Vamos sair andando, minha casa fica a uns dois quarteirões daqui. A gente pode sair de fininho. - era a única coisa que podíamos fazer. Ou era isso ou enfrentávamos a barreira de fãs.

– Por mim, tudo bem. Bill?- falou Tom.

– Ele ta realmente bem?- perguntei.

– Como vou saber? - por mais ciente e racional que parecesse, ele também estava confuso.

– Você, afinal de contas, é o irmão gêmeo dele!- "irmão gêmeo e gato. Mas isso é só um detalhe" tive vontade de dizer, mas ele já me beijou, então era melhor manter isso só na minha cabeça, porque se eu conhecia bem essa figura, meninas que disseram bem menos, ele já levou para a cama. Não queria isso (será que não queria mesmo?).

– Bill! – Tom disse chacoalhando o irmão- Vamos sair do carro, elas vão nos achar se não formos.

– Por mim... Tudo bem... Vamos... - ele respondeu, mas sua voz não continha emoção alguma. Isso era estranho.

– Vamos. Use seu corpo...- "bem definido e gostoso e... Gente, o que esta acontecendo comigo?" - e carregue ele, não parece que consegue caminhar. falei pra Tom.

– Era só o que me faltava! Já fiz tudo pra ele, agora isso? Não, não vou fazer. - ele cruzou os braços como uma criança mimada.

– Tudo bem, então a gente fica aqui. As fãs vão chegar te ver e provavelmente te matar sufocado de tanto abraço e beijo. E sem falar que vão querer cada uma, um pedaço do seu corpo...- Comecei o terrorismo psicológico. - e...

– Tudo bem! Já chega! Entendi, é perigoso ficar aqui. Eu o carrego. - Tom respondeu, caindo feito um patinho na minha manipulação. Mas foi para o bem dele, eu juro.

– Ótimo!- eu disse satisfeita- Agora vamos!- ordenei, apressada.

– Claro, senhora mandona!- ele falou resmungando.

Apenas olhei para ele e sorri.

Sai primeiro do carro. Olhei ao redor para ver se não tinha ninguém, e com “ninguém” quero dizer alguma fã. Nada.

– Tom, pode vir. - falei

Ele saiu, puxando Bill.

– Acho que ele consegue andar- Tom falou

– Vamos ver. - cogitei.

Os dois saíram, Bill ficou em pé sem dificuldade. Deu até uns passos.

– É ele consegue and...- fui interrompida por um grito estridente que pude jurar que quebraria uma taça de cristal. – O que foi iss... - tentei falar mas não precisei continuar: foi só olhar o carro parado ao lado do nosso. Estava cheio de meninas, com camisetas do Tokio Hotel. Ótimo. A sorte desses dois está de férias.

Olhei para o Tom, Tom olhou para mim.

– Corre! –eu disse e sai na frente, Tom pegou Bill e saímos correndo.

Inútil. Todas vieram atrás. TODAS. E não foram só as meninas do carro, provavelmente alguém no meio da multidão próximo do hotel ouviu o grito e percebeu. Agora estavam todas em uma perseguição atrás de mim, Bill e Tom.

Eu não sei se você consegue imaginar isso, mas a quantidade de meninas aumentava a cada minuto. Acho que elas estavam contradizendo as teorias da biologia em que não existe geração espontânea de um novo indivíduo (NERD!), porque eu não me lembrava de ter tantas meninas assim em frente ao hotel. Foi ai que percebi: várias delas estavam com um celular na mão, filmando, fotografando, tweetando, etc. Que marravilha, sim maRRavilha. Bendito seja essa rede social de 140 caracteres.

Fato interessante sobre mim [ou não]: quando eu fico nervosa eu viro uma completa e total psicótica. Em vez de pensar rápido e agir rápido, eu fico buscando por explicações técnicas para tudo o que está acontecendo. mas eu acho que isso já está muito mais do que evidente.

Olhei novamente para frente: Tom, com seus 1 e 80 e poucos, se matando para carregar Bill, um poste ambulante. Comecei a rir, gargalhar na verdade.

– HA. HA. HA. - Tom ironizou minha gargalhada quando percebeu que eu ria dele- Muito engraçado. - paramos por alguns segundos quando viramos uma esquina. - Ele só parece magro, - tomou folego - mas pesa que é uma beleza!- disse com uma pontinha de raiva.

Voltamos a nossa corrida porque dava para ouvir elas se aproximando.

– Estamos quase chegando, vira à esquerda!- gritei para ele que tinha aberto uma pequena vantagem de mim.

– Tudo bem!- ele disse quase sem voz.

Olhei novamente para trás, elas continuavam a nos perseguir. Como vamos nos livrar delas? Mas antes que eu pudesse pensar nisso, ouvi meu celular tocar.

– Alô?- berrei, sufocando com a falta de ar. Por que eu saí da acadêmia?

– Não precisa gritar!- minha mãe reclamou.

– Desculpa. - respirei fundo tentando controlar a respiração - O que foi? Algum problema?- perguntei, querendo encerrar a ligação logo.

– Posso saber o que você está fazendo na televisão? - ela parecia meio indignada - Ainda por cima, correndo com outro garoto que esta carregando uma menina! Eu não deixei você ficar em São Paulo para isso.

– O QUE?!- agora tive que gritar- COMO ASSIM? - eu ia ter um infarto, hoje era o dia, eu conseguia sentir.

– Você esta na televisão, correndo feito uma louca de um monte de outras loucas. - na mentalidade da minha mãe, isso foi uma explicação.

– Maravilha!- falei ironicamente- Mãe, depois eu te ligo tá? Como você pode ver, estou com um problema aqui. Prometo que te explico tudo mais tarde. Te amo.

– Tudo bem. Tchau. - desligou meio mau humorada.

Okay, preciso pensar mais rápido que isso. Tom estava ao meu lado, apoiado na parede, tentando se recuperar da maratona. Eu estava que nem ele, com exceção da minha cabeça estar a mil em busca de uma solução.

Eu não acredito que aquilo tinha ido parar na televisão! Deuses! Como é possível?

– Tom, mudança de planos. - disse assim que achei algo racional.

– Como assim?- perguntou ele confuso.

– Depois te falo. Agora precisamos continuar correndo. Segue em frente mas vira na primeira à esquerda e logo em seguida à direita. - expliquei - Rápido! Elas estão se aproximando!

Ele colocou o Bill nas costas, agora que nem um saco de batatas, e correu mais ainda, e eu atrás. A situação seria épica se não fosse assustadora.

Ele virou as ruas como eu mandei, e corremos como o Diabo da Cruz. De repente, ele parou, totalmente sem respiração.

– Não agüento mais!- exclamou colocando o Bill no chão.

– Você tem que aguentar!- gritei- BILL, ACORDAA! AGORA!

– Hã? O que?- perguntou Bill. Eu não conseguia acreditar que ele ainda estava desmaiado em meio aquela correria.

– Corre! Rápido! - apressei.

Aí sim a cena ficou hilária, muito hilária: o Bill correndo, de salto, e gritando quando viu o motivo que estávamos correndo; Tom, com meio palmo de língua pendurando para fora; e eu correndo das fãs por que estava perto deles.

– Agora, entrem nesse corredor- gritei, indicando o caminho.

– Aonde ele vai dar?- perguntou Tom, preocupado e sem ar.

– No hotel! - consegui explicar.

Seguimos por ali. Ao entrar no corredor, Tom estava exausto demais e Bill perdido demais então passei a frente deles.

– Abram- falei em português, e batendo na porta dos fundos- A banda esta aqui! Os gêmeos do Tokio Hotel estão aqui! - disse exasperada.

Abriram a porta imediatamente

– O quê? Como assim?!- perguntou um cara todo de branco

– Deixa a gente entrar, depois eu explico. - eu mal conseguia respirar.

– Tudo bem. - ele disse dando-nos passagem assim que viu as duas figuras atrás de mim.

Eu e os meninos passamos por ele.

– Como você conhecia essa passagem?- perguntou Bill, já dentro da cozinha.

– Voltou pra Terra agora?- perguntei enquanto passávamos em meio a fogões e panelas.

– Nem sei o que me deu. Agora pode responder?- ele falou irritado. Acho que Bill gosta de sempre saber tudo.

– Cadê o Tom?- perguntei dando por falta dele.

Olhamos automaticamente para trás, Tom estava desmaiado no chão. O que era um péssimo sinal porquê a banda precisa do guitarrista.

– TOM!- gritei e corri para seu lado- Tom? - bati em seu rosto, a beira um ataque. Eu já disse que hoje é o dia em que terei um ataque cardíaco?

Ele acordou:

– O que...?- ele falou atônito, e passou a mão na cabeça, procurando algo.

– Você desmaiou!- disse Bill, explicando o óbvio.

– Me atingiram na cabeça. - ele falou confuso, meio sem entender.

– Como?- agora fiquei confusa. Como eles conseguiram atingir ele?

– Olha ali- ele disse se sentando e apontando para um objeto a metros dali.

Fui até o objeto.

– O que é isso... - eu disse abrindo a embalagem. Ao perceber o que era, desembestei a rir, rir compulsivamente.

– O que foi?- perguntou Bill curioso, sem entender as risadas.

– Tem certeza que vocês querem saber?- perguntei ainda rindo, os dois mexeram as cabeças assentindo- Tom vai amar isso!- ri ainda mais.

– Que medo!- Bill disse caminhando até mim. - O que é?

Ergui o objeto: uma calcinha com o símbolo da banda com um monte de assinaturas e pedidos de namoro, sexo, e beijos. Estava numa caixinha muito dura. Por que alguém joga isso em outras pessoas?

– Mas o que é isso?- ele perguntou assim que analisou o objeto- Quem foi que...?

– Brasileiras- eu disse apenas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

é isso. foi mals qualquer erroHappy New Year For All!posto mais em breve(acho)beijocas