Rock Me escrita por GrabMeStabMe


Capítulo 27
Capítulo 27- Nach Dir Kommt Nichts


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!!
td bom com voces???
Hey,
Quando o Tom dizer assim:".... E aquela dizia realmente o que acontecia..."
voces coloquem essa musica:
http://www.youtube.com/watch?v=n-9C7yEeQRA
a letra e a tradução:
http://letras.terra.com.br/tokio-hotel/936059/traducao.html

Ela não é extremamente perfeita pra situaçao, mas expressa um pouco do que acontece nisso tudo
bom,
Enjoy



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--

Peguei a chave na bolsa, minha visão já estava ficando escura e minha respiração faltava. Abri a porta com dificuldade, já não enxergava nada. Fechei-a, e tirei a chave da porta.

Corri para o meu quarto. Escancarei a porta e me permiti desabar. As lagrimas transbordaram por meus olhos, minhas pernas falharam ruí sobre a cama. Não conseguia mais resistir a minha dor. Não dava, eu não tinha forças.

Era por isso que eu não queria ter me apaixonado, não deveria. Porque toda vez que eu acho que a minha vida esta boa, vem o meu coração e acaba com a minha quase felicidade. Se apaixonar é ruim, mesmo pelo Tom. Agora ele foi embora e deixou meus pedaços aqui. Mas eu vou superar por ele, eu preciso superar por ele.

Tom*

Eu ainda apareci na porta para vê-la uma ultima vez. Consegui acenar um “adeus” com a mão, e vi ela levando a mão ao rosto para segurar o choro.

Meus olhos já estavam vermelhos. Eu não sabia se iria conseguir isso.

Não abandonar a banda foi uma chantagem dela, pois eu faria de tudo pra não sair de perto dela. Mas ela me chantageou de uma forma tão cruel, que eu não tive como não ceder. Eu tive que aceitar, tive que fazer como ela pediu.

- Calma Tom, relaxa.- Bill disse assim que entramos no carro- Só mais alguns meses, e tudo se resolve

Eu observava aquelas garotas todas frenéticas gritando por nós, completamente alucinadas. Porem pensava em quão inútil eram aquelas palavras de Bill, e que eu nem me daria o trabalho de responder, pois só eu sabia o que era aquilo, só eu poderia dizer o que seria um longo ou curto tempo. Eu não responderia, porque ele mesmo diz:  Ele ainda não achou a menina certa. Porque quando achar, vai entender o que realmente eu estou passando.

Eu ouvi gente bater nos vidros, gritos histéricos e tudo mais. Mas nada conseguia prender minha atenção. Bill ia todo atencioso autografando tudo. Eu passei direto, grosso por elas. Elas não poderiam me ver assim. A energia delas era perfeita, era tudo pra mim. Mas nem isso eu queria nesse momento. Passamos por todas rápido, ainda mais comigo apressando tudo.

Subindo no jato particular, eu logo me atirei na poltrona mais distante que tinha. Eu odiava voar, mas tinha que fazer isso. Os meninos se entreolharam, querendo perguntar alguma coisa, eu percebi olhando por meus olhos, minha visão já turva.

- O que é? Falem logo- disse bem grosso

Eles desviaram a atenção, e eu me aborreci. Coloquei meus fones de ouvido, e deixei meu torpor vir.

As lagrimas escorriam, a musica rolava. Era impressionante como as musicas mais propicias aparecem sempre. E aquela dizia realmente o que acontecia

Meu maior pecado

Entrou pela porta

Estou severamente machucado

E ansioso por você

Eu sinto

Agora, como seria aquilo? Quanto tempo eu teria que sofrer? Quanto tempo eu teria que passar com essa dor? Quanto tempo realmente eu teria que passar e quanto tempo seria imaginário? Tudo aquilo estava mais confuso do que deveria...

Obcecado e perdido

Esquecido, como se nunca tivesse nascido

Rasgue seu diário

Eu não me encontro se eu me procurar

Eu não queria sentir aquilo. Eu odiava me apaixonar, era doloroso pra mim. Era mais do que isso. Era tão ruim, que ainda não tinham inventado palavras pra isso. A paixão era uma dor... argh! Era uma dor que doía – isso foi tosco- mas era muito complexa. A dor da paixão era muito pior do que qualquer dor imaginável.

Depois de ti não há nada

Amaldiçoou o nosso primeiro dia

Depois de ti não há nada

Tudo novo acaba comigo

Depois de ti não há nada

Não quero isto

Você é,você foi,

E nunca será

tudo novamente.

Odeio-te

Eu queria sair dali. Eu estava me sentindo claustrofóbico.

Você é como um pesadelo

Eu sonho com seu fracasso

Eu sinto falta de suas viagens

O pulo falhou

Eu sou..

Obcecado e perdido

Esquecido, como se nunca tivesse nascido

Rasgue seu diário

Eu não me encontro se eu me procurar

Abri os olhos, e ainda estava claro. Acho que a gente só vai chegar a noite em Los Angeles, eu pedi pra eles cancelarem os shows nessa semana, eu não conseguiria tocar. Domingo nós íamos para as cidades. Nesse momento eu só conseguia pensar em como eu odiava estar apaixonado, e em como eu amava a Fernanda

Depois de ti não há nada

Amaldiçoou o nosso primeiro dia

Depois de ti não há nada

Tudo novo acaba comigo

Depois de ti não há nada

Não quero isto

Você é,você foi,

E nunca será

tudo novamente

Agora, eu queria chorar.

Fernanda*

Eu ainda chorava. Meu coração estava apertado. Eram 8 da noite. Eu agora sofria com a inconstância do tempo. Sabia que ainda tinham muitos meses pela frente.

Sequei minhas lagrimas, inutilmente. Levantei-me e fui a cozinha, não havia comido nada desde de manha. Mas também não estava com fome.

Fiz brigadeiro e peguei o pote de sorvete que tinha no freezer. Eu ri do meu próprio destino, mas foi um humor negro. Peguei duas colheres, despejei o brigadeiro em cima do sorvete, e voltei para meu quarto.

As lagrimas não haviam cessado, e pareciam estar longe disso.

Eu chorei horas a fio. Comi todo o sorvete, bebi dois litros de refrigerante. Naquele momento nada me importava, muito menos a minha saúde.

Minhas lagrimas já tinham molhado todo o meu travesseiro. Eu peguei ele agora, e fui me deitar no chão, no tapete. Olhei para o teto, de repente lembrei de como era bom ser criança: não tínhamos com o que se preocupar a não ser um joelho ralado, ou um braço quebrado; tinha saudades de como tudo era tão fácil, não existia corações partidos, lagrimas choradas de amor; lembrei de como tudo era tão simples de se resolver, de como a vida era mais colorida. Virei minha cabeça para o lado. Lembrei do motivo em eu querer pintar a minha parede assim: azul marinho. Eu não queria ser como todas as garotas, eu desde sempre quis ser diferente. 99.9% das meninas da minha escola tinha a parede do quarto rosa, eu era a única que naquela época não suportava rosa. Eu já fiz de tudo para querer gostar das mesmas coisas que todas as outras garotas, juro. Mas tem algo nessas meninas que me irrita, algo que me incomoda profundamente.

Levantei, e mexi numa das tantas caixas ali empilhadas. Uma delas em especial: uma caixa com dezenas e dezenas de pôsteres do Tokio Hotel.

Peguei uma fita adesiva que tinha ali, dupla-face.

Tirei um por um dos pôsteres. Desde os mais antigos, que pra mim custaram verdadeiras fortunas. Até aos mais recentes, que tinha comprado semana passada. Sobrepus um por um. Eram 4 da manha, e eu ainda estava acordada.

Mudei o rack do meu computador- pré-histórico. Mudei a minha cama, e meu guarda-roupas. No fim minha cama de casal estava no meio do quarto, de frente pra parede cheia de pôsteres. Coloquei um tapete ainda mais fofo do que aquele que tinha antes, troquei o jogo se cama, agora coloquei um preto. Meu guarda-roupa estava a minha esquerda e o rack estava próximo a janela. A janela.

Aquela janela era perfeita. Ela abria quase toda e dava pra sentar ali e observar a cidade. Era o que eu fazia toda a noite. Depois de arrumar meu quarto, foi ali que eu terminei. O dia estava clareando, e nada do meu sono aparecer. Nada da dor diminuir. Fiz uma xicara de chá de erva-doce, e me sentei na janela, a brisa estava fria e calma. Eu ainda ouvia o silencio, naquela cidade tão agitada. As luzes começavam a se acender, a vida das pessoas continuava, só a minha que estava parada. Parada.

As lagrimas então voltaram a meus olhos, e eu nem tentava lutar contra elas.

Fiquei sentada na janela, até meus ouvidos não aguentarem mais o barulho dos carros que la em baixo passavam. O sol já estava alto.

Fechei a janela, e a cortina.

Deitei novamente no chão, agora eu não tentava mais fazer nada. Olhei para aquela bolsa que eu usara ontem. Ainda não estava preparada para ouvir a voz dele, era tudo ainda muito irreal.

Chorei mais um pouco, até que por fim, adormeci

Tom*

Ainda doía.

- Meninos!- Jost gritou do andar de baixo.

Eu ouvi, mas ignorei

- Tom!- Bill passou por meu quarto e bateu não porta me chamando

Ignorei também

- Tom, é importante que você também venha!- Jost gritou

Continuei deitado na cama.

- É sobre a Fernanda!- ele disse num timbre de voz de quem usa seu ultimo artificio

Levantei na hora. Pulei na verdade. Fernanda. Fernanda.

Desci correndo

Os outros – Georg, Gustav e Bill- estavam sentados em frente a Jost num sofá imenso

- Sabia que se ele falasse Fernanda, ele apareceria- ouvi Gustav cochichar pra Georg. Eles estavam de costas pra mim, passei por ele e lhe deu um tapa audível nas costas

-Quem cochicha o rabo espicha- entoei

Me intrometi entre Bill e Georg.

- Articule- disse grosso

- Sim senhor- Jost disse sarcástico

Eu estava sem paciência pra isso, lhe dei um olhar indiferente.

- Bom, ontem a Fernanda foi me procurar antes de virmos embora- ele começou

Eu arregalei tanto meus olhos, que eu vi a hora que eles iam saltar para fora. Minha respiração também falhou. Arqueei a sobrancelha.

- Explique- ordenei

- Sim Kaulitz, se o senhor não me interromper- ele disse ainda fazendo graça. Ele ta pedindo pra ser demitido...- Bom, como eu ia dizendo: a Fernanda me procurou ontem, e me entregou isso- ele mostrou quatro cartas

Minha respiração falhou

- Fernanda, pelo que eu entendi, escreveu cartas para vocês. E me pediu que lhes entregasse quando ela não estivesse mais...perto- ele disse a palavra como se medisse a minha reação. E qual foi ela? Meu coração acelerou. Jost analisou as cartas lendo os destinatários.- Gustav. Georg. Tom e Bill.- ele entregou as respectivas cartas.

Peguei a minha e sai correndo para meu quarto.

O que tinha escrito ali?

Bati a porta com toda a minha força. Precisava saber o que estava acontecendo.

Abri a carta de imediato.

Logo vi sua caligrafia. Lagrimas brotaram em meus olhos novamente...

“ Meu Tom,

Meu mesmo. Esse sim eu não tenho medo de dizer que é só meu mesmo...”

O começo da carta dizia. Eu sorri, mas lagrimas ainda caiam. Sentei-me no chão, aquilo iria acabar de me destruir


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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço Reviews?
Bom, pode ser que eu dê uma sumida por enquanto. Porque? Porque minhas notas nas provas foram pessimas, entao se eu nao aparecer, quer dizer que eu estou estudando, ok?
Bom, muitos beijos pra todas as leitoras!
Adoro muito todas!
=*



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