Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 22
Capítulo 22 - Férias - Parte 1




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Capítulo 22 - Férias - Parte 1

Dois dias depois Harry acordou. Não fui procurá-lo, ele que veio me procurar. Já era o último dia na escola. Estava sentada sob a sombra do carvalho perto do lago quando ele veio falar comigo.

- Olá, Harry. - eu falei em erguer os olhos do livro que estava lendo. - O que posso fazer para ajudá-lo? - eu perguntei erguendo a cabeça para olhá-lo, já que ele continuava de pé.

- Você sabia? - ele perguntou simplesmente.

- Do que está falando? - eu perguntei fechando o livro e me levantando.

- Sobre Voldemort. - ele falou. - Você sabia que ele estava em Hogwarts durante o ano inteiro. - ele me acusou.

- Não deveria acusar os outros sem ter provas, Potter. - eu falei friamente. - Mas sim, eu sabia.

- E por que não falou para ninguém? Alguém poderia ter morrido! - ele gritou.

- Mas não morreu. Ele é meu pai, Harry! Se seus pais estivessem vivos e um dos dois fosse um assassino conhecido pelo mundo inteiro e sendo procurado pelo Ministério já há anos, você iria entregá-lo simplesmente? Ninguém saiu ferido, a não ser o Quirrell. Não me arrependo de ter ocultado o que eu sabia. Protegi você o máximo que consegui, sendo que eu poderia ter simplesmente te entregado numa bandeja de prata morto para ele. - eu falei realmente irritada. - Me tenha como aliada ao invés de me ter como inimiga, Harry. - eu falei virando as costas e voltando para o castelo.

A Grifinória ganhou a taça das casas e o ano acabou uma maravilha. Harry veio falar comigo no final do jantar e se desculpou disse que ele deveria ter pensado melhor nas coisas antes de vir me procurar.

Agora era hora de voltar para a Mansão Malfoy. Algo me dizia que o próximo ano seria mais agitado ainda.

Desde as férias do ano passado, já estava decidido que eu iria passar as três últimas semanas de férias na casa dos Weasleys. Lucius estava furioso por causa disso. Mas ele iria superar isso.

Durante a volta no trem, um grupo realmente estranho e raramente visto estava reunido em uma cabine do trem. As sete garotas do segundo ano da Sonserina (N/A: Para quem não se lembra quem são: Katherine, Melanie, Bianca, Lexi, Júlia, Rachel e Alexia.) e o trio grifinório. Alexia ficou durante a maior parte da viagem calada e de cara feia, mas nos últimos 15 minutos de viagem ela conversou um pouco com todos. Ainda de cara feia, mas pelo menos não falou nenhuma grosseria.

************

A primeira semana de férias passou lenta e calmamente. Na segunda e última semana que eu iria passar na Mansão, recebi uma visita inesperada.

Eu estava em meu quarto terminando de escrever uma redação de História da Magia quando escutei baterem na porta, Dobby que foi abrir. Do meu quarto, no terceiro andar, as chances de escutar qualquer coisa era zero, e como eu tinha acabado de terminar a redação, resolvi descer para ver quem era.

Já estava no último lance de escada quando resolvi parar para escutar.

- Quem é você? - era Ciça perguntando.

- Meu nome é Anna Broadmoor. - uma mulher respondeu.

- O que quer em minha casa? - Ciça voltou a falar.

- Quero falar com Katherine.

- Ela não está disponível. - Ciça respondeu.

Terminei de descer a escada, ficando visível para as duas mulheres que estavam na sala.

- Katherine! Não deveria ter descido. - Ciça me repreendeu.

- Tudo bem Ciça. Queria falar comigo? - eu perguntei para mulher enquanto a analisava. Ela devia ter 1,65. Era magra, olhos castanhos claros, cabelos escuros, e pelo meu ver, deveria ser de classe média-alta.

- Sim. Eu queria falar com você. A sós se fosse possível. - ela falou olhando para Ciça. - Sou Anna Broadmoor. - ela se apresentou.

- Katherine Liwener Riddle, mas acho que você já sabe disso. Ciça, poderia nos deixar sozinhas? - eu perguntei.

- É claro. - ela falou saindo da sala me olhando de uma forma estranha.

- E então?

- Meu nome de solteira era Anna Liwener. É um nome conhecido seu, não é mesmo. - ela perguntou com um toque de ironia na voz.

- Sim, é. Aliás, é o meu nome. - eu falei também irônicamente. - O que minha mãe era sua?

- Minha irmã mais nova.

- Não tinha nenhum registro sobre você no livro de famílias de puro sangue. - eu comentei.

- É claro que não! Eu fui tirada daquele livro quando me casei com um nascido trouxa, Augusto Broadmoor. Acho que não tinha nenhum Broadmoor no livro. Minha família aceitou meu casamento, mas fui tirada do livro. Luna continuou no livro por ter engravidado do Riddle, mesmo ele sendo um mestiço. - ela me explicou.

- Então, como eu pensava, eles não se casaram. - não era uma pergunta, era só um pensamento alto.

- Não. Nem mesmo eu sei qual era a relação que aqueles dois tinham. - ela falou.

- Você conheceu meu pai? - eu perguntei.

- O Riddle? Ah, ele era um jovem encantador. Bonito, inteligente, cavalheiro e misterioso. Eu sou dois anos mais velha que Luna e ele, e devo dizer que até eu era apaixonada por Tom Riddle na escola. - ela me contou. - Luna era a única que falava com ele que não era da Sonserina. Nunca soube o motivo, mas ele era intimidador e pelo que fiquei sabendo, você também é. - ela falou sorrindo para mim.

- Não quero ser grossa, mas qual é o motivo de você vir até aqui? - eu perguntei depois de alguns minutos em silêncio, depois de refletir sobre o que tinha acabado de escutar.

- Meu marido me traiu à 5 anos. Nos separamos e eu descobri que ele morreu na semana passada. Meu filho morreu dois anos atrás quando tinha 10 anos. Depois que eu me casei, parei de usar o dinheiro da família Liwener. Quando meus pais morreram, 15 anos atrás, eles deixaram o dinheiro em quantidades iguais para mim e para Luna. Eu nunca usei minha parte, e antes que Luna desaparecesse, ela me deu a parte dela. Eu quero devolver agora para você toda a fortuna da família Liwener. Não só a parte da Luna, mas a minha também. - ela falou tirando uma chave do Gringotes da bolsa e estendendo para mim.

- Eu não posso aceitar a sua parte. - eu falei sem pegar a chave.

- Meu marido, depois que nos separamos, foi morar com a mulher com quem ele me traiu, mas eles não se casaram e ele deixou todo o dinheiro dele para mim, e para mim usar tudo sozinha, ainda é muito. - ela me explicou.

- Poderia doar a sua parte da fortuna da família Liwener para o St. Mungus ou coisa assim. - eu dei a idéia.

- Não. Se você quiser fazer isso, pode fazer. Mas o dinheiro é seu. Eu já falei no Gringotes, não tenho mais permissão para usar e nem pedir para ir até o cofre dos Liwener.

- Qual a quantia que tem dentro do cofre? - eu perguntei.

- Vinte trilhões de galeões, vinte mil sicles e cinquenta mil nuques, em dinheiro bruxo. Cem mil dólares trouxas, e cinquenta quilos de jóias e ouro. - ela me falou olhando em um papel. - Antes tinha mais. Eu tirei muitas jóias que eu sempre gostei e 20 mil dólares trouxas mês passado. - ela falou como se estivesse se desculpando.

- Sem nenhum problema. Eu nem sei o que vou fazer com tudo isso de dinheiro. - eu falei sorrindo.

- Katherine, eu quero te pedir só um favor. Não deixe esse dinheiro cair nas mãos dos Malfoys e nem nas mãos do Ministério. E se não for pedir demais, tente descobrir se minha irmã ainda está viva.

- Você também não sabe se ela ainda está viva? - eu perguntei sabendo que a decepção passou pelo meu rosto.

- Não. Acho que a única pessoa que sabe disso é seu pai. E não adianta você falar que não sabe se ele ainda está vivo, porque eu sei que seu pai ainda está vivo. Só muito fraco para voltar à ação. E eu também sei da ligação... - antes que ela terminasse de falar, eu fiz um feitiço com a mão para calá-la.

- Não fale nada. - eu falei apontando para o teto. - Venha comigo. - eu falei a puxando para fora da casa. Quando já estávamos fora dos portões, desaparatei segurando firmemente sua mão. Aparatei em uma floresta que passou na minha cabeça que eu tinha visto em um livro. - Como você sabe disso? - eu perguntei enquanto me jogava sob uma árvore.

- Estou amaldiçoada, Katherine. O Quirrell, enquanto estava com seu pai no corpo dele, me amaldiçoou. Eu só tenho mais um ano de vida, seu pai falou comigo. Ele me contou sobre a ligação mental que ele tem com você, que você pode encontrá-lo mesmo com uma distância imensa, e que você pode conversar com ele mentalmente.

- Por que ele iria te contar isso? - eu perguntei.

- Não sei. Mas quando eu insisti em saber se minha irmã ainda estava viva, ele fez o Quirrell me amaldiçoar. Ele disse que eu só teria mais dois anos de vida, já se passou um ano, agora só tenho mais um.

- Isso pode significar que minha mãe ainda está viva, mas eu não tenho certeza. Qual é a sua maldição, Anna? - eu perguntei. - Não espere que eu vá te chamar de tia. - eu falei quando vi a surpresa passar por seus olhos.

- Não esperava nem em meus sonhos que você me chamasse de tia, Katherine. Não esperava nem que você me chamasse pelo meu nome. - ela falou.

- Mas você não me respondeu. Qual é a sua maldição.

- Eu não sei.

- Não tentou descobrir? - ela negou com a cabeça. - Então pode ser que você nem esteja amaldiçoada. Meu pai pode ter falado isso só para deixá-la assustada e com medo. Deixe eu tentar descobrir. - eu falei ficando de pé e me aproximando dela.

Ergui minha mão na altura de seu rosto e murmurei:

- Maledctio Cadit - no mesmo segundo uma aura negra a envolveu provando que estava, sim, amaldiçoada. - Cura demonstrat. - nada. Não tinha cura. Ela iria morrer dentro de um ano. - Reliquo tempore. - 4 anos. Ela ainda teria 4 anos de vida, e não um, como ela pensava.

- Que feitiços são esses? - ela perguntou quando eu voltei a me sentar e ela se sentou do meu lado.

- Eu que criei. O primeiro era para ver se você estava mesmo amaldiçoada, o segundo era para me mostrar se tinha alguma forma de cura ou contra feitiço para tirar a maldição de você, e o terceiro, era para me dizer quanto tempo de vida você ainda tem. - eu expliquei.

- E..? - ela perguntou.

- Você está amaldiçoada, não tem cura e você ainda tem 4 anos para viver. - eu falei.

- 4 anos? - ela perguntou. Assenti. - Obrigada.

- Não foi nada. Eu espero que você não fale para ninguém sobre a minha ligação mental com meu pai. - pedi.

- Não irei falar, nem sobre tortura. Não importa o quão maligno ele seja, ele é importante para você e era importante para a Luna. Vou manter esse segredo bem guardado. Se quiser, posso até fazer um voto perpétuo. - ela falou séria.

- Não vou pedir um voto perpétuo. Mas obrigada Anna. Agora é melhor eu voltar para a Mansão.

- Katherine, se não for pedir demais para você, eu gostaria de manter contato com você nesses meus últimos quatro anos de vida. - ela pediu como se estivesse com medo de minha reação.

- Sem problemas. A partir desse ano eu irei para Hogsmeade nos finais de semana, poderá me encontrar lá se quiser. - eu dei a idéia.

- Claro. Você não vai voltar para as férias de inverno e para as férias da Páscoa?

- Não tenho a intenção. Prefiro ficar em Hogwarts onde é minha casa, meu lar. - eu respondi.

- Entendo. Irei para Hogsmeade então. Me escreva avisando. - ela pediu.

- Certo, irei voltar para a Mansão agora. Foi bom conhecê-la, Anna. E obrigada por isso. - eu falei tirando do bolso a chave do cofre do Gringotes.

- Não foi nada. Faça bom uso do dinheiro e das jóias. - ela falou sorrindo para mim.

Estendi a mão para ela para podermos voltar, ela aceitou e no instante seguinte, estávamos em frente a Mansão Malfoy.

- Eu irei semana que vem para a casa da família Weasley e ficarei lá até o final das férias. Qualquer coisa, me escreva. - eu falei. Nesse momento, Asha saiu da casa e veio se enrolar aos meus pés.

- Essa cobra, é sua? - ela perguntou se afastando aos poucos.

- Sim. - eu falei me abaixando e pegando Asha na mão. Ela subiu lentamente pelo meu braço e se esticou na direção de Anna, o que fez ela se afastar mais ainda. - Não se afaste. Ela não vai te machucar se eu não mandar.

- Você é uma ofidioglota. - não era uma pergunta e com essa afirmação, ela voltou a se aproximar de mim devagar e até esticou o braço na direção da Asha e deixou ela se enrolar em seu braço.

- Eu podia jurar que você iria começar a gritar e sair correndo pela rua. - eu comentei vendo ela acariciar a cabeça da Asha.

- O Riddle gostava de me assustar com a cobra que ele tinha. Ele sempre me assustava quando ia em casa.

- Meu pai, ele ia até sua casa? - eu perguntei realmente surpresa com a informação.

- Depois que Luna e ele terminaram Hogwarts, ele foi várias vezes lá em casa. Eu acreditava que ele era realmente apaixonado pela Luna. E quase todas às vezes que ele foi até em casa ele levava aquela cobra dele, a Nagini.

- Katherine, entre. - escutei Ciça me chamando da entrada.

- Eu iria te chamar para passar um dia desses comigo em minha casa, mas é na parte trouxa de Londres, não acho que eles vão deixar você vir. - ela falou indicando a Mansão com a cabeça.

- Eu estarei a partir da semana que vem na casa dos Weasleys, como já disse. Posso dar uma escapada de lá e ir até sua casa.

- Estarei te esperando. Me encontre no Caldeirão Furado às 11 horas da manhã no dia que você for. Só me mande uma carta me avisando antes.

- Certo. Até semana que vem então. - eu falei esticando o braço para Asha se enrolar nele e abrindo o portão depois.

O resto da semana passou como um piscar de olhos. Fui para A Toca debaixo de protestos e ameaças de Lucius "Se um daqueles traidores de sangue fizer qualquer coisa com você, eu mesmo irei me encarregar para que eles passem uma boa temporada em Azkaban!". Isso foi a última coisa que eu escutei antes de ser engolida pelas chamas.

O senhor e a senhora Weasley estavam me esperando em frente à lareira, com Rony, Fred, Jorge, Percy e a única menina da família, Gina. Os garotos, exceto Percy estavam com uma cara de tédio e percebi que eles estavam sendo obrigados a ficar ali.

- Bom dia! - eu exclamei saindo da lareira.

- Bom dia, Kate. - Rony, Fred e Jorge responderam em uníssono.

- Bom dia, senhorita Riddle. - Percy, Molly, Arthur e Gina responderam formalmente.

- Por favor, me chamem de Katherine ou Kate. E relaxem. Eu que estou na casa de vocês, e não ao contrário. Obrigada por me convidarem para passar o resto das férias aqui com vocês. - eu falei depois que saí da lareira.

- Vamos tentar Katherine. - Molly Weasley respondeu. - Gina, mostre a ela seu quarto, já que ela irá ficar com você.

- Por aqui Kate. - ela falou indo na minha frente. Tinha mandado meu malão na frente, e vi ele ao lado de um sofá. Fui na direção dele, mas Fred e Jorge foram mais rápidos e o pegaram antes que eu desse mais que dois passos.

- Nós levamos e você segue a Gina. - os dois falaram em coro.

- Tudo bem. Mas cuidado! A Asha está aí dentro. - eu falei.

- Katherine, espera! Você pode tirá-la daqui de dentro antes? - Jorge perguntou colocando o malão no chão novamente.

Rindo, fui até eles e abri o malão, Asha saiu de lá sibilando irritada. Ela odiava viajar através de feitiços, pela rede de flú e aparatação. Felizmente a aparatação é a forma de viagem bruxa que ela mais suporta.

- Senhora, não quero ser mal educada, mas não me mande assim novamente. - ela sibilou irritada para mim enquanto subia pelo meu braço.

- Essa cobra, ela vai ficar aqui? - Gina perguntou dando cinco passos para trás e indo depois se esconder atrás da mãe.

- Ela não irá fazer mal para ninguém, se eu não mandar. - eu falei. - Posso deixá-la lá fora? Ela será inofensiva.

- Claro. Só garanta que ela não irá devorar nenhuma de nossas galinhas. - Molly falou ainda um pouco assustada com a aparição repentina de uma cobra em sua sala.

- Fale para ela, que se ela quiser, ela pode devorar a infestação de gnomos que nós temos lá fora. - Fred pediu para mim.

- Asha, vá para fora. Ignore o que o Fred falou e não, em hipótese alguma coma nenhuma galinha. Falo depois com você. - eu sibilei para ela e ela se desenrolou de meu braço e foi deslizando pelo chão até a porta que a levaria até o jardim.

Quatro dias se passaram depois da minha chegada. A vida n'A Toca era tão divertida e confortável, que todas as noites antes de cair no mundo dos sonhos eu pensava como a vida na Mansão Malfoy, por mais que fosse luxuosa, não chegava nem perto do conforto que a Toca proporcionava.

Iria na manhã seguinte me encontrar com a Anna. E seria amanhã a noite que Fred, Jorge e Rony iriam roubar, ou pegar emprestado sem pedir como eles falavam, o carro enfeitiçado de Arthur Weasley para ir até a casa de Harry Potter salvá-lo dos tios. Já que durante essas quase três semanas de férias ele não respondeu nenhuma das cartas que Rony e Hermione escreveram para ele. O motivo eu sabia muito bem. Dobby estava interceptando as cartas do Harry. O pequeno elfo doméstico dos Malfoy nem desconfiava que eu sabia sobre o quê ele estava aprontando. Tinha descoberto na primeira semana de férias por acaso. Iria passar a noite na casa da Anna e voltaria para a Toca depois de amanhã, quando, se tudo corresse bem, Harry já estaria aqui.

Na manhã seguinte, usei o pó de flú dos Weasleys para ir até o Caldeirão Furado. Antes de pegar o pó, pude notar que o estoque deles estava baixo e eu ali usando. Fiz uma nota mental de que compraria uma boa quantidade de pó de flú antes de voltar para a Toca.

Cheguei 15 minutos antes do combinado, e Anna já estava lá sentado sozinha em uma mesa com um copo nas mãos.

- Está adiantada. - ela falou quando me sentei ao lado dela.

- E você? Também não está? - eu devolvi.

- Você retruca comigo igual à sua mãe. - Ela comentou antes de virar o copo e deixá-lo em cima da mesa com um galeão ao lado. - Venha. Vou te mostrar a minha casa na Londres trouxa. - ela falou indo na direção da porta que levava ao mundo trouxa.

Anna morava em um apartamento em um prédio bem luxuoso na Londres trouxa. Era um apartamento assustadoramente na moda trouxa. Nunca tinha me visto cercada por tantos objetos trouxas.

- Você parou de usar magia? - eu perguntei me sentando em um pufe que tinha na sala.

- Não. Cada objeto trouxa está enfeitiçado, só alguns que não. Você já viu fotos da Luna? - ela perguntou se sentando no chão ao lado de um armário.

- Não.

- Então acho que irá ficar feliz em ver isso aqui. - ela falou abrindo o armário e tirando várias pilhas de álbuns de fotos e fazendo eles levitarem até onde eu estava sentada e logo depois veio se juntar a mim.

Ficamos vendo as fotos por quase duas horas. Anna me contou várias coisas sobre minha mãe e meu pai. Para o meu choque, tinha uma foto onde meu pai e minha mãe estavam sorrindo lado a lado.

Mesmo que a foto já fosse de quase quarenta anos atrás, eu pedi a foto para Anna, que ela me deu com um sorriso enorme no rosto.

Eu já sabia que desde a época de Hogwarts, meu pai já era temido e respeitado por muitos, e também que desde Hogwarts, ele já era um assassino. Mas escutar a história através da Anna, que estava lá, e que não via meu pai como um ser maligno ou um objeto de adoração, era totalmente diferente, Anna via meu pai apenas como Tom Riddle, o garoto prodígio da escola, o garoto mais bonito de Hogwarts e depois, o garoto que saia com a sua irmã.

Fomos almoçar em um restaurante trouxa e depois ela disse que tinha algumas coisas para comprar no Beco Diagonal e perguntou se eu não faria compania para ela. Aí me lembrei da nota mental que havia feito antes de sair da Toca.

- Anna, você me acompanharia até o Gringotes? - eu perguntei quando entramos no Beco.

- É claro. O que quer fazer lá? - ela perguntou curiosa.

- Quero ver o cofre da família Liwener, que agora é meu. - eu respondi.

- Será um prazer rever aquele cofre.

Anna foi me falando durante o caminho até o Gringotes, que o cofre da nossa família era um dos mais antigos do Gringotes e que era um dos primeiros cofres, porque os pais dela, meus avós, pediram e pagaram uma boa quantia para os duendes para que eles fizessem a mudança, pois antes o cofre era um mais profundos e sempre demorava para chegarem no cofre. Anna também me contou que minha mãe nunca tinha colocado os pés dentro do cofre. Quando eu perguntei o motivo, ela me respondeu que ela tinha medo de descer as escadas que levam do saguão para o subterrâneo onde ficam os cofres e por odiar a velocidade dos carrinhos. A única vez que ela entrou em um daqueles carrinhos, ela saiu do Gringotes cambaleando e estava verde.

- Ela tinha 5 anos quando isso aconteceu. Meus pais não voltaram a levá-la junto e às vezes, eu ficava junto com ela. - Anna me contou sorrindo com a lembrança.

- Pelo o que você me fala, vocês parecem que eram tão unidas.

- Nós éramos. Ela se distanciou depois que começou a sair com o Riddle, mas ela sempre me escrevia quando ainda estava em Hogwarts. Eu não abandonei ela e ela também não me abandonou, nós só fomos afastadas por uma briga sem noção que tivemos por causa do seu pai. - ela me contou e eu percebi que tinha acabado de colocar limão em uma ferida que estava começando a cicatrizar.

- Não precisa me contar, se não quiser. - eu falei vendo os olhos dela ficarem marejados.

- Eu vou te contar tudo. Não aqui e não agora. Te conto quando voltarmos para minha casa. - ela falou.

Fiquei estupefata ao ver a quantidade de dinheiro e ouro que tinha em um lugar tão pequeno. Tudo bem que, se comparado ao cofre dos Malfoys, esse era o triplo no quesito tamanho. Retirei algumas jóias que me chamaram a atenção e alguns galeões só para comprar o Pó de Flú para os Weasleys depois disso andamos por uma hora no Beco para depois voltarmos para a casa dela.

Fomos dormir muito, muito tarde. Ela me contou várias histórias que eu nunca pensei que iria ouvir. Voltei no dia seguinte às 8 horas da manhã para a Toca. Fred, Jorge e Rony estavam levando bronca e Harry olhava para Molly prendendo o riso quando eu saí da lareira com um pacote nas mãos.

- Bom dia! - eu cumprimentei todos.

- Bom dia, Katherine.

- Oi Harry! Chegou agora? - eu perguntei colocando o pacote no sofá enquanto me sentava no mesmo.

- Sim. - ele respondeu enquanto continuava a ouvir a bronca que Molly dava nos gêmeos e em Rony.

- Como foi o vôo?

- Você também sabia? - a fúria de Molly Weasley se voltou para mim.

- Desculpa Molly. O Harry precisava sair daquela casa, por isso eu não falei nada e dei uma mãozinha para eles. - eu falei erguendo as mãos e cogitando a possibilidade de erguer um escudo entre nós.

- Tudo bem. E eu ainda não acabei com vocês três! - ela gritou voltando a atenção para os meninos.

Depois de muita bronca, e de Molly fazer Harry comer muita coisa, e Gina ter feito uma aparição de dois segundos na cozinha, Molly pediu para os meninos irem desgnomizar o jardim. Fui junto com eles assim como Harry, que tinha sido autorizado a ir se deitar, assim como eu.

Asha veio rastejando até onde eu estava e devo dizer que ela se divertiu um bocado com a desgnomização. Quem pensa que uma cobra é lenta, está muito enganado. Elas podem ser bem rápidas quando querem. Foi engraçado vê-la entrar em um arbusto e três ou quatro gnomos saírem dele com Asha atrás deles, depois o serviço era feito por nós.

A desgnomização foi interrompida com a porta batendo, o que significava que Arthur Weasley tinha acabado de voltar do serviço. Todos nós rimos quando, ao invés dele dar uma bronca nos meninos ao saber sobre o vôo no carro, ele perguntou se o carro tinha voado bem.

Alguns dias depois recebemos as cartas de Hogwarts. A minha e a de Harry estavam junto com a dos Weasleys. E junto com a coruja dos Weasleys, vinha uma coruja negra, bem conhecida minha, Grace, a coruja dos Malfoys.

Errol, a coruja dos Weasleys, bateu em cheio no vidro da janela fechada. Grace planou na frente da janela esperando que a abrissem.

- De quem é aquela coruja? - Rony perguntou.

- Dos Malfoys. - eu respondi. - Deixe ela entrar. - eu pedi e Grace veio voando até onde eu estava. Ergui o braço e ela pousou nele. - O que tem para mim, Grace? - eu perguntei e ela esticou a pata.

Era uma carta/bilhete de Lucius, com um começo bem mal educado para o meu gosto.

"Katherine, como os traidores de sangue Weasley estão te tratando? É bom que você esteja bem. Se não, Arthur Weasley e sua família irão sofrer.

Queremos encontrar com você. Pergunte aos traidores de sangue, quando eles irão levar a prole deles para as compras dos materiais no Beco Diagonal que nós também iremos para te encontrar.

Esperando sua resposta,Lucius, Narcisa e Draco."

- Molly, quando vamos até o Beco Diagonal fazer as compras? - eu perguntei quando terminei de ler.

- No sábado querida. - ela respondeu da cozinha.

- Obrigada.

Subi as escadas até o quarto de Gina e tirei do meu malão um pergaminho em branco, uma pena e um tinteiro.

"Lucius, sabe bem que não gosto do termo, traidores de sangue e sangue ruim.

Iremos no sábado até o Beco Diagonal. Nos encontramos lá.

Katherine."

Foi a resposta que eu escrevi em um minuto e três segundos antes de descer as escadas e amarrar o pergaminho na pata de Grace.

- Não preciso de resposta. - eu disse para a coruja antes que ela saísse voando.

Finalmente, depois de despachar Grace, abri minha carta de Hogwarts. Era de se esperar que o novo professor de DCAT fosse querer que nós usássemos todos os livros de Gilderoy Lockhart, já que o professor era Gilderoy Lockhart.

Eu já tinha todos os livros e já tinha lido todos. E no meu ponto de vista, não eram exatamente úteis. Os Malfoy iriam comprar outra coleção para mim, já que era para a escola, e eu não iria usar os que eu já tinha em casa, que provavelmente iriam parar em uma lareira ou um lugar assim.

Como os Weasley teriam que comprar 5 coleções, eu me ofereci para dar a minha já usada para eles. Já que eles aceitaram, fui até a lareira e tirei um punhado de Pó de Flú e fui para a Mansão Malfoy.

Como não tinha ninguém na casa, só os elfos, eu subi para meu quarto e peguei a coleção que eu tinha e a miniaturizei e coloquei no bolso, antes de sair do quarto, vi a outra coleção que eu nem me lembrava possuir e também a miniaturizei e coloquei no bolso junto com a outra. Voltei para a Toca.

- Eu tinha duas coleções. Dois dos cinco ganham. - eu falei colocando as duas miniaturas na mesa e elas tomaram o tamanho normal.

Fred e Jorge voaram sobre a mesa, assim como Rony e Gina, mas os gêmeos que conseguiram pegar.

- Não é justo, Katherine! - choramingou Gina sentando-se ao meu lado no sofá com um bico e de braços cruzados.

- Desculpa Gina. Seus irmãos foram mais rápidos. - eu falei começando a mexer no cabelo dela, coisa que estava virando um hábito nos últimos dias.

- Mas quem será que é o idiota que vai ser nosso novo professor de DCAT que quer que todos os alunos tenham todos os livro do Lockhart? - Rony perguntou emburrado e sentando-se no sofá ao lado do Harry.

- Eu sei. - eu falei rindo.

- Como? - os gêmeos, Rony e Harry perguntaram juntos.

- Tenho minhas fontes. - eu falei mexendo no cabelo e rindo.

- Conta. - Rony e Fred pediram.

- O próprio Gilderoy Lockhart. - eu falei depois de um tempo em silêncio.

- Está brincando! - Gina que falou.

- Não.

- Vai ser demais ter ele como professor. - Gina falou animada, enquanto Fred, Jorge e Rony gemiam.

- Sinceramente, eu já li todos esses livros, e não achei que nenhum era grande coisa. Não acho que as aulas dele vão ser muito boas. - eu falei e encontrei o olhar indignado de Molly Weasley.

Depois de meia hora de discução sobre Lockhart, mudamos de assunto.


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