O que Otempo se Nega a Apagar. escrita por Deeh-chan


Capítulo 1
O Motivo Da minha Dor.


Notas iniciais do capítulo

Neste capitulo, misterioso e dolorido.
Conta a dor de uma mulher ao descobrir a traição, que não passou de uma armação, assim sofrendo, e abandonando quem mais amava, em uma noite especial.

Reviews?

Boa leitura.



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''Meu Coração sofreu com a sua ausência durante Cinco Anos. Agora me diga, Por que eu deveria aceita-lo, depois de tudo o que me fez? Essa pergunta eu fazia para mim mesma absolutamente todos os dias, todos os minutos, e a cada segundo sentia mais e mais o amor permanecer, mesmo depois de tudo, eu ainda sou burra, ingênua, pois eu precisei de você, e lá eu não te encontrei. ''

Tóquio Japão. O Motivo da minha Dor.

Era uma bela manha, nublada, pois estávamos no inverno, mais mesmo assim a geada não impedia o sol de leve nascer sobre as colinas. Eu estava Grávida, na verdade acabava de descobrir isso nesta mesma hora. Corria pelas ruas, com um sorriso estampado no mesmo rosto que logo depois iria congelar com tantas lagrimas.

__Grávida... Grávida! Estou Grávida! –Eu gritava enquanto corria.

Não me importava se os outros iriam rir ou não de mim, pois o que importava naquele momento seriam a minha felicidade e satisfação como futura Mamãe, e muito mais que isso, ter filhos com o homem que tanto amava.

__Dois meses, dão, mais ou menos Meu Deus, daqui a Sete meses ele nasce! –Nesse momento eu meio que fiquei assustada, mais logo um sorriso adentrou o meu rosto rosado, a alegria havia tomado conta do meu ser, para toda mulher, ser mãe era uma realização pessoal.

Uma mulher como eu seria o certo a dizer. Já completaria neste mesmo mês, Vinte e oito anos de idade. Já seria quase toda a minha profissional, e também que já estava com ele a mais de Três anos, e nos casaríamos então, logo que ele soubesse essa noticia. Pra mim seria um Maximo, casar, ter filho, morar em uma casinha aconchegante, só nos três, cuidar de um bebe indefeso, amamentar, só de pensar em casa detalhe meu coração explodia de felicidade e paz. Estava louca para saber como ele reagiria, com certeza ficaria feliz como eu, por que ele sempre me disse que queria ter filhos.

Já tínhamos ate mesmo marcado o casamento, e eu nem imaginava ficar grávida, mais tanto faz, eu ficaria depois mesmo. Nós nos Amávamos muito, ele dizia que me amava três vezes mais que todos os homens da terra, ele me prometeu as estrelas do céu e ate mesmo o perdão dos anjos, e assim me trazia flores, me chamava de Dama e me abraçava na cama, e logo fazíamos amor como nunca, eu sempre o pegava de surpresa, o fazia cócegas, e então caíamos em risadas, seguidas de beijos quentes e molhados cheios de amor.

Meus dias se resumiriam agora em alegria.

Eu respirei fundo. Já Davam 06h00min da tarde, segundo o relógio do centro da cidade. Eu corria para pegar o ônibus, nem me importava com nada, estava em estase, surpresa, contente por ter ali em meu ventre uma vida a crescer.

__Arigato! –Eu descia do Ônibus, radiante.

O motorista sorria para mim, e logo seguiu seu caminho.

O silencio se fez em meus passos.

__Cadê as chaves... –Eu parei na frente da minha casa, humilde, modesta, em um bairro de vizinhança pacata e cama.

__Espero que você esteja ai, temos uma noticia boa não é meu amor... -Eu levava minha mão à barriga. Quase chorando emocionada. __Amor?

Eu entrei devagar. Meus passos eram silenciosos. A casa estava com as luzes levemente acessas o chão de madeira não ousava ranger.

__Amor? Você esta ai?! Tenho uma surpresa...

__Ele esta aqui sim!

Uma voz familiar interrompeu meu silencio. Uma voz forte de mulher.

__Você é que não deveria estar aqui minha Flor! –Ela debochava de mim.

Quando eu me virei assustada, me deparei com uma mulher de enormes seios, cabelos soltos escorridos pelo corpo modelado de belas curvas, ela estava de camisola, muito curta por sinal.

__Quem é você?! –Eu me afastei, gritando.__O que faz na minha casa?!

__Não percebeu... –Ela retira do balcão um copo de vinho e uma garrafa já aberta.__Fizemos uma festinha sem você aqui...

__Não! Ontem eu fui de noite visitar minha mãe e fazer uma consulta, dormiria lá, não teria festa nenhuma! –Eu me alterava ao ponto que sentia aquela repugnante mulher beber em meus copos.

__Não percebeu tolinha... Vá ate o nosso quarto, e veja a nossa festinha... –Ela sorria de leve, maliciosamente.

Meu coração disparou naquele instante, sem sentir mais nada eu Coria pelo corredor, quando cheguei ate o meu quarto, meus olhos viram o que eu já imaginava.

__Sasuke...

Eu parei na porta, meio tonta, segurando nas paredes para não cair. Eu o via, nu, entre as cobertas, cheio de vinho e pétalas de rosas.

__Sakura? –Ele se levantou meio sem entender, como se aquilo fosse muito estranho.

Eu logo comecei a chorar, sentia vontade de vomitar só de ficar ali, sentindo aquele cheiro, aquela dor penetrando meu coração, a cada canto que os meus olhos batiam, era mais e mais dor.

As lagrimas escorreram.

__Sakura! –Ele se enrolou nas cobertas. __Não é isso que você esta pensando! –Ele tentou negar. Mais eu vi.

Eu nada quis dizer, me pôs a correr rapidamente ate a porta da frente, atravessando a mulher prostituta que agora ria da minha cara, segurando aquela maldita taça de vinho.

__Espera! –Ele vinha correndo atrás de mim.

__Não vá amor, deixe ela...

__Me solta vadia! –Sasuke se desprendeu das mãos da mulher arrogante, que se mantinha sorrindo, como se um plano extremamente planejado estivesse dando certo.

Eu corria pelas escadas, dando para fora da casa. Agora o céu estava cinza.

__Amor! Foi armação! Espera! –Ele correu ate mim, e me segurou pelos braços, ao mesmo tempo segurando as cobertas enroladas em seu quadril.

Eu virei para ele chorando, refletindo em seus olhos os meus tão triste.

__Me escuta, foi armação, não fui eu! –Ele me mentinha a sua frente, rosto a rosto.

Senti uma vontade enorme de beijá-lo, mais logo vi a dor que o meu coração sentia neste momento, revivi mais de mil vezes a cena que agora pouco eu havia visto no quarto.

__Você... –Eu respirei fundo, e falava sussurrando ofegante.__Foi a maior decepção da minha vida...

Logo eu tentei me soltar dos seus braços, mais ele me impediu.

Virou-me para ele, e encostou seus lábios aos meus, me dando um beijo que eu evitei.

__Me solta você! –Eu me soltei cambaleando, olhando para ele, me sentindo fraca, frágil sozinha, como se o mundo caísse sobre a minha cabeça.

__Não foi minha culpa! Pelo amor de Deus, me escuta, não fiz isso, me deixa explicar! –Ele gritava, implorava, mais a dor me impedia de ouvir sua voz.

__Isso doeu muito... –Eu parei, nós paramos.

O vento frio de uma noite que se encaminhava com chuva vieram em meus cabelos rosados. Escondendo de leve uma face chorosa e triste, e olhos verdades profundos eu o encarei.

__Eu te amo... –Ele sussurrou.__Nunca faria isso com você... –Ele tentava se aproximar, mais eu recuava.

E via nele o esgotamento.

__Eu vi tudo... –Eu sussurrei.__Não quero mais vê-lo... –Chorando eu me virei para o carro.

E quando coloquei as mãos na porta, vi seu reflexo no vidro. Ele começou a chorar também, me vendo ir embora.

__Isto aqui... –Eu retirei do meu dedo o anel, que brilhava.__Não é mais meu...

Virei-me, agachei quase desmaiando, e pousei o anel sobre o chão de terra.

Logo olhei em seus olhos, como se aquele fosse um adeus.

__Por favor, não! –Ele correu ate mim.

Eu de susto entre dentro do carro, o evitando completamente como se ele fosse um monstro tentando me pegar em um pesadelo.

__Eu te amo! Espera, não fiz isso!

__Para, chega! –Eu desesperada procurei o lugar das chaves, ouvindo o bater do vidro do lado de fora.

__Eu te amo, não vai! –Ele gritava.

__Não Me ama! –Eu chorando encontrei o lugar, e logo o carro arrancou veloz, acelerando, o deixei para trás, chorando.

Ele parou, olhando o carro ir, olhou para baixo e viu o anel brilhando, o pegou em suas mãos, o apertou contra o peito.

__Eu te amo... –Sussurrou.

Quando voltou para casa, abatido e perplexo pelo que havia acontecido, reparou que a prostituta não estava mais lá, que ela havia ido embora de fininho, sem deixar rastro.

Olhando tudo assustado, logo entendeu não se lembrava de nada, não sentiu nada, isso tudo seria armação...

Mesmo assim a dor permaneceu. Ela nunca contou para ele que estava grávida aquela noite. O poupou desta felicidade. Mesmo depois de tanta alegria, o amor não sumiu de seu coração.

Aquela mesma noite, Sakura se mudou para casa da mãe, e lhe contando tudo em meio ao choro, ambas mudaram juntas Para Nova York, deixando para trás sua vida, seu amor, sua casa, tudo o que tanto amava.

Não teve coragem de abortar o bebe, aquela criança teria sido desejada por ela há muitos anos, sozinha, completamente só, viveu Quatro Anos sem ele, implorando para continuar assim.

E foi assim que Quatro anos se passam.

E a pequena Naomi nascera. Recebendo somente o Haruno em seu sobrenome, pois Sakura tentava apagá-lo de sua vida.

Mais uma coisa ela não sabia, Logo reencontraria tudo novamente.

Continua.


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Notas finais do capítulo

Até o proximo.