Imperfeição escrita por GabrielleBriant


Capítulo 2
A Bela era a Fera




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II

A BELA ERA A FERA

EMMETT

- Você viu isso?

O meu amigão/cunhadinho estava perguntando se eu tinha visto um Hudson e um DeSoto, seguidos por três gigantescos caminhões de mudança, levantando poeira no meu fim de mundo? Sim, eu tinha visto!

Riverside era uma cidade muito pequena. Todo mundo sabia o nome de todo mundo, e todos falavam da vida um dos outros. Assim, a cidade inteira comentou quando, há um tempo, minha mãe vendeu a nossa casa na cidade para um médico chique de Nova York. E o falatório foi ainda maior quando o tal médico comprou a única mansão das redondezas – a casa do lago que pertencia ao Coronel Hilton, antes dele estourar os próprios miolos... isso aconteceu antes de eu nascer. Tipo, bem antes; eu cresci ouvindo histórias de fantasmas sobre a casa e invadindo-a com os meus amigos.

- Eles devem ser muito ricos, mesmo! – Eu comentei, sem tirar os olhos dos caminhões cada vez mais distantes. – Quero só ver o que eles vão fazer quando o fantasma do velho Hilton começar a aparecer para eles!

Willian, o irmão mais velho de Louise Pace – a gata mais gata de Riverside, que, por acaso, era também a minha namorada – deu de ombros.

- Eles são de Nova York, Emmett! Aposto que não acreditam nessas coisas!

- Você acha que fantasmas só aparecem para nós, os caipiras? Aquela casa é estranha, Bill! E talvez o doutor e a sua esposa não se assustem; mas a mãe me disse que eles cuidam dos irmãos mais novos da Sra. Cullen. Um deles é uma garota; e você sabe como as garotinhas são impressionáveis!

- Quem está impressionado, meu amigo, sou eu! Aqueles carros-!

- Eu sei! O meu velho Chevy não pode competir com aquele DeSoto!

Ele riu.

- Eu estou curioso, Emmett. Eu daria um braço para entrar naquela casa!

- Eu tenho mais sorte que você, meu amigo! A casa onde vovô morou vai ser o novo consultório do doutor! Tenho certeza que a mãe vai querer dar as boas-vindas a ele! E adivinha quem vai dirigir para ela?

E, naquele ponto, eu estava certo. Quando cheguei em casa no fim da tarde, minha mãe estava toda arrumada, pronta para visitar os Cullen.

A fazendinha onde eu morava era vizinha da casa do lago... Bem, não exatamente vizinha; mas era a casa mais próxima. Para chegar lá, eu tinha que dirigir por três ou quatro quilômetros na rodovia estadual antes de entrar num caminhozinho de terra esquisito. Era estranho, para mim, que alguém quisesse morar num lugar tão isolado... especialmente um médico rico de Nova York!

Entendi, no entanto, quando cheguei lá. A casa do lago em nada se parecia com a mansão velha e assombrada que eu invadia quando moleque. Ela estava muito bonita, com a sua pintura nova e consertos e jardins limpos. Se os Cullen imaginaram que a propriedade pudesse ficar daquele jeito, estavam certos em se apaixonar por ela.

- O que você acha, Emmett?

Olhei para a minha mãe e dei um meio-sorriso.

- Eu acho que a mancha de sangue no assoalho da sala não existe mais! O fantasma do velho Hilton vai ficar furioso!

Desci do Chevy e abri a porta para a minha mãe. A acompanhei quando ela se encaminhou pela entrada rapidamente – uma pequena garoa começava a cair – e tocou a campainha. Me perguntei se a Sra. Cullen estava esperando atrás da porta, pois, em menos de dois segundos, ela a abriu.

- Boa tarde! Sejam bem-vindos!

Eu meio que petrifiquei quando olhei para a Sra. Cullen. Como todos na cidade, eu esperava uma coroa gorda, mas... Bem, de coroa e de gorda ela não tinha nada. A mulher parecia uma estrela de cinema. Ela parecia com aquela atriz famosa de Mata Hari... como era o nome dela?

- Esme! – Mamãe a cumprimentou com um sorriso, como se elas fossem velhas amigas, apesar de terem se falado poucas vezes. – Que trabalho maravilhoso você fez com a casa!

Como era o nome dela?

- Oh, obrigada, Eleanor! Espere até ver o anterior! Ainda não parei um segundo...! O primeiro andar está uma bagunça! – Ela olhou para mim e sorriu. Como era o nome dela? – Você deve ser o Emmett.

Ah!

- Greta Garbo!

- Como disse?

- Eu estava tentando me lembrar o nome da atriz com quem você se parece. É Greta Garbo... foi ela quem fez Mata Hari, certo?

A Sra. Cullen sorriu.

- Você me acha parecida com a Mata Hari? Eu acho que esse foi um dos maiores elogios que eu já recebi! É um prazer lhe conhecer, Emmett!

Ela estendeu a mão para mim e eu a beijei brevemente. A pele da Sra. Cullen era fria como gelo.

- Igualmente, Sra. Cullen!

Ela riu.

- Oh, eu me sinto tão velha! Me chame de Esme, por favor.

Eu assenti e, com isso, ela nos convidou a entrar. Nós caminhamos pelo hall até chegar à sala, a qual já estava muito arrumada com móveis chiques e um piano. Eu não acho que ninguém mais em Riverside tivesse um piano.

Atrás do piano havia uma grande porta de vidro que dava para o lago... era um bela vista.

Tinha um homem loiro sentado no sofá da sala. Ele era bonitão – apesar de eu geralmente não admitir que homem é bonito – e muito jovem, de forma que só podia ser o irmão da Sra. Cullen.

Mais uma vez, eu estava enganado.

- Sra. McCarty! – Ele disse, levantando-se e se aproximando de nós. – Que prazer tê-la aqui.

Mamãe sorriu, apertando a mão do homem.

- Dr. Cullen. Esse é o meu filho, Emmett.

- Oi! – Eu respondi, apertando a mão do jovem e rico médico. Sério, não era justo! Ele não podia ser muito mais velho que eu! Como juntara aquela fortuna?

As mãos do doutor também eram frias.

- Emmett! Qual a sua idade?

- Vinte anos.

Dr. Cullen sorriu.

- Oh! Os irmãos de Esme têm mais ou menos a sua idade.

- Mesmo?

- Sim! Edward tem dezessete – a Sra. Cullen respondeu. – E Rosalie tem dezoito.

- Então eu espero poder apresentar eles à minha turma logo. Tenho certeza de que todos irão gostar muito deles. Eles vão à escola?

- Não – Dr. Cullen respondeu. – Eles terminaram o ensino médio em Nova York. Estão decidindo se querem ir à faculdade. E você, Emmett? O que pretende fazer com o seu futuro?

Dei de ombros.

- Eu ajudo na fazenda, e, tecnicamente, trabalho no mercado da cidade. No mais, estou juntando dinheiro para comprar uma casinha e me casar.

- Casar? – A Sra. Cullen exclamou. – Então já tem uma garota em vista?

- Desde que eu tenho oito anos de idade!

Mamãe riu antes de explicar:

- Emmett namora a filha do reverendo Pace, Louise, desde que eram crianças.

- E me casarei com ela assim que tiver uma oportunidade!

Sorri largamente ao lembrar a minha Louise. Acho que a minha felicidade era ligeiramente contagiante, pois o doutor e a Sra. Cullen também sorriam.

- Eu tenho que ver como estão as reformas da clínica – Dr. Cullen disse, pegando na mesa de centro perto do sofá a chave de um dos carros. – Fiquem à vontade. Eu chamarei Edward assim que chegar à garagem.

Dizendo isso, ele deu um breve beijo na boca da esposa e saiu. Agora, sem o Dr. Cullen, eu me sentia um pouco deslocado – a minha mãe e a Sra. Cullen certamente começariam logo uma daquelas conversas de mulher.

- Então – mamãe começou. – Como você conseguiu arr-

Ela não pôde terminar a frase, no entanto. Foi impedida por uma voz que vinha do primeiro andar:

- Esme!

Eu paralisei. Era uma voz feminina – certamente pertencia à irmã da Sra. Cullen, a tal da Rosalie. A voz era linda, como a voz de um anjo, de uma deusa... Mas nada se comparava à dona daquela voz.

Rosalie era uma loira alta e perfeita – do estilo que você não encontra em uma cidadezinha do interior. Na verdade, eu duvidava que pudesse existir uma mulher tão bonita quanto ela em todos os Estados Unidos. Ela vestia uma roupa que parecia ser usada para cavalgada – mas que caía tão bem nela, anunciando cada curva que ela tinha em seu corpo... e, por Deus, a mulher tinha curvas!

Eu me vi totalmente impossibilitado de tirar meus olhos dela – o que seria embaraçoso, se ela tivesse se dignado a me olhar uma vez sequer... mas não; ela estava muito ocupada estando zangada.

- Esme! Um dos meus baús sumiu!

A Sra. Cullen sorriu e disse calmamente:

- Rosalie, querida, você pode vir aqui por um instante?

Rosalie pareceu se concentrar para não explodir – contudo as feições dela era tão bonitas que ela não parecia ameaçadora quando olhou novamente para a Sra. Cullen. Ela podia estar furiosa, mas ainda se parecia com um anjo!

- Você me ouviu? – Ela disse lentamente, num tom furioso que não combinava com a sua voz. Eu quis vê-la sorrir. – Apenas têm dez baús no meu quarto!

- E nós logo resolveremos isso. Venha conhecer os nossos vizinhos.

Eu sinceramente pensei que Rosalie mandaria todos para o inferno e subiria as escadas novamente; no entanto, ao invés disso, ela obedeceu se aproximando de nós. Enquanto vinha ela batia os pés e os seus lábios carnudos faziam um biquinho – ela parecia uma menina birrenta de cinco anos de idade! Eu quase ri.

A Sra. Cullen começou as apresentações.

- Rosalie, essa é Eleanor McCarty – Ela apertou a mão de mamãe. – E esse é o seu filho, Emmett.

E ela finalmente olhou para mim! Quando o seu olhar encontrou o meu, foi... estranho. Eu me senti atraído pelos olhos dourado, como se eles fossem ímãs, e não sei quanto tempo nós passamos em silêncio, nos olhando, antes dela sorrir.

O sorriso de Rosalie era a coisa mais linda que eu já vira em toda a minha vida. Naquele momento, eu decidi que sempre que estivesse perto dela, a faria sorrir.

- Oi – ela disse simplesmente, e o meu sorriso abriu-se mais.

- É um prazer lhe conhecer, Rosalie – eu me surpreendi por ainda ter voz.

- É... É um prazer.

Eu sorri ainda mais – aquilo já estava ficando patético. Mas Rosalie, que não tirava os olhos dos meus, pareceu gostar.

- Então... – Eu disse lentamente. Sabia que a minha mãe voltara a conversar com a Sra. Cullen, mas não estava escutando o que elas diziam. – O que você acha da mudança?

- Eu ainda não conheci a cidade, então...

- Claro! – Cruzei nervosamente os braços. O que tinha de errado comigo? Eu nunca fui tímido! – Mas você pretende, não? Não tem muito o que se conhecer... eu gosto de ficar com os meus amigos na pracinha, conversando.

O sorriso de Rosalie se iluminou um pouco mais e eu senti o meu coração acelerar. Sério! Eu nunca havia ficado tão embasbacado por uma garota...

No entanto, eu nunca tinha visto uma garota como aquela.

- Era mais ou menos o que fazia em Syracuse.

- Tem também as cachoeiras. Eu sei que aqui é meio frio, mas a minha turma realmente gosta de andar pela floresta procurando cachoeiras. Nós quase nunca nos perdemos. Você gosta de fazer trilhas?

O sorriso dela ficou ligeiramente sarcástico – o que não combinava com o seu rosto angelical.

- Um pouco.

- Eu adoraria que você fosse algum dia. Você sabe, você, eu e o pessoal. O seu irmão também, se ele quiser.

Eu não sei o que fez o meu timing ser tão perfeito, contudo foi exatamente nessa hora que a porta se abriu e o irmão de Rosalie e da Sra. Cullen entrou – finalmente eu tirei os meus olhos de Rosalie. Edward era um garoto pequeno, se comparado a mim, mas ele era bonito o suficiente para chamar a atenção das garotas da cidade.

Não que eu quisesse a atenção das garotas da cidade. Eu já tinha a minha garota. De fato, pensando bem, eu nem mesmo queria a atenção de Rosalie, apesar de ela ser uma deusa. Eu tinha a minha garota. Louise. Minha garota.

- Olá! – Ele disse, fechando a porta atrás de si. – Desculpem a demora. Estava trabalhando nos carros.

Aquilo, sim, chamou a minha atenção. Eu logo me aproximei do garoto.

- Nos carros? – Eu disse com excitação. – Você quer dizer no Hudson e no DeSoto que eu vi passar pela cidade?

O garoto sorriu.

- Sim! Eu gosto de mudar as peças, melhorá-los.

- Uau! – Exclamei. – Nós seremos amigos! – Estendi a minha mão a ele. – Emmett.

Ele, no entanto, mostrou-me a palma das duas mãos cobertas em óleo.

- Desculpe. Eu sou Edward. – Edward sorriu de uma maneira quase confusa. – Você gosta de carros, eu suponho?

- Cara, se eu tivesse dinheiro, era nisso que eu gastaria. Incansavelmente! Bem, eu deixaria um pouco de dinheiro para gastar em bares e em garotas; mas carros seria a minha prioridade!

Eu pensei em começar a falar sobre os carros dos Cullen, mas escutei um breve gemido exasperado atrás de mim. Lembrei-me de Rosalie e me virei um pouco. O rostinho angelical tinha voltado à expressão maníaca homicida digna de Nosferatu.

- Carros? – Ela se aproximou de Edward, cruzando os braços. Apesar de eu ter certeza de que ela estava, por algum motivo sombrio e desconhecido, zangada comigo, ela não tirava os seus olhos de Edward. – Vocês são ridículos! É tão infantil!

A loucura psicótica repentina de Rosalie começou a me deixar assustado. Fiquei confuso ao ver Edward olhar para mim com um sorrisinho divertido no rosto.

- Apenas ignore a Rosalie. – Edward disse. A loira olhou do irmão para mim repetidamente, com os olhos cerrados, e então deu um olhar congelante para Edward. Ele deu uma risada e cruzou os braços. – Você é louca.

Os lábios antes carnudos tornaram-se uma linha fina.

- Isso é tudo culpa sua! – Ela disse. Dessa vez, eu tinha a impressão que ela realmente falava com o Edward, pois apontava para ele o dedo indicador de uma forma acusadora. – Você sumiu com uma das minhas malas!

- O quê? Do que você está falando? Eu devo ter levado milhares malas para o seu quarto!

- Não! Não milhares! Dez! E deveriam ser onze!

Edward rolou os olhos e passou por ela, aparentemente decidindo ignorá-la. Rosalie parecia que pularia em seu pescoço e o torturaria até a morte – eu sinceramente me felicitei por ela ter esquecido o breve acesso de fúria comigo. Ela deu dois passos largos em direção a Edward, mas, antes que aquilo se tornasse mais embaraçoso para mim e para a minha mãe, a Sra. Cullen decidiu intervir.

- Rosalie, Edward, já chega – ela disse calmamente. – Isso não é forma de se comportar na frente de visitas! Rose, nós acharemos a sua mala se você se acalmar. Edward, peça desculpas a nossa irmã.

Ele franziu o cenho e abriu a boca para protestar, mas apenas um olhar mais duro da Sra. Cullen, aparentemente, foi suficiente para calá-lo.

- Desculpe-me Rosalie – ele disse em contragosto.

A loira apenas bufou, rolou os olhos e, batendo os pés, voltou a subir as escadas. Edward me olhou e deu um breve sorriso.

- Como eu disse, ela é louca. Bem, Emmett, você quer ver os carros?

Eu abri um sorriso imediatamente. Claro que eu queria ver os carros! No entanto, a ouvir Edward dizer isso, minha mãe me olhou daquela forma que diz isso-já-foi-estranho-demais-por-favor-me-leve-para-casa-o-mais-rápido-possível. E, droga, eu era o motorista.

- Bem, eu acho que vou ter que deixar para a próxima. Está escurecendo, e a mãe não gosta de andar de carro à noite. Muitos animais passando na rua, sabe?

Não era exatamente uma mentira.

Edward assentiu.

- Claro. Mas o convite fica de pé. Nos fins de semana seria melhor, porque Carlisle deixa o carro aqui, e eu prefiro mexer no Hudson.

Sorri, animado.

- Combinado! Apareça na cidade, também – Antes que pudesse segurar a minha língua, deixei escapar. – Você e Rosalie.

Edward torceu o nariz.

- Nós apareceremos.

Sorri para a Sra. Cullen, que já se despedia de minha mãe.

- Foi um prazer lhe conhecer, Sra. Cullen.

- Esme, Emmett – Ela disse amigavelmente. – Esme.

Não disse mais nada; apenas acenei um tchau e sai acompanhado de minha mãe.

Abri a porta para ela entrar e, assim que dei partida no carro, tive de comentar:

- Uau.

Mamãe riu.

- Eu sei. A garota é bem geniosa, não?

- Sim... Rosalie – um sorriso brotou nos meus lábios ao mencionar o nome dela. – Ela é linda!

Mesmo na estrada escura, pude ver o olhar da minha mãe me censurando.

- Cuidado, então. Ela lhe deu olhares furtivos demais – o meu sorriso alargou. Apenas por vaidade; claro que eu não estava interessado. – Você não pode magoar Louise.

Ri.

- Mamãe, eu já disse que você não tem que se preocupar. Louise será a filha que você nunca teve; a mãe dos seus trinta e sete netinhos!

- Certo – Ela disse, suspirando. – Mas tenha cuidado! É melhor você ficar longe dessa Rosalie.

Eu não respondi, simplesmente porque não achava que mamãe pudesse entender a minha resposta. Eu não queria a Rosalie. Sinceramente. Eu não tinha nenhuma sombra de interesse romântico por ela, desde que o meu coração pertencia a Louise – e nem mesmo a mulher mais bonita que já andou na face da terra poderia tomar o meu coração da sua dona. No entanto, havia algo muito especial em Rosalie Cullen. Eu achava que era em seus olhos; tão iguais aos dos demais Cullen, porém tão diferentes; tão expressivos... tão magnéticos.

Eu não queria Rosalie Cullen – repeti para mim mesmo. No entanto, eu tinha que tê-la por perto.

XxXxXxX


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