A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts era muito melhor do que tudo que a mamãe havia falado. Tudo superava o que eu tinha imaginado. As luzes que iluminavam o castelo, também refletiam na água escura do lado onde estávamos em pequenos barcos.

Hermione também estava admirada com a beleza do local, e ela e Lucy falaram isso no caminho todo feito por água ate Hogwarts. Harry e Rony também estavam admirados e falaram isso para as meninas. Não demorou muito para todos os alunos do primeiro ano chegarem.

Todos estavam agrupados em um grande corredor que dava para O Salão Principal, onde os novatos saberiam em que casa ficariam. Lucy e Hermione se juntaram a Harry e Rony. Mesmo eles sendo estranhos, eram por outro lado bastante legais.

As grandes portas do salão se abriram, mostrando quatros longas mesas, quais essas cada uma pertencia a uma casa diferente. Os olhos dos estudantes percorriam os novatos, em quanto eles andavam ate perto da Mesa Principal, onde ficava o Diretor, professores e outros responsáveis.

Lucy reconhecia muito bem quem era o diretor. O Famoso Alvo Dumbledore. Em toos os livros que ela havia lido, em quase todos ele era mencionado, e também bastante conhecido como “O Bruxo de Todos os Tempos”.

Bem na frente, se encontrava uma cadeira e sobre ela, o famoso Chapéu Seletor, qual esse a historia contava-se que os maiores quatros bruxos criaram, cada um com um dom e diferença dos outros

A primeira da lista era Hermione, e a casa escolhida pelo Chapéu foi a Grifinoria. Logo depois outras pessoas seguiram a sequência da lista.

Chegando à hora da casa de Lucy ser escolhida, isso há deixou um pouco nervosa. Mas logo se acalmou quando o Chapéu gritou que sua casa era agora a Grifinoria, assim como a dos seus mais novos amigos, Harry e Rony.

Depois de alguns pronunciamentos e do jantar, todos os alunos seguiram para os dormitórios com a ajuda dos monitores. O quarto onde Lucy ficara era grande e aconchegante. Hermione também ficara junto da amiga.

Depois de arrumar suas coisas, procurou o livro que Hermione havia pedido.

- Pode ler – disse ela entregando o livro a Hermione –Já li e ate pratiquei alguns feitiços que tem nele.

- Obrigada, depois eu entrego – Hermione falou admirando o livro – Você também é muito parecida comigo. Ama ler, e gostaria de ser sua amiga.

- Acho que eu mereço muito amigos verdadeiros, e acho que você é uma delas – disse Lucy abraçando Hermione – Como diz minha mãe “Você merece”

- Mães, também tenho saudade da minha – disse ela com os olhos vagos, como se procurasse algo que estava perdido – Mais só temos que aceitar

- É também concordo com você – disse Lucy. As duas se davam tão bem, que parecia que se conhecia há anos. Às vezes o destino pode ser muito irônico com nos.

Lucy se levantou e seguiu para sua cama. Hermione era uma ótima amiga, daquelas que você sabe que vai durar para sempre. Procurou as fotos que a mãe lhe dera e as olhou mais uma vez.

Seu coração ainda se partia de saudade do pai. Como alguém poderia ser tão imprudente no transito e acabar destruindo uma família. Sua mãe e seu pai sorriam felizes na foto. Estavam abraçados debaixo de uma arvore que Lucy não reconheceu. A felicidade era isso que ela queria encontrar ali.

E na outro foto, ela e sua mãe. Sorriam alegremente uma para outra. Talvez a vida estivesse lhe dando uma nova chance para viver. Iria aproveitar muito as amizades e tudo nessa nova fase.

Deitou-se e deixou sua mente vagar para longe e logo o sono chegou.

Caminhava por um lugar escuro, mais ela podia ver as listras amarelas no asfalto. Levantou a vista e reconheceu onde estava. A rua, onde seu pai sofrera o acidente de carro. Mais estava tudo silencioso demais. Seus olhos procuraram algum sinal de carros, mas nada se viu.

Depois de alguns minutos ela viu um carro e sabia que era o do seu pai. No outro lado da rua, também acabara de entrar um carro. Ela sabia, seu coração se partiria mais uma vez. Seu pesadelo, seu melhor amigo voltara mais uma vez para a atormentá-la.

Os olhos do pai, do lado esquerdo brilhavam como as estrelas do céu. Lucy talvez soubesse o motivo, era o aniversario da sua filha, e ele estava radiante de felicidade. E do lado direito, os olhos não brilhava, mas eram negros e irradiavam ódio e raiva.

Lucy não reconhecia o homem, mais uma coisa lhe chamou a atenção. Em um dos braços do homem havia uma tatuagem, mais não uma comum e sim uma cobra. Aquilo a assombrou profundamente. Não reconhecia aquele símbolo, mais era negro como os olhos dele.

E depois os carros se chocaram em alta velocidade. Os vidros dos dois carros se espatifaram em vários pedaços, atingindo o rosto de Pitter. Seu corpo bateu violentamente contra o volante e de repente mais nada se escultou. Os olhos de Pitter, que antes brilhavam, agora estavam frios e sem vida.

Seu pai morrera, e o homem do outro lado saiu ileso de todo aquele acidente. Mais Lucy não entendera isso era praticamente impossível.

Pitter era tudo que Lucy conseguia falar. Seu pai morrera, e sua vida se acabara ali.

E depois tudo foi se dissolvendo e Lucy acordou. Todos ao seu redor dormiam tranquilamente. Lucy reconhecia que o pior pesadelo era as visões. A morte era sua companheira e não tinha como a afastar. Talvez isso mudasse, mais não havia como.

Mudar era o que ela iria fazer. Não poderia continuar com essas visões, e um dia acabar vendo mais uma pessoa de sua família morrer. Não suportaria isso.

Seria forte ate o momento que seu coração parasse de bater. Se a vida fosse dura o bastante, ela juntaria suas forças e atravessaria tudo àquilo de cabeça erguida.

Tudo melhoraria daqui por diante, ela tinha bastante fé nisso.