Limpando o Armário escrita por N_blackie


Capítulo 2
Capítulo 2




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O Desconhecido

O segundo andar. Menos freqüentado por mim de toda a casa. Lá tem vários quartos vazios de hóspedes, o quarto dos meus pais... E aquilo. A porta daquilo parece um portal de madeira, só esperando para que desavisados vão abrissem – la e acabem sendo soterrados pelo tanto de tralha que tem lá dentro.

Sirius e eu, valentes aventureiros, paramos de frente para o portal... Digo, porta do armário. Estávamos esperando por tudo, crocodilos, cuecas, baratas mutantes... Ele tomou coragem, e puxou a porta...

TCHARARAAAAAM! O armário do segundo andar.

Cinco. Cinco. Cinco. Estantes. Cheias. De. Coisa.

- Bom pelo menos já está separado por categoria... – Sirius disse, avaliando toda aquela porcaria reunida.

- O que realmente me consola muito, Sirius, obrigado. – respondi sarcasticamente.

XXX

Bom – Dia! Sei que estavam morrendo de saudade da mente de James! Agora, iremos abordar o primeiro assunto que passa pela cabeça dele nesse momento: "Organização" do Armário do Segundo Andar!

Primeira Estante: A mais alta, vamos precisar de um banco. OU posso subir nas costas do Sirius, e quebrar o pescoço. Pelo menos não vou precisar limpar isso se eu me quebrar todo. Está cheia de... Livros?

Segunda Estante: Ainda vamos precisar do banquinho. Sirius está me olhando assustado, porque acha que eu estou falando sozinho. Está cheia do que? Ah... OH, as invenções do meu tio avô Hugo! Isso vai ser divertido.

Terceira Estante: Lembrete referente à observação da segunda estante: isso NÃO vai ser divertido, porque não vou me divertir. Não vamos mais precisar do banquinho aqui. Sirius vai ter que ajudar para caramba, porque ele é mais alto que eu (POR POUCO TEMPO.). Está lotada de artigos de jornais antigos. Alguns deles são trouxas. HÃ?

Quarta Estante: Sirius continua a me olhar, sem compreender porque eu estou resmungando para mim mesmo. Essa estante está com pastas com documentos dentro.

Quinta estante: A maior. Parece um grande buraco negro. Tenho medo de colocar a mão lá dentro.

XXX

- Hum... James?

- Fala, Padfoot.

- Você tá bem?

- Aham, porque não estaria?

Ele ficou me encarando como se eu tivesse acabado de sair de uma piscina de gosma. Sou tão incompreendido...

- Vamos começar?

- Pode ser. Arranja um banquinho?

Sirius continuou me olhando como se eu tivesse problemas sérios.

- Não quer subir nas minhas costas? Não estou me sentido animado para descer e pegar banquinhos...

- Posso quebrar o pescoço se fizer isso!

Ele revirou os olhos para mim! Ótimo, se você não liga para o seu pescoço, porque não sobe nas minhas costas, abutre?

Abutre... Bom, não pude completar minha linha de pensamento. Vamos nessa, senhor banquinho.

- Sua mãe perguntou se você já tinha começado. – Sirius disse, me estendendo o banco.

- E o que você respondeu?

- Que o banquinho era pra gente começar.

- Ela ficou decepcionada?

- Hum... Não, eu acho...

- Pois devia! – retruquei, revoltado. – Isso. É. Trabalho. Escravo. E. Pesado. DÁ PRA ME AJUDAR COM ESSES LIVROS?

Resultado: Sirius teve que descer pra pegar outro banquinho.

Quando todos os noventa e sete livros (eu contei!) estavam no chão, nós sentamos para ver os títulos...

- Achei que meus pais tinham colocado todos os livros na biblioteca... – Comecei, puxando um livro grandão e preto de um canto.

- Vai ver esses livros são de magia negra avançada. – Sirius disse, com aquele sorriso que significa trevas.

- Bom, eu não acho que "Como enfeitiçar bruxinhas bonitinhas" nos dê algum feitiço das trevas. No máximo ânsia de vômito... – comentei, jogando o livro para Sirius, que abriu.

- Técnica número um: faça elogios. Mulheres amam elogios. Quanto mais elogios você fizer, melhor. – começou, folheando as paginas. – Técnica número cinquenta e sete: Se ela te rejeitar, continue tentando. Elas amam insistência.

Comecei a rir, e peguei o próximo livro. Era um volume bem grosso, intitulado: "As aventuras de Bobby Lobby."

- Hey, o que é isso aí? – Sirius perguntou, jogando o livro num canto. Eu estava tentando lembrar onde eu conhecia Bobby Lobby, quando ele começou a gargalhar na minha cara.

- O que foi? – perguntei, inocentemente!

- "Livro do Jimmy, não toque no Bobby Lobby." Isso te diz alguma coisa, colega?

PUTZ. Ai. lembrei de onde conheço Bobby Lobby.

- Me devolve, Sirius.

- "Era uma vez um garotinho de óculos, e ele se chamava Bobby e o sobrenome que a minha mãe disse que todo mundo tem era Lobby e ele gostava de chocolate que nem eu que amo o bolo de chocolate com morango que a minha mãe faz e ele é bom e bem gostoso mais mela o dedo e eu tenho que lavar..." QUE É ISSO, PRONGS?

Senti meu rosto esquentar, e uma vontade frenética de correr dali tomou conta de mim.

- Me. Devolve.

- Quantos anos você tinha? Um?

- Eu... Seis. AGORA DEVOLVE.

- Vou mostrar para o Moony.

- Não! – gritei, pulando em cima dele. Pode soar meio maléfico, mas eu escutava uns risos histéricos de Sirius enquanto eu dava socos no peito dele para soltar o livro de lá. Só sai de cima dele quando tinha o meu livro na mão.

- Vamos. Passar. Para. O. Próximo. – ofeguei, enquanto Sirius ria feito um retardado.

- "A física dos dementadores." – Sirius leu, mostrando o livrão para mim.

Oh, céus. Isso vai demorar.


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