York, Pensilvânia (dois dias antes)

- Nada ainda, Eva não quer atender ao telefone. – falou Angela triste. Dean, Sam e ela estavam em uma pequena lanchonete.

- Ela não quer voltar. – falou Sam.

- A culpa é minha. – falou Dean sério, tentando ligar novamente para a caçadora.

- O que? – falou Sam.

- Ela me viu transando com Beth.

- Nossa, que mancada Dean. – falou o irmão mais novo. Sam dividia uma salada com Angela, enquanto que Dean comia seu inseparável cheeseburguer.

- É, eu sei disso. – Ele mais uma vez não conseguiu falar com a jovem. – E me arrependo. – Dean ia dar outra mordida no hambúrguer, mas desistiu. – perdi o apetite.

- Relaxa Dean, nós vamos encontrá-la de novo. – falou Angela. – Nós não a encontramos da ultima vez? – o jovem assentiu. – Então vamos fazer isso de novo.

- Você tem razão. – falou Dean. Ele relaxou na cadeira e o celular dele tocou. – Alô!

- Me encontre no antigo galpão de mineração, há meia noite de amanhã. – falou a mulher do outro lado da linha. Dean desligou o telefone e sorriu.

- Quem era? – falou Sam curioso.

- Eva. – respondeu Dean. - Ela vai estar no galpão de mineração amanhã à noite e quer que nos encontremos com ela lá.

- Em que cidade? – perguntou Angela.

- Provavelmente Centralia. – falou Dean agora abocanhando o sanduíche. –Hey! Não é a cidade que originou o filme Sillent Hill? – O loiro riu. Sam e Angela encararam o mais velho, o Dean mal humorado e sem apetite, sumiu quando recebeu aquela ligação.

...

Centralia, Pensilvânia (Agora)

- Eva, o que você está fazendo? – falou Angela espantada, olhando a irmã guiando o grupo.

- Eu cansei de fingir ser a Eva boazinha. – falou ela passando por um corredor, onde estavam vários vampiros recém criados, dentro de salas com paredes de vidro e sedentos por sangue. Quando os humanos passavam no corredor, eles se espremiam contra o vidro, na esperança dele se quebrar e poder atacar.

- Que lugar é esse? – falou Sam olhando os vampiros em êxtase.

- É aqui que deixamos os novatos sedentos de sangue, é fascinante o estrago que eles fazem após passar uma semana sem se alimentar.

- Porque está fazendo isso? – falou Sam.

- Vocês humanos são tão patéticos quanto deliciosos. Por poder. – Eva se virou para o Winchester e o encarou, os olhos dela estavam prata, estavam assim desde quando ela os traiu.

- Eu vou adorar arrancar a sua cabeça. – falou Dean para a jovem que sorriu, um sorriso de maldade.

- E eu vou adorar estraçalhar o seu pescoço. – falou ela. Dean ficou ainda mais sério, porém o ódio sumiu de seu rosto. Não era a sua Eva, não mesmo. – Espero que vocês apreciem essa estadia, no nosso hotel. – Falou Eva parando na porta da escotilha. – E podem chamar se precisarem de algo. – Ela sorriu e um dos vampiros abriu a escotilha. Sam, Angela e Dean foram empurrados lá para dentro com as mãos amarradas, porém um dos vampiros afrouxou a corda de Angela. – Nos veremos mais tarde. – falou ela com uma voz fascinante, porém assustadora.

...

- Eu mato essa vadia. – falou Dean gritando. – O que ela fez com Eva?

- Eu acho que é a minha irmã mesmo Dean. – falou Angela sentando na única cama do quarto.

- Não, você conhece a Eva, Angela. Sabe que ela jamais trairia a familia e os amigos. – Dean encarou a jovem perplexo, no fundo ele sabia que era mesmo a jovem a quem tanto amou.

- E que droga foi aquela? Os olhos dela não estão ficando mais azuis, será que esta hipnotizada? – falou Angela.

- Não, ela esta em contato direto com o maker. - respondeu Sam.

- O que?

- Lembra que ela nos disse que todo “maker” tem ligação mental com a prole? – todos assentiram com a cabeça. – então, Peter está na mente dela, é a única explicação plausível. – Dean passou as mãos no rosto, não acreditava naquilo que estava acontecendo.

- O Dean estava certo no inicio. – falou Angela. – Não podíamos ter confiado na Eva. Ela não era mais humana.

- Erramos por causa da fidelidade aos amigos, mas isso não vai acontecer de novo. – falou Dean ficando sério. – Quando eu sair daqui, a primeira coisa que vou fazer, é matá-la.

...

- Peter. – falou Eva entrando em um quarto e se ajoelhando. Ela falava com um homem, sentado em uma poltrona, virado na direção da lareira.

- Minha rainha. – falou ele, a voz era super sensual. – E então?

- Eles já estão aqui, meu amor. – falou a Walters. O homem gargalhou.

- Eu juro minha menina, que eu pensei que você nunca iria conseguir, demorou um ano para isso.

- Eu precisava ganhar a confiança deles Peter, fazê-los acreditar em mim. Principalmente o Dean. Foi muito difícil e demorou muito. – Eva demonstrava nojo na voz. - Esse ano foi o mais terrível para mim, eu queria estar aqui, com você. Ao invés de estar andando em uma maldita pick-up, ao lado daqueles sacos de sangue. – Eva estava ainda ajoelhada e olhava para baixo em reverência, o homem se levantou e veio caminhando na direção da jovem, ele era alto e loiro, usava uma camisa social preta e calça da mesma cor. Ele ajoelhou ao lado da jovem e segurou o seu queixo, levantando o roso da jovem, fazendo os olhos azuis de Eva, encontrarem os seus olhos verdes.

- Você agora está comigo e ficará por toda a eternidade. – Eva sorriu. Um sorriso tímido, mas ao mesmo tempo malicioso.

- Pode ter a certeza disso. – falando isso Eva puxou o loiro para perto dela e o beijou com avidez, parecia como se ela fosse uma viciada e ele fosse a droga. Ele a segurou pela cintura e a ergueu no ar, levando ela até a cama. A noite apenas estava começado para eles dois e também para os outros que estavam trancados na jaula.