Odeio Te Amar escrita por nataliag


Capítulo 1
Preciso te esquecer


Notas iniciais do capítulo

Dramione *-*
Se gostou, não vai custar nada, deixar um review ok?
Um beijo e bom proveito! :)



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Saber como seria me desfazer daquilo tudo que em anos fora criado? Bem, eu não sabia. Eu só sabia que precisava desfazer. Eu precisava. Não havia mais jeito. Um sentimento mais forte me consumia. Eu tenho vontade de demolir tudo isso, mas meu coração manda em mim.
Sentei depois de fingir ter escutado a ladainha de Snape e coloquei minha cabeça em cima da minha mão que apoiava a mesma. Eu não parava de pensar em mil maneiras de não sentir amor por ele. Eu estava totalmente fora do meu consciente como aluna. E, pelo que parece, a solução está longe daqui. 
A aula acabou, e no corredor, lá estava ele, maravilhosamente lindo. Nossa, mas que raiva eu sinto de mim mesma por pensar isso. O único jeito de minha vida ficar repleta de paz, seria se ele sumisse. Mas, não consigo me imaginar sem ele, prefiro não ficar em paz. 
- O que é? Pode me dizer porque tá me olhando tanto, sangue ruim? Eu sou lindo, mas você não precisa gastar minha beleza. - Draco começou com a ironia dele. 
Ah, mas como eu queria não gostar disso.
Realmente, ele é lindo, e como! 
- HAHAHA, como você me deixa com nojo, Sonserino. E que ignorância, não acha? 
- Por acaso, devo ser educado com alguém como você? - ele arqueou uma das sobrancelhas perfeitamente distribuidas. 
Eu não respondi, só continuei a andar em direção ao meu dormitório. Ele pegou meu braço e não deixou eu ir. 
- Anh... Quer me largar? - não que eu quisesse. 
- Me desculpe. - eu corei 
Hã? Essas palavras saíram realmente da boca de Draco Malfoy? M-E D-E-S-C-U-L-P-E. Alô? Você me odeia esqueceu? Lavagem cerebral existe? Continuei meu rumo.Deitei, e comecei a pensar. Mas porque? Porque esse babaca desse sangue puro tem que ser tão lindo, tão... Porra! Vai ser perfeito assim em outro mundo, não aqui. Sim, agora vou esclarecer, eu amo (Não sei como estou falando isso) Malfoy, e como amo. Mas odeio amar ele. Ele é praticamente a última pessoa no mundo que eu deveria amar. Ele é um Sonserino, sangue puro, e me odeia amargamente. Bom, era isso que eu achava antes dele se desculpar por me segurar. Mas, até que depois do recesso eu andei percebendo que todo o ódio, xingamentos, tudo que era ideal ter nele, está diminuindo. Será? Draco Malfoy, filhote de um comensal da morte gosta de mim? Droga, eu só queria ás vezes ser mais informada e entender as coisas. Aliás, eu sou bem informada e entendo tudo muito bem. Eu sou uma sabe-tudo. Sou genial. Mas isso não vem ao caso.
Tomei meu banho, fiz as lições e fui para a biblioteca. Eu adoro passar meu tempo lendo.
Eu achei um livro, cujo nome era: "100 maneiras de tê-la". Alguém em Hogwarts tem esse livro? Eu não consigo acreditar. Mas, como se já não bastasse ler a sinopse, comecei a ler o livro. Bom, ele realmente tem ótimas maneiras. Este autor é... Digamos, experiente neste assunto.
- Un-hum - alguém pigarreou - Sabia que isso é falta de privacidade? Me entregue o livro já!
Na hora em que eu virei para ver quem era, o ser não estava ali. Eu só vi um vulto correndo e o levando o livro ás pressas. Como se sentisse vergonha de ter aquele livro. Mas eu consegui ver duas características: A voz era de um garoto. E bom, ele era loiro, branquelo. Ah, e foi um pouco grosso comigo... Epa! Não pode ser. Comecei a rir descaradamente. Eu estava sentindo vergonha de mim mesma de tanta atenção que eu chamava. Minha risada era histérica, louca, discaradamente alta. Cadê o buraco para eu enfiar minha cabeça? Sim, eu vou te falar porque essa crise de risos começou: Draco Malfoy. Era ele o dono do livro fútil, porém correto. Que hilário! Depois de me"estabacar" de risos, voltei ao dormitório, fiquei sentada, sem fazer nada. Adormeci. 
Quando levantei, meus olhos, com esforço, se abriram. De manhã é assim: Meus olhos são pesadíssimos. Fui cambaleando até o banheiro, despi-me e tomei uma ducha fria. Saí, ainda de toalha, e fui até o guarda-roupa pegar meu uniforme. "Eu não acho ele feio. Apesar de que uma corzinha melhoraria muito." pensei comigo mesma. Ainda com a toalha cobrindo meu corpo, ouvi alguém batendo na porta.
Toc, Toc. Pelas barbas de Merlin, isto é hora para visitas? Abri.
- Malfoy? - franzi minha testa - O que quer essa hora comigo?
Ele não respondeu. Só paralisou olhando para minhas pernas. Put* que pariu! Eu ainda estou de toalha. Fechei a porta na cara dele e tranquei. Corei como se fosse virar uma maçã. Peguei minhas vestimentas e vesti-as. Nossa! Eu não quero sair desse quarto para o resto da minha vida. Mas, como sou uma sabe-tudo, faltar uma aula é perda de conhecimento.
Peguei meu material e um saco de papelão caso eu precise colocá-lo na minha cabeça quando o loiro aparecer. Chequei se o Draco já estava sentado na sala, e sim, ele estava, peguei o papelão coloquei e fui para o outro lado da sala, o mais longe possível daquele ser lindo.
- Herm... Mione? - O Harry sentou do meu lado e me olhou com dúvida.
- Anh... Oi Harry - eu acenei para ele e olhei para o quadro negro, através dos pequenos buracos.
- Você está bem? - ele começou a se contorcer para não soltar aquela gargalhada infernal.
- Sim, é... Bom, aqui é só... - eu pensei, pensei e achei uma saída - Uma espinha monstruosa! Sabe né? Hormônios...
Ele não conseguiu se controlar e começou a rir como uma criancinha escutando piadas sem-graças de um palhaço pateta. 
- Tá, bom então. Não liga ninguém vai olhar pra...
- Shhhh, a Minerva chegou. Cala a boca. - ordenei para ele esquecer e parar de interrogar.
Tudo estava correndo muito bem na aula, até que a Minerva ordenou com aquela voz prestes a rir:
- Hermione, levante-se! - eu obedeci - Por Merlin, o que há com você? Tire já este saco de sua cara.
Obedeci, afinal, agora Draco já havia percebido que a idiota-com-saco-na-cabeça era eu.
- Desculpe, senhora Minerva. Prossiga a aula por favor. - sentei e me contorci de vergonha.
- Ué, cadê sua espinha tão "monstruosa"? - Harry franziu sua testa.
- É... Eu estava de brincadeira. - ri de um jeito um tanto cínico.
- Ah, eu nunca vou entender as mulheres. - Harry caiu como um patinho.
Jurei ter escutado alguns risinhos lá atrás, do outro lado da sala. Malfoy e seus amigos Sonserinos ridículos. Aquele risinho dele me derretia como uma princesinha ao beijar seu príncipe/herói.
A aula acabou e eu fugi da sala como um foguete. Direto para os jardins que, para minha sorte, estavam desertos. A essa hora eu já nem ligava para minha vergonha. Ninguém mais estava rindo por que eu estava fazendo pouco caso para aqueles risinhos idiotas. Passei um tempo lá, cheirando o ar puro, e esquecendo a hora. Adormeci.
- Granger! Ôôu! Sua dorminhoca ridícula, acorda porra! Já está anoitecendo, se não quer ser assediada pelo Ernesto McMillan acorda. - Malfoy falava em meus ouvidos, me causando arrepios extremos.
- Nossa! Mas... Já? - abri os olhos, peguei minhas coisas e levantei. - Tenho que ir.
- Espera Granger... Pra quê a pressa? Vai a um encontrinho com o Weasley cabeça de cenoura? - ele riu com aquele sorriso de canto da boca adorável dele.
- Não. Claro que não. E você, não acha que a Pansy vai virar uma fera, se chegar atrasado? - debochei suspirando. - Ah, e não tenha ciúmes de mim e do Ron, ele já superou. E eu também.
- Ha-Ha, como você me faz rir Griffinória. Pansy é uma das bilhões que eu pego. - realmente, o Draco e aquele corpão dele é um pegador. - Ciúmes? Você está achando que estou com ciúmes? Engraçada, muito engraçada.
- Tchau, Draco! Quer dizer, Malfoy. - os olhos acinzentados dele me fizeram me atrapalhar. - E eu não devo satisfações a você pra onde vou agora.
Saí dali e deixei o meu Draquinho lá. Será que ele acha que ainda estou gostando do Rony? Claro que não. Quer dizer... Ai meu Merlin, ele deve achar que eu ainda namoro o Ron. Preciso aparentar não amar ele a partir de agora. O difícil vai ser certificar-me que Rony não se descuide e acabe me agarrando sem querer. Mas, eu vou tentar. Vou fazer de tudo para juntar a Luna, que andou me contando mais coisas, não somos muito amigas, mas ela me contou, ela é apaixonada pelo Rony. O Rony vai ter que perceber que eu fui um namorico imbecil e ela é quem ele deve gostar. E o Draco, bom... Só meu né?
Antes de chegar no meu dormitório, me deparei com Gina no corredor. E ela veio me perguntar com aquele rosto curioso dela:
- Saco de papelão na cabeça amiga? Mas, por que? Espinha, eu não tô vendo nenhuma em você. 
- É uma longa história Gina, depois te conto. - eu sou realmente bem amiga da Gina e contar a ela sobre o acontecimento desagradável não seria estranho. Eu confio na Gina, só não confio em contar a ela que eu amo o Draco lindíssimo Malfoy. 
- Me conta agora, vai! - ela insistiu e eu falei que precisava de um banho. - Eu te acompanho até seu dormitório. Por favor?
- Tá, tudo bem Gina. - eu me rendi.
Fomos andando e eu comecei a contar:
- Foi assim: Hoje, pela manhã, estava tomando meu banho para ir a aula, e então, enquanto ainda estava de toalha, alguém bateu a porta. Eu, esquecida de ainda estar praticamente nua, abri e lá em minha frente estava o Malfoy erguido. Bom... Ele começou a me olhar com interesse e aproximar olhando minhas pernas. Foi aí que lembrei, ainda estou de toalha! Fechei a porta com toda minha força e velocidade e daí, para não faltar a aula, surgiu a ideia do saco-na-cara. - cheguei na porta do meu dormitório.
- Uou! Pelo menos, ele não foi rápido e subiu em você amiga. Do jeito que o Malfoy é... - ela começou a rir discaradamente. - Tchau, boa noite e cuidado! Amanhã não abra porta alguma de toalha, ou até sem. 
Olhei com desdém e ela continuou:
- Calma Mione, não contarei a ninguém. Boa noite. Bom banho.
- Tchau Gina. - me despedi dela, abri a porta e entrei.
Tomei meu banho e cambaleei até a minha cama. Adormeci. 
Depois da noite, que como sempre, sonhei com o Draco, abri meus olhos e fitei por poucos segundos uma figura loira na minha frente, a pouquíssimos centímetros de mim. Os poucos segundo foram necessários para que eu absorvesse informações para saber quem era o ser, tão cheiroso, em cima de mim, tão próximo que sua respiração era sentida pelo meu tato facial. Estava tão perto que batia seu nariz ao meu. Quem seria aquele ser maravilhoso bem acima de mim? Uma das suas pernas estava ao lado de mim e a outra do outro lado. E seus braços estavam exatamente da mesma maneira. A pessoa parecia querer me beijar, abraçar, ganhar um carinho meu ou algo do tipo. Seu cheiro era realmente bom, mas não era melhor do que seu rosto, perfeito e angelical, mas claro, com um ar, misterioso. O rosto era muito familiar. Mas, seu olhar, parecia esconder um passado terrível. Um rastro de ódio eu via em seu sorriso, que não parava de irradiar. Mas, por dentro eu sentia que aquele garoto, que eu via em minha frente me amava, como se o ódio que sentia não era nada comparado ao amor que vivia ali, no coraçãozinho frio dele. E, eu continuava achando ele muito familiar. O cheiro, o corpo, o olhar um tanto pervertido e seguro me lembrava alguém que não me vinha na cabeça agora. O seu sorriso saiu de cena e senti ele se aproximar mais. Se aproximar e quase afogar seu lábio pálido e gélido em meus lábios. O seu olho fechou-se divinamente e lentamente, como um deus. Exatamente perfeito. O único defeito era aquele gracioso ódio em seu olhar acizentado. O que eu não sabia era quem ele era. Juntei todas as informações e caiu a ficha pra mim: Aquele garoto tocante era Draco, sim esse mesmo. Draco Malfoy. E ele parecia estar prestes a me beijar. Me beijar? Hã? Beijar? Draco? Sim, isso mesmo, a esse ponto meu lábio já estava, vagarosamente, formando um biquinho. E não parecia que aquele ia ser um momento perdido. Com um selinho e tchau querida Hermione. Não. Iria ser um beijo que duraria vários minutos de relógio, mas vários séculos de sentimento. Um beijo de finais felizes. Como de contos de fadas ou certamente, princesas.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Odiou? Review por favor! :)
Beijos :*



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