Pigananda!!! escrita por almightymag


Capítulo 23
Watching the candles burn


Notas iniciais do capítulo

Eu escrevi e reescrevi o final desse cap umas 4 ou 5 vezes :3 É pq quando se trata de Keggy eu penso em tantos milhões de coisas que na hora de escrevê-las elas se colidem D: Mas enfim, saiu isso aê que vocês vão ler agora o//
E espero que gostem :DDD



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– Você está me dizendo que o lerdo do Minho te pediu em namoro? – foi dessa maneira que eu explodira quando Sunie me deu a notícia há três dias.

Certo, antes eu havia achado uma desculpa plausível pelo qual o Taemin pediu a Anna em namoro. Mas o Minho pedir a Sunie em namoro? Por quê? Para quê? Por que ele é muito intenso e Sunie é um ser frágil e adorável? Dá para conviver com essa desculpa. Mas, peraí! E eu? Eu não sou sexy e adorável? Eu sei que sou toda irônica e sarcástica, mas tenho meus momentos... quer dizer, eu sou romântica.

Eu estava pensando nisso enquanto Sunie tagarelava algo sobre “não chame meu Minho de lerdo” e o resto (que eu conseguia ouvir, mas não conseguia entender pelo fato de que minha mente estava em outro lugar) era blábláblá.

– É ridículo o que eles estão fazendo – Opa, não era para essa frase sair pela minha boca, mas já que saiu e agora elas estavam olhando para mim espantadas e esperando que eu continuasse... – É ridículo porque mais cedo ou mais tarde vamos voltar para Manhattan.

– Sabemos disso – murmurou Sunie.

– E tudo vai se tratar de namoros a distancia – concluiu Anna.

Eu bufei, pressionei meus lábios em uma linha reta e me abracei ao travesseiro que estava ao meu alcance. .

– Não confia no Key? – perguntou Anna.

– Confio – Acho que demorei a responder, e minha voz ainda saiu baixa, por isso a Anna ergueu uma sobrancelha para mim – Eu confio no Key! – falei com mais convicção.

Anna suspirou sentando-se no chão à minha frente. Sunie também se agachou até a mim passando um braço por sobre meus ombros. E eu limpei a garganta abaixando a cabeça.

– Eu sei que ele me ama – minha voz saiu aguda e bem baixa, o que sempre acontece quando eu falo sobre algo que não tenho certeza. Mas, pelo menos uma vez na minha vida amorosa e medíocre eu queria ter certeza de que alguém me ama de verdade. – Todas as coisas que ele me disse... Foi tudo... – Eu suspirei. – foi real – Saiu mais como uma pergunta, e eu me amaldiçoei por isso.

E estou me amaldiçoando até hoje. Nesses três dias eu não conseguia olhar no rosto do Key do mesmo jeito que eu olhava antes, agora tudo que ele diz e faz é analisado pelo meu lado de uma garota-que-fora-várias-vezes-desiludida. E eu já estava começando a me sentir horrível por isso. Porque é tudo totalmente ridículo!

– Key – sussurrei seu nome depois de alguns minutos de silêncio.

Já era começo de tarde (alguns minutos depois do meio-dia) e nós estávamos sentados no chão da varanda comendo um pacote inteiro de cookies com gotas de chocolate – o meu biscoito preferido, e, consequentemente, o dele também. E pela primeira vez não estávamos falando muito (e eu tinha a leve impressão de que a energia negativa emanava de mim). Eu não estava fazendo piadas das piadas dele, e ele não fazia piadas das piadas ridículas que eu fazia sobre as piadas dele... Deu para entender? Em meus olhos não havia lágrimas de risos, e minha barriga também não estava doendo, sabe, de tanto rir. Raramente fico séria na frente do Key. Mas agora o assunto era sério.

Ele continuava olhando para o meu rosto enquanto eu fitava as gotinhas de chocolate do biscoito em minha mão, tentando formular uma forma fácil de começar.

– Você me deve uma resposta – disse por fim erguendo os olhos do cookie e olhando para ele – Errr... você... você realmente gosta de mim?

Key ficou uns dois longos segundos em silêncio deixando a pergunta pairar no ar. Depois ele riu.

Ele riu!

– Se a resposta fosse não, acha que eu dividiria um pacote de cookies com você? – Ele ainda ria.

E eu tentava acompanhá-lo, mas não achava meu riso, o máximo que pude fazer foi sorrir, mas o sorriso num chegou a durar nem um segundo.

Ele parou de rir depois que percebeu que eu estava séria demais. Deixou a Roo roubar o cookie de sua mão e se inclinou para mim erguendo meu rosto, fazendo com que eu olhasse para ele. Nos olhos dele. E agora ele não tinha um brilho irônico nos olhos, agora eles eram mais como órbitas obscuras e sem fundo.

– Eu amo você – disse ele pausadamente – Sei que não sou tão fofo quanto o Taemin, ou tão intenso quanto o Minho para demonstrar isso da maneira certa. Mas eu te amo.

Eu mordi o lábio inferior me amaldiçoando duplamente por ter chegado a esse ponto.

– Dramático – murmurei quando comecei a me sentir desconfortável com o momento. Não porque o Key disse que me ama, isso me aliviou em parte, mas sim por causa da camada de drama que estava nos cobrindo agora. Eu particularmente me sentia como uma das personagens do livro da Stephenie Meyer (dramática e insegura – mas eu não sou assim).

Key sorriu – e dessa vez eu sorri de volta – e pegou outro cookie no pacote.

Nós fizemos lasanha de queijo e presunto (parece que todo mundo aqui gosta de queijo e presunto). E descobrimos que é muito difícil cozinhar com a Roo na cozinha. Ela ficava abanando o rabo e fazendo aqueles mesmo olhinhos do gatinho do Shrek toda vez que a Anna pegava uma fatia de presunto para arrumar no pirex.

– Ouuun, dá uma fatia a ela Ann – E foi assim sucessivamente, até que no final ficamos com uma lasanha de queijo.

Mas pelo menos ficamos satisfeitas em saber que eles adoraram a lasanha – principalmente o Key que nos disse que tem uma verdadeira queda por comida italiana.

E por falar no Key... Ele passou o resto da tarde me olhando de um jeito... hmm... diferente. Desde que saímos daquela varanda que ele está me olhando assim, desse jeito. Ainda não consegui decifrar que jeito é esse, mas é como se ele estivesse me estudando. Seus olhos eram como dois imãs negros presos a todos os meus movimentos e eu estava começando a sentir medo. Medo e curiosidade. Mas, medo. Ah, e ansiedade, já que eu ainda não sabia o motivo pelo qual ele estava me olhando assim. Porém, meeedo.

No entanto, não tivemos muito tempo para conversar já que eles tiveram de sair. Quer dizer, mais precisamente, o Key teve que sair. Os outros saíram depois porque a assessora ligou. Mas eles não demoraram muito. Em torno de uma hora e pouca eles já estavam de volta. Enquanto ao Key...

– Cadê o Key? – perguntei quando todos estavam na sala assistindo o episódio de uma série que eu não prestei muito a atenção no nome já que estava em coreano, e agora havia acabado de dar o comercial e todos estavam quietos a procura de um assunto bobo que durasse menos de dois minutos.

– Ah, o Key foi comprar... – começou Taemin.

– Acessórios novos – mas quem respondeu foi Jong lançando a Taemin um olhar de alerta. – Sabe, anéis, cordões... pulseiras.

– Mesmo? – Meu cenho franziu. – Porque ele comprou tudo isso semana passada quando ele me arrastou para o shopping.

– Não diga “ele me arrastou” – Anna fez aspas no ar – como se fosse uma coisa ruim, sei que você estava louca para ver uma loja.

Fiz um vago “hmm” quando meus dedos tocaram o brinco de argola folheado a ouro na minha orelha, Key comprara para mim no dinheiro dele, o que eu não aceitei apesar de ter pedido um monte coisas naquele dia. Eu sei que tenho o dinheiro que ganho da Gong’s, mas a Anna tem o cuidado de guardar centavo por centavo sabendo que eu e Sunie somos gastadeiras profissionais. Como uma vez que nós queríamos comprar roupas de enchimento (porque nós nunca nos vestimos com roupa de enchimento, então achamos que poderia ser divertido) numa loja de fantasias que fica a caminho da Gong’s.

A série já havia voltado do comercial e estavam todos prestando atenção na televisão de novo. E eu fui a primeira a olhar para a porta quando Key a abriu.

E ele estava de mão vazias. Quer dizer, ele não comprou acessório nenhum.

– Annyon – cantarolou ele se escorando no batente da porta para tirar os tênis.

– Annyon – responderam todos de volta.

Eu cruzei os braços e voltei a olhar para televisão. Key passou por trás do sofá e me roubou um selinho rápido indo direto para o quarto, ou para o banheiro, não sei, só sei que ele sumiu no corredor e voltou de lá com um cheiro bom de pós-banho e os cabelos molhados – e vestindo uma roupa, claro – logo se sentando no sofá, num espacinho que ainda sobrava entre mim e o Onew.

E foi apenas isso. Uma noite monótona. Todos foram dormir depois que o episódio da série – que eu me esqueci de tentar descobrir qual o nome – acabou.

Bom, eles foram dormir. Eu estava no quarto, deitada fitando o teto de rebaixamento de madeira envernizada e já passava da meia-noite.

Sabe, de madrugada assim a geladeira parece ser uma opção bem atraente, porque é só você e a geladeira recheada de guloseimas, você não precisa se preocupar com nada porque todos estão dormindo e ninguém está por perto para impedir você de comer aquele último pedaço de torta de morango, ou contar quantas colheradas você deu no sorvete ou o quanto de chantilly você espirrou na boca.

Por isso eu me levantei e fui para cozinha comer o último pedaço da torta de morango que os meninos compraram quando eles chegaram da rua – e estava uma delícia, quero dizer, a torta.

Eu me servir em um pratinho pequeno de sobremesa e me sentei no balcão cruzando as pernas (hoje eu estava com uma camisola de malha e com um short de lycra por baixo – não se pode dormir de camisola e calcinha quando se está morando com cinco garotos) quando uma luzinha dourada e trêmula no quintal me chamou a atenção.

Eu poderia sair correndo e gritando “fogo!”, mas eram apenas luzinhas de velas, várias velas, formando um caminho. Aonde ele levava? Não faço a mínima ideia, já que a extensão da janela não me proporcionava tanto.

Antes de qualquer coisa eu fui até a sala só para me certificar, e lá estavam os cinco bolinhos de edredom. Certo, então todos ainda estão dormindo. E não custa nada ir lá fora ver do que se tratam aquelas luzinhas.

Claro que enquanto eu pulava a janela da cozinha mil coisas rondavam a minha cabeça, uma delas eram mensagens subliminares, porque talvez, finalmente, os alienígenas resolveram dar as caras e se comunicar com nós, humanos.

Mas isso seria loucura... talvez.

Enquanto eu seguia o caminho que as velas faziam, eu segurava meus cotovelos de uma forma protetora. Elas levavam a lateral da casa. Sem ser a lateral que nos leva até o quintal da frente, mas sim a outra lateral que ninguém nunca deu muita atenção.

Onde havia um caramanchão, com cortinas de seda que assumiam uma cor pêssego por causa da luz dourada das velas, almofadas quase ocultavam o chão de madeira e no ar havia um aroma meio adocicado e entorpecente. Naturalmente esse poderia ser o cheiro das velas, mas, tipo assim, era o meu perfume.

De qualquer forma, eu soltei um suspiro involuntário quando percebi que não estava respirando regularmente e fui surpreendida pelo sorriso enorme que abrolhou em meu rosto. Seja lá quem tenha feito isso, era lindo. E eu tinha certeza de que era para mim porque o ursinho panda de pelúcia empoleirado nas almofadas, segurando uma plaquinha com a palavra “Saranghae” me disse um monte de coisa – digo, metaforicamente porque ursinhos de pelúcia não falam... ainda.

Look at the candles... – ele sussurrou em meu ouvido, suas mãos deslizando para minha cintura. E eu senti meu coração dar um salto, mas não me assustei. – Look how they burn for you – Eu me rendi uma gargalhada, mas não conseguia desgrudar meus olhos daquele cenário.

– Ouuun, Key – murmurei me virando para ele e mordendo o lábio inferior, sorrindo.

Ali, à luz de velas sua pele tomava um tom meio dourado e cremoso.

– Você gostou? – perguntou ele com a insegurança agudada em sua voz.

– E você está perguntando? – disse rindo segurando seu rosto para beijá-lo. Automaticamente seus braços apertaram em minha cintura.

Ele passou a língua nos lábios, ainda de olhos fechados, depois que meus lábios se separaram nos seus.

– Então... – Ele abriu os olhos. – Você aceita? – perguntou ele erguendo uma pulseira de diamantes, com “Keggy” (uma junção de nossos nomes) escrito com pedrinhas rubi.

Eu perdi a respiração, não porque havia diamantes demais naquela pulseira, ou rubis demais. Mas porque, tecnicamente e indiretamente e repentinamente, ele estava me pedindo em namoro.

– Errr... – Meu olhar alternava entre seu rosto e a pulseira em sua mão estendida. Não dava para decidir o que era mais lindo. – Eu... Ammm... – Pigarreei. Ai, que merda! Por que eu preciso perder a voz logo agora? – E você está perguntando? – foi tudo o que eu consegui dizer, ou repetir já que meu cérebro não estava trabalhando direito e não conseguia formular uma resposta melhor como um simples e excitante “sim”.

Porém ele riu, me beijando mais uma vez antes de colocar a pulseira no meu pulso.

– Agora isso é inteiramente oficial – declarou Key acariciando minha mão com o dedão.

Só então eu consegui me libertar da linha de seus olhos para olhar para o seu corpo (só para saber o que ele estava vestindo, sem malícia, juro). Ele estava com uma camiseta de malha branca, uma calça de moletom bege pendendo na sua cintura fazendo com que o cós da sua cueca da Diesel ficasse a mostra – dessa vez ela era toda branca com o bordado da Diesel em prata –, e ele estava descalço como eu.

Só relatando que ele parecia um anjo. Praticamente todo vestido de branco já que a sua calça era de um bege bem claro.

Senti as mãos de Key deslizarem para o meu maxilar, e logo senti seus lábios macios, delicados e doces pressionarem os meus. Sua mão foi para a minha nuca enquanto a outra, na minha cintura, me guiava até o caramanchão. Onde caímos de joelhos, e então, lentamente, ele deitou meu corpo nas almofadas, logo o cobrindo com o seu.

E tudo que eu conseguia pensar era em como o beijo dele é hipnotizante.

Como ele é hipnotizante.

Meus lábios estavam latejando enquanto os dele estavam em meu queixo, meu maxilar, e percorria milímetro por milímetro até o vão entre meu pescoço e meu ombro. Dali por diante quem começa a fazer o trabalho sedutor são seus dedos que deslizam a alça da minha camisola para baixo deixando apenas o lado esquerdo do meu sutiã rosa claro de rendinha à mostra.

Seus dedos brincavam com a rendinha da bainha do meu sutiã fazendo meu corpo inteiro se arrepiar ao toque enquanto seus lábios davam várias mordidinhas no meu pescoço. E eu? Acho que sua hipnose estava funcionando.

Eu estava em transe. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? :3 por favor gente, não faltem com as reviews, não fiquei totalmente feliz quando percebi que só recebi cinco TT___TT vcs estão ficando cada vez mais cruéis hein ò__ó KKKKKKK'
Então amores, não faltem com as reviews u__u
E a paixonite de Onew oppa já tem até nome, NHOW *O* kk'
Até a próxima pessoas lindas ♥

chu~ Almighty Mag