Um ano antes

Percy não sabia onde estava. Mesmo assim, não parava de andar. A única coisa que sabia é que devia ser um lugar rico da cidade, pois as casas eram grandes e luxuosas. Como tinha chegado ali? Nem ele sabe. Cansou de tentar achar um lugar quando percebeu que ninguém se importava. Pelo menos, era isso que ele pensava.

Há um ano e meiosua mãe tinha se casado novamente. No inicio, ele aceitou bem. Dois meses depois os problemas começaram. Percy, antes meigo e caseiro, começou a sair todas as noites. E com isso, começou a beber também. Até sua mãe proibi-lo de sair de casa e contar o dinheiro dele. Contudo, isso não o impediu. Começou a comprar de um cara que aceitava pagamentos depois. Bebeu até seu fígado não aguentar mais. Foi parar no hospital e obrigado a morar com a tia. Como se isso não fosse o suficiente, o tal cara veio até ele há algumas semanas. Pedido o dinheiro. Mas o Percy não tinha o suficiente. Então, foi ameaçado. Não a sua vida. Mas a das pessoas que ele amava. Por conta disso, estava partindo. Já tinha machucado a todos mais do que gostaria. Precisava partir.

Aquela era uma gloriosa tarde de verão e o pôr-do-sol parecia completamente contrario aquela solidão do moreno. O vento parecia empurra-lo em alguma direção. E realmente estava.

Não muito longe dali. Uma linda garota ruiva passeava num belo vestido florido. Parecia quase flutuar no mundo. E era assim que ela se sentia naquele momento. Apesar de seu uma garota conturbada, ela via as belezas de forma mais sensível que os outros. Rachel cantarolava baixo e aproveitava casa segundo, porque aprendeu a valorizar cada momento feliz.

O resto dessa história você pode imaginar, não é? Ele acabou cansando e se sentou em um beco qualquer e começou a chorar. Ela passou ouviu o choro. Reconheceu o menino da escola e perguntou o que estava acontecendo. Na visão dele, ela parecia um anjo. E isso o fez acreditar nela, contou o que tinha acontecido. A ruiva, por sua vez, resolveu lhe dar o dinheiro para pagar a divida e disse que ele poderia dela aquela noite.  E, assim, começou a mais sensata e complexa amizade que já se viu.

Agora

Mais um dia de aula havia acabado. Annabeth já estava conformada com o que Percy supostamente havia feito. Ou era disso que tentava se convencer. Mas a única coisa em que pensava era em como pode confiar nele. 

Foi andando devagar para casa, tocando o mais novo machucado. Não iria permitir que lagrimas caíssem de seus olhos. Hoje, ela seria forte. Sentia seu estomago roncar, mas ela não ligava. Porque hoje, ela seria forte.

-Ou você anda muito devagar ou teve mais aulas do que o normal hoje – disse uma voz conhecida atrás dela quando ela chegou a sua casa. O coração da loira deu um pulo

-Por que você não foi para escola hoje? – virou-se e falou irritada para encarar um lindo par de olhos verdes – Estava com a Rachel?

-Sim. Mas não do jeito que você imagina – respondeu o garoto desviando o olhar– Ela está no hospital

-No hospital? – perguntou a loira confusa

-Ela sofreu um acidente grave. Os médicos não sabem se ela vai sobreviver - ele fala a ultima parte sussurrando como se não pudesse acreditar. Antes que Annabeth pudesse responder continua – Ela quer ver você. Eu sei que você vai achar isso loucura, mas não faça por ela. Faça por mim. Eu sei que você deve estar pensando que no contrario ela não faria isso, mas você é uma pessoa melhor. E eu realmente preciso que você faça isso. Ela pode morrer amanhã e eu...

Percy é cortado por um abraço. Apesar de não entender os motivos de ele estar tão preocupado e muito menos o porquê de Rachel querer vê-la, não podia decepciona-lo.

-Eu tenho tanta coisa para te contar – o moreno voltou a falar enquanto fazia carinho no cabelo de Annabeth. Ele notou o quanto magra ela era nesse abraço, mas isso não devia ser comentado. Nãopor enquanto

-Me pegue no horário da entrada uma esquina antes a da escola – disse a menina contra o ombro dele – Nós temos que visitar alguém no hospital.