Todos olharam um segundo assustados para a água. E depois, a maioria, começou a rir. Percy olhou com raiva para Nico e disse ao amigo:

-Você tá doido? Ela podia ter morrido?

-Agora vai defender essa bruxa?- perguntou o moreno incrédulo

-Não, e só que... Ah deixa para lá- no fundo percy queria ajudar, mas tinha medo que isso acabasse com sua reputação

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Annabeth andava rapidamente. Ela não acreditava no que tinha acontecido! Dessa vez os alunos passaram dos limites. Quanto mais pensava na sua “escorrega na piscina”, como disse o professor, mas triste ficava.

Já era umas seis e meia da tarde.  O céu já escurecia trazendo o vento frio da noite. A garota ainda estava molhada, - já que não teve coragem para ir ao vestiário e apenas vestiu sua farda por cima do biquine- com frio e se sentia tonta. Via tudo um pouco turvo e agradeceu por não morar longe da escola.

Quando chegou a casa só teve força para tomar banho, se deitar e dormir (leia-se: desmaiar)

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Annabeth acordou com a sensação de estar sendo observada. E realmente estava na cadeira do computador estava sua mãe.

-Oi Anne. Bom dia- disse Atena

-Oi mãe, a senhora não devia estar trabalhando?—disse a garota assustada

-Devia, mas resolvi passar o dia com você como nos velhos tempos- e sorriu docilmente para filha. Ela podia brigar muito com ela, mas Annabeth era sua vida

-Serio?- Atena assentiu- O que nós fazer?

-Se arrume e verá

Atena levou a filha ao shopping. Para um dia de “mãe e filha”. Elas entraram em quase todas as lojas compraram roupas, sapatos, CDs, livros. E sempre conversando sobre tudo que nunca mais conversaram. Riam como nunca riram antes. Um belo dia para as duas

-Eu estou morta- disse Annabeth se jogando em um banco

- Vamos comer alguma coisa!- Atena disse e arrastou a filha ate a praça de alimentação

-Eu quero um milk-shake. Faz tanto tempo que eu não tomo um- disse Anne a mãe

-Um milk-shake saindo

Cada uma tomou um milk-shake e comeu um sanduiche, e pela primeira vez em meses Annabeth não se preocupou com o que comeu, pois com sua mãe ali se sentia segura como se nenhum mal fosse lhe afetar!

-Eu aluguei um filme para nós assistimos- Atena sorriu ao se lembrar qual era o filme

-Qual?

-Você verá amanha- ao falar isso viu a cara de decepção da filha e se apressou acrescenta- Hoje vamos ter visitas de tarde! Sua tia Afrodite e sua prima Silena vão passar à tarde conosco

Annabeth sentiu seu mundo desmoronar após ouvir isso. Depois de um dia maravilhoso ia ter que receber Silena. Lógico que ninguém na escola sabia que elas eram primas

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Assim que chegaram Silena correu para abraçar a prima e sorriu falsamente para a mesma

-Anne, querida (n/a: ‘querida’ é o termo mais falso do mundo) tudo bem?

-Ah... Sim e com você?

-Tudo ótimo. Vamos para o seu quarto- e puxou o braço da garota com tudo. Chegando ao quarto de Annabeth. Silena falou com um tom de ameaça- Acho bom você não contar para ninguém que eu estive aqui

-Relaxa. Eu não quero estragar a sua reputação

-Acho bom mesmo- ela olhou um pouco para Annabeth de cima a baixo por varias vez. Bufou e se virou para o quarto olhando cada detalhe, parando na prateleira de livros- sabe, você poderia ser mais legal se não lesse tanto. Aposto que seria melhor, sem contar que- Silena foi interrompida por Atena:

-Meninas venham jantar!

O jantar passou calmamente. Ninguém falou nada, só a vida os sons dos talheres batendo no prato.

-Bom, nós já temos que ir- anunciou Afrodite. Pegou uma revista na bolsa e deu para Annabeth- tome isso. Acho que vai gostar

A loira pegou a revista e foi direto para o seu quarto e jogou a revista em um canto. Recolheu o caderno de textos e escreveu:

Não me pergunte por que estou triste: é impossível explicar

Não me pergunte por que tanta dor: palavras não são o suficiente

Não me pergunte por que mudei tanto por fora: não quero saber essa resposta

Não pergunte por que não digo nunca digo nada: ninguém precisa, nem quer, saber

Não pergunte por que vivo sozinha: isso nunca foi uma opção

Na verdade não me pergunte nada. Se quiser ajudar me abrace. Para alguns pode parecer pouco, mas para mim é a minha salvação.