A Nova Vida de Ruby Menninger escrita por Between the moon and the sun


Capítulo 35
Como enfrentar o seu irmão super-protetor?




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Ruby POV.

Eu estava sentada em uma cadeira, no jardim de Perséfone, vendo Nico e Clara lutando. Era engraçado ver a Clara treinando com o Nico. Ela sempre se distraía com facilidade e Nico tinha que segurar o golpe que estava prestes a dar e dar uma bronca nela por não se defender.

Eu reparei que ela tinha uma presilha no cabelo que não era o estilo dela. Era uma caveira, tipo a do anel do Nico, com os olhos de rubi e tudo mais. Os olhos da caveira da presilha começaram a brilhar em vermelho intenso, então Clara tirou a presilha do cabelo e se transformou em uma faca como a de Nico. Ele já esperava por isso, ele tinha visto a presilha bem antes de mim, com certeza.

Ela tentou atacar, Nico jogou a faca dela longe com um golpe não tão pesado com sua faca. Ela olhou pra ele com raiva agora e sei lá como, pulou do lado da faca que estava caída meio longe dela. Ela pegou a faca e pulou em cima de Nico, deixando a faca muito perto do pescoço ele, e como eu nunca tinha visto os olhos dela com aquele olhar maluco, eu coloquei a mão no meu colar e pensei em água, que saiu do meu colar. Então a água enroscou no pulso de Clara e apertou com força, como eu ordenei em pensamento. A faca dela caiu.

-Ai! – Ela gritou e eu fiz a água voltar pro meu colar. Clara ainda estava em cima de Nico, olhando pro pulso que estava vermelho com marca de dedos, sei lá como, mas a água deixou aquela marca ali. Ela e Nico olharam pra mim. Nico sorriu pra mim e Clara franziu o cenho.

-Cuidado com a faca, Clara. Estava muito perto do pescoço do Nico.

-Desculpa, Lady Ruby. – Disse Clara, se levantando e estendendo a mão pra ajudar Nico a se levantar.

-Tudo bem, só... Tome cuidado, essa faca aí é bem perigosa, não é uma faca qualquer. – Nico andou até mim e me olhou, sorrindo.

-Não se preocupe comigo, amor. Ela tem que aprender a se defender, e ela não vai me matar, essa faca mata os outros meio sangues e os monstros, mas não mata os filhos de Hades.

-Mesmo assim, eu não quero ver sua irmã te cortando em pedacinhos. – Eu disse fazendo biquinho e ele riu, beijando os meus lábios. Então ele voltou pra perto da Clara e eles começaram a lutar e treinar de novo. Graças aos deuses, Clara não encostou a faca no pescoço do Nico de novo. Como era o nosso último dia lá, amanhã voltaríamos pra superfície, eles treinaram a tarde toda, só pararam pra almoçar.

Eu peguei o celular da Clara - que tinha internet - e não me pergunte como, mas o sinal da internet pegava no submundo.

Eu fiquei mexendo no celular e vendo eles lutarem. Clara saiu um minuto pra tomar água. Nico foi fazer o mesmo. Eu estava sentada lá no jardim, sozinha. De repente, Nico chegou atrás de mim e cobriu os meus olhos com as mãos eu sorri.

-Hm... É um anjo, certo? – Ele riu e tirou as mãos dos meus olhos e andou, ficando de frente pra mim. Tinha uma flor linda nas mãos dele. Ela era roxa, não escura, e ela brilhava como uma lâmpada roxa. Ela tinha tantas pétalas quanto uma rosa, mas era maior. Então ele me deu.

-Eu vi que você estava de olho nas plantas brilhantes do jardim de Perséfone. E como você gosta de roxo... – Eu olhei pra ele.

-Perséfone não ficaria brava por você ter pegado uma flor do jardim dela?

-Eu pedi. Disse que era pra você e ela deixou. – Eu sorri pra ele.

-Obrigada, a flor é linda.

Depois da tarde calma que passamos ali no jardim, eles treinando e eu navegando na internet e olhando eles, nós fomos jantar. O jantar foi diferente do de ontem. Foi mais silencioso. Então eu reparei que Deméter não estava lá e FINALMENTE tinha carne na mesa. Já que era meu último dia lá, pensei em fazer uma oferenda. Mas pra quê fazer uma oferenda jogando comida no fogo, se os deuses que eu queria ofertar estavam a minha frente? Então eu olhei pra Perséfone e Hades. Peguei as melhores partes da minha comida e separei em dois pratos que estavam vazios na mesa. Então coloquei um prato perto de Perséfone.

-Eu queria fazer uma oferenda pra você, mas... Espero que aceite comida sem ser queimada também. – Eu disse sorrindo. Ela pegou o prato e sorriu pra mim, a comida começou a... Brilhar? Acho que ela tinha aceitado. Então eu dei um prato de comida pra Hades também, que olhava pra mim pensando se tinha algo errado com meus neurônios, eu acho. Mas ele aceitou o prato de comida e até deu um... Acho que foi um sorrisinho amarelo, aquilo. A comida daquele prato pegou fogo e virou cinzas, acho que ele também aceitou a oferenda. –Eu queria agradecer pela hospitalidade de vocês, por me aturar aqui. E por... Tudo. Perséfone, obrigada pelas roupas que me emprestou e pela bela decoração do quarto. Hades, obrigada por... Não ter me matado e por me deixar ficar no seu castelo. – Agora ele me olhava impressionado ao ver que eu não tinha medo algum dele. Não sei bem como ou porque, mas eu não tinha medo dele. Eu até tinha, mas nada absurdo.

Depois do jantar, eu fui tomar um banho antes de dormir. Quem diria, no submundo tem até água quente. Tomei o meu banhinho, vesti um pijama e fui dormir. Falei pro Nico que talvez não fosse uma boa dormirmos juntos essa noite de novo, porque se alguém que não fosse a Clara visse, estaríamos ferrados. Ele disse que quem acordasse primeiro, deveria acordar os outros, pra sairmos cedo do submundo. Eu deitei na minha cama, senti falta do Nico ali do meu lado.

Eu fiquei olhando pra ele e ele olhando pra mim, Clara tinha dormido fazia bastante tempo já.

Nós também acabamos dormindo, depois de muito tempo.

Acordei bem cedo, fui ao banheiro, escovei os dentes, me troquei, fiquei pronta pra sair. Eu sentiria falta do castelo de Hades de alguma forma. Arrumei as coisas na minha bolsa e esperei mais uma hora, até que fossem 6 da manhã pra acordar o Nico. Sentei na cama dele, olhando ele dormir. Acariciei seus cabelos levemente e beijei seus cabelos.

-Hora de acordar, meu anjo. – Eu sussurrei no ouvido dele. Ele abriu os olhos e ficou olhando pra mim por algum tempo, sorrindo, sem dizer nada. Ele esticou o braço e acariciou meu rosto.

-Bom dia. – Disse ele, ainda sorrindo pra mim. Então Clara acordou.

-GEEEEEEEEEEEEEEENTE! Vamos, vamos, temos que voltar a superfície logo! – Ela disse pulando da cama. Nico se sentou na cama, com um pouco de sono nos olhos ainda. Ele se espreguiçou e foi ao banheiro do quarto de hóspedes pra se arrumar. Clara foi em um dos banheiros do corredor.

Eu estava aproveitando meus últimos minutos no castelo, olhando com atenção cada detalhe da decoração especial do quarto. Nico se arrumou rápido e saiu do banheiro. Clara logo entrou pela porta, vestindo roupas coloridas, o que me impressionou. Uma camisa rosa fosforescente com o desenho de um óculos de sol na frente. Ela estava com uma calça azul colada e um daqueles tênis coloridos que ela tinha. Ela estava com um Ray ban wayfarer roxo e estava sorrindo com a mala na mão. O pai dela vai jogar ela no tártaro por torturar as pessoas desse jeito, com tantas cores que não combinam, um dia desses. Descemos as escadas, carregando nossas coisas e vimos Perséfone e Hades, sentados nos tronos do salão principal. Nos despedimos deles e fizemos reverências, então nós começamos a viagem de volta pra superfície. Dessa vez, a viagem não foi tão longa, e meus olhos doeram um pouquinho ao sair e ver a luz forte do sol de novo. Tinha a luz do sol falso na janela do nosso quarto de hóspedes, mas ninguém supera o brilho do sol de verdade, Apolo capricha, viu.

Pegamos outro táxi e chegamos à colina meio sangue, subimos até chegarmos perto das barreiras mágicas. Eu tinha a esperança de que Percy não me visse chegar com os filhos de Hades, pois ele saberia por onde eu andei.

Pois é... Mas as coisas não costumam ser como eu quero. Vi Percy discutindo com Quíron, perto das barreiras mágicas. Antes que eu pudesse pensar em me esconder, Percy me viu e veio correndo na minha direção pra me abraçar, mas Clara entrou na minha frente e o abraçou como uma doida.

-Meu herói, que saudades! Eu também te amo. – Então eu vi Annabeth quase explodindo de raiva, que veio correndo até nós.

-Que história é essa de...

-Annabeth... – Eu disse, tentando fazê-la parar e não matar a Clara.

-Espera! – Clara soltou o Percy e olhou pra Annabeth, com os olhos arregalados –VOCÊ É A FILHA DE ATENA QUE RESCONSTRUIU O OLIMPO? CARACA! – Annabeth sorriu toda orgulhosa. Ela e Clara saíram pra conversar por aí e Nico e eu estávamos lá, parados, tentando não encarar o Percy. Ele ia me matar.


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