Charlie Team 2 - By Goldfield escrita por Goldfield


Capítulo 8
Capítulo 7




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Capítulo 7

Conspiração.

Cruzando uma porta, Max Craig viu-se sozinho num dos corredores do térreo da Casa Branca. Após olhar para os lados uma última vez, temendo a aparição de algum intrometido, o chefe do Serviço Secreto caminhou até uma das paredes brancas do local, retirando um pequeno aparelho de um dos bolsos do terno. Tratava-se de um controle remoto. Sorrindo discretamente, Craig apontou o dispositivo na direção da superfície, pressionando um pequeno botão vermelho presente nele...

Houve um som mecânico, e em seguida parte da parede começou a se mover verticalmente, revelando uma estrutura metálica antes oculta. A entrada de um elevador secreto, mais precisamente. Colocando o controle remoto novamente no bolso de onde o retirara, Max caminhou na direção do transporte, cujas portas se abriram automaticamente.

Já dentro do elevador, Craig pressionou um dos botões presentes num painel à sua esquerda, fazendo surgir, numa pequena tela anexa, a inscrição “B7”, juntamente com uma seta apontando para baixo, que indicava o início da descida. Durante o breve trajeto até o sétimo subsolo, Max bocejou demoradamente, lembrando-se de que não dormia há dias. Os preparativos para o golpe não podiam esperar, entretanto, o chefe do Serviço Secreto tinha de admitir que, se não repousasse ao menos por algumas horas, ficaria parecendo um dos zumbis criados pelo T-Virus da extinta Umbrella...

Logo o elevador atingiu seu destino. As portas se abriram e Craig caminhou para fora tranqüilamente, adentrando uma sala de paredes metálicas e formato retangular, onde, no chão, havia o símbolo da presidência dos Estados Unidos. Seguiu então até uma grande porta de aço, na qual via-se uma placa alertando sobre perigo biológico. Aproximando-se de um painel à direita da entrada, Max teve sua retina, voz e impressão digital identificadas, para em seguida digitar um código de seis dígitos num pequeno teclado numérico.

         Acesso permitido! – informou uma voz robótica, enquanto a pesada porta se abria, movendo-se na horizontal.

O ambiente ganhado por Craig em seguida era digno de companhias multinacionais que realizam experiências genéticas ilícitas: um amplo laboratório repleto de computadores e painéis, além de, no centro, oito sofisticadas câmaras de criogenagem, nas quais alguns indivíduos, para ser mais preciso, cinco homens e três mulheres, encontravam-se de pé em estado de hibernação.

Com as mãos cruzadas atrás da cintura, Max prosseguiu até um dos computadores, onde um cientista analisava dados sobre experimentos. Ele era um dos quatro geneticistas que trabalhavam ali, todos ex-funcionários da Umbrella tirados da prisão graças a manobras governamentais orquestradas por Craig. Percebendo que o homem de jaleco ainda não notara sua presença, o recém-chegado saudou-o:

         Olá, senhor Gardner!

O cientista voltou-se rapidamente na direção de Max, girando sobre a cadeira. Já esperava aquela visita por parte dele, mas mesmo assim ficou surpreso ao vê-lo no laboratório. Ajeitando brevemente seu jaleco, o geneticista retribuiu num sorriso forçado:

         Olá, senhor Craig! Como vai?

         Dispenso sua hipocrisia, senhor Gardner! Você sabe muito bem a razão de eu ter descido até aqui! Qual o progresso em relação aos novos protótipos?

         Eles em breve estarão cem por cento funcionais, senhor Craig! Um sonho realizado, sem dúvida alguma. A Biocom, antiga rival da empresa para qual eu trabalhava, tentou sem sucesso criar um soldado invencível através do infame “Projeto Ares”, que apenas lhes trouxe dor de cabeça. Nós, todavia, conseguimos o que era até então praticamente impensável: criamos combatentes incrivelmente ágeis e à prova de balas!

         Não se entusiasme tanto, meu caro... Se esses protótipos possuírem alguma falha, farei com que uma bala divida esse seu “cérebro brilhante” em duas partes. Lembre-se do doutor Myron. Ele se precipitou muito e agora é comida de verme!

         Tenho plena consciência disso, senhor Craig... – murmurou Gardner, um tanto amedrontado.

         Muito bem... Se aquele imbecil do Petroni pode ter um exército mutante particular, eu também posso... Essa será minha guarda pessoal, senhor Gardner, e realmente espero que nada saia errado...

         E não sairá, senhor Craig! Pode ter certeza!

Max caminhou até uma das câmaras de criogenagem, fitando o homem adormecido dentro dela. Era careca e musculoso, possuindo uma tatuagem no tórax. Com certeza daria um ótimo soldado. Craig sorriu. Mal podia acreditar que sua vitória estivesse tão próxima...

         Já tenho em mente a primeira missão de vocês... – disse o conspirador em voz baixa.

Simultaneamente, Gardner retomou sua tarefa, digitando alguns comandos no teclado do computador. No monitor deste, mais precisamente na parte superior, havia uma inscrição em letras vermelhas, que traduzia perfeitamente todo o trabalho realizado naquele local, longe dos olhares do mundo... “Projeto Delta Team”.

Rio de Janeiro, Brasil.

Em seu apartamento na área nobre da cidade, o mercenário Filipe Augusto Vieira D' Oliveira, vulgo "Slaughter", bebia tranqüilamente uma garrafa de vodka, sentado no sofá da sala. Súbito, o telefone sobre a mesinha ao lado do móvel tocou. Resmungando, o ex-policial atendeu à ligação:

         Alô?

         Quem fala? – perguntou uma voz conhecida do outro lado da linha.

         Filipe Oliveira, mais conhecido como “Slaughter”! – respondeu o brasileiro grosseiramente. – Quem quer saber?

         Um ex-mafioso que, junto com você, auxiliou os S.T.A.R.S. de Metro City há alguns meses!

         É você, Sniper Nemesis?

         Sim, e estou precisando de sua ajuda aqui na China!

         China? Puxa, eu espero que você tenha dinheiro suficiente para pagar a ligação!

         Não seja importuno! Ouça: estou trabalhando para a Interpol, e preciso de uma equipe para investigar uma série de estranhos acontecimentos que vêm ocorrendo por aqui. Posso contar com seu apoio?

         Aí depende! De onde você acha que eu vou tirar dinheiro para pagar uma passagem até a China?

         Um jato da Interpol está a caminho para trazê-lo até aqui. Leve bastante armamento. Não sabemos ao certo com o que estamos lidando!

         OK, “Poderoso Chefão”! – exclamou Slaughter num sorriso. – Será bom trabalhar com você novamente!

Enquanto isso, em Metro City, o misterioso desaparecimento da equipe Charlie começava a preocupar o chefe de polícia Jeremias Farfield. Sem os S.T.A.R.S. para combater o crime, a cidade acabaria tomada pelos criminosos! Com tais pensamentos em mente, o delegado andava em círculos dentro de sua sala, até que um policial entrou sem bater.

         O que você está fazendo aqui? – perguntou Farfield rispidamente. – Deixei bem claro que não queria ser incomodado!

         Por que tanto nervosismo, chefe?

         O time Charlie desapareceu mais uma vez sem deixar vestígios! Isso me traz terríveis lembranças! Não se lembra de meses atrás, quando eles foram suspensos injustamente? O que menos quero neste momento é um grupo de federais circulando pela minha delegacia!

         Acalme-se, chefe. Parece que temos pistas sobre o paradeiro deles!

         Como assim? Diga de uma vez!

         Hoje, por volta das cinco e meia da manhã, um funcionário de um pequeno aeroporto situado nas montanhas Johnson viu alguns combatentes que pareciam ser do S.T.A.R.S. embarcando num jato. A aeronave partiu sem demora na direção oeste!

         Oeste? – indagou Jeremias, coçando a nuca. – Isso não me parece bom! Acho que o Charlie está mais uma vez em maus lençóis!

         E o que devo fazer?

         Por enquanto, apenas vá pegar os meus calmantes!

O policial assentiu com a cabeça, deixando rapidamente o recinto. Farfield, por sua vez, acomodou-se na cadeira atrás de sua mesa, possuindo um aterrador pressentimento quanto ao futuro dos S.T.A.R.S. de Metro City...

Continua...


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