Charlie Team 2 - By Goldfield escrita por Goldfield


Capítulo 1
Prólogo




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Charlie Team II


By Goldfield

Prólogo

Uma noite de novembro em Metro City. Os arranha-céus amplamente iluminados do centro da cidade geram belo espetáculo aos olhos. Porém, o som de sirenes e helicópteros revela que há algo errado acontecendo...

         Atenção, alguém me ouve? – gritou uma perturbada voz masculina através do rádio, confundindo-se com o som dos tiros.

         Aqui é Fong Ling! – respondeu a jovem aproximando o aparelho de sua face. – O que está acontecendo aí, Adam?

         Estamos sendo alvejados, os malditos estão em número maior do que pensamos!

         Qual sua posição atual?

         Eu e o Leon nos escondemos no...

A voz do soldado Adam “Jack Crow” Groove cedeu lugar a uma intensa onda de estática. Num suspiro de preocupação, Fong Ling guardou o rádio em seu cinto, olhando apreensiva para os demais dentro do helicóptero. Com o coração aos pulos devido aos companheiros em perigo, a chinesa contemplou o rosto de cada integrante do Retag: Flag, MacQueen, a doutora Kasty e por fim Redferme, comandante e com certeza o mais experiente do grupo. Todos aguardavam que ele dissesse as palavras mágicas...

         Vamos descer! – exclamou o major por fim, engatilhando sua Desert Eagle.

Através de cordas presas às suas cinturas, os cinco membros do time Charlie venceram os dez metros de altura que os separavam do terraço do Hotel Metrostate, o maior e mais caro de Metro City. Durante a descida, os soldados não tinham outra coisa em mente a não ser o temor pela vida dos colegas que se encontravam dentro do prédio. Assim que suas botas tocaram o concreto, os combatentes do Retag se dirigiram rapidamente até a porta arrombada pelo Recon há alguns minutos, a qual dava acesso à escada de serviço que adentrava o edifício.

         É agora ou nunca, pessoal! – disse Flag apontando com a cabeça para a entrada. – Eles estão precisando de nossa ajuda!

A passos rápidos, os degraus começaram a ser vencidos pelos bravos policiais.

         Droga! – praguejou Adam com seu rádio em mãos, vendo que um tiro efetuado pelos terroristas o destruíra.

Groove e Leon S. Kennedy haviam buscado refúgio numa suíte do vigésimo primeiro andar do hotel, logo após o Recon ter sofrido intenso ataque inimigo. Os integrantes haviam se dispersado, e dois deles estavam ali, escondidos atrás de uma mesa tombada, sob fogo pesado.

         Eu sempre quis estar numa suíte como esta, mas com certeza sem um bando de caras tentando atirar na minha cabeça! – ironizou Leon.

         Olhe pelo lado bom, pelo menos nós podemos reagir! – sorriu Adam colocando mais balas em sua Glock 17.

         Você tem razão!

Cerrando os dentes, Kennedy levantou-se num piscar de olhos, liquidando um dos criminosos no recinto ao atingi-lo no peito com dois disparos de sua pistola calibre 45. Abaixando-se novamente atrás da mesa, foi a fez de Groove atacar, eliminando um outro meliante próximo à porta da suíte com um tiro certeiro na testa. O corpo sem vida caiu sobre um vaso de plantas, derrubando-o e fazendo com que a terra deste sujasse o carpete.

         Parece que a área está limpa! – afirmou Adam deixando o esconderijo junto com Leon.

Súbito, um disparo inesperado só não atingiu um dos S.T.A.R.S. porque ambos se esquivaram agilmente. Um terceiro terrorista mascarado surgiu na entrada do banheiro da suíte, prestes a atirar novamente com seu fuzil AK-47. Porém, Kennedy foi mais veloz e tirou-o de ação com três rápidos disparos. O bandido cambaleou para trás, caindo sentado sobre o vaso sanitário, onde deu seu último suspiro.

         Área limpa, é? – indagou Leon num sorriso maroto, ofegante.

         Olhe o que você fez, agora o azulejo do banheiro está todo sujo! – brincou Groove que também respirava com dificuldade, tentando aliviar um pouco a tensão. – Venha, vamos encontrar os outros!

Cautelosos, os dois combatentes seguiram sem demora na direção do corredor.

Uma sala escura. A única luz era emitida por vários monitores distribuídos uniformemente num painel situado numa das paredes, de frente para a qual se encontrava uma bancada com computadores e cadeiras. Nelas estavam sentados dois homens mascarados, que olhavam atentamente para as telas diante de seus olhos. Elas mostravam o que era visto pelas câmeras de vigilância do prédio, ou seja, aquela era a sala de segurança do hotel.

         Spence, diga-me uma coisa... – murmurou um dos meliantes mascando um chiclete.

         O que é? – perguntou o outro demonstrando pouco interesse.

         Qual refém você acha mais gostosa? – indagou o primeiro bandido apontando para o monitor que exibia o saguão do edifício, onde os reféns estavam sendo mantidos.

         Não sei... – respondeu o segundo terrorista apertando os olhos para enxergar melhor a tela indicada pelo colega. – Talvez a esposa do prefeito...

         Eu prefiro aquela repórter do Metro City Times... Como é mesmo o nome dela?

         Mary Copperplain! – exclamou uma voz masculina, ao mesmo tempo em que os dois criminosos sentiam canos de pistolas serem encostados às suas nucas. – Minha namorada!

A dupla de meliantes levantou as mãos para o alto, as quais foram em seguida algemadas pelos membros do S.T.A.R.S. que haviam acabado de invadir a sala: Goldfield, namorado da repórter citada por um dos bandidos, e Helder Orkland Nietparusky.

         Esses sujeitos são desprezíveis... – rosnou o sérvio, cuspindo no rosto de um dos terroristas, os quais se encontravam agora indefesos, sentados junto a uma parede.

         Bem, conseguimos chegar ao coração do prédio! – disse Goldfield sentando-se diante de um dos computadores, fazendo exercícios com as mãos como se estivesse prestes a tocar piano.

         Você é mesmo capaz de se infiltrar no sistema de segurança? – perguntou Helder, um verdadeiro leigo em relação a computadores.

         Sou um hacker, esse é meu trabalho! – sorriu o outro soldado digitando rapidamente no teclado, enquanto olhava preocupado para os reféns no saguão através do monitor de segurança. – Agüente firme, Mary, nós estamos chegando... Eu não quero perder mais ninguém!

         Ai! – gritou Logan Devendeer, enquanto a doutora Freelancer fazia rapidamente um curativo no braço esquerdo do especialista em explosivos, que fora atingido de raspão por um disparo.

Os dois integrantes da equipe Charlie, mais William Hayter e Fred Ernest, se encontravam no décimo nono andar do hotel, onde tratavam feroz tiroteio com um grupo de terroristas.

         É um longo caminho até o saguão, será que conseguiremos? – indagou Fred atirando contra um criminoso que usava uma parede como cobertura alguns metros à frente.

         Para isso existe o elevador! – riu o franco-atirador brevemente, liquidando o bandido confrontado pelo colega com um tiro certeiro de seu rifle. – Vamos em frente, o corredor está livre de ameaças!

Os quatro combatentes avançaram, quando subitamente uma porta que levava às escadas de serviço se abriu diante dos policiais. Estes apontaram suas armas sem pensar duas vezes, mas aliviaram-se assim que identificaram os dois supostos terroristas como Adam e Leon.

         Puxa, vocês querem nos matar do coração, é? – indagou Freelancer num sorriso tenso.

         Os andares de cima estão limpos! – informou Kennedy. – Cadê o resto do pessoal?

         É o que também queremos saber! – exclamou Logan.

Foi quando um “bip” atraiu a atenção de todos. Alguém se comunicava com Hayter por rádio. O namorado de Vitória Drakov apanhou rapidamente o aparelho, ouvindo a voz de Goldfield:

         William, você me ouve?

         Sim, quais são as novas, Gold?

         Consegui penetrar no sistema de segurança e reativei os elevadores! Vocês podem usá-los para descer até o térreo, mas não posso garantir que estejam totalmente seguros!

         Ótimo! Não se preocupe, salvaremos a Mary! Desligo.

O franco-atirador guardou o rádio, fitado pelos demais membros do Charlie. Todos sabiam muito bem o que deveriam fazer.

No luxuoso saguão do hotel, os inúmeros reféns, todos ilustres cidadãos de Metro City vestidos a rigor, eram vigiados por vários terroristas mascarados, comandados por um indivíduo de longos cabelos loiros e uma sinistra cicatriz na face.

         Espero que estejam gostando da festa! – exclamou ele num sorriso sádico. – Saibam que nossos convidados principais logo chegarão!

Através da grande porta de vidro que levava à Avenida Montgomery era possível visualizar as viaturas da polícia que cercavam o local, atrás das quais se encontravam incontáveis policiais preocupados com a vida dos inocentes dentro do prédio. A esperança de todos era a intervenção dos S.T.A.R.S., também ansiosamente aguardada pelo líder dos criminosos.

Dentro de um dos carros do Departamento de Polícia, o chefe Jeremias Farfield presenciava os acontecimentos com enorme apreensão. Mesmo os integrantes da equipe Charlie sendo profissionais de grande experiência, já haviam demonstrado não serem infalíveis, como quando falharam em evitar a destruição do Banco Distrital de Greencamp*, alguns meses antes. Aquela situação era incrivelmente parecida, mas ao contrário dos reféns do banco, no hotel havia pessoas importantíssimas como o prefeito da cidade e alguns influentes senadores, pegos de surpresa pela extremamente bem arquitetada invasão do edifício. Eles não poderiam perder a vida sob hipótese alguma, e caberia aos corajosos membros do time Charlie garantir que eles saíssem pela porta de vidro do saguão sãos e salvos.

Jeremias tinha que confiar naqueles homens que todos os dias colocavam suas vidas em risco para manter a lei e a ordem. Desde que o super-herói conhecido como Sub-Man desaparecera de Metro City, a unidade S.T.A.R.S. vinha sendo a grande responsável por evitar que a metrópole fosse completamente tomada pelo caos. Desejando em seu íntimo que tudo terminasse bem, Farfield fechou os olhos, ouvindo apenas o repetitivo som das sirenes ligadas...

As portas do elevador se abriram, e o grupo liderado por William Hayter ganhou rapidamente o interior do transporte. Com o rosto suado, o franco-atirador pressionou no painel o botão do primeiro andar acima do térreo. A descida começou, enquanto o Retag era contatado:

         Flag, você me ouve? Aqui é o Hayter!

         Sim, estou te ouvindo! Qual a situação?

         Os elevadores foram reativados. Eu e o Apoio, com exceção de Goldfield e Helder, estamos descendo num deles na direção dos andares inferiores! Groove e Kennedy seguiram pelas escadas!

         Algum sinal de Aiken Frost e O’Brian?

         Ainda não, mas...

Nisso, houve um barulho no teto do elevador. Uma grade estava sendo forçada para baixo. Ela logo veio ao chão, revelando uma abertura pela qual desceram, para surpresa de todos, os dois infiltradores cujo paradeiro fora indagado por Flag.

         Acabamos de encontrá-los! – informou William pelo rádio.

         Entendido! Nós estamos descendo até vocês! Desligo.

Hayter guardou o aparelho, enquanto perguntava aos recém-chegados, espantado:

         Como foi que chegaram aqui?

         Percebemos que os elevadores estavam desativados e, como não queríamos usar as escadas e o Aiken havia trazido seu equipamento de alpinismo... – explicou Rafael.

         Resolvemos descer pelo fosso! – completou o russo.

         Vocês são doidos! – riu Freelancer.

Nesse momento o elevador parou e as portas se abriram.

         Isso não importa! – disse O’Brian, apanhando sua fiel faca de combate. – Vamos, estou louco para botar aqueles terroristas filhos da mãe pra correr!

         Por que a gente teve que descer pelas escadas, Adam? – perguntou Leon, já cansado de tanto correr. – Não teria sido muito mais rápido usar o outro elevador?

         É mais fácil obtermos sucesso se nos dividirmos, tomando rotas diferentes – respondeu Groove. – Por acaso já está cansado, seu molenga?

         Não, eu só não faço questão de treinar como você para quando a invasão dos zumbis começar!

Kennedy se referia à paixão de Adam por filmes de mortos-vivos. Os dois piadistas riram, enquanto continuavam descendo a passos velozes até o saguão.

Diante dos reféns, o loiro que comandava a ação terrorista sabia que os membros do S.T.A.R.S. atacariam a qualquer instante. Engatilhando sua submetralhadora Uzi, ele ordenou aos demais meliantes:

         Espalhem-se, posso sentir a presença deles!

Mal terminou a frase e um dos bandidos tombou sobre uma estátua, atingido no peito por um disparo do rifle de Hayter. Os reféns gritaram de espanto, ao mesmo tempo em que outro criminoso era tirado de ação com dois tiros efetuados por O’Brian. Os demais mascarados tentaram reagir, mas foram aos poucos caindo inertes sobre o piso xadrez do saguão.

Quando o chefe dos terroristas pensou em correr, ouviu alguém engatilhar uma arma atrás de si. Erguendo as mãos, o loiro soltou a Uzi e virou-se para trás, vendo que um integrante do S.T.A.R.S. lhe apontava uma espingarda calibre 12. Era Fred Ernest.

         Parado aí, seu cretino! – exclamou o policial. – Já causou problemas demais numa só noite!

         Vocês pensam que acabou? – perguntou o líder dos bandidos arregalando os olhos, enquanto mais dois soldados se juntavam àquele que o rendera. – Eu os venho estudando há meses, desvendando seus pontos fracos... Saibam que ainda possuo uma carta na manga!

Nesse instante todos os membros do Charlie que haviam entrado no prédio já se encontravam no saguão, inclusive o Retag. Sob a mira de inúmeras armas, o misterioso loiro explicou, ainda com os braços para o alto:

         Lembram-se daquele banco em Greencamp, quando não puderam salvar aqueles reféns? Eu procurei arquitetar a invasão deste hotel de forma semelhante, mas convidados ilustres exigem uma surpresa ainda mais desagradável...

         Pessoal, encontrei alguma coisa! – gritou MacQueen, parado ao lado de uma estátua greco-romana.

Flag e Aiken Frost se aproximaram. Aos pés da escultura era possível ver um artefato metálico do tamanho de um tambor, formato hexagonal. O símbolo de perigo radioativo presente nele antecipou a assustadora revelação do russo após ter examinado brevemente a suposta bomba:

         É um dispositivo nuclear! Se for acionado, Metro City será transformada numa cratera!

         Como se desarma aquela coisa? – indagou Rafael encostando o cano de sua pistola calibre 45 na testa do loiro.

         Pensam mesmo que eu direi? – ironizou o terrorista num sorriso.

         Já que não nos dará tal informação, sua existência já não é mais necessária! – exclamou O’Brian prestes a apertar o gatilho.

Assustado com a frieza do homem da lei, o criminoso começou a suar, argumentando:

         Espere aí, cara! Você não pode me matar! Estou desarmado!

         Por que não? – riu o infiltrador. – Se a bomba explodir, todos nós morreremos mesmo! O que prefere? Passar alguns anos na cadeia ou ser transformado em poeira assim que aquela droga for acionada?

         Temos apenas três minutos, camaradas! – exclamou Aiken Frost examinando o cronômetro do dispositivo.

         E então? – insistiu Rafael.

De repente, todos ouviram um “bip” e, para surpresa daqueles próximos à bomba, a contagem regressiva parou.

         Mas o quê? – estranhou Logan Devendeer.

Foi quando O’Brian ouviu um misterioso som. Parecia estática emitida por um rádio. Intrigado, o infiltrador percebeu haver tal aparelho na cintura do chefe dos meliantes, e tudo levava a crer vir dele o barulho. Rafael apanhou o achado, confirmando suas suspeitas. Porém, sem mais nem menos, uma alta e sinistra voz pôde ser ouvida através do comunicador, dizendo em tom apavorante:

         O teste foi concluído!

Em seguida a estática voltou, e simultaneamente o loiro que comandava os terroristas começou a gritar desesperado, caindo de joelhos com as duas mãos na cabeça.

         Meu Deus, o que há com ele? – indagou Freelancer, assustada.

         Você me traiu, seu maldito! – berrou o criminoso com os olhos fixos no teto, aparentando grande dor e frustração.

         Com quem ele está falando? – perguntou Fong Ling, confusa assim como seus colegas.

Súbito, o bandido vomitou uma substância altamente corrosiva sobre o piso. Logo depois começou a tossir sem parar, enquanto um líquido verde escorria de sua boca, nariz, olhos e ouvidos. Horrorizados, os integrantes do Charlie se afastaram, enquanto o meliante se contorcia no chão, gritando em agonia. Sua pele começou a borbulhar, concluindo o processo que fez seu corpo derreter por completo diante dos atônitos policiais e reféns.

         Por Lênin! – exclamou Aiken Frost, totalmente inconformado.

         Ele estava trabalhando para alguém... – murmurou O’Brian coçando o queixo. – O cara do rádio... Mas como foi que isso aconteceu?

         Algo me diz que estamos lidando com mutantes novamente, pessoal! – afirmou Redferme fitando os restos do indivíduo.

Os combatentes olharam ao redor. Não havia mais nenhum terrorista de pé. Os inocentes estavam a salvo. Até quando?

Minutos depois, os membros do S.T.A.R.S. se encontravam na frente do hotel, em meio às viaturas da polícia. Perto de uma delas, William Hayter abraçava sua namorada, Vitória Drakov, filha de seu colega de equipe, Andrei Drakov, mais conhecido como Aiken Frost.

         Oh, querido, eu fiquei tão preocupada! – disse a jovem após beijar os lábios do amado.

         Sei me cuidar, fique tranqüila... – respondeu o franco-atirador num sorriso.

A poucos metros dali, outro casal trocava carícias. Tratava-se de Goldfield e Mary Copperplain.

         Você foi um herói hoje, meu amor... – suspirou a jornalista. – Mal tenho palavras para agradecê-lo por ter salvado minha vida!

         Eu apenas cumpri meu dever... – replicou o hacker. – Mary, você não teve idéia de como tive medo de perdê-la esta noite... Assim como perdi...

         Silverhill? – indagou a repórter franzindo as sobrancelhas.

         Sim...

         Sabe, Gold... Às vezes acho que, mesmo ela estando morta, a tenho como rival...

         Mas...

         Ah, esqueça!

Copperplain, irritada devido ao fato de Goldfield não conseguir esquecer seu antigo amor, virou-se de costas para o namorado e desapareceu pela rua, enquanto uma leve chuva tinha início.

Enquanto isso, na calçada de frente para o hotel, Rafael “Leadership” O’Brian observava William e Vitória com um aperto no coração. Eles pareciam tão apaixonados e felizes... O infiltrador fechou então os olhos e visualizou um rosto no qual não pensava há anos, devido ao anseio pela revanche de Eagle Eater. Mas agora que seu pior inimigo estava morto, ela voltara à sua mente. Sim, ela, que morrera de forma tão trágica durante uma missão na Alemanha...

         Hei, Rafael! – exclamou Aiken Frost se aproximando, fazendo com que o amigo voltasse ao plano real. – Você me assustou hoje, camarada! Pensei que fosse mesmo atirar naquele cara!

         E eu estive realmente prestes a fazer isso... – murmurou O’Brian, cabisbaixo.

         Cara, o que foi? Há alguma coisa te perturbando? Você sabe que pode se abrir comigo!

         Apenas preciso ficar algum tempo sozinho, Andrei... Não se preocupe...

O russo assentiu com a cabeça, enquanto um repentino relâmpago iluminava o céu noturno.

(*) – Referência à história “Charlie Team – By Aiken Frost”.

Continua...


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