Um Conto de Fadas Diferente escrita por Karina Ferreira


Capítulo 5
Capitulo 4 - Caminho da Roça


Notas iniciais do capítulo

NOTA IMPORTANTE NO FIM DO CAP



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POV ROSALIE

O grande dia finalmente chegou! Eu vinha contando os dias para as férias chegarem, assim eu iria para a limpa e saudável vida no campo. Eu particularmente adoro mato... Urgh ! A pelo menos dez quilômetros de distância de mim. Eu não gosto de campo e animais, na verdade, não tenho nada contra a natureza, mas também não sou nenhuma fã enlouquecida. Eu prefiro asfaltos, prédios, shopping, etc.

Você deve estar se perguntando porque ao invés de fazer greve, birra e tentar fugir de casa como Bella – sim, porque ela está fazendo uma birra incrível, neste momento está acorrentada à janela e todos estamos esperando o chaveiro para poder sair – eu estou empolgada para ir. Bom, eu quero a felicidade do meu pai, e desde que minha mãe morreu, ele nunca mais namorou. E agora que ele finalmente encontrou alguém que o faça feliz eu não vou ficar contra a felicidade dele, mesmo que isso exija um pequeno sacrifício, tipo, sair da cidade (esse sacrifício não é lá muito pequeno, mas vale).

– Rosalie – Alice entrou no meu quarto – Eu já estou cansada desta palhaçada da Bella, será que ela não vê que o nosso pai esta feliz?

– Eu sei, mas o que você esperava? Bella sempre foi egoísta, ela só pensa nela mesma! – Eu tentei esclarecer para Alice, mas acabei falando nada mais que o óbvio.

– Também não fala assim! Ela era muito pequena quando nossa mãe morreu, a coitadinha ainda não superou – acho que Alice se esforça até o impossível para enxergar bondade aonde não tem, só pode ser isso para ela explicar o fato da Bella ser egoísta com uma besteira dessas.

– Fala sério, Alice! Você realmente acredita nisso que esta falando? Bella é uma mimada que sempre teve tudo o quis de nosso pai, ela não sabe o que é receber um não – isso NÃO é ciúmes de irmã mais velha, Bella é egoísta e isso é um fato!

– Meninas, o chaveiro finalmente chegou – Já era hora!

– E Bella? Já a soltaram? – por favor, Deus, por favor, diga que ela caiu e quebrou o pescoço...

– Ainda não. Encaminhei eles para lá e vim avisa- lás – ele respondeu, me decepcionando totalmente.

– Então vamos lá, antes que eles a machuquem – era com os chaveiros que Alice deveria estar preocupada e não com Bella. Do jeito que a garota é o cão, uma hora dessas ela já deve ter desmembrado e tomado o sangue dos coitados.

Meu pai saiu, seguido por Alice. A principio eu não ia, mas depois imaginei o escândalo que Bella iria fazer e ... bom, eu não poderia perder, então corri para alcançá-los.

– SOCORRO! – escutei uma voz masculina gritando.

– Vocês ouviram isso? – Alice nos olhou assustada.

– PARA – novamente ouvimos um grito, mas desta vez com a voz da Bella.

– Bella – meu pai falou e em seguida saiu em disparada rumo ao quarto dela, eu e Alice fizemos o mesmo.

– Me larga, sua louca! – ouvimos mais uma vez uma voz masculina. Meu pai abriu a porta e entramos correndo. Tive que esfregar os olhos para ver se minhas lentes não estavam sujas, porque eu realmente não estava acreditando no que estava vendo. Bella estava acorrentada a janela, empurrando um grandalhão com o pé e mordendo a orelha de outro.

PERAÍ ELA ESTA MORDENDO A ORELHA DELE?

– Bella, pare já com isso! – meu pai ordenou. Ela então finalmente largou o pobre homem, que saiu correndo para bem longe dela com a mão na orelha.

– Sua vagabunda, filha de uma puta! Você arrancou minha orelha! – o homem exclamou, irritado.

– Puta é a égua que te pariu, não fala da minha mãe que ela nem aqui para se defender está! – Bella gritou, toda raivosinha. Eu falei que a Alice tinha é que ter dó dos homens, não da Bella. Como aquilo pode ser uma pessoa inocente que está se recuperando de um trauma?

– Bella, já chega! Me desculpe por isso, eu sou médico me deixe dar uma olhada por favor – o homem tirou a mão para meu pai examinar, e... Caramba! Aquilo é ... sangue?

Tudo se apagou.

– Rosalie, Rosalie – abri os olhos com dificuldade, aos poucos minha visão foi desembaçando.

– O que houve? - perguntei zonza.

– A água oxigenada já infiltrou o seu cérebro e você desmaiou – Bella falou, com um sorrisinho cínico. Há há. ¬¬’

– Cala a boca sua ridícula! Por sua culpa ainda estamos aqui! - eu falei, transbordando raiva. Eu estava a uma palavra de voar no pescoço dela.

– Por minha culpa? Graças a mim você quer dizer não é mesmo? – tenho 90% de certeza que ela ainda não se tocou que é a única que quer ficar na cidade. Ela deu uma de boa samaritana pra cima de mim, com um sorriso falsamente amoroso no rosto. 98% de certeza agora.

– Eu estou indo embora – o homem com metade da orelha avisou. Evitei olhar para ele, antes que eu desmaiasse novamente.

– Não, você não pode ir! Ainda não a destrancou! – falou meu pai.

– E nem vou! Esse monstro tem que continuar acorrentado, e de preferência bem longe da sociedade, em um lugar que não possa mais morder ninguém! – e é por isso que estamos indo para o fim do mundo.

– Mas eu tenho que viajar! – meu pai gritou, já perdendo a paciência infinita dele.

–Problema seu! Vamos Marcus – o homem saiu, e meu pai encarou a porta se fechando com uma cara transtornada e Bella com uma cara de vitoriosa.

– Pode ir tirando esse sorrisinho ridículo da cara agora! Você vai nessa viagem nem que para isso eu tenha que arrancar essa janela e leva-lá junto! – É, a paciência do meu pai foi para o espaço.

– Eu prefiro MORRER do que ver você tentando me levar! – Há, a Bella é muito convencida!

–Calada! Alice, vá buscar o machado que esta na garagem, Rosalie faça as malas da Bella – atendi prontamente o pedido do meu pai e minutos depois Alice estava de volta.

– Achei pai! - Alice cantarolou, entrando correndo com o machado na mão. Bella arregalou os olhos.

– Pai, vá com calma aí! Você pode me machucar com isso! – não sei o que estava melhor, se era a cara de medo da Bella ou a de louco do meu pai. Seja qual for, os dois davam medinho. *-*

– Pensasse nisso antes meu amor! – Sério, meu pai tava com uma cara de maníaco do parque.

– Pai, você tem certeza que sabe o que esta fazendo? – Alice perguntou, com tanto medo do meu pai quanto eu. Ou será que ela estava temendo pela Bella? Se for a última opção, é realmente muuuita perda de tempo!

– Claro querida, agora afaste-se – ele disse sem desviar o olhar assassino de Bella. Alice se afastou e meu pai deu três machadadas na corrente que estava presa na janela, deixando Bella ainda toda enrolada com a corrente.

– Meninas, caminho da roça! – Ele disse todo animado, pegando uma ponta da corrente e colocando no ombro, e saiu arrastando Bella.

– Pai, pára! Me solta! Está me machucando! Socorro! – Bella esperneava, gritava e chorava, e meu pai simplesmente ignorava.

Todos entramos no carro e fomos utilizando as palavras do meu pai: A caminho da roça.”

De volta a realidade...

– Deixa eu narrar a chegada delas? Vaai, só um pouquinho! Eu narro só um pedacinho, eu narro só um parágrafo, mas deixa eu narraaaar! Não custa nada, vai! – Só faltava Emmet se ajoelhar para pedir.

– CALA A BOCA EMMETT!!! – Todos gritamos, perdendo a paciência.

– É Emm, está na minha vez de narrar! – Rosalie falou com voz manhosa

–Não gostei de como você me descreveu Rosalie, fiquei parecendo uma sem noção, monstruosa, dramática e louca fazendo birra – ela me olhou com um ar de desdém.

– E você não é tudo isso? – Emmett me olhou curioso

– Claro que não, apenas estava lutando por uma causa nobre! – Me defendi prontamente.

– Será que podemos continuar? – Alice pediu e eu achei uma ótima idéia.

– Vão me deixar narrar? – Emmett fez uma cara de cachorrinho pidão e eu não resisti. Depois ele fica me xingando e dando apelidos bestas.

– Deixem ele narrar, gente! Coitadinho da criança! – Eu disse, me rendendo.

–Mas eu queria narrar esse! Já ate pensei no título perfeito! – Edward fez cara de aborrecido

– Então vamos dividir cara, eu não sou guloso! Metadinha?

– Metadinha – Edward respondeu e os dois doentes começaram a fazer uns toques de mão esquisitos, coisa de adolescentes caipiras. ¬¬’

– Vamos parar com a macaquice e narrar logo? – Alice esta levando isso um pouco a sério demais. Medinho.


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