Eu estava em algum lugar muito escuro, mas dava pra ver que havia um lugar mais claro, percebi que quanto mais pro escuro eu ia menos dor eu sentia e quanto mais pro claro mas meu corpo doía, eu preferia estar no escuro mas o fato de não ver nada me incomodava eu queria poder ver aonde eu estava indo mas não conseguia, eu estava perdida ou ia pra parte mais escura e me deixava ser consumida pelo vazio mas sem nenhuma dor ou eu ia pra parte mais clara que era o oposto da escura, eu estava tentando escolher entre as duas  coisas, quando eu vejo um menino na parte mais clara, resolvi me aproximar dele, e perguntar aonde eu estava, ele pareceu não sentir minha presença, então cheguei mais perto dele, quando percebeu que eu estava do seu lado virou para mim me encarando

_Oi. _ Disse dando um sorriso amarelo

_Olá, você esta perdida? _ Perguntou me dando um sorriso caloroso

_Na verdade... não sei ao certo. _ Respondi sincera

_Tudo bem, eu também estou perdido, mas não por muito tempo.

Disse ele ainda com o sorriso no rosto, e aquele sorriso me pareceu sincero sem falsidade, um sorriso que só uma criança tinha, claro pela minha idade ainda sou criança, mas a muito tempo, na verdade eu nunca fui uma criança nem mesmo quando ainda tinha aparência de uma.

_E porque diz isso?!

_Porque minha mãe e o meu pai vão vir me buscar. _ Disse ele e por incrível que pareça seu  sorriso aumentou ainda mais, e não pude deixar de sorrir de volta

_Que bom... e você saberia dizer onde estamos?

_Não sei bem ao certo, acho que em algum lugar do planeta.

Aff... isso eu sabia eu só queria saber que lugar seria esse, mas não ia ser mal educada com ele

_Bem... em qual parte do planeta?! _ Perguntei

_Desculpe mas não sei. _ Disse ficando um pouco triste, mas não deixando que seu sorriso sumisse do seu rosto moreno, mesmo com a luz fraca pode perceber agora sua fisionomia, era moreno devia ter na faixa dos 9 anos não mais que 11 isso eu tinha certeza, tinha os olhos cor chocolate iguais aos meus, cabelos lisos cor de cobre e tinha o sorriso muito bonito, mesmo sabendo que onde quer que estivéssemos ninguém ia buscar nem a mim e nem a ele, descidi ficar quieta, e vê – lo feliz por mais algum tempo

_Como se chamam os seu pais? _ Perguntei ao acaso, mas ele se levantou do chão onde estava sentado e me encarou com uma cara de raiva

_Disse alguma coisa errada? _ Perguntei confusa

_Volte! _ Disse me empurrando

_O que?!

_Volte, agora. _ Nossa pra um pirralho ele até que era forte, ótimo agora to apanhando até pros baixinhos

_Hey, para com isso. _ Disse já perdendo a paciência.

_Volta, eles estão te esperando. _ E me empurrou e não sei como, quando ou onde foi que surgiu um buraco e eu me senti caindo.