The Tears Will Not Stop Raining Down escrita por Nikai


Capítulo 2
Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Aqui está! Espero que gostem!

Boa Leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/103542/chapter/2

- Agora que temos o pregaminho… Podemos controlar Konoha. Governá-la. – Dizia Orochimaru.

- Tem o vírus, Orochimaru-sama? – Perguntava Ikuto.

- Sim… Claro. Agora é só contaminar alguém e a epidemia espalha-se. Nem a Tsunade vai conseguir fazer nada sem isto.

- Como sabes que não há outro? – Perguntava Sasuke.

- Porque a Tsunade não faz cópias das receitas deste tipo de medicamentos. São secretos, quantas menos cópias houver, menos serão perdidas ou roubadas.

Sakura não conseguia compreender. Não queria compreender. Sasuke e Orochimaru planeavam matar tanta gente. Tantas pessoas que conhecia. Toda a Konoha. Porquê? Porque Sasuke faria parte de um plano destes. As lágrimas que escorriam pela cara misturavam-se com as gotas de chuva. Afastava-se. Não queria ouvir mais. Não podia. Todos iriam morrer por culpa dela. Porque se rendeu a um rapaz que brincara com os sentimentos dela… Porque o amor que tinha por ele era mais forte que a razão. Porque o coração tem razões que a razão desconhece…

Calcou um galho. O estalar do pau que calcara soou. A luz da cabana rapidamente se apagou. Sakura numa velocidade incrível desaparecera.

- Sasuke, alguém ouviu a nossa conversa. Vai atrás dela e mata-a. – Ordenou Orochimaru. Sem dizer nada, Sasuke saiu e começou a procurar a pessoa que ouvira a conversa. Desejou que não tivesse sido a Sakura. Desejou que não fosse ela, porque, caso contrário, teria que a matar. Correu. A chuva ainda caía fortemente. Ao longe, viu-a. Não havia dúvidas de que tinha sido dela. Correu mais depressa e alcançou. Meteu-se à frente dela.

- O que é que ouviste? – Perguntara autoritáriamente, mas não recebeu resposta. Sakura apenas olhava para o chão. – Responde!

- Po… - Não quis continuar. Estava com tanta raiva dele. Odiava-o por ele ter brincado com ela. Mas, apesar disso, ainda o amava…

- Sakura! Responde! – Segurava-a pelos braços, abanando-a.

- Lárga-me! – Gritou Sakura. Sasuke olhou nos seus olhos arrogantemente. – Não tinhas o direito, Sasuke! Não tinhas!

- Não? Apenas cumpri a minha missão.

- Missão? A missão de matares todos os teus amigos? Todos eles que lutam por ti?! Para que tu voltes?!

- Não voltarei. Deveriam saber isso.

- Já não… - Chorava outra vez. Sasuke soltara os braços da rapariga. – Já não nos amas? Já não aprecias a nossa amizade? O amor que temos por ti que nos faz lutar e dar a vida por tua causa?

- Amor? Desculpa, Sakura, mas eu não sei o que é isso. Apenas tenh… - Disse ironicamente até ser interrompido por Sakura que lhe falou alto.

- Não sabes o que é o amor? O amor… o amor é um castigo, é um desespero, é um medo! O amor vai contra todos os nossos instintos de sobrevivência! Instiga-nos a cometer loucuras e a comprometermo-nos! Obriga-nos a cumprir promessas que não somos capazes de cumprir. – Lembrara-se da promessa de Naruto. As lágrimas ainda caíam. – Mas cumprimos, Sasuke…

Sakura afastara-se dele. Sem que Sasuke se apercebesse do que ia acontecer, Sakura, com apenas um murro de uma mão, abriu o chão da floresta. O solo dividia-se em dois aos pés de Sasuke.

- Odeio-te Sasuke! Odeio-te! Eu sei porque vieste atrás de mim! Vieste para me matar, para eu não avisar a aldeia! Pois eu sei lutar! Tornei-me muito forte! Já não a menina que sempre era protegida! Agora sou eu que vou proteger! – Disse enquanto via o solo a partir-se aos bocados, disse enquanto via Sasuke a cair nos buracos que criara. – Depois, matar-te-ei… - Fugiu dali. Dirigiu-se para o caminho que dava para Konoha. Já não sabia se ainda estava longe ou se estava perto.

Sentiu Sasuke. Ele já a perseguia. Não queria ter de matá-lo. Nem sequer sabia se era capaz. Mas a morte dele era a salvação dele… Pegou numa kunai e seguiu para um lago que vira antes. Sasuke estava nas árvores e viu a rosada mudar de direcção. Matá-la-ia. Não deixaria que nenhum outro homem lhe tocasse. Ele pertencia ao coração dela. Ela pertencia-lhe. Ela era dele. Matá-la-ia. Não conseguia suportar vê-la com outro homem. Esse pensamento era um castigo, desesperava-o, sentia medo… Seria isso o amor? Mas porque é que sentia isso? Agora…depois de que a viu… depois de tantos anos… Depois de que ela lhe disse que já não o amava. Porquê? Porque é que ela já não… Viu um lago. Desembanhou a sua espada. A batalha começaria… Lutaram. Frente a frente. Ela atacava-o. Ele atacava-a. Ela magoava-se. Ele não. Ela caía. Ela não. Ela gritava de dor. Ele chorava por dentro. Ela já não tinha muito chakra. Ele ainda tinha bastante. Ela escondeu-se. Ele esperou… pelo último ataca.

Sakura estava atrás de uma árvore. Invocou Pakkun, utilizando o pouco chakra que lhe restava.

- Que se passa Sakura?

- Pakkun, pega. Leva isto o mais rápido possível a Konoha.

- Estás bem? Voltarei com ajuda…

- Não, Pakkun. Não voltes. Faz o que a Tsunade te mandar, mas não voltes. Não voltarás a tempo.

- Sakura…

- Vai. Aí está tudo explicado. A aldeia corre perigo! Vai! Por favor, não deixes que te encontrem. – Sakura prendeu a mensagem ao fato de Pakkun. Este partiu. Sakura levantou-se. Respirou fundo e mostrou-se a Sasuke.

- Pronta? – Perguntou-lhe ele, erguendo a espada.

- Sasuke… - Sakura pegou na sua kunai. As lágrimas secaram, mas a chuva era eterna.

Depois, ambos correram na direcção um do outro. Quando já estavam próximos, quando não havia volta a dar, Sakura largou a kunai. Sangue.

- Sa…su…ke… - gaguejou a rapariga.

- Sakura? Porque… porque é que largaste a kunai?

A espada de Sasuke atravessava o corpo de Sakura. Sasuke segurava na espada por uma mão, com a outra abraçava a rapariga encostando-a no seu corpo. Gotas de sangue caíam no chão, misturando-se com a chuva. Ela não conseguiu. Recordou a luta que tiveram. Ela nunca tivera a intenção de magoá-lo. Nunca tivera a intenção de matá-lo. Ao contrário, ele magoou-a. E agora, matara-a. Era tarde de mais. Era demasiado tarde para se aperceber do que acontecera. As mãos de Sakura apertaram as roupas de Sasuke. Nenhum deles se mexera.

- Sa…su…ke… eu não… sou cap…capaz…de te… matar… - Já não conseguia falar. Estava demasiado cansada. As pernas estavam bambas. Mas tinha que o dizer. Recomeçou a chorar. – Eu menti-te… Eu… ainda… ainda te amo muito…

- Sakura? – Sasuke queria encará-la. Ela tinha mentido… e por causa disso… ele matou-a. Sentiu-a a chorar. A mão que a abraçava, caiu, sem vida. Depois, Sakura caiu, lentamente para trás. Olhava-o, com as últimas lágrimas. Sasuke não largara a espada, pelo que ela saiu do corpo de Sakura. Estava no chão. Estava… Ele não queria acreditar no que fizera.

- Sa…su…ke… Desculpa-me… - Os olhos dela fechavam, lentamente, Sasuke ajoelhou-se no corpo inerte dela.

- Sakura! Espera… Sakura! Espera. Por favor! – pegou nela, pondo-a nos seus braços. Penteava-lhe o cabelo ensanguentado. Olhou para a ferida dela, onde o sangue saía continuamente. – Não… Não me deixes… Por favor…

- Sa…su…ke… não… me odeies…onegai… - Olhou para a rosada, que sorria. Sentiu o corpo dela a arrefecer, viu a sua face pálida. Umas lágrimas caírem do rosto de ambos.

- Eu não te odeio Sakura. Nunca… Eu… - Não disse mais nada porque a mão de Sakura tapou-lhe a boca suavemente.

- Estás… aqui, Sasuke. Não há nada…que…eu possa recear… Estarás…sempre…sempre…no meu coração…Sasuke-kun… - Depois, ainda sorrindo carinhosamente, a mão que tapava a boca de Sasuke, caiu, inerte, no chão. A cabeça virou para o lado, sem força.

- Sakura?! Sakura! Não… Não… - Apenas as lágrimas de Sasuke caíam. O desepero e o medo assombravam aquele lugar. Deitou, com muito cuidado, o corpo de Sakura no chão. Depois, deitou o seu peito sobre ela, abraçando-a, num último abraço. Já não sentia o chakra dela. Perdera o que realmente queria. Matou a única pessoa que esteve do seu lado, que o amou incondicionalmente, mesmo depois de muitos anos. Naquela noite de chuva, as lágrimas de Sasuke não pararam de cair.

- Amo-te…Sakura…

***

Naruto e Shikamaru encontraram o corpo inanimado de Orochimaru, na cabana mencionada no papel que Sakura tinha escrito. Gaara ficara na Aldeia Oculta de Honoha para explicar a Tsunade o que poderia ter acontecido. Segundo os ferimentos de que tinha, desconfiaram que fora Sasuke quem o havia morto. Naruto perguntou a Pakkun onde estava Sakura quando o invocou. Pakkun levou-os até ao pé do lago, mas a única coisa que viram foi uma enorme mancha de sangue no solo. Procuraram Sakura nos arredores, mas não a encontraram. Voltaram para Konoha e apresentaram-se a Tsunade dizendo que não conseguiram encontrar. Tsunade ficou furiosa pelo que aconteceu. Naruto não sabia o que fazer, queria encontrá-la, mas não sabia onde a encontrar. Passaram-se alguns dias depois do sucedido. Todos já tinham voltado das suas missões e ajudaram nas buscas por Sakura ou pelo corpo dela.

- Naruto-kun! – Chamava Hinata.

- Que se passa Hinata?

- Recebeste uma carta.

Naruto… Obrigado por tudo o que fizeste por mim. Obrigado a todos pelos vossos esforços em trazer-me de volta. Se eu pudesse voltar, voltaria. Não poderei voltar, porque não serei bem-vindo. Talvez não compreendas agora, mas irás. Talvez volte, quando me perdoar a mim mesmo. A Sakura… Ela está numa aldeia perto da Aldeia da Água. Voltarei quando…

“Voltarei quando as minhas lágrimas parem de caír, porque, agora, elas não param… Não importa o que faça… Simplesmente… não param.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!

Quero reviwes!!