The Tears Will Not Stop Raining Down escrita por Nikai


Capítulo 1
Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Tem apenas dois capítulos, mas acho que ficou bonita!

xD

Boa Leitura



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- É uma missão de rank B. És a única ninja disponível, todos os outros estão fora, menos a Hinata e o Naruto. Quero que eles preparem o casamento. Não será dificil para ti. – Dizia a Hokage.

- Hai, Tusnade-sama.

- Quero que partas ainda hoje. Podes ir. Ah! Não percas a receita deste medicamento! É secreto e muito poderoso. Poucos sabem da existência dele. Eu não sei a receita de cor, por isso é que ele está nesse pregaminho.

- Hai. Com licença Tsunade-sama.

Sakura saiu da sala de Tsunade. Tinha que levar um pregaminho que continha a receita de um medicamento. Uma aldeia pequena, aliada da aldeia oculta de konoha, estava a passar por uma epidemia, onde muitas pessoas já haviam morrido. Sakura teria de levar o pregaminho, para os poucos ninjas médicos que lá viviam, o fazerem. Sakura teria, também que ficar por lá uns dias para ajudar no que fosse necessário. Estava a ir para casa, quando passou por Naruto.

- Sakura-chan! – Gritou ele.

- Olá, Naruto. – Acenou sorrindo.

- Onde vais? Tens uma missão?

- Sim. Ficarei fora por uns dias.

- Ah! Está bem. Eu é que não tenho missões algumas!! Eu também quero uma missão, Sakura-chan!! – Naruto abraçou Sakura, queijando-se.

Já se tinham passado sete anos desde que Sasuke tinha abandonado a aldeia. Naruto e Sakura tinham vinte anos. Apesar de saberem que Sasuke tinha assassinado Orochimaru, ouviam-se ruídos de que ele ainda estava vivo, que de alguma forma sobrevivera. Mas poucos acreditavam nesses rumores e a aldeia oculta de Konoha era um desses.

Naruto estava noivo de Hinata. Finalmente, ele percebera os sentimentos de Hinata e os seus próprios sentimentos. Shikamaru e Temari casaram-se, mas estavam a viver na aldeia de Suna. Ainda assim, Shikamaru cumpria muitas missões que Tsunade lhe mandava.

- Naruto, tu só não tens missões porque a Tsunade-sama quer que tu prepares o teu casamento! – Avisou-o Sakura.

- Sim, eu sei… Estou ansioso por ver a Hinata vestida de noiva! Ela disse-me que tu… a ajudaste a escolher um lindo vestido!

- Não, Naruto. Nem penses! Não te vou dizer nada! Além disso, estou sem tempo para conversas. Tenho que preparar a mala para a missão!

- Quando é que partes?

- Ainda hoje.

Sakura despediu-se de Naruto. Foi para casa preparar as coisas essenciais. Depois, dirigiu-se para a entrada de Konoha.

- Sakura-chan!!! – Gritava o loiro.

- Na…Naruto?! Que estás a fazer?

- Eh eh eh – O rapaz pôs a mão atrás da cabeça, sorrindo. – Tenho uma missão!

- Hum… A Tsunade deu-te uma ou tu é que a irritaste ao ponto de ela te dar uma?

- Bem… Aposto na segunda hipotese! Mas foi porque ela também recebeu uma carta do Shikamaru a pedir que alguém lá fosse.

- Então, vens comigo?

- Sim, mas eu vou para aldeia de Suna.

- O que vais lá fazer?

- Vou lá investigar. O Shikamaru está lá à minha espera. Parece que alguns ninjas têm aparecido mortos.

- Ah… Mas será algum possível inimigo?

- Não sei. Terei que investigar!!

Assim, partiram os dois. Saltavam os dois de árvore em árvore, a uma grande velocidade. Só faltava o Sasuke. Se o Sasuke estivesse ali voltariam a ser a equipe 7 como o eram à sete anos atrás. Ambos pensavam nisso, mas já não falavam disso. Muita coisa mudou. Muitos sentimentos mudaram. Sakura sabia que Naruto ainda não tinha desistido de trazer Sasuke de volta, cumpriria a promessa que lhe tinha feito. Já ela… Ela já tinha desistido. Já não conseguia suportar a dor e a esperança de um dia trazê-lo de volta. Ainda o amava. No fundo queria-o de volta, queria que a equipe 7 estivesse de novo junta, nem que fosse por apenas uns momentos, apenas queria que…

Chegara o momento em que tinham que se separar, em que seguiriam caminhos diferentes.

- Sakura-chan, boa sorte! – sorria Naruto.

- Boa sorte, Naruto. Vemo-nos daqui a uns dias! – Sorria-lhe Sakura.

Assim, Naruto virou-lhe costas e seguiu na direcção à aldeia de Suna. Sakura manteve-se ali por um pouco, observando Naruto, como se fosse a última vez que o via. Respirou fundo e recomeçou a correr, saltando de árvore em árvore. Já era noite e decidiu parar. No dia seguinte, alcançaria a pequena aldeia.

Procurou um lugar para passar a noite. Acendeu uma pequena fogueira onde assou um peixe que tinha apanhado num rio ali perto. Sentiu-se a ser observada. Olhou em volta, mas não via ninguém. Começou a comer. Não sentia o chakra de ninguém, mas sentia um olhor fixo nela. Olhou várias vezes em volta, mas não conseguia ver ninguém. Desejou ter Hinata ou Neji ali. Eles poderiam averiguar se havia alguém por ali.

“Pssss”

Agora ouvia algo. Parecia… parecia uma serpente. Levantou-se. Olhou para todos os lados.

- Quem está aí? – Perguntou.

Ninguém respondera.

“Psssssss”

Outra vez. E uma terceira. Era demais. Aquele lugar não era seguro. Pegou na sua mochila e saiu dali. Não correu, caminhou pelo chão. Não estava a ser seguida, pelo menos não se sentia a ser seguida.

- Saiu dali? – Era uma voz um pouco arrastada.

- Hum. – Respondeu com uma voz fria.

Sakura não conseguia perceber o que tinha acontecido. Olhava, por vezes, para trás mas não via ninguém. Continuou no seu caminho durante algumas horas até que avistou a pequena aldeia. Como já estava perto dali correu. Um ninja metera-se à sua frente.

- Sou a Haruno Sakura, aprendiz de Tsunade-sama e ninja médica. Trago aqui a receita de um medicamento para epidemia.

- Epidemia? Qual epidemia? – Perguntou o ninja.

- A Tsuande-sama recebeu uma mensagem. Um pedido de ajuda. – Explicou a rosada, estranhando um pouco.

- Não enviamos nenhuma mensagem a pedir ajuda, Haruno-san. Aqui não há nenhuma epidemia.

- Posso saber o seu nome?

- Ikuto. Okasaki Ikuto. Sou um dos ninjas que vigia a aldeia durante a noite.

- Entendo. Ainda assim, gostaria de me certificar de que não há nenhuma epidemia.

- Duvida da minha palavra, Haruno-san?

- Não quero ofênde-lo de forma alguma, Okasaki-san. É apenas um procedimento.

- Entendo. Pode passar, mas a mochila fica comigo.

- Porquê?

- Procedimento.

Sakura olhou o homem pelo canto do olho furiosa.

- Duvida da minha palavra?

- Não, Haruno-san. Como já disse, é apenas procedimento.

- Muito bem.- Respondeu a rapariga. Tirou a mochila que levava às costas, abriu-a e tirou de lá a receita do medicamento guardando-a no bolso do casaco vermelho. Depois, entregou a mochila ao ninja. Este fez má cara por causa de ter tirado algo da mochila. Depois entrou. Observou a aldeia por uns momentos. Viu pessoas a passearem e pareciam saudáveis. Estava cansado e por isso decidiu procurar um lugar para passar a noite.

- Desculpe, tem quartos livres?

- Boa noite. Tenho, sim. Quer fazer o registo?

- Sim, obrigada.

Entrou no quarto e dormiu. No dia seguinte, depois de tomar banho, entregou as chaves e foi investigar um pouco. Fizera perguntas a várias pessoas e todas negavam a existência de uma epidemia. Sakura achou aquilo tudo muito estranho. Almoçou numa tenda de rámen. Depois decidiu voltar para Konoha. Se saísse agora, ainda chegaria ao anoitecer. Procurou pelo ninja Okasaki.

- Okasaki Ikuto? – Disse um ninja médico.

- Sim. Foi esse o nome que ele me deu.

- Hum… Não conheço nenhum ninja com esse nome. Mas pode ser um dos novatos. São poucos, mas ainda não conheci todos.

- Ele disse que era um ninja que vigiava a aldeia durante a noite. – Argumentou Sakura.

- Um vigiante? Então, não pode ser um novato. Eles nunca ficam nesses postos. Lamento não poder ajudá-la, Haruno-san.

Sakura perguntou a outros ninjas e todos deram a mesma resposta. Sakura sabia que alguma coisa não estava bem. Primeiro, não havia mensagem nenhuma, pois não havia epidemia alguma. Depois, um ninja que ninguém conhecia ficou com a mochila. Deu graças por ter tirado a receita. Não havia mais nada de importante na mochila pelo que decidiu fazer a viagem de regresso a Konoha. Tinha que avisar Tsunade do que acontecera, com a máxima urgência. Começou a correr. Já estava longe da aldeia, quando sentiu o chakra de alguém que estava atrás dela. Aproximava-se rapidamente. Sakura parou, num dos troncos, voltou-se para trás e esperou que alguém aparecesse. De repente, apercebeu-se que alguém estava mesmo atrás de si.

- Já me sentiste. – Ao ouvir esta voz, Sakura voltou-se lentamente.

- Sa…Sasuke…

- Já vai há muito tempo, Sakura. – Disse Sasuke, mantendo a sua frieza.

- O que estás aqui a fazer? – Perguntou-lhe, com alguma frieza na voz e dor no coração.

- Vi-te… Estás em alguma missão?

- Não… Não acredito nisso! – Retorquiu. Ela conhecia Sasuke. Sabia que se ela a visse, não iria ter com ela. Não iria comprimentá-la. Não o faria.

- O quê? Não acreditas em quê? – Questionou ele.

- Tu não me viste, Sasuke… Estás aqui… Estás aqui porque queres alguma coisa, não é? – Sasuke riu-se, sorriu de canto. Encarou-a nos olhos.

- És esperta. Sempre foste, Sakura.

Sakura desviou o olhar. Já fazia muito tempo que não se viam. Apesar dos seus sentimentos por ele não terem mudado, a esperança que tinha de o voltar a ver já tinha morrido há muito tempo. Queria chorar, queria abraçá-lo. Queria… Mas não podia, não podia porque significava render-se. Render-se outra vez a um amor que não era correspondido. Isso traria mais dor e sofrimento ao seu coração. Não aguentaria passar por isso tudo outra vez.

- O que queres, Sasuke?

- Desde quando te tornaste assim tão fria, Sakura? – Aproximou-se dela, sem deixar de a olhar nos olhos.

- Há muito tempo. Se não queres nada, então vou-me embora. Estou com pressa.

Virou-lhe as costas, mas quando deu um passo em frente, Sasuke puxou-a pelo braço. Ao puxá-la, com força, ela caiu no chão. Ele pôs-se por cima dela.

- O que estás a fazer, Sasuke?! – Ele aproximava-se da sua face. Ela tentava empurrá-lo, mas não usou a sua força toda porque parte de si queria-o.

- Eu quero uma coisa de ti. – O seu rosto estava próximo dela. As mãos começaram a subir pela cintura dela, deslizando nela.

- Sasuke… Deixa-me… Por favor…

- Porquê? Sempre quiseste estar comigo, não é?

- E… Era…

- Era? – Rapidamente se afastou dela. Ficou irritado. – Como assim, era? Já não sentes nada por mim? O amor que dizias que tinhas por mim?

- Sasuke… Eu… já não… Eu já não te amo. – Mentira. – Eu… gosto de outra pessoa. – Outra mentira.

Sasuke afastou-se dela. Levantou-se. Esperou que ela se levantasse.

- Quem? – Perguntou ele olhando-a. Estava furioso e mais frio.

- N… Não conheces…

- Hum… - Desviou o olhar – Nesse caso, já não tenho nada para fazer. Podes ir, se quiseres. – Voltou as costas a Sakura.

- Quando… Quando é que voltas para Konoha? – Sakura perguntou, com alguma esperança. Ele, sem se voltar para ela, apenas disse:

- Não sei… Nunca, talvez.

Depois, desapareceu. As lágrimas saíam dos olhos de Sakura. Ainda não acreditava no que tinha dito. Que não o amava, que gostava de outra pessoa. Depois olhou para o local onde ele tinha desaparecido.

“Como a luz, tu desapareces, Sasuke-kun…”

***

Não sabia o que sentia. Apenas se escondera atrás de uma árvore, acima do tronco onde estava Sakura. Ela chorava. Continuava esperta, inteligente. Continuava linda, com aqueles cabelos rosa e aqueles olhos verdes, que lhe transmitiam esperança. Continuava a mesma rapariga chorona. Mas já não era… já não era a mulher que o amava. Conseguira esquecer-se dele, conseguira apaixonar-se por outro homem. Mas, pensar nisso, magoava-lhe o coração. As lágrimas dela não cessavam. Sentiu uma vontade enorme de a abraçar. Sentiu uma vontade de lhe dizer, o que na verdade, fora ali fazer. Mas não fez. Não queria, por alguma razão que desconhecia, que alguém lhe tocasse, lhe beijasse, a abraçasse. Não queria que ela fosse de mais ninguém. Se ela não pudesse estar com ele, mais ninguém poderia. Na sua mão, tinha um pregaminho. Olhou para ele, por uns segundos, e depois guardou-o. Olhou para Sakura, uma última vez.

“Perdoa-me, Sakura… Mas… tenho que fazer isto…”

Depois, saiu daquele lugar, antes que o coração o forçasse a voltar.

***

Sakura continuou no seu caminho. Já secara as lágrimas, mas ainda queria chorar. Não se rendera a ele, mas isso também a magoava imenso. Sentia um aperto no coração. Olhou para o céu. Nuvens negras cobriam o céu.

Pouco depois, começou a chover. As roupas começaram a ficar molhadas.

“O pergaminho!!” lembrara-se que estava no seu bolso. Não podia deixar que se estragasse. Mas quando o procurou no bolso, não estava. Procurou em todos os bolsos que tinha. Pensou se o teria deixado cair, mas o bolso era grande, não cairia tão depressa. Pensou um pouco. Lembrou-se de quando Sasuke a segurou pela cinta. Não, ele não faria isso. Ou faria… Não, ele não brincaria com ela daquela maneira. Não… Não queria acreditar que ele o tinha feito. Seria aquilo tudo uma armadilha? Não entendia o que ele poderia querer… Voltou para trás. Correu atrás do chakra de Sasuke, que desaparecia com a água da chuva. Correu entre as árvores. Conseguia sentir a presença dele, o chakra dele e de… Não… Não podia… aquele outro chakra que sentia… era… do Orochimaru. Ao longe viu uma cabana com uma luz acessa. Ocultou o seu chakra para que não a notassem e aproximou-se da cabana.

***

- Como assim, Shikamaru?

- Não sei. Acho isto tudo muito estranho.

- Porquê?

- Eu não mandei carta nenhuma à Tsunade. E pelo que sei, segundo o Kankuro, não há epidemia nenhuma em lado nenhum.

- O que queres dizer com isso? – Perguntava Naruto.

- Quero dizer que isto tudo pode ser uma armadilha.

- Uma armadilha? – Foi Gaara quem se pronunciou.

- Sim… Naruto… o Kakashi está em Konoha?

- Não.

- O Chouji e a Ino?

- Também não.

- E o Neji ou a Tenten ou o Lee?

- Shikamaru, estamos todos em missões. Apenas a Hinata está em Konoha.

- Só a Hinata? E o Gai e a Kurenai?

- Sim, apenas a Hinata. Eles estão na mesma missão que o Kakashi-sensei.

- Shikamaru, diz-me o que achas que está a acontecer. – Ordenou Gaara, de forma calma.

- Bem… O que eu acho que se está a passar é uma armadilha. Não sei se notaste, Gaara, mas nestes dias em que vários ninjas têm sido assassinados sinto um chakra muito familiar.

- Sim. Também notei. Se eu não soubesse que ele estava morto, diria que era do…

- Orochimaru. – Completou Shikamaru.

- Isso é impossível! O Sasuke matou o Orochimaru! – Reclamou Naruto.

- É verdade. Mas… há muitos rumores de que ele continua vivo. Naruto, a esta altura, A Sakura já deverá ter chegado e percebido que não há epidemia nenhuma. Por isso, deverá de ser a primeira a chegar a Konoha.

- Sim, é verdade. – Afirmou Naruto.

- Então deveríamos apressar-nos.

- Porquê? – Perguntou Naruto confuso.

- Porque ela pode correr perigo. Pensa. Estamos todos fora de Konoha, na mesma altura. O que é raro acontecer. Só a Hinata está lá.

Não mandamos nenhuma mensagem a pedir alguém. Não há epidemia nenhuma. Alguém esforçou-se muito para nos pôr fora de Konoha. Se isto tudo for uma armadilha, a Sakura corre perigo pois será a primeira a chegar a Konoha. E se alguém teve assim tanto trabalho, não deixará que ela volte assim tão depressa. – Explicou Shikamaru. Naruto pediu a Gaara que deixasse que alguns ninjas os acompanhassem.

- Eu também irei. – Foi o que respondera.

***

Aproximara-se da cabana devagar. Havia uma pequena janela, por onde espreitou. Viu o ninja que lhe ficara com a mochila. Okasaki Ikuto. Ao seu lado estava Sasuke. Depois ouviu uma voz que lhe era terrívelmente familiar.

- Conseguiste Sasuke?

- Hum… Foi fácil. – respondera o rapaz.

- Muito bem. Dá-me o pregaminho.

Sakura viu Sasuke dar o pregaminho a Orochimaru. Afinal… ainda estava vivo. Sasuke não o matara naquela época. Porquê? Porque razão ele não o matara?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Vou já postar a 2ª parte!