One Of The Boys escrita por Anna C


Capítulo 5
You Drive Me Crazy


Notas iniciais do capítulo

Fui rapidinho com esse capítulo pra compensar o tempo que eu talvez demore com o próximo :s



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Apesar de ainda estar confusa quanto à razão de Lorcan querer me ajudar, aceitei a mãozinha que ele me oferecia. De acordo com ele, o negócio era ser eu mesma, mas não voltar a ser uma desleixada por causa disso. Encontrar um ponto de equilíbrio. É, né... Se com os extremos não deu certo, vamos ver se moderando o negócio funciona.


– Ah, mas tinham ficado perfeitos em você... – Lily choramingava, enquanto eu arrancava de meus pés o par de sapatos de salto que ela havia achado no fundo do meu baú. Eu não podia estar mais aliviada por me livrar daquela tortura de grife. – Oh, não a mini saia!


– Lily, eu agradeço profundamente por tudo que fez por mim, mas se eu preciso perder minha identidade pra ficar ‘maravilhosa’, prefiro ser só bonitinha. Além disso, eu já arranjei um uniforme melhor que aquele meu antigo, mas nem tão justo quanto o que você me emprestou. Assim eu fico confortável, mas também não pareço um moleque...


– Poxa, eu tinha caprichado tanto... – ela soltou um muxoxo. – Você era minha obra-prima!


Sorri discretamente para que ela não visse. Era a decisão certa a ser tomada e eu precisei de um conselho de um ‘estranho’ pra me dar conta.


Coloquei todas as minhas roupas antigas numa caixa e devolvi as que peguei emprestadas de Lily. Nova fase, nova Rose! Tá, isso soou bem idiota.


–x--x--x--x-


No dia seguinte, ao descer as escadas, dei de cara com a minha ex-fã número um. Roxanne pareceu readquirir aquele brilho infantil e sonhador que tinha no olhar em milésimos.


Você voltou! Ouviu a voz da razão! – ela grudou em mim feito um carrapato. – Tenho que contar pro Fred, ele já estava pensando em como lucrar com aquele seu visual de perua… - a garotinha sumiu tão rápido quanto apareceu.


Que bom que minha priminha me desculpou. Mas ela estava certa o tempo todo... Observação: ela só tem doze anos e eu praticamente dezessete.


Ok… Bom, voltando ao que eu fazia. Segui para os jardins e não demorei para ver meu irmão e Albus conversando.


É verdade que você tava com um decote do tamanho do Brasil ontem, maninha?


Lancei um olhar mortal a Albus que sorria acanhadamente, com aquela cara de que havia feito algo que não devia.


E desde quando você é um irmão super protetor, Hugo? – ergui a sobrancelha.


Desde que você passa no corredor e os caras torcem os pescoços pra te ver! E eu já estava certo de que nunca teria esse tipo de preocupação… - o ruivo se lamentava. Mas que lástima, hein… Ele queria é me ver encalhada até o fim dos meus dias, morando numa casa em pedaços com um zilhão de gatos como inquilinos.


Relaxa, Hugo! Eu não vou mais ser daquela forma…


Ahhh… - Albus protestou. Não precisou ver a expressão que eu e meu irmão fazíamos por mais de dois segundos pra reconsiderar. – Ahh… Olha só aquela coruja manca! – ele saiu literalmente correndo do local. Menino pirado...


–x--x--x--x-


Após várias horas, estava mais preocupada em ver Scorpius que qualquer outra coisa. Queria logo que me visse com minha nova aparência e quem sabe ele deixasse de lado aquela neura repentina.


Foi então que eu o vi. Lá estava ele na Torre de Astronomia, debruçado nas grades da sacada.


Agora você fica todo isolado e pensativo, é? – brinquei, me aproximando.


Scorpius se virou e deu um sorriso.


E agora você solta o cabelo e faz as unhas? – ele fez uma vozinha aguda, me provocando.


Ah, soltar o cabelo até vai, mas as unhas dão trabalho demais. – pus-me ao seu lado. – Vou ter que chamar minha prima toda vez que eu quiser mexer com esmaltes e afins. Senão… Bom, eu vou ser a primeira aluna expulsa pelo mau uso de lixa de unha. – dei os ombros.


O loiro estava me analisando novamente, como fizera no dia anterior. Não fiquei nervosa dessa vez, estava estranhamente segura de mim.


Foi mal pelo que eu disse ontem, é que isso é muito estranho… Não me leve a mal. – ele disse passando a mão nos cabelos. Bip. Bip. Nervosismo detectado. – É ótimo, mas eu não consigo… Simplesmente não consigo entender.


Eu só queria mudar! O que me levou a fazer isso já é outra história…


Então me diz! Não sou seu melhor amigo?


É, mas…


Ele desviou o olhar, ressentido.


Mas não confia o suficiente em mim pra contar.


Não podia perdê-lo assim, muito menos quando ele era razão de tudo! Eu tinha que contar, eu tinha…


Ok, lá vai. Scorpius, eu…


O loiro voltou sua atenção para mim, apenas esperando que eu procedesse.


Scorpius, eu fiz isso, pois…


SCORPITCHO!


Vaca.


Artemis vinha em nossa direção com aquele andar provocante o qual eu sabia que enlouquecia meu amigo corvinal. Ela envolveu o pescoço do loiro com seus braços, puxando-o para perto. Tinha certeza de que era proposital, ela fazia toda aquela cena só porque eu estava ali!


Olhou-me por inteiro, com um sorriso perverso.


Nem está tão ridículo como andam falando por aí!


Notei que Scorpius estava meio impaciente.


Artemis, eu tava conversando com a Rose e…


– Shh! – a loira aguada pôs o dedo indicador sobre os lábios do garoto. – Vem cá, me dá um beijo… - Marshall uniu suas bocas antes que qualquer protesto pudesse ser ouvido.


Aguamenti!


Quando dei por mim, já havia ensopado a víbora e Scorpius por estar grudado demais nela para o próprio bem.


– Mas que mer... – Scorpius se afastou imediatamente da garota, mal terminando a frase. Sua namorada estava esperneando feito uma criança birrenta. – O que deu em você?!


– Meu cabelo! Meu lindo e sedoso cabelo! – a histérica reclamava para quem quisesse ouvir. Na verdade ninguém queria, mas como ela estava berrando...


– Tchau, Malfoy. – o deixei lá reclamando de mim e os gritinhos da Marshall ficavam cada vez mais irritantes.


Lá vai a Rose explosiva atacando de novo... Mas aquela sonserina estava me provocando! Não dava pra simplesmente ficar e assistir a tudo aquilo quieta. E o Scorpius, aquele grande... ARGH! Como é que ele podia ficar com aquelazinha? E ele nem a repeliu, ou seja, não teve a menor vergonha na cara, a mísera consideração por mim!


– Rose, minha amora! – Elliot Davies me surpreendeu com um abraço que me derrubou no chão.


– CAI FORA, DAVIES! – berrei, estressada. O arremessei para longe de mim, me levantando e limpando a poeira das vestes.


Ele se pôs de pé rapidamente e começou a tagarelice:


– Eu ouvi dizer que você tinha mudado, mas ainda bem que não foi tão radicalmente quanto dizem. – de repente o seu olhar ficou paralisado em nada menos que o volume na minha camisa. – Caramba... Desde quando você tem peitos? – coçou a cabeça, confuso.


Vejamos... Eu já estava “p” da vida, e esse moleque grudento ainda veio falar dos meus peitos?!


PAF!


Ok, esse tapa deve ter doído. Pelas marcas dos meus dedos no rosto dele, vermelhas como estavam, com certeza estava bem dolorido!


– Por que você não procura alguém pra se agarrar, ao invés de ficar secando garotas que não dão a mínima pra você?! Idiota!


–x--x--x--x-


– É, eu fiquei irritada, e daí? – desabafava para Lorcan.


Estávamos no dormitório masculino do 6º ano da Grifinória, ou seja, o quarto dele. E não, eu não ligava pra o que pensariam de mim ao entrar ali. Afinal, eu já visitei os quartos de Albus e Scorpius um milhão de vezes!


– Tsc, tsc... Precisa controlar seus nervos. Tudo que eu te disse não adiantou em nada?


– Mas é claro que sim. Eu maneirei naquele visual de ‘garota veneno’ e estou assim. – girei para que ele me analisasse. – Que tal?


– Bem melhor, tem mais a sua cara.


– Aham, e, além disso, eu resolvi que vou falar como eu bem entender, não consigo controlar a língua.


– Só que podia pegar mais leve quanto à agressividade. Você bateu no Davies mesmo?


– Lógico! Ele é um tarado... Tudo bem que com aquelas camisetas largas não dava pra enxergar muita coisa, mas faça-me o favor!


O loiro riu levemente.


– Ok, mas com esse temperamento explosivo você nunca conseguirá fisgar o Malfoy.


Foi minha vez de rir, porém, com escárnio.


– Está falando daquele ser repulsivo? Ele que se dane! Se quiser ficar de amassos com a Artemis Marshall o problema é dele mesmo... Ridículo!


Após minha explosão, me virei para ver a reação de Scamander. Ele estava bastante pensativo. Então, uma luz pareceu iluminá-lo.


– Rose, por que você não tenta sair com outros caras?


Apesar da raiva que sentia do meu amigo da Corvinal, aquela ideia me pareceu absurda.


– Como é? Bom, eu estou zangada agora, mas não vou deixar de gostar dele assim tão fácil...


– Eu sei, mas isso não te impede de sair com algum outro garoto.


– Lorcan, eu já disse que...


– Rose, acompanhe meu raciocínio. Se você tiver um falso namorado e Scorpius os vir juntos, pode ser que ele tenha ciúmes! As vozes recomendam.


Ele ainda dá medo.


– Ei... É mesmo! Mas isso só vai acontecer se ele estiver interessado em mim, mesmo que inconscientemente. – lembrei.


– Eu o vi ontem na hora do almoço e aquilo foi muito suspeito. Se ele tiver um décimo que seja de interesse que pareceu naquele momento, esteja certa de que o Malfoy estará na sua mão.


– Resolvido então! Eu vou arranjar um namorado! – falei em tom decidido.


Lorcan deu vivas para minha atitude.


– Mas... Como se faz isso?


–x--x--x--x--x--x--x--x-



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Notas finais do capítulo

Rose tem um pequeno problema :B