O Diabo Veste Eleanor Waldorf escrita por Neline


Capítulo 4
Um grande salto para o Inferno


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/102485/chapter/4

- Então gente, vamos começar a sessão. - Luciny disse em algum ponto atrás de mim. As modelos estavam posicionadas. Estávamos no maravilho resort de Thomas, meu namorado. Parece que Josh estava certo, por fim, Eu realmente podia encontrar um namorado a hora que eu quisesse. 

- Esse lugar é lindo. - Eu disse no ouvido de T., e ele sorriu.

- Era dos meus pais. Depois que meu pai faleceu, minha mãe ficou meio depressiva e não queria cuidar do negócio. Então eu assumi. Reformei e deixei tudo em alta classe. - Assenti, enquanto via alguns flashes nas modelos. O abracei.

- Esse lugar é uma droga. Temos que arrumar uma locação decente. - Me virei, vendo a irritante figura de Chuck entrando no lugar, pisando na grama com seus sapatos italianos e uma face de desdén. Suspirei pesadamente, tentando manter a calma.

- O lugar é perfeito Bass, e já começamos a tirar as fotos. Então sente essa sua bunda mole na porcaria da cadeira e não atrapalhe a sessão. -  Ele pareceu não dar a minima para as minhas palavras. Encarou Thomas, com um olhar gélido e logo depois sorriu, virando seu rosto para mim sem tirar os olhos do homem ao meu lado.

- Isso é um pouco nepotista, não? Alugar o resort do namorado para gravar. - Ele finalmente me olhou, sorrindo maléficamente. Thomas ia falar algo, mas eu o interrompi.

- Para sua informação, já havíamos contatado Thomas antes de começarmos nosso relacionamento, o que torna o nosso namoro um fruto do trabalho, e não ao contrário. - Foi a minha vez de sorrir. Acho que Chuck estava a pinto de pular no meu pescoço (ou no do meu namorado), mas Josh apareceu, correndo, com um sorriso no rosto. O único com um sorriso normal no recinto.

- Senhor Stülier, estamos precisando que o senhor nos acompanhe para as cabanas. Parece que há algum problema com a hidromassagem. - Ele assentiu, e logo depois olhou para mim.

- Você quer vir junto? - Ele perguntou.

- Não querido, vou aproveitar e tomar um drink no bar. - Lhe dei um beijo na bochecha e ele foi se afastando. Olhei, enquanto seus passos decididos humilhavam os passos tímidos de Josh. Suspirei, me virando. Mas dei de cara com Chuck, que estava sério, me mirando. - Vai ficar como uma estátua de terno na minha frente? - Ele não se moveu. Eu dei mais um passo. A mirada dele baixou para meus lábios. Eu senti sua respiração pesada e fria no meu rosto, e fechei os olhos, como uma boba.

- Posso lhe acompanhar até o bar? Também estou com sede. - Ele falou, sorrindo levemente de 8uma forma tão tranquila que me desarmou.

-  Sem problemas. - Eu disse, começando a andar com um pouco de dificuldades. A cada passo, meu salto se enterrava na terra. O que era terrível. Afinal, eu estava usando meu Jimmi Choo favorito. - Droga de natureza. - Murmurei, tentando andar. Quando estava desenterrando um dos saltos, tive uma surpresa desagradável. O outro entrou rápidamente no terra e eu perdi o equilíbrio, caindo para a direita.  

- Peguei. - Chuck disse, me agarrando pelo braço e controlando o riso. Não pude deixar de morder o lábio inferior. 

- Isso sempre acontece. - Falei, negando com a cabeça. Olhei para os lados depois de chegar na calçada e fechei os olhos. Aquilo me lembrava a fazenda dos meus avós, onde eu costumava passar as férias de verão quando era pequena. Sentia falta daqueles tempo em que eu podia fazer o que quisesse. 

- Você está bem? - Chuck pediu e eu percebi que ainda estava de olhos fechados.

- Sim, estou. - Respondi, os abrindo. Voltei a andar, percebendo que Chuck ia no meu encalço. Entramos no bar. Uma pequena cabana barroca e um pouco escura, com mesas de mogno e toalhas creme. Um balcão largo estava posicionado a norte. Escolhi uma mesa perto de uma grande janela, que ia do piso até o teto. Estava quente e o vento que entrava era extremamente agradável. Chuck se sentou na minha frente, sem falar nada. Continuava com aquele olhar estranho. O garçom chegou, e parou com uma cara de tédio ao nosso lado.

- Olá, eu sou Teddy e serei seu garçom nessa tarde. O que desejam beber? Desejam comer algo? - Ele dizia enquanto nos entregava o cardapio.

- Eu quero um suco de abacaxi com hortelã por enquanto. Não desejo nada para comer no momento. - Falei, fechando o cardápio e o empurrando.

- Quero uma dose de Whisky. O mais caro que vocês tiverem. Sem gelo. Também passo a comida por enquanto. - Chuck disse, fazendo o mesmo que eu. O garçom pegou os dois cardápios e anotou algo em uma caderneta. Não imagino que fossem nossos pedidos, já que ele olhava paara meus seios. Enfim, ele colocou a caneta no lugar.

- Trarei em um minutos. - Ele falou, se virando e indo até o balcão.

- Então... - Chuck disse, rapidamente.  - Acho que fui grosseiro com você aquele dia. - Ele falou. - Não deveria ter gritado daquele jeito. O noivado ia acabar uma hora ou outra sem a sua interrupção. 

- Por que? - Eu perguntei, surpresa. Ele estava me pedindo... desculpas?

- As coisas não iam bem há algum tempo. - Ele respondeu, simplesmente, enquanto os copos chegavam.

- Nós teremos que aprender a trabalhar juntos para que nada seja mais insuportável do que já é. - Ele assentiu.

- Não pode ser tão difícil. Mas nos conhecemos. Não podemos nos odiar tanto assim. - Não, não podíamos. Mas e se realmente nos odiássemos?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vou começar a demorar menos, juro -q

Será que isso vai acabar bem?
Deixem reviews se você gostaram!

XOXO. Neli ;*