Sakura escrita por SMening
Notas iniciais do capítulo
()musica()
A casamenteira toca no ombro de Sakura e a mesma vira-se. Dá uma volta à volta de Sakura e escreve no livro.
Casamenteira – Magrita. Para ter filhos não é lá grande coisa.
O grilo sai de dentro da gaiola (N/A: A avó colocou a gaiola com o grilo preso agarrado ao vestido de Sakura) e salta para o ombro da casamenteira.
Sakura agarra-o mas o mesmo continua a tentar fugir de Sakura.
Casamenteira – Vamos lá ouvir os princípios.
Sakura põe o grilo na boca. Remexe no vestido e tira o leque.
Casamenteira – Então?
Sakura cospe o grilo.
Sakura – Fazer os deveres calma e… - olha para o braço - …refs…respeitosamente. Reflectir primeiro e depois agitar…agir. Isto irá trazer-me honra e gloria.
Casamenteira agarra Sakura pelo braço e tira o leque da mão dela, observa o leque de um lado ao outro e devolve-o a Sakura, sem largar o braço dela.
Casamenteira – Anda. – Sakura senta-se. A casamenteira larga o braço de Sakura, porem a sua mão ficou suja de tinta preta. – Bom. Serve o chá. Para agradares aos teus futuros sogros deves demonstrar alguma dignidade e requinte. – Passa com os dedos em volta da boca fazendo aquela zona ficar preta. – E tens de ser ponderada.
Sakura olha para dentro da chávena de chá… encontrando lá o grilo.
Sakura – Desculpe…
Casamenteira – E silenciosa.
Sakura – Posso tirar-lhe o chá…só um bocadinho.
A casamenteira cai para trás tal como Sakura.
O grilo cai dentro do vestido da casamenteira.
Casamenteira – Desastrada.
Casamenteira começa aos pulos devido ao grilo andar a saltar pelo seu corpo. A mesma cai de rabo no carvão que estava em chamas.
Sakura pega no leque na tentativa de apagar o fogo, no entanto ainda piorou mais a situação.
Lá fora…
Ouviam-se pratos a partir e coisas a serem arrastadas.
Avó (para Sayuri) – Acho que está a correr bem, e tu?
A porta é aberta por uma casamenteira aos berros.
Casamenteira – Apaguem. Apaguem. Apagueem.
Sakura corre até ela com o bule cheio de chá e atira-o para cima dela. A maquilhagem da casamenteira fica toda borrada.
Sakura entrega-lhe o bule, faz-lhe uma vénia e anda até à mãe.
O grilo corre até Sakura e salta para dentro da gaiola, fechando a mesma.
Casamenteira – És uma vergonha. – Parte o bule, atirando-o ao chão. – Podes parecer uma noiva. Mas nunca irás trazer honra à tua família.
Minutos depois…
Sakura chega a casa com as rédeas do cavalo na mão.
Iori sorriu para ela quando a viu, mas Sakura tapou a cara com a cabeça do cavalo.
Iori ficou triste.
Sakura libertou o cavalo que começou a beber água.
Sakura – ()Eu sei bem, que não poderei ser a perfeição
De noiva ou de filha
Mas também
Será este o meu papel
Vejo bem
Se for na verdade o que eu sou
Só farei a todos mal
Ah quem és tu aí
A olhar, para mim
Este meu reflexo é de alguém, não meu
Mas não vou esconder
O que sou
Eu tentei
E se o meu reflexo for
O que só eu sei
É que o meu reflexo é o que só uma alma tem()
Sakura senta-se debaixo de uma cerejeira e começa a mexer no cabelo.
Iori aproxima-se de Sakura. Sakura vira a cara para o outro lado.
Iori – Olha que flores tão bonitas temos este ano. Vês aquela? Ainda não abriu. Mas tenho a certeza que, quando abrir, será a flor mais bonita de todas.
O soar de um tambor é escutado.
Sakura – O que é?
Iori e Sayuri aproximam-se do portão, seguidos por Avó.
Sayuri – Sakura, fica aqui.
Sayuri e Iori saíem. Avó faz sinal a Sakura para ir espreitar por cima do portão.
Chi Fu – Cidadãos, trago uma proclamação da Cidade Imperial. – Tira um pergaminho. – Os Hunos invadiram a China.
Todos ficam surpresos.
Chi Fu – Por ordem do Imperador, um homem de cada família terá que servir no exército imperial. – Abre o pergaminho. – A família Xau! A família Hii!
Homem – Servirei o imperador no lugar de meu pai.
Chi Fu – A família Haruno.
Sakura – Não! – Sussurra.
Iori entrega o bastão a Sayuri e avança até ao cavaleiro.
Iori – Estou pronto para servir o Imperador. – Estica a mão para pegar o pergaminho, mas…
Sakura – Pai não podes ir.
Iori – Sakura…
Sakura coloca-se à frente do pai.
Sakura – Por favor senhor. O meu pai já lutou valentemente e…
Chi Fu – Silêncio! (Para Iori) Devias ter ensinado a tua filha a ficar calada na presença do homem.
Iori – Sakura…tu desonraste-me. – Vira a cara.
Chi Fu – Apresenta-te amanhã no acampamento.
Iori – Sim senhor. – Volta para dentro.
Chi Fu – A família Xhu. A família Wen. A família Shang.
No clã Haruno…
Iori treinava com a espada até que sente uma forte dor na perna e cai no chão, Sakura observa tudo calada e escondida.
Mais tarde…
Todos estavam à mesa. Sakura serve chá ao pai, depois à mãe e depois a si própria.
Sakura farta-se do silêncio e bate com a caneca na mesa.
Sakura – Isto não está certo.
Sayuri – Sakura…
Sakura – Há muitos jovens que podem lutar pela China.
Iori – É uma honra proteger o meu país e a minha família.
Sakura – Pois e morrerás pela honra.
Iori – Morrerei fazendo o que está certo.
Sakura – Mas…
Iori – Sei qual é o meu dever. Devias aprender o teu.
Sakura sai a correr da sala e vai para a rua onde está muito vento. A mesma olha para o templo dos ancestrais da família. Vai andando até à estátua do Grande Dragão de Pedra e senta-se lá, debaixo da chuva forte. Olha para casa e vê as sombras dos pais. A mãe dela está triste e o pai tenta animá-la, porém a mãe vai embora deixando o pai sozinho.
Aquilo foi a gota de água para Sakura, que foi até ao templo dos ancestrais pedir sorte e ajuda.
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Espero que tenhas gostado. Comenta, ou nao.
Kissu, SM.