Uma Segunda Chance escrita por Naru


Capítulo 12
Capítulo 12 - Quando o Destino Chama




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Avisos: Kai x Hilary, não é uma death-fic, ficwriter extremamente preguiçosa... acho que por enquanto é só isso... o.õ

Ah, antes que eu esqueça o.o''' A fic é baseada no filme "Antes que Termine o Dia" n.n

E como todos deviam saber, Beyblade e seus personagens não me pertencem, e sim a um sortudo que teve a idéia antes de qualquer um de nós ¬¬

Que venha a fic o/

Uma Segunda Chance

Capítulo 12 – Quando o Destino Chama

O filme estava prestes a terminar, mas Ray não conseguia prestar atenção alguma. Se tudo estivesse realmente se repetindo, era questão de menos de uma hora até que Mariah entrasse pela porta daquele quarto, chorando, para anunciar do telefonema.

Tyson, Max e Kenny permaneciam assistindo ao filme, sentados no chão, sem nem ao menos imaginar o que poderia acontecer.

Ray olhava pela janela, um tanto angustiado com o bem estar do casal. Antes de Kai sair, havia deixado algumas instruções do que ele poderia fazer para evitar problema. Deixara bem claro que não gostaria de perder nenhum dos dois, por isso não deveria fazer nenhuma loucura. Outro item que Ray fez questão de expor era que queria ver os dois no hotel antes de dormir. Jamais conseguiria relaxar sabendo que Kai e Hilary estavam à mercê do destino.

Ouviu o momento em que uma música começou a tocar. Eram os créditos finais que já estavam passando. O filme havia se encerrado e os garotos iriam para o outro quarto, deixando-o sozinho com sua angústia.

- Aconteceu alguma coisa, Ray? – perguntou Tyson, notando que o outro estava perdido em pensamentos.

Ainda sem prestar muita atenção no que lhe era perguntado, Ray respondeu automaticamente – Não...

Tyson sabia que aquele 'não' poderia significar um 'sim', mas preferiu não insistir. Decidiu atacar por um outro lado.

- Estranho... já é tarde da noite e o Kai não está aqui!

- Nem a Hilary! – completou Max, o que fez com que, desta vez, Ray prestasse mais atenção no assunto.

- Isso mesmo, Max! Até parece que tem coisa por trás! – disse Tyson, sabendo que o neko-jin já estava mais interado na conversa.

Mesmo assim, para não dar mais pistas de tudo o que ele sabia, Ray preferiu omitir.

- Não olhem para mim, não sei de nada!

Desanimados pela falta de informações, os dois apenas voltaram-se para a tela da tv, que continuava a exibir os créditos do filme sem pausas. Ray sentiu-se aliviado com aquilo. Não queria dar detalhe algum, e muito menos desesperar os colegas. Era melhor esperar... se fosse mesmo o destino, restaria apenas enfrentar.

(¯·..·¯·..·¯)

A noite estava praticamente no fim. Não haviam mais opções de lugares para irem àquela hora da noite, mas Hilary parecia querer que nunca acabasse. Andava pelas ruas alegre, como quem queria gritar aos quatro ventos e mostrar que era feliz e amada. O brilho que carregava em seu dedo, na forma de uma aliança, era o suficiente para deixá-la extasiada por um longo tempo.

Nem mesmo uma simples pedra era capaz de alterar seu ânimo. Havia tropeçado em uma enquanto caminhava, o pé doía um pouco, mas não era algo capaz de lhe derrubar.

Sem se importar com o que as pessoas na rua poderiam pensar, sentou-se na calçada para verificar se nenhuma parte da sandália havia sido danificada no processo. Após isso, levantou-se feliz e passou a acompanhar Kai pelo caminho, de mãos dadas com o garoto.

Por um outro lado, Kai estava apreensivo. Olhava as horas no relógio, faltava pouco. Mas, dessa vez, ele acreditava que tudo estava dando certo. Voltariam para casa a pé, não teriam maiores problemas, chegariam são e salvos.

Sentiu algo atingindo seu rosto. Com a mão, levemente passou pelo rosto procurando o que poderia ser. Voltou e analisou o dedo, agora molhado. Era a chuva, que começava a cair sobre seu rosto.

Um sorriso vitorioso se formou, mostrando que estava satisfeito com isso. A chuva era algo que não havia acontecido no dia anterior, aquilo poderia ser um bom sinal. Talvez nem tudo estivesse realmente perdido.

- Puxa... está chovendo! – escutou a voz de Hilary ao seu lado.

- Melhor voltarmos para casa. – comentou, esperando agora a noite terminasse e toda a sua agonia com relação aos acontecimentos anteriores pudesse acabar junto com ela.

Para Kai, eles poderiam voltar a pé, mesmo que se molhassem um pouco. Não teriam nenhum problema com água, o máximo que poderiam conseguir era uma gripe ou algo assim. Nada que não se curasse depois.

Estava prestes a segurar a mão dela e saírem dali, quando escutou novamente a voz dela.

- Acho melhor pegarmos um táxi, alguma coisa! Ou vamos acabar ficando doentes!

Kai preferiu não responder nada. Como poderia dizer a ela que não queria pegar táxi algum, pois sabia que este iria se acidentar e acabar com todos os planos que tinha?

- Kai? – ela chamou, ao perceber que não obteve resposta no comentário anterior.

- Sim?

- Vamos! Temos de chamar um táxi!

Sem esperar uma nova resposta de Kai, Hilary passou a correr pela calçada até chegar à esquina com a outra rua, sabendo que ali, provavelmente, encontraria um táxi parado, sem nenhum passageiro.

- Vem, Kai! Aqui tem um!!! – ela gritou, distante de onde o garoto estava. Ele apenas assentiu, caminhando a passos lentos para onde ela estava.

Ao chegar, Hilary puxou seu braço, pronta para entrar dentro do carro.

- Espere...

A garota se assustou. O tom de voz utilizado por Kai era algo frio... perturbador... Não como das outras vezes, que utilizava um tom frio, mas era diferente. Era ameaçador, completamente o oposto do que era agora.

- Kai?

- Tem certeza de que quer mesmo entrar nesse táxi?

Hilary estranhou. Por que aquela pergunta era feita, justamente agora? Era óbvio porque ele pegariam o táxi, não haviam motivos para questionar.

- Para chegar mais cedo e evitar que nos molhemos com a chuva?

Kai suspirou com a resposta obtida. O que poderia dizer para fazer com que ela mudasse de opinião?

- A chuva costuma lavar a mente das pessoas... – ele disse, levantando o rosto e observando os pingos que caíam sobre sua face.

- Kai, não acho que esse seja um momento apropriado para pensar nisso! A chuva continua caindo, o táxi já está aqui! Vamos!

- Poderíamos ir a pé, o hotel não é muito longe daqui.

Ela sorriu diante a insistência de Kai, segurou sua mão e, com o olhar fixo no dele, apenas falou. – Não é longe, mas vamos acabar doentes por causa dessa sua teimosia!

Teimosia... era assim que ela chamava o desespero que sentia em tentar salva-la a todo custo. Não a culpava, certamente faria isso, ou pior, caso estivesse na mesma situação. Mas esperava que a garota fosse mais flexível, mais aberta aos seus pedidos.

- Não é teimosia. Eu gosto de chuva.

- Eu também, mas o que acha de tomarmos banho de chuva um outro dia? Está começando a esfriar! – retrucou Hilary, enquanto entrava dentro do automóvel. – Kai? – chamou, já dentro do carro.

- Eu queria te dizer uma coisa.

- Não dá pra falar dentro do carro? Você vai acabar doente!!! – insistia, sem entender o porquê de Kai se recusar a entrar.

- Eu prefiro aqui. Não sei se vou conseguir depois.

Já farto da conversa 'melosa' do casal, o motorista do táxi resolveu intervir.

- Meu jovem, se você não vai entrar, então vou ter de pedir para que se retirem. Há outros clientes por aí, querendo pegar um táxi para voltar para casa e vocês estão começando a atrapalhar.

- Não se preocupe, é rápido, eu garanto. Depois dessa viagem, acredito que o senhor não vai mais ter de se preocupar conosco. – Kai respondeu, já imaginando que aquela seria a última viagem de Hilary... e provavelmente dele.

- Assim espero.

Voltando para onde Hilary estava, Kai apenas limitou-se a falar o que sentia vontade.

- Apesar de nunca demonstrar nada, sabia que eu gosto muito de você?

Os sentidos de Hilary se alarmaram. Nunca em sua vida esperava ouvir isso. Já havia sido surpreendida ao ser convidada para sair, um pouco mais quando ganhava presentes... agora isso? Não sabia se seria capaz de agüentar tanta felicidade em um só dia.

- Kai, mas...

- Mas eu pensei que teria uma oportunidade melhor para dizer isso. Não parado em frente a um táxi, completamente encharcado pela água da chuva, sendo apressado por um motorista interessado em ganhar dinheiro... tudo o que eu queria era tempo.

- Mas isso- - mas ela foi interrompida novamente pelo discurso.

- Tempo este que eu sabia que era curto demais.

- Eu não entendi... como assim curto demais?

Diferente do esperado por Hilary, ele deu um meio sorriso antes de continuar.

- Eu acho que prefiro que continue assim... sem você saber... seria doloroso demais saber de certas coisas antes do tempo certo...

- Kai, do que você está falando?

Sentindo sua mão sendo segurada pela de Hilary, ele se sentiu um pouco mais a vontade para continuar.

- Sinto muito se algum dia, mesmo que sem querer, eu fiz ou disse coisas que você não gostou. Se fiz isso era porque não tinha certeza do que você sentia... talvez fosse apenas medo... talvez fosse apenas incerteza...

- Medo...? Tinha medo de sentir algo assim? – perguntou, ainda sem entender muito bem o que estava por trás daquelas palavras.

- O desconhecido assusta, sabia disso?

Ela apenas sorriu. Estava feliz por ouvir aquilo de Kai. Era uma confissão silenciosa, que ela tinha certeza da dificuldade que representava para ele. Não ouvira aquelas três palavras que todos diziam, mas os significados delas estavam claramente expressos ali.

- Obrigada... por confiar em mim.

Ele não respondeu. Apenas entrou no carro e, antes de fechar a porta, pediu que Hilary trocasse de lugar com ele. A garota não entendeu absolutamente nada, mas fez o que era pedido. Quando o carro deu partida, ele foi imediatamente abraçado por Hilary.

- Por que essa troca? – ela perguntou, ainda grudada ao seu corpo.

- Achei que gostaria de ficar deste lado. – foi o que ele respondeu.

Kai apenas imaginava o que poderia acontecer. Lembrava-se muito bem dos detalhes do acidente, o suficiente para pedir que a garota ficasse do lado contrário. Se alguma coisa tivesse de acontecer, que fosse com ele.

E realmente, não demorou muito para que o destino os encontrasse. Algumas ruas depois, praticamente no meio do caminho entre aquele ponto e o hotel, Kai viu o farol fechar e o táxi parar para esperar. Quando finalmente abriu e o carro começou a andar, foi questão de segundos de diferença entre ver o outro carro que vinha em sua direção e a colisão.

Com apenas um braço, puxou Hilary mais para perto dele. Não queria que nada de mal acontecesse com ela, mas queria sentir uma última vez a proximidade de seu corpo.

Restava esperar e desejar que saísse vivo dessa...

(¯·..·¯·..·¯)

Depois de muita discussão sobre o que fazer depois daquele primeiro filme, Tyson e Max decidiram colocar um outro para rodar, apesar de todas as chamadas de atenção da parte de Ray, que insistia em tentar zelar pelo bem estar do quarto que dividia com Kai. Por sua vez, Kenny já deveria estar no quinto ou sexto sono.

No dia anterior, eles só haviam saído de seu quarto no momento em que Kai abriu a porta e os expulsou. Mas dessa vez era diferente. Ele ainda não havia retornado, o que o preocupava mais ainda. Não sabia se era tudo coisa da sua cabeça... ou se algo realmente estava acontecendo. Desejava que não, mas nunca sabia quando as coisas poderiam acontecer...

Todos escutaram as fortes batidas na porta, exatamente no momento em que a música de encerramento começava a tocar, passando os créditos finais. Tyson logo tomou a frente e abriu a porta do quarto. Era Mariah.

A garota estava pálida mas tinha os olhos vermelhos, cheios de lágrimas, enquanto segurava o celular na mão e tremia. Muito.

- Mariah? – perguntou Max.

Incerta de como começar, ela apenas desandou a chorar. Ray já imaginava o que deveria ser, Kai não havia conseguido mudar os acontecimentos daquele dia. Sentia pena e, ao mesmo tempo, uma pequena dor no coração, só de imaginar o quanto o amigo deveria estar sofrendo.

- Vamos, Mariah. Se acalme e nos conte o que aconteceu... – pediu, mesmo que soubesse o que era. Não poderia, em momento algum, dizer que já sabia do acidente.

Tyson e Max estavam assustados. Não entendiam nada do que estava acontecendo, mas esperavam ouvir Mariah falar.

- Acabaram de ligar... - ela começou bastante ofegante, mas não conseguia continuar.

- Ligaram de onde, Mariah? Diga! – insistiu Tyson, ansioso pelo que poderia ser. – O que aconteceu? Com quem? É grave?

Ray suspirou diante aquela cena. Ainda não conseguia entender como Kai não havia conseguido impedir os acontecimentos. Afinal, o que havia dado errado?

Limpando as lágrimas que ainda caíam, Mariah continuou. – Um acidente... não sei bem o que aconteceu ainda... a Hilary e o Kai... eles estão no hospital...

Tentando se controlar, Ray pensava nos seus companheiros... seus amigos. Esperava apenas que não tivesse nada mais grave dessa vez. Mas, ainda assim, tinha dúvidas quando ao ocorrido. "Droga, Kai! O que é que você fez?!"

... Continua ...

Próximo capítulo: Tontura, dor, lembranças, medo... o que havia acontecido afinal?

N/A: Olá /

OMG... eu vou morrer de diabetes, podem ter certeza absoluta disso O.O' Por mais que eu tente fugir, parece que a fic acabou puxando pra esse lado, sorry se não agradei alguém ç.ç'

Mil desculpas também para aqueles que comentaram. Não sei se acabei esquecendo de alguém... mas fui respondendo conforme eu tinha tempo . Isso é imperdoável para alguém como eu ç.ç

E... bem... o.o... chegamos ao fim de mais um capítulo o (pedras voando) Apesar de já estar encaminhado, não tenho muita certeza de como vou terminar o próximo capítulo n.n' Talvez seja o último da fic... talvez não... o.o... tudo depende de como andarem as idéias XD (shot²)

Para aqueles que chegaram a ler, (se chegou até aqui é porque teve algum interesse, pombas! XD) muito obrigada n.n


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