A Faculdade escrita por Juliana Belmonte
Notas iniciais do capítulo
Olha o segundo capítulo aí! Aproveitem, porque o terceiro só vem quando eu receber cinco reviews!
É difícil acreditar que eu achei o James Potter dos meus sonhos... Ele é (fisicamente) como eu sempre sonhei! Desde o incidente com o James, Jane pareceu desenvolver uma certa hostilidade comigo... Por outro lado, Annelise, Marie e eu nos tornamos muito amigas. Elas são malucas que nem eu, mas eu e minhas “brasileirices” sempre ganhamos na escala de anormalidade... Que saco! A estranha de outro planeta outra vez... Pelo menos não sou a menina impopular como era no ginásio!
***
- Oi. Julienne, não é? – disse um garoto chegando perto de Julienne
- Sim, sou eu. Você quer alguma coisa? – perguntou a garota estranhando a atenção extra
- Eu queria saber se você não q-queria ir... ir comigo t-tomar um c-ca-café f-fora do cam-campus?
- Eu...
Ninguém nunca havia chamado a menina para sair. Ela sempre fora a menina feia e sem graça no Brasil...
- Claro, eu adoraria! – respondeu a menina se recuperando do choque
Quem olhasse para James Anderson veria que o garoto parecia muito desconfortável em assistir a menina se afastar com um “zé-ninguém”, em sua opinião.
- Quem aquele Oliver pensa que é? Chamar a garota nova pra sair quando ela mal chegou aqui...
- Isso é ciúme, Pontas? – disse um garoto de cabelos louro-escuros, chegando perto de James
Jane nunca entendera porque James e seus amigos se chamavam pelos apelidos dos personagens de J. K. Rowling. Mas ela tinha que admitir que James e seus amigos se encaixavam bem na descrição dos donos dos apelidos: James adotara o apelido de Pontas, por motivos óbvios. Robert Jones era chamado de Almofadinhas, pois se parecia muito com o Sirius Black adolescente: impertinente, aventureiro e brincalhão. Charles Bart era chamado de Aluado, pois assemelhava-se com Remo Lupin: Estudioso, estava sempre participando das brincadeiras de James e Robert, mesmo que não achasse certo.
- Claro que não, Almofadinhas! Só acho que não é educado assediar uma garota na sua segunda semana de aula – respondeu James, parecendo muito racional
- Sei... Como se você não fizesse o mesmo!
- Eu? Sou um santo! – disse James, falsamente ultrajado
- Tá... Conta outra...
Longe dali, Julienne se divertia muito com o garoto que acabava de conhecer...
- Eu sei, e o pior é que tem gente que acha que o Harry devia ficar com a Hermione só porque no filme eles têm “química”... – disse Julienne, feliz por finalmente estar em um lugar em que as pessoas eram fissuradas por Harry Potter como ela
- Não, e o pior: Tem gente que acha que a Ginny e o Draco deviam ficar juntos! – disse Oliver, rindo junto com a garota que acabara de conhecer. Como uma menina podia ser tão bonita e divertida e não perceber?
De repente, Oliver pareceu desligado. Não ouvia mais o que a menina dizia, apenas olhava para a sua beleza incrível: Olhos grandes e verdes, emoldurados por cílios grossos e longos; Cabelos lisos com cachos nas pontas, macios e brilhantes, de um tom único de castanho-avermelhado; Lábios grandes e rosados, descrevendo um sorriso discreto, porém tranquilo e igualmente bonito.
- Oliver? Oliver? Está me ouvindo? – disse Julienne, indignada
- S-sim, Julienne! Desculpa...
- Onde você estava?
- Ad-admirando a... a sua b-beleza... – disse sem jeito, incapaz de mentir para tal beldade
A menina estalou a língua em um muxoxo de descrença
- Até aqui as pessoas me tratam assim? Eu sei que eu não sou bonita, Oliver... Senão... Bom, digamos que os brasileiros não teriam feito o que fizeram... – disse a brasileira, se lembrando de seus dias no Brasil
- Eles te acham feia? Burros... – disse Oliver, incrédulo
- Oliver, não precisa dizer que eu sou bonita pra conquistar minha amizade... Eu já te achei muito legal. – disse ela, com um sorriso bondoso
Oliver não entendia como a menina poderia se achar feia. O que haviam dito para ela? Afinal, é claro que não era falsa modéstia, ninguém poderia atuar tão bem...
- Tudo bem... É uma pena que você se ache feia, mas... – disse Oliver, dando-se por vencido
Naquele momento, James chegou, transpirando carisma, sentou-se entre os dois como se Oliver não existisse e deu seu sorriso “Oi, tenho 32 dentes!” para Julienne:
- Oi! Posso sentar? – disse, sorrindo como uma criança que acabou de saber que o Natal chegaria mais cedo esse ano
- James, com licença? Eu estava conversando com o Oliver... – disse ela, rolando os olhos, porém não conseguiu se conter e sorriu
- Disse bem, estava! – disse, e virando-se para Oliver – Seu tempo acabou, minha vez de ganhar um pouco da atenção da encantadora aluna nova!
Meu Deus!Como alguém pode ser tão...? Tão...? Eu não sei, sei que ele é meio prepotente, mas eu não consigo parar de sorrir! Até a falta de educação dele com o pobre do Oliver me faz sorrir! E eu que sempre odiei os “populares” que esnobavam os “impopulares”! Isso não está acontecendo, está? É, eu acho que está...
- Hey! Quem você pensa que é? Eu tava falando com ela primeiro, se você não se importa! – disse Oliver, indignado
- Me importo sim, e se você não se mandar você vai acordar na enfermaria! – disse James, lançando um olhar mortal a Oliver
- James! – reprovou a garota
De repente, o sinal toca, impedindo que a situação piorasse
- Se manda, seu Zé, e não fala nada! – disse James, ao ver que Oliver ia argumentar – Eu e ela temos tempo vago agora, sabe...
- James, como você pode...? – disse Julienne, incapaz de sorrir, ao ver que Oliver já tinha ido embora
- Ser demais? É um dom! – disse James, presunçoso
A menina deixou escapar um sorriso divertido, apesar de continuar achando errado.
Então, James, assim como Oliver, se perdeu nos olhos e na beleza de Julienne. Sem perceber, envolveu a face dela com uma das mãos, acariciando-a com o polegar. Ela, pega de surpresa, não reagiu; Se perdeu nos olhos azuis dele, intensos como um céu de inverno, hipnotizada.
- Você é tão linda...
- J-james... Eu...? – gaguejou a menina, sem conseguir desgrudar os olhos dos de James
Movidos pelos hormônios, os dois se aproximaram lentamente. Quando os lábios finalmente se tocaram, eles perderam os sentidos: Os dedos dele se afundaram nos cabelos dela, a outra mão ainda acariciando sua face, enquanto as mãos dela envolviam o pescoço dele. Os corpos escorregaram pelo banco, se encaixando com precisão. Ele pediu passagem para aprofundar o beijo, ao que ela entreabriu os lábios em resposta. Quando as línguas se entrelaçaram, foi uma explosão se sensações e sabores. Porém, quando James atreveu dois dedos por dentro de sua blusa, Julienne acordou, se separando bruscamente dele.
- James, eu... O quê...? James! – gritou ela confusa, e ao mesmo tempo maravilhada ao constatar que ainda sentia o gosto de James em seus lábios entreabertos
- Eu... Meu Deus, Julienne, me desculpe! Me desculpe mesmo! – disse James, se sentindo culpado pelo que fizera. Quem diria que algum dia James Andrew Anderson se sentiria culpado por beijar uma garota que ele mal conhecia? O que será que aquela garota tinha de tão especial?
- James, James, James, não... Não fala nada...! Só... só me deixa ir! – disse transtornada, levantando-se e indo para seu dormitório apressadamente
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Só depois de cinco reviews, hein! Vamos lá gente, não é tanto assim! Beijos, leitores amados!