JUNTOS NOVAMENTE

   POV Nico

   Eu abri os olhos depois de uma longa noite de sono, senti uma sensação estranha, não me sentia em casa. Levantei, olhei em volta e percebi que eu estava na Casa Grande, havia dormido desde que desmaiei á dois dias quando quase fui torrado por um raio.

FLASHBACK ON

   A dor começou a crescer, eu estava me levantando de um longo sono, meus sentidos começaram a voltar, Cronos estava saindo de mim. De repente senti uma coisa – agora estava claro o que aconteceu – um raio caiu á trinta centímetros dos meus pés, quando o choque percorreu meu corpo, meus sentidos sumiram de novo, eu desmaiei.

FLASHBACK OFF

   Eu precisava falar com Lindsay, o que será que aconteceu? Resolvi sair, cheguei ao chalé dela, estava destrancado. Resolvi entrar. Ela ainda dormia, então apenas me deitei ao seu lado.

   POV Percy

   Eu abri os olhos, eles arderam forte, eu estava na água, fechei eles de repente. O que estava acontecendo? Onde eu estava? Ouvi uma voz familiar, não consegui reconhecer qual era:

   - Percy... já acordou?

   Meus sentidos voltavam aos poucos, mas ainda não reconhecia a voz, eu abri os olhos novamente, e eles novamente arderam em chamas como... quando eu fui possuído. De repente me lembrei de tudo, ainda estava de baixa da água, reconheci a voz, Annabeth. Eu levantei e abri os olhos, ainda era madrugada, o sol não havia nascido.

   - Por quanto tempo eu dormi? – perguntei.

   - Dois dias – ela me disse, eu virei para as outras pessoas que dormiam e as reconheci: Clarisse, Grover, Thalia e Gabriela.

   - Onde estão os outros? Onde eu estou? Como dormi por dois dias? – as perguntas eram tantas que eu quase me engasguei.

   - Lindsay, Joana, Sofia e Chris seguiram pro acampamento ontem pra dar ambrosia ao Nico, ele estava no mesmo estado seu – conforme ela ia dizendo, minha mente começava a processar cada vez melhor, se recuperando de um longo sono – e ele não pode se curar na água como você. Agora que acordou, deve descansar um pouco, se aquecer e iremos partir, seus músculos devem estar muito ruins. Ah, quanto as outras perguntas, estamos em algum lugar da Califórnia e você dormiu por dois dias por que quase foi atingido por um raio.

   - Meus músculos não estão ruins – eu disse, e eles não estavam mesmos.

   - Saia da água – ordenou ela.

   Eu saí, e assim que saí me senti enferrujado.

   - Vou precisar de ajuda – admiti.

   Eu virei pra água e vi meu reflexo, quase enfartei de susto, eu estava mais bonito, mais forte, mas meus olhos eram vermelhos sinistros.

   - O que... – eu comecei, mas ela interrompeu.

   - É um efeito colateral que acontece depois de você ser possuído, sai em no máximo uma semana, como já passou dois dias, no máximo cinco dias.

   Eu fiquei mais calmo, e me perguntei se Lindsay e Nico também estavam com os olhos assim.

   - Nico e Lindsay... – comecei.

   - Sim, eles também estão com os olhos assim, agora relaxa.

   A oferta era tentadora, mas era difícil relaxar, eu resolvi me aquecer, a sensação de enferrujado é péssima.

   POV Lindsay

   Eu acordei, nos braços de Nico, eu estava tão sonolenta que nem me dei conta de que ele devia estar na Casa Grande.

   - Eu tenho tantas perguntas – ele disse.

   - Pode começar – falei.

   - O que aconteceu depois que eu fui possuído?

   - Bem, foi assim:

FLASHBACK ON

   Meus pulmões ardiam, meus sentidos voltavam, der repente me lembrei de tudo, havia sido possuída depois de expulsar Cronos do corpo de Percy, mas acabei de perceber que no mesmo momento que eu, Nico parou de se retorcer de dor, não havia percebido que ele sofria no chão – nem que eu já estava no térreo, ou seja diferente do que sabia, Cronos passou mais do que pareceu segundos em mim - antes, e, infelizmente, eu sabia pelo que ele estava passando, era como de jogassem brasa em seus pulmões e as brasas se espalham por todo corpo ate você ficar inconsciente, com sua inconsciência o ser mais forte em seu corpo – no caso Cronos – invade sua mente e seu sistema nervoso, tomando conta de seu corpo enquanto você adormece em algum lugar de sua mente, pelo menos, enquanto adormece a dor cessa se não pela garganta que queima sempre com a respiração de fogo, mas a dor é mil vezes melhor do que a dor que você sente enquanto esta sendo possuído, e eu me lembrava perfeitamente da experiência.

   Nico – ou melhor Cronos – se levantou e veio em minha direção com um olhar dourado assassino.

   - Nico? – perguntei na esperança inútil de que ele me ouvisse.

   - Não esta – respondeu Cronos em seu corpo, o que me deixou muito irritada, tive o instinto de pegar minha espada – que antes era de Equidna – qual era mesmo seu nome? Excaubur? Excanibur? Excalibur, o nome veio em minha mente, me lembrando de quando Percy proferiu seu nome. Me lembrar de Percy me fez olhar fixamente pra ele no chão, que se recuperava lentamente do quase mortal ataque elétrico que eu provoquei, tive a idéia de gritar por meus amigos, mas Cronos me interrompeu:

   - Vai com certeza querer a ajuda dos amigos – ele sorriu maligno, mas ver o rosto de Nico maligno me deixou loucamente apaixonada por ele – parecia loucura,mas caras malvados são os melhores! – decidida a salvá-lo, mas o que será que aconteceu com meus amigos?

   Olhei para o meu reflexono espelho.

   Fiquei tão apavorada com o meu reflexo, que nem dei conta que meus amigos estavam preso e eu chegava em meus últimos momentos de vida, meus olhos eram vermelhos vivos como os dos monstros.

   - Como... – não consegui finalizar a pergunta.

   - É um efeito colateral – falou Cronos – deve durar uns três dias, fiquei horrorizada, três dias era muito coisa, e eu confesso que sempre odiei olhos verdes, bem só os meus, olhos verdes ficam bons em meus irmãos, mas der repente eu daria minha alma para te-los de volta – mas você nunca mais vai velos em suas cores originais, sinto muito, assim que consegui assumir o seu dom em um corpo mais forte como esse, você vai ser a recompensa de seu namorado.

   Eu estremeci com a idéia.

   - Sabe, se eu passar três meses me usurpando de um corpo bom alheio, assim que deixado ele será tão maligno quanto eu.

   - Posso fazer um ultimo pedido?

   - Vou permitir, já que você ainda vai me servir muito e vai sofrer em ver seus amigos torturados um por um ate a morte – eu quase chorei com a idéia – pode criança, com tanto que seja algo a meu alcance e não peça pra eu libertar nenhum de seus amigos – meus amigos engoliram em seco – você tem o direito de pedir alguma informação, no Maximo.

   - Fale-me sobre a Excalibur – a pergunta o pegou de surpresa, ele pegou a espada na mão e avaliou mentalmente os riscos de dividir essa informação.

   - Foi a espada dada de presente ao rei Arthur para salvar o destino do mundo a muito tempo, ele era filho de Zeus e tinha uma nobre missão, bom ele conseguiu salvar o mundo, mas antes de ser novamente banido ao Tártaro eu o matei, queria sua poderosa espada, mas ele a amaldiçoou e disse que só poderia ser usada por um meio-sangue filho de um dos três grandes e este teria de derramar o próprio sangue sobre a espada como oferenda a ela, bem agora a tortura dos amigos.

   Eu prestei atenção em cada detalhe da historia, mas ao mesmo tempo bolei um plano de fuga, eu virei pra cima.

   - Desculpe! – me adiantei – Zeus seu... – hesitei – filho duma mãe – não falei nada pesado, ainda queria viver, mas foi suficiente um raio rasgou o céu e destruiu todos os manticores e passou de raspão em Nico – ou melhor Cronos, o choque expulsou Cronos, mas a fumaça vinha em minha direção, o ar já sumindo e eu quase já ia abrir a boca involuntária mente, mas peguei a Excalibur – tudo foi muito rápido, peguei algo pontudo no chão – e corei meu braço, deixei o sangue cair na espada e desferi um golpe estúpido contra a fumaça, parecia estúpido, mas funcionou, parte dela se queimou em eletricidade, mas a outra entrou em Lucas e assim que pode saiu em fuga, não tentamos segui-los tínhamos Percy e Nico pra cuidar e os olhos vermelhos, pensar neles me deu náuseas, tínhamos vencido uma batalha, mas não a guerra.

FLASHBACK OFF

   Depois de contar toda a historia, nós levantamos e fomos nos arrumar, eu também lhe contei sobre a missão de Atena.

   POV Annabeth

   Eram umas sete horas da manha quando partimos pro acampamento com os sapatos a jato.

   Chegamos por volta do meio-dia. Assim que chegamos – na hora do almoço – todos se reuniram pra nos receber, os olhares curiosos em Percy, por causa dos olhos, mas eles não pareciam impressionados, como se já tivessem vistos esses olhos antes. Lindsay e Nico apareceram logo em seguida, eles eram lindos, majestosos, impiedosos, os olhos vermelhos de uma forma estranha os deixava mais bonitos. Depois de sermos recebidos, nós falamos com Lindsay e descobrimos que minha mãe nos deixou uma missão e que teríamos que partir para Atenas imediatamente. Antes de tudo eu resolvi ir ao meu chalé convocar minha mãe. Assim que cheguei La, me dirige a estatua que eu mesma fiz e falei:

   - Mãe...

   Um raio caiu e acertou a estatua que começou a se mexer.

   - Mãe... o que faremos em Atenas – disse depois de reverenciá-la. Ela me contou sobre toda a missão, no final acrescentou:

   - Assim que derrotarem Ares, ficaram com sua espada, a famosa e poderosa espada de Ares, a primeira espada do losango de cinco pontas, depois irão em busca das outras.

   Depois de falar com minha mãe, fui me preparar para viajem.