"Erik está morto. Eu matei o seu assassino sem remorso. Eu fugi.
Protestos enchem todos os países do continente Manske e uma guerra que antes era provável, agora é inevitável. Estou em um abrigo subterrâneo rodeada de rebeldes. Eles estão se preparando para a batalha que em breve irá incendiar o norte e contam comigo, mas não sou uma boa líder.
Um dia eu irei romper.
- Você acendeu o fósforo da revolução quando matou o pai do rei Heron - Francis me diz. - Todos esperavam por essa oportunidade. Deixe o país ser incendiado.
- Eu não sei o que devo fazer agora.
- É a sua chance de provar que é merecedora daquele trono - ele me encoraja. - Deixe o leão dentro de você te guiar.
(...)
- A guerra não espera. Ela é cruel e costuma arrastar tudo e todos ao seu redor. Ela hiberna, nunca morre. Renasce das cinzas e acorda faminta - ele me disse -, quando ela decide se alimentar, é completamente insaciável.
- Como nós podemos fazê-la dormir de novo?
- Um grande sacrifício. A morte de alguém importante. O símbolo da revolução.
Me sinto assombrada pela ideia. Valentina havia me dito que eu era o símbolo da revolução.
Então, se fosse o caso, apenas a minha morte poderia acabar com a guerra que já havia começado."