"Você pergunta para as pessoas qual a pior coisa que poderia acontecer, a resposta na maioria das vezes é a mesma, 'Perder meus pais'. Tem algumas que até desejam morrer antes deles para não sentir essa dor, todos querem eternizar a vida de quem nos trouxe ao mundo.
E então acontece o inesperado, você recebe a noticia da qual sabia que um dia receberia, mas que nunca estará preparado para receber. Tem como imaginar a dor? Acho impossível. É tão difícil senti-la, como se não coubesse dentro de você. Tudo piora se você é uma adolescente, com altos e baixos, com a emoção descontrolada.
Lembra quando falei sobre as respostas das pessoas quando a pergunta é 'Qual a pior coisa que poderia acontecer?', são essas mesmas pessoas que já disseram que perder os pais seria uma coisa insuportável, são exatamente elas que dizem para eu voltar ao normal."
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Sophie sempre gostou de sua vida e a coisa mais importante para ela era a familia, composta apenas por sua mãe, Monique Ferreira Duttra, e seu irmão, Jason Duttra e seus amigos.
Seu pai morrera cedo, em um navio no meio do oceano, erro humano. Feliphe Duttra não chegou a conhecer Sophie.
Depois da morte do marido, Monique mudou-se com a familia de São Paulo para uma pacata cidadezinha em Santa Catarina, proxima ao litoral.
Um acidente muda totalmente a vida de Sophie e talvez, a vida pode não ser um mar de rosas.
O destino poderia ser mais cruel? Mas o acidente foi mesmo obra do destino?
Totalmente arrasada Renan parecia ser a unica pessoa que fazia bem a Sophie. E ele a fez recuperar a esperança de que viver não era tão ruim.

Era outro daqueles dias, em que seu corpo doia, e o pior que a dor fisica, era a dor emocional. Sentia-se fiustrada com si mesma, decepcionada.
- Pensei que você era mais forte. - Ela sussurrou para o proprio reflexo do espelho do banheiro.
Ela mau podia definir seu reflexo, apoiava-se na pia do banheiro, jogando todo seu peso nele. Além de sentir-se tonta, por causa da fome, também sentia-se fraca, também pela falta da comida.
Passou a mão em seu rosto umido, jogando os cabelos negros para trás e, usando o resto de sua energia, lavou o rosto e enchaguou a boca, numa tentativa fustrada de apagar os vestígios do que fizera.
Sentiu mais uma onda de ansia vindo, vômitou na pia; água, que bebera enquanto enchaguava a boca, com vestígios de sangue. Enchaguou a boca novamente, tomando cuidado para não engolir a água, jogou-se no chão do banheiro apoiando as costas na parede de ceramica gelada, escorregando, até estar praticamente deitada.
- Pensei que era mais forte que isso. - Sussurrou pra ela mesma e fechou os olhos e gemendo baixinho, enquanto caia na inconsciência.
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Amélia Charlote Chevalier tem 16 anos, mora com a mãe, Paula Silva, e a irmã, Elena Claire Chevalier. Sua infância fora marcada pela separação dos pais, quando beirava seus 7 anos. Seu pai, um francês gentil, levou consigo seu irmão mais novo, Leroy Roy Chevalier, agora com 9 anos.
Paula conheceu Goularde Chevalier na França, em uma viagem a trabalho da mãe de Paula. Ele a encontrou no Brasil um ano depois e , com a paixão eletrizante, casaram-se com 18 anos. Adotaram Amélia Charlote com 3 anos, na época sem nome, depois de 2 anos. Logo depois Paula engravido com 23 anos, de gêmeos. Nasceram Elena e Leroy. Um ano depois, insatisfeito com o casamento, Goularde separou-se de Paula e voltou para França, levando Leroy. O filho que levaria seu sobrenome adiante, dissera ele.
Com 1 filha de um ano que não entendia a situação e uma de sete desesperada, largou o emprego e usou a herança, que a mãe dela deixara á tres anos, e a pensão paga pelo marido mensalmente, para cuidar das filhas.
Amélia sempre foi vaidosa, o que fez Paula procurar um agencia de modelo cedo. Então a vida de Amélia era ser modelo.