Existe uma teoria que diz que nossa realidade é, na verdade, uma ilusão. Um reflexo projetado pela verdadeira realidade, por assim dizer. Existe também um clichê que diz que todos os seres humanos possuem uma alma gêmea. Que droga seria se isso realmente existisse e sua alma gêmea estivesse no estúpido planeta errado, não é mesmo?

Após a Guerra da Mundificação, os Reinos regidos pelos homens conheceram a paz. Todavia, o Mundo Encantado enterrava suas criaturas mágicas e escrevia o capítulo mais sangrento de sua história. Nenhuma raça fora poupada e tudo que restou para os remanescentes foi uma existência às escondidas. Toda criatura dotada de magia era executada somente pelo perigo que poderia representar para a calmaria criada à força pelos homens. Muitos anos se passaram e os alicerces de barro da paz começam a se tornar instáveis. Uma praga mortal assola os Reinos de Tymet e Monard e esse é só o prelúdio do que está por vir.

A beleza existe em todos os lugares, até na aspereza da alma humana. Delicada ou bruta, desconcerta os sentidos. Em todos os lugares é saudada pela exorbitância de sua natureza, todavia seu perigo é, muita vezes, ignorado. Aliás, como poderíamos contestar os espinhos de uma rosa?

Poeira de astros, dizem que somos. Uma estrela morrendo, espalhando sujeira no Universo e vejam só a confusão. Quem será que fica para limpar a bagunça no final de tudo?

Mas eu poderia ter lhe dito, Vincent, esse mundo não foi feito para alguém tão bonito como você.