Eu não sei descrever PS: Don't Write. Tampouco sei descrever o que senti quando li seus primeiros capítulos e, mais tarde, os últimos. Então, caso pareça meio... cheio de hipófise, me perdoem.

Encontrei essa história numa recomendação, fora do Nyah!, num outro site, no início desse ano, e confesso que, pela não muito clara sinopse, não fiquei muito animada para ler. Também quando, no decorrer da trama, vi que a idade da protagonista era a de quase trinta, me chateei: era costumeiro de minha parte ler somente fanfics com temas colegiais, adolescentes. Tola! Eu! Mas eu prossegui com a leitura e, gratificada às forças superiores por isso, chorei rios, oceanos, lagoas... Chorei feito uma tempestade!

A leitura se torna... Apertada. Faz-te ficar tenso no momento em que num clarão percebes o que está para se desenrolar. Fiquei com garganta presa inúmeras vezes, os olhos molhados, passando a vista pelas palavras, pelas frases, maravilhosas. Singelas. Gloriosas.

O autor, cujo ainda não conhecia, está de parabéns. Te endeuso, Kill joys.

Eu só gostaria de poder recomendar devidamente esta divina estória, e, como talvez não seja possível, que a DennyS me perdoe.
A eficácia da escrita e do enredo realmente traz mudanças à uma história, seja ela como for. Em toda narrativa, o autor faz minunciosamente a escolha do tempo, modo e pessoa a ser tratado em todo o decorrer da história, obviamente, e a autora DennyS fez a escolha simples e princípia de qualquer escritor voltado para descrever melhor os sentimentos do(a) protagonista: primeira pessoa do singular, pretérito mais-que-perfeito e pretérito imperfeito do indicativo.
Resultado: a narração de cada capítulo não se tornou em nenhum momento cansativa ou "maçante", fluíu como deveria fluir - mesmo que os capítulos variem entre 3.200 palavras à 8.335 palavras.
Dez capítulos bem formatados, resolvidos, cheios de emoção - sabe aquele momento que você se frustra com o protagonista, isso também acontece em O Supervisor -, há também um ar de mistério rodopiando a trama, o que a faz nada mais que amável. Os sentimentos bem descritos e diálogos mais que explicativos e reais, essa é uma estória cativante que faz os pêlos dos braços se eriçarem, soltar suspiros de prazer e arfar de agonia em curisidade.

Parabéns à DennyS!

Ainda estou tremendo com a leitura, sinceramente.

Caramba, poucas palavras jamais me deixaram tão ansiosa e emocionada como essas, juro!

Não somente a mensagem contida no final, a mensagem "subliminar" que é capaz de te deixar estático, sem saber o que fazer e pensar por várias horas, como também a maneira como tudo é retrado de maneira tão vívida e real, faz-te ficar atônito por que, verdadeiramente, não era esse o fim que achava que deveria ter.

Não sei se a intenção inicial do autor foi nos passar uma "lição de moral", ou se fora somente a vontade de nos chocar, mas o que achei incrível é que, mesmo que inconscientemente, o autor conseguiu fazer isso - ambas as coisas -, exatamente como James Patterson o fez em Os Assassinos do Cartão-Postal.

A escrita maravilhosa em contraste com o belo enredo, a bela narrativa e o belo desenrolar e desfecho me deixou encantada e ávida por mais histórias/contos desse tipo.

Parabéns!