Doía em meu íntimo assistir a ponte sendo queimada. O que deveria fazer? Já havia tentado jogar água e ela havia evaporado, quando notei que ela não apagaria o fogo comecei a gritar, quem sabe ele escutasse? Mas não deu certo, foram palavras ao vento, então sentei e chorei durante um tempo, talvez se apiedasse. Mas ele não tinha dó. Tinha vezes que o vento soprava de forma que as chamas diminuíam, mas nunca apagavam completamente, uma faísca sempre permanecia em algum lugar da vasta construção feita de madeira.

Você é a grande vítima de um show armado para te fuder. A música? Escolhida a dedo para te perturbar. Os artistas? Cruéis a ponto de te fazerem chorar. O cenário? Tão gelado que te dá frio. A cadeira? Desconfortável e esquisita. O figurino? Um borrão que te congela a alma. A iluminação? Perturbadora. As vozes? Sons irreconhecíveis e brutais.

É assim que você pensa, não?

Toda escola, não importa onde se localize, possui seus nojentos clichês de filme americano e Tom Marvolo Riddle era um clichê em expressão. Tinha tudo o que queria, tratava todos como objeto e era idolatrado pelas pessoas graças ao nome e ao dinheiro que sua família possuía.
Após uma aposta com os amigos, Tom conhece e torna-se íntimo de Hermione Granger, uma das poucas mulheres de Hogwarts High que não eram claramente interessadas nele. Bastava namorá-la por cinco meses, dormir com ela e pronto: Tom teria vencido.
Jogos eram comuns na vida do rapaz, e Tom achava que vencia todos eles. Se tudo desse certo, esse não seria exceção, mas acontece que, para a sua infelicidade, Tom não passava de um peão num jogo que fora controlado por outra pessoa do início ao fim.
Afinal, a única coisa que o encantador Tom Riddle não sabia fazer era perder.

Para Evellyn, conhecer Kaleb - ou "seu anjo", como ela gostava de chamá-lo, fora a jogada de sorte que você tem apenas uma vez na vida. Mas a sorte, assim como todos os truques do destino, não passam de uma ilusão.