Aquele que um dia chamara de irmão, hoje resumia-se meramente ao homem que carregava o mesmo sangue que o que corria em suas veias. Aquela que um dia jurou amá-lo pelo que ele era e não por sua coroa, que a repudiara como se houvesse a mais mortal das pestes, o traíra da forma mais vil que se poderia imaginar. Aqueles a quem chamava de aliados haviam lhe virado as costas. Aqueles a quem deveria governar o repudiavam como monarca e como homem. Como manter-se fiel as suas crenças, quando tudo e todos estavam contra ele? Como manter a fé em si mesmo?

Eis que a resposta surge, com olhos cor de ônix e um brilho misterioso, mas igualmente belo, como o oceano refletindo o brilho da noite mais estrelada e cabelos negros como ébano. Aquela que, quando menos imaginara, estendera a mão delicada para que servisse de apoio ao ex-rei, que antes não possuía um norte. E seria por ela, pelo calor que sentia ao unir sua mão a dela, que ele lutaria e colocaria sua vida nos trilhos de onde jamais deveria ter saído. Por ela, ele cumpriria alegremente seu destino. Era uma promessa.