Que as palavras falem por si só, Ainda que muitos não entendam.

Que minha demência não sirva de espelho, que minha loucura não sirva de caminho, que minha insanidade não sirva de exemplo, na ausência da minha razão!

Se eu puder pronunciar algumas palavras que façam sentido, que sejam palavras que possam iluminar o espírito na escuridão e façam a dor da nossa alma passar, que possam nos orientar quando estivermos perdidos, ignorantes, que possam nos libertar de nosso egoísmo e anseios.E por vez, quando estivermos desnudos entre o perfume das rosas alheios aos espinhos e a dor que eles podem causar, inevitável é a morte certa, mas não é o fim, e há vida há de ser longa.

E se eu ainda puder pronunciar algumas palavras que façam sentido, dentro desta minha continua demência, que seja algo que nos ensine a viver, nos ensine amar, nos ensine a perdoar para quando o sorriso chegar... Termos a certeza que sabemos sorrir...