Hoje eu vou falar de nostalgia, amor, amizade, compaixão.

Mas não só disso.

Também vou falar de narcisismo, desespero, despedidas...

E tudo isso porque quero falar de memórias.

Natalia tem 17 anos e acaba de se mudar. De onde vem, poucos sabiam a parte de sua vida que aclama por uma sensação de liberdade falsa e por vezes perigosa. Agora, tudo que ela quer é esquecer os erros do passado enquanto continua sua busca por diversão incontrolada, mas as pessoas que conhece e as paixões que a move podem fazer com que descubra de si mesma mais do que sempre esperou. Será ela capaz de superar os motivos de seus impulsos enquanto lida com um amor tão forte quanto eles?

Não sei se vou voltar e muito menos se quero retornar. É tanta coisa pra pensar. Se assim escolhesse, talvez até pudesse ficar. Mas não seria isso uma forma de se acovardar?

Foi assim que me criaram. Pra viajar, inovar, sempre querer voar.
Mas e se eu ache que disso vou acabar por me cansar?

A verdade, é que eu não tenho outra experiência pra comparar.

Talvez seja egoísmo, narcisismo, individualismo ou qualquer coisa que termina com ismo.

O fato é que eu já não sei mais como deveria me portar.

Vou-me a Rússia no verão. Ah, vou sim. Nem que custe toda a dignidade e todo o orgulho do meu ser. Nem sei porquê. Só sei que vou. Quero te ver, mesmo que nem lembre quem eu sou.

Ás vezes, a distância é física. Outras, psicológica. Em vários casos, ambas as coisas. Mas e na minoria, onde ela é simplesmente a razão?

É o amor só fruto da imaginação? Se for, nunca tive a mente tão fértil e cheia de animação.