Na manhã do dia dos namorados, todos da escola estavam em uma onda de euforia e expectativa: era o dia das entregas dos coraçõezinhos, pequenos pedaços de papel-cartão vermelho e de formato adorável, que ao custo de uma pequena moeda, abriam as portas para declarações das mais diversas.

Claro que, para Sakura, tesoureira do Grêmio Estudantil, a beleza do evento estava longe de todo o amor, amizade e romantismo. Os corações, pacotinhos de bala e bombons representavam uma boa arrecadação, que serviria para custear a festa da feira de línguas do meio do ano. Apesar de ter seu lado romântico, estava em um momento onde sua vida amorosa era quase inexistente, sem um crush significativo para pensar em mandar um cartão, e pra ser sincera, nem um peguete.

Então, mesmo que passasse pela sua cabeça receber uma ou outra cantada anônima, e — com certeza — uma declaração bem exagerada de Rock Lee, jamais, jamais, nem em mil anos, esperaria aquele coração, com aquela frase direcionada para si, e assinada no nome de Sasuke Uchiha, o badboy da escola.